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Anfavea acirra polêmica sobre entrada de carro chinês no Brasil

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, fez, nesta terça-feira (05), uma contundente queixa sobre a concorrência das marcas chinesas, com duras críticas à isenção do Imposto de Importação para carros 100% elétricos, em vigor no país desde 2015. Modelos elétricos têm marcado os lançamentos das marcas chinesas nos últimos meses. eldquo;Defendemos 35% (alíquota cheia) de Imposto de Importação, com cotas livres do tributo para veículos elétricoserdquo;, disse, durante a divulgação dos resultados do setor em agosto. O dirigente considera eldquo;uma invasãoerdquo; a entrada de marcas chinesas não só no mercado brasileiro, como em toda a região: eldquo;Temos uma e#39;invasãoe#39; de produtos asiáticos, principalmente chineses, na América Latina". Para ler esta notícia, clique aqui.

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Vibra não terá mais lojas de conveniência com a varejista

A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou o encerramento da parceria comercial entre a Vibra e a Americanas destinada à exploração de lojas de pequeno varejo em postos de gasolina e fora deles por meio da Vem Conveniência sob as marcas BR Mania e Local. A Vibra pagará à Americanas o valor de R$ 192 milhões. A Vibra informou ao Cade que decidiu desfazer a parceria, por determinação de seu conselho de administração, tendo em vista os recentes acontecimentos envolvendo a Americanas, em recuperação judicial. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Produção de veículos dispara em agosto, mas vendas caem ante julho

A indústria automotiva brasileira teve crescimento de 24% na produção em agosto ante julho, montando 227 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, mas as vendas na mesma comparação recuaram 7,9%, para 207,7 mil veículos, segundo dados divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) nesta terça-feira (5). Em relação a agosto do ano passado, a produção caiu 4,6%, acumulando no ano 1,54 milhão de unidades, 0,4% menos que o volume montado no mesmo período de 2022. Já as vendas na comparação mensal recuaram 0,4%, e no ano o setor registra avanço de 9,4%, para 1,43 milhão de veículos. O presidente da Anfavea, Marcio Leite, afirmou a jornalistas que o mês para a produção de veículos foi "muito bom", com nenhuma montadora com fábrica parada, diferente de meses anteriores em que situações incluindo falta de peças e demanda fraca pressionaram as vendas e geraram aumento nos estoques. "Ficamos praticamente igual a maio (em vendas), que foi o mês que antecedeu o plano de incentivo do governo federal para veículos de até R$ 120 mil", acrescentou. As exportações de veículos montados em agosto ante o mesmo mês do ano passado caíram 26,2%, para 34,5 mil veículos, segundo os dados da Anfavea. No ano, o setor acumula vendas externas de 292,1 mil unidades, queda de 12,8% sobre o mesmo período de 2022. "O dado mais preocupante é como o Brasil está perdendo mercado em nosso quintal. O grosso de nossas exportações vai para a América Latina e o que estamos vendo é que estes países estão recebendo produtos asiáticos, principalmente chineses, em volume muito acima do que era o histórico", disse Leite. Segundo ele, a participação da China nas exportações de veículos para a América Latina é de 21,2%.

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Bancos se antecipam e já oferecem 'Pix Parcelado'

Em apenas três anos, o Pix caiu no gosto do brasileiro e já se tornou a forma de pagamento mais utilizada no país. A modalidade, que surgiu como uma alternativa ao TED e ao DOC por permitir pagamentos à vista em qualquer horário ou dia da semana, vem tendo as funcionalidades ampliadas, podendo, inclusive, se tornar um concorrente do cartão de crédito em breve. Faz parte dos planos do Banco Central lançar o Pix Parcelado, que também pode se chamar Garantido ou Crédito. Embora o nome não esteja definido, o produto consta na agenda evolutiva do Pix, ainda que sem data certa para lançamento. Com objetivo de acelerar a inclusão financeira, o presidente do BC, Roberto Campos Netto, já chegou a afirmar que espera que, no futuro, não será preciso ter cartão de crédito e eldquo;poderá fazer tudo no Pixerdquo;. Enquanto a solução ainda não é implementada, bancos e fintechs aproveitam a lacuna para oferecer mais um tipo de crédito aos consumidores. O modelo é semelhante a um parcelamento com juros no cartão de crédito. Em alguns casos é vinculado ao limite do próprio cartão e, em outros, relacionado a um tipo de empréstimo que o banco ofereça. Na prática, funciona assim: o lojista ou a pessoa física recebe o pagamento na hora, e é o correntista quem arca com os juros do parcelamento. Quanto mais parcelas, maiores costumam ser as taxas aplicadas. No Nubank, por exemplo, o cliente precisa acessar a eldquo;Área Pixerdquo; e simular uma transferência comum. Antes de finalizar, pode escolher usar o saldo em conta ou o cartão de crédito. Nesse último caso, é necessário ter limite disponível. O banco digital afirma que a taxa é definida a partir de uma política de crédito interna que varia de cliente para cliente. No entanto, uma simulação feita pela reportagem mostrou que um Pix de R$ 50 parcelado em 12 vezes chega a ter um acréscimo de 30%. Em apenas uma parcela, a taxa cobrada foi de 4,92%. Luigi Iervolino, sócio da consultoria Bip, explica que, nesse modelo, quem assume o risco de crédito é o banco, em vez do vendedor. Outra vantagem para o lojista, segundo ele, é receber na hora, ao passo que, no cartão de crédito, ele pode demorar até 30 dias para receber o valor. Enquanto a solução não é lançada pelo Banco Central, Iervolino opina que o consumidor não tem muitos benefícios, já que ele ainda depende da aprovação do crédito pela instituição e pode estar sujeito a taxas elevadas: emdash; Até existem algumas fintechs que parcelam em até 90 vezes sem juros, mas tudo depende da liberação de crédito para essa pessoa. Não muda muita coisa. O Itaú disponibiliza em seu aplicativo a opção de realizar uma transferência Pix e pagar depois. Para isso, é necessário escolher a opção e#39;Pague Parceladoe#39; e, depois, clicar em quantas vezes deseja parcelar. A oferta do parcelamento, segundo a instituição, depende de uma análise de crédito. O Bradesco informou que oferece uma operação de crédito para clientes que precisem fazer pagamentos ou transferências via Pix sem saldo em conta. eldquo;O banco avalia automaticamente a transação e disponibiliza um produto de crédito no valor adequado para a conclusão do Pix, podendo aumentar o limite de conta ou até mesmo permitir o parcelamento dos valores da operaçãoerdquo;. Esse crédito, no entanto, não é solicitado diretamente na aba do Pix do aplicativo, mas na seção eldquo;empréstimoserdquo; e eldquo;crédito parceladoerdquo;. Ivan Habe, sócio líder de pagamentos da EY, observa que os produtos de elsquo;Pix Parceladoersquo; existentes são, em geral, atrelados a um crédito pessoal, uma vez que os bancos conhecem o perfil do correntista e, dessa forma, podem fazem ofertas personalizadas, diminuindo o risco de inadimplência. No entanto, alerta que o uso não deve ser indiscriminado porque, além das taxas embutidas nas parcelas, o crédito pode ficar ainda mais caro se não for pago em dia: emdash; Esse tipo de serviço se assemelha com o empréstimo pessoal. Vale apenas reforçar que não são apenas os juros do parcelamento, mas também tem que considerar que há um valor a ser cobrado pela inadimplência e/ou não pagamento da parcela na data do vencimento. Com mais de 163 mil contratações desde dezembro do ano passado, o Banco do Brasil permite parcelamentos de Pix a partir de R$ 100. O cliente interessado deve acessar o BB Parcela Pix no próprio ambiente do Pix para saber as taxas de juros, de acordo com seu perfil. Já o Santander permite parcelar, mediante juros, o valor do Pix em até 24 vezes, com o pagamento da primeira parcela em até 59 dias. O valor mínimo de contratação é de R$ 100, e as parcelas precisam ser de pelo menos R$ 5. O pagamento parcelado via Pix também está disponível para clientes da conta digital do Banco Pan que possuem valores de empréstimos pré-aprovados. A contratação é válida para transações a partir de R$ 100, com possibilidade de pagamento em até 24 parcelas. eldquo;Para contratar o produto, basta acessar o aplicativo do Banco Pan, entrar na opção eldquo;Pixerdquo;, em seguida eldquo;Pagar parceladoerdquo;, ou iniciar uma transferência PIX por QR Code ou Copia e Cola. Após a confirmação, o cliente recebe, no próprio aplicativo, o comprovante de realização do Pix e da contratação do crédito. As parcelas serão debitadas da conta do Banco Pan, mensalmente, já com o valor da taxa de juros aplicadoerdquo;, orientou o banco. O educador financeiro Adenias Filho recomenda cautela ao usar a nova modalidade de crédito. Segundo ele, sem controle do próprio orçamento, as dívidas podem virar uma bola de neve. emdash; Qualquer nova modalidade que venha a ser implementada, se for para consumo, a pessoa tem que pensar se não valeria a pena poupar dinheiro para depois consumir e pagar mais barato emdash; aconselha. emdash; Tomar empréstimo pra consumo não é a melhor opção. É preciso ter cuidado com comprometimento da renda. E, hoje em dia, até os camelôs têm maquininha de cartão de crédito, que pode mais vantajoso a depender das taxas.

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Como funciona o rotativo do cartão em outros países; Brasil cria teto para esse tipo de crédito

Assim como no Brasil, em muitos outros países, quando um titular de cartão de crédito não paga a totalidade do valor da fatura no vencimento, tem o saldo remanescente levado para o mês seguinte, com a incidência de juros mais altos do que outras modalidades de crédito pessoal. A diferença é que mesmo com a fixação de um teto no Brasil - projeto aprovado pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira limita a dívida ao dobro do montante inicial, ou seja, 100% - o Brasil continuará cobrando a maior taxa do rotativo do mundo, segundo especialistas. No Reino Unido, por exemplo, a taxa média de juros do cartão de crédito é de 22,2% ao ano, mas ela varia de acordo com o tipo de cartão e segundo pontuações de crédito boas e ruins. Por lá, foi criado o conceito do persistent debt que é quando, ao longo de um período de 18 meses, o consumidor está pagando mais juros do que propriamente o valor da dívida. Isso acontece quando o cliente faz apenas o pagamento mínimo da fatura seguidamente. Nesse caso, o banco emissor do cartão precisa entrar em contato com o cliente e oferecer outras opções de crédito, com juros menores. Isso tem reduzido a quantidade de pessoas em situação de dívida e também a inadimplência. Em setembro de 2018, a Financial Conduct Authority (FCA, na tradução Autoridade de Conduta Financeira) inglesa estabeleceu que os credores devem entrar em contato com clientes nessa situação. As regras se aplicavam apenas a cartões de crédito, mas foram estendidas também para cartões de lojas. emdash; Isso mostra que educação financeira para que o consumidor possa escolher melhor suas opções é algo fundamental quando discutimos o mercado de crédito emdash; diz Evelyn Bueno, diretora jurídica da SumUp para a América Latina. Em artigo, o professor Fernando Nogueira da Costa, do Instituto de Economia da Unicamp, lembra que os americanos escolhem um cartão de crédito por conta dos benefícios oferecidos, pela anuidade cobrada e, também, pela taxa de juros. Nos Estados Unidos, escreveu Nogueira da Costa, o crédito se inicia a partir da data da compra, o que significa que já há incidência de juros. No Brasil, os portadores do cartão têm, no limite, até um mês e uma semana para efetuar o pagamento da fatura, na eldquo;data do aniversárioerdquo;, sem nenhuma cobrança de juros. Nos Estados Unidos, a taxa média de juros anual do cartão de crédito é de 24,37% emdash; a mais alta desde 2019. As taxas máximas cobradas chegam a 27% e o teto estabelecido é de 29,99%. É o mesmo teto estabelecido pela Venezuela, onde a taxa máxima do rotativo é de 29%. Os consumidores americanos usam mais os cartões com programas específicos de bonificação emitidos na maioria das lojas do país. Já, entre os brasileiros, o relacionamento se dá mais com cartões emitidos por bancos. Dessa forma, os americanos usufruem de um aumento do poder de compra, baseado no crédito ao consumidor e com juros mais baixos. Nos EUA, não existe dividir em diversas vezes sem juros. O custo desta operação sempre estará embutido no preço do produto, observa Nogueira em seu artigo. Em países como Austrália e Peru não existe o parcelamento oferecido pelo lojista, como no Brasil. Na Espanha, os juros do rotativo do cartão de crédito variam entre 20% e 30% e não há um teto para a taxa. Há alguns anos, o Supremo Tribunal espanhol declarou que essas taxas eram excessivas, o que gerou ações na Justiça por consumidores pedindo ressarcimento de parte dos valores pagos. Comparar produtos globais de crédito com o Brasil é sempre complicado por conta da taxa de juros elevada no Brasil, diz José Roberto Kracochansky, CEO da Jazz Tech, empresa que oferece soluções de meios de pagamento. Entre as e#39;jabuticabase#39; brasileiras, por exemplo, estão o parcelamento oferecido pelo lojista, diz ele. emdash; É um tipo de oferta que só existe no mercado nacional, e cria uma distorção na cadeia toda de cartão de crédito. Em função disso, os adquirentes (maquininhas) ganham muito dinheiro no Brasil. Quando você transfere o parcelamento que deveria ser feito pelo banco ao lojista, há um desbalanceamento do mercado emdash; diz Kracochansky. O CEO diz ainda que acredita que trazer modelos internacionais para esse segmento não seja factível diante dessas distorções e que seria mais positivo transformar o parcelamento sem juros em parcelamento com taxas mais baixas que as oferecidas pelo cartão de crédito.

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Fábrica brasileira da Gilbarco Veeder-Root é elevada à categoria de fabricante global da marca

A nova posição é o reconhecimento aos padrões de excelência dos processos da fábrica localizada na cidade de Barueri endash; SP. Na prática, significa que além de seguir abastecendo o país e região, a planta da Gilbarco Veeder-Root Brasil, também exportará produtos para outros países, iniciando pelos Estados Unidos, Canadá e Porto Rico. O anúncio oficial foi feito durante encontro entre Dave Coombe, Presidente Global de Fueling Solutions para Gilbarco Veeder-Root e Bruno Rosas, Presidente da marca para a América Latina. A iniciativa é parte da política de ESG - em português, Ambiental, Social e Governança - da Vontier endash; organização a qual a Gilbarco Veeder-Root pertence, particularmente no que diz respeito às metas mundiais de descarbonização com as quais está comprometida: maior eficiência de produção com padrões sustentáveis, em pontos estratégicos do planeta. Considerando estes parâmetros, a fábrica brasileira endash; premiada como a melhor do mundo, dentro do grupo Vontier em 2022 endash; é uma escolha natural. Não só pela sua proximidade com a Europa e com os Estados Unidos, mas principalmente pelas suas altas pontuações em métricas que aferem aspectos cruciais da gestão industrial com destaque para qualidade, segurança, gestão do estoque e pontualidade na entrega, quesitos que lhe valeram o prêmio. Para cumprir a nova missão de tornar-se uma fábrica com produtos e soluções para o mundo, mantendo o foco nas necessidades do mercado local, serão realizados investimentos prioritários em maquinário, logística, automação e gestão de pessoas. eldquo;A gestão de pessoas, ou seja, a nossa capacidade em selecionar e promover a interação de um time local, multidisciplinar focado em desenvolver, produzir e entregar multiprodutos com eficiência e qualidade e dentro dos padrões de cada país importador, será sem dúvida um dos nossos mais interessantes desafios, de cujo aprendizado todos os mercados se beneficiarão, inclusive o brasileiroerdquo;, avalia Rosas. As mudanças e adaptações não afetam a produção para o mercado local. Ao contrário, devem trazer ainda maiores ganhos em eficiência, tecnologia e oferta de produtos. Já estão programados, ainda para este ano, novos lançamentos que incluem bombas aperfeiçoadas e certificadas com o novo RTM - Regulamento Técnico Metrológico do Inmetro endash; e de sistemas e soluções que garantem a confiabilidade da qualidade dos combustíveis adquiridos nos postos, oferecendo segurança ao cliente e agregando valor à reputação do estabelecimento. O Presidente Global reforça o apoio do Grupo Vontier à região: eldquo;Estamos entusiasmados com as oportunidades que a América Latina oferece e comprometidos em seguir colaborando com nossos parceiros locais para impulsionar o desenvolvimento e crescimento sustentável da regiãoerdquo;, afirma Dave Coombe. Bruno Rosas destaca ainda outros ganhos que a fábrica mundial proporcionará ao mercado local, eldquo;Há uma tendência em considerar o Brasil tecnologicamente atrasado em relação ao exterior. Isso ocorre principalmente porque em outros países, o modelo de negócio onde o consumidor final interage com o equipamento, fez com que tecnologias fossem disponibilizadas e implementadas em larga escala. Com a nossa fábrica produzindo internacionalmente, mudaremos esta visão porque traremos essas tecnologias e ajustaremos as condições ao mercado brasileiro, a custos acessíveis, uma vez que os laboratórios de desenvolvimento estarão fisicamente no Brasil, mas atuando de forma globalerdquo;. As primeiras bombas brasileiras já se encontram em teste na fábrica da Gilbarco Veeder-Root nos Estados Unidos, e o primeiro lote deverá ser exportado no ano que vem.

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