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Petrobras fica com maioria de lotes em leilão

A Petrobras foi a maior vencedora do 5.º leilão de petróleo da União, realizado ontem pela Pré-Sal Petróleo (PPSA). A estatal ficou com três dos 7 lotes licitados, que totalizam 36,5 milhões de barris, dos 74,5 milhões ofertados. A empresa levou os lotes 1, 4 e 7. Ao todo, a disputa movimentou R$ 28 bilhões, montante R$ 3 bilhões acima do previsto pela PPSA. O valor ajudará a engordar os cofres públicos, mas entrará aos poucos, à medida que a carga de petróleo for entregue aos vencedores. A Petrochina, em parceria com a Refinaria de Mataripe, arrematou os lotes 5 e 6 endash; cerca de 10 milhões de barris de petróleo. A Galp, em parceria com a ExxonMobil, ficou com o lote 2 (14 milhões de barris), com lance de US$ 1,35 por barril. E a Equinor arrematou o lote 3, por US$ 1,11 por barril. ebull;

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Preço de alimentos cai pela primeira vez em 10 meses, e IPCA-15 fica em 0,26%

O IPCA-15, que representa a prévia da inflação, foi de 0,26% em junho, desacelerando pela quarta vez consecutiva, após registrar 0,36% em maio. O alívio nos alimentos, que já vinha sendo observado no mês anterior, se intensificou e chegou à primeira deflação após nove meses consecutivos de alta, com queda nos preços do tomate, ovo e do arroz. Esse movimento foi acompanhado por um recuo na gasolina, que também ajudou a puxar o índice para baixo. O resultado, divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira, veio abaixo do esperado pelos analistas de mercado, que projetavam 0,30%. Nos últimos 12 meses, o índice também teve desaceleração, registrando 5,27%, abaixo dos 5,40% observados em maio. O número segue acima da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CNM) em 3%, com margem de tolerância para cima de até 4,5%. O Relatório de Política Monetária, publicado nesta quinta-feira, mostrou que as projeções oficiais de inflação do Banco Central ficam acima da meta até o fim de 2027. A expectativa é de que o índice feche 2025 em 4,9% e fique em 3,6% no fim de 2026. Economistas acreditam que, embora o IPCA-15 de junho indique um certo alívio, com sinais de que o período de pressões possa estar perto do fim, o cenário segue desafiador para a inflação, com uma economia que continua mais aquecida que o esperado. Em junho de 2024, a taxa foi de 0,39%, enquanto o acumulado no ano ficou em 3,06%. O resultado do índice do mês só não veio menor por conta da energia elétrica residencial, que teve aumento de 3,29% no preço. A alta acompanhou a mudança na bandeira tarifária e foi responsável pelo maior impacto positivo. Na alimentação no domicílio, que teve recuo de 0,24%, as principais quedas foram registradas nos preços do tomate (-7,24%) e do ovo de galinha (-6,95%), violões da inflação durante os meses de março e abril, mas que já vinham apresentando queda em maio, e do arroz (-3,44%). No entanto, o café ainda segue com o preço subindo 2,86%, embora tenha apresentado desaceleração em relação ao mês anterior. A gasolina, que apresentou recuo de 0,52%, foi um dos principais impactos individuais negativos do índice. Todos os outros combustíveis também apresentaram recuo, mas ainda assim o grupo de transportes acabou tendo leve alta.

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Gasolina volta a subir no Brasil e diesel mantém desconto

A virada do preço do petróleo nesta semana, após o recuo no conflito entre Israel e Irã, abriu novamente a janela da importação de gasolina no País, segundo a Associação Brasileiro dos Importadores de Combustíveis (Abicom). O combustível está 5% mais caro no Brasil do que no mercado internacional, enquanto o diesel mantém defasagem de dois dígitos nas refinarias da Petrobras, ou preço 10% menor, e 9% abaixo do preço externo na média das refinarias brasileiras, que inclui a Refinaria de Mataripe, da Acelen, na Bahia. Mataripe reduziu o preço da gasolina em 0,4% hoje, mas manteve o preço do diesel inalterado. Já a Petrobras não mexeu no preço dos dois combustíveis em meio à disparada do petróleo nas últimas semanas, evitando trazer a volatilidade do mercado internacional para o País. O último reajuste da gasolina pela estatal foi uma queda de R$ 0,17 no dia 3 de junho, enquanto o diesel teve redução de R$ 0,16 em 6 de maio.

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StoneX projeta crescimento de 1,6% no consumo de combustíveis leves em 2025

A StoneX divulgou projeções atualizadas para o mercado de combustíveis leves no Brasil, já considerando a medida de aumento de mistura aprovada pelo CNPE na última quarta-feira (25). Entre janeiro e maio, as vendas do setor cresceram 2,2% em relação ao mesmo período de 2024, refletindo a retomada da circulação de veículos leves. A companhia mantém a estimativa de alta de 1,6% na demanda do Ciclo Otto em 2025, totalizando 60,6 milhões de m³. A StoneX revisou, por sua vez, as projeções para a dinâmica entre etanol hidratado e gasolina em 2025, com o biocombustível devendo registrar um share menor do que se estimava anteriormente devido a dinâmica menos competitiva frente o fóssil. Essa tendência, por sua vez, deve ser reforçada com a mudança de mistura de etanol anidro sobre a gasolina para o E30, a qual impacta a oferta do biocombustível. eldquo;Dessa forma, sob o cenário de E30 a partir do segundo semestre, estima-se um crescimento da demanda por gasolina C em 4,9% em 2025, atingindo 46,5 milhões m³. O indicador, portanto, deve superar os valores de 2023, tornando-se o melhor ano da série histórica para o consumo de gasolina Cerdquo;, destaca a analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Isabela Garcia. Etanol perde competitividade "A paridade entre etanol e gasolina nas bombas, em 2025, não registra as mesmas cifras do ano passado. No primeiro trimestre de 2024, por exemplo, essa relação de preços girava em torno de 60-61% no estado de São Paulo, extremamente favorável ao etanol hidratado. Já este ano, essa paridade estacionou ao redor de 67%, ainda benéfica ao etanol, mas em um nível que têm trazido diminuição ao consumoerdquo;, pontua o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Marcelo Di Bonifácio Diante esse cenário, o etanol hidratado deve registrar retração de 7,8% no ano, com volume estimado em 20 milhões de m³. A participação do combustível no Ciclo Otto cairá para 23,2%, impactada pela menor paridade de preços frente à gasolina e pela redução da oferta decorrente do aumento da mistura de anidro. eldquo;A paridade entre etanol e gasolina nas bombas, em 2025, não registra as mesmas cifras do ano passado. No primeiro trimestre de 2024, por exemplo, essa relação de preços girava em torno de 60-61% no estado de São Paulo, extremamente favorável ao etanol hidratado. Já este ano, essa paridade estacionou ao redor de 67%, ainda benéfica ao etanol, mas em um nível que têm trazido diminuição ao consumoerdquo;, pontua o analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Marcelo Di Bonifácio Diante esse cenário, o etanol hidratado deve registrar retração de 7,8% no ano, com volume estimado em 20 milhões de m³. A participação do combustível no Ciclo Otto cairá para 23,2%, impactada pela menor paridade de preços frente à gasolina e pela redução da oferta decorrente do aumento da mistura de anidro. E30 impacta o mercado Com a mudança para o E30 a partir de agosto, se espera um aumento de 760 mil m³ de demanda por anidro em 2025 - já contabilizando tanto o impacto direto em si do aumento de mistura quanto a possibilidade de um incremento no consumo de gasolina frente ao etanol hidratado. Contudo, existe a possiblidade de menor consumo do etanol hidratado devido ao encarecimento do álcool, entre 0,6-0,8 milhões de m³. eldquo;Isso porque, com a ampliação na demanda por anidro, o setor produtivo precisará se reorganizar para atender o novo contexto endash; ou seja, no caso da estrutura de produção brasileira, as usinas de cana precisarão desviar seu mix produtivo do açúcar ou do hidratado para atender o consumo de anidroerdquo;, salienta Bonifácio eldquo;Nesta etapa da safra, ao passo que muitas usinas estão com quase todo o volume de exportação de açúcar já fixado, há menor flexibilidade para alterações substanciais no mix açucareiro. Assim, se espera um incremento no mix de anidro na produção de etanol, diminuindo a oferta de hidratadoerdquo;, conclui Rafael Borges.

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Preço da gasolina com mais etanol vai cair menos do que governo prevê, diz Fecombustíveis

A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) afirmou em nota nesta quinta-feira, 26, que o impacto do aumento do etanol anidro na mistura da gasolina deve resultar em redução de custo da gasolina de até R$ 0,02 por litro, divergindo da estimativa de queda de até R$ 0,11 por litro, divulgada pelo governo federal. Já em relação ao óleo diesel, devido ao aumento na mistura do biodiesel de 14% para 15%, o custo deve subir até R$ 0,02 por litro, informou a entidade. A Fecombustíveis se disse preocupada com a decisão de aumentar a mistura de biocombustíveis em um momento de suspensão do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), bem como a redução das ações de fiscalização, decorrentes da limitação orçamentária. eldquo;A Fecombustíveis reforça a importância da manutenção rigorosa dos padrões de qualidade dos combustíveis, especialmente diante da elevação dos teores de etanol anidro (E30) e de biodiesel (B15)erdquo;, disse a Fecombustíveis em nota nesta quinta-feira, 26. eldquo;Neste momento, é de fundamental importância que a ANP mantenha seu papel ativo e contínuo, tanto no monitoramento quanto na fiscalização dos combustíveis para assegurar a qualidade dos combustíveis aos consumidores finaiserdquo;, concluiu. Nesta semana, a ANP anunciou que vai suspender o monitoramento da qualidade de combustíveis em julho por falta de verga.

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Postos dizem que estimativa do governo para queda no preço da gasolina é irreal

Representantes da revenda de combustíveis questionaram nesta quinta-feira (26) as projeções de queda no preço da gasolina feitas pelo governo após anunciar o aumento do percentual de etanol na mistura vendida nos postos. "É completamente irreal", afirmou o Paranapetro, que representa os postos do Paraná. "Se levarmos em conta somente os custos publicados pela Petrobras e pelo Cepea [Centro de Pesquisa Econômica Aplicada da USP], terá um reflexo de no máximo um centavo e meio para as distribuidoras." Na cerimônia em que anunciou que a gasolina passará a ter 30% de etanol a partir de agosto, o MME (Ministério de Minas e Energia) estimou um impacto de R$ 0,11 por litro. A Fecombustíveis, que reúne sindicatos de postos pelo país, diz que ficará, no máximo, em R$ 0,02 por litro. O etanol anidro representa hoje apenas 12,7% do preço final da gasolina nos postos brasileiros, segundo contas da Petrobras. O restante é composto, além da própria gasolina, por impostos e margens de lucro de distribuidoras e postos. Na semana passada, a gasolina foi vendida no país, em média, a R$ 6,23 por litro. Desse total, R$ 2,08 representam a parcela da Petrobras e R$ 0,79 são referentes ao custo do etanol anidro. Impostos estaduais e federais respondem por R$ 1,47 e R$ 0,70, respectivamente. Margens são uma fatia de R$ 1,19. A Fecombustíveis ressalta que os preços dos combustíveis são livres no país. "Por conta da complexidade de precificação (importação, biocombustíveis, CBIOs, conflitos de guerra, entre outros), os postos dependem dos valores de combustíveis repassados pelas companhias distribuidoras", disse. "A chegada desta redução mínima aos postos vai depender do repasse das distribuidoras, conforme a modalidade de compra do etanol por parte de cada companhia de distribuição. O etanol tem um mercado altamente volátil, com variações diárias", reforçou o Paranapetro. Na cerimônia de quarta-feira, o MME alegou que, com mais etanol, o Brasil passará a ser exportador de gasolina, o que pode impactar no preço interno do produto emdash;que passaria a ser vendido pelo preço de paridade de exportação e não de importação, que inclui custos de transporte. A Petrobras, porém, há tempos deixou de seguir a paridade de importação. Vem acompanhando de longe a variação dos preços internacionais, mas mantendo uma pequena defasagem no longo prazo, seguindo promessa de Lula para abrasileirar os preços dos combustíveis. Foi ajudada nestes dois anos de nova política de preços pela queda nas cotações internacionais do petróleo, o que ajuda o governo a alardear que hoje vende combustível mais barato do que no fim do governo Jair Bolsonaro (PL). Na cerimônia desta quarta, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está "vencendo a batalha do preço dos combustíveis". "Isso é fundamental para manter um círculo virtuoso da economia por meio do combate à inflação", afirmou.

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