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Etanol sobe em 13 estados e é competitivo em seis

Os preços médios do etanol hidratado subiram em 13 estados, caíram em 9 e ficaram estáveis em 4 e no Distrito Federal, na semana de 31 de agosto a 6 de setembro. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela agência em todo o país, o preço médio do etanol subiu 0,96% na comparação com a semana anterior, de R$ 4,15 para R$ 4,19 o litro. Em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, o preço subiu 1,01% na comparação semanal, de R$ 3,98 para R$ 4,02 o litro. A maior queda porcentual na semana, de 11,02%, foi registrada no Acre. A maior alta no período, em Goiás, foi de 2,79%. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,19 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,49, foi observado em Pernambuco. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,85, foi registrado em Mato Grosso do Sul, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amazonas, de R$ 5,49 o litro. Etanol é mais competitivo em seis estados O etanol mostrou-se mais competitivo em relação à gasolina em seis estados na semana de 31 de agosto a 6 de setembro. Na média dos postos pesquisados no país, o etanol tinha paridade de 67,91% ante a gasolina no período, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. O etanol é mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes estados: Goiás (67,16%); Mato Grosso (67,30%); Mato Grosso do Sul (65,03%); Minas Gerais (69,19%); Paraná (67,49%) e São Paulo (66,34%). (Estadão Conteúdo)

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ANP publica resolução que aumenta octanagem da gasolina

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou a resolução que eleva a octanagem da gasolina C de 93 para 94, conforme determinado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para o aumento do percentual obrigatório da mistura de etanol anidro. A mistura de etanol à gasolina subiu de 27% para 30% a partir de 1° de agosto. A resolução ANP n° 988/2025, publicada nesta terça-feira (9/9), altera a especificação da gasolina de uso automotivo e as obrigações quanto ao controle da qualidade. Outra alteração estabelecida pelo conselho é a nova massa mínima da gasolina A, que deverá ser de 688,9 kg/m³ Segundo a agência, o objetivo é garantir a manutenção da qualidade da gasolina A (pura) utilizada na mistura e assegurar os benefícios de aumento de octanagem decorrentes da elevação do teor de etanol. As diretrizes foram aprovadas na última reunião da diretoria colegiada da ANP, na sexta-feira (5/9), em processo sob relatoria da diretora Symone Araújo. A entidade realizou consulta pública em julho para receber contribuições sobre o tema. Os diretores aprovaram, ainda, uma carência mínima para aplicação de autuação por não conformidade das novas misturas após alteração na legislação sobre o teor obrigatório do biocombustível. Agora, na cadeia de distribuição, o prazo é de 30 dias para a região Norte, após a entrada em vigor da nova mistura, e 15 dias para as outras regiões. Na revenda, são 60 dias para o Norte e 30 para as demais localidades. As mudanças foram dispensadas da análise de impacto regulatório, por se tratar de ato normativo destinado a disciplinar direitos e obrigações de norma superior, no caso, a Lei do Combustível do Futuro. Segundo cálculos do Ministério de Minas e Energia (MME), o salto de E27 para E30 poderá reduzir o consumo de gasolina A em até 1,36 bilhão de litros por ano e transformar o Brasil em exportador líquido do derivado.

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Investimento em hidrogênio limpo ultrapassa US$ 110 bilhões e desafia pessimismo

Mais de US$ 110 bilhões (R$ 543 bilhões) estão sendo investidos em mais de 500 projetos de hidrogênio limpo em todo o mundo, de acordo com um novo relatório que contesta o crescente ceticismo sobre o futuro desse combustível após uma onda de cancelamentos. O estudo, encomendado pelo Hydrogen Council, descobriu que US$ 35 bilhões (R$ 190 bilhões) em novos projetos alcançaram uma decisão final de investimento no último ano, e que o investimento prometido tem crescido mais de 50% anualmente desde 2020. "O pêndulo tem oscilado entre entusiasmo exuberante emdash;ou exageroemdash; e pessimismo total", disse Ivana Jemelkova, diretora executiva do grupo de lobby. "Se você me disser que o hidrogênio está morto, posso mostrar mais de 500 exemplos de que não está". A promessa do hidrogênio, uma alternativa ao petróleo e gás que produz apenas vapor de água quando queima, atingiu seu auge em 2022, quando a UE (União Europeia) previu que o hidrogênio renovável cobriria um décimo das necessidades energéticas do bloco até 2050, tornando seu sistema industrial e de transporte verde. O gás é amplamente utilizado em refinarias, na fabricação de fertilizantes, e pode alimentar fornos de aço, maquinário pesado e veículos. Mas sua produção, armazenamento e transporte continuam caros e tecnicamente difíceis. A demanda tem sido limitada aos preços atuais, que variam por projeto individual. E embora pelo menos 50 projetos tenham sido abandonados nos últimos 18 meses por grupos como BP, Shell, ArcelorMittal e Iberdrola, Jemelkova disse que isso não reflete uma desaceleração mais ampla. "A indústria está crescendo através do processo de atrito natural emdash;é normal. Foi o mesmo na energia solar", disse ela. China e EUA respondem por mais da metade dos US$ 110 bilhões investidos até agora. Pequim priorizou o hidrogênio "verde", que usa eletricidade renovável para dividir moléculas de água, enquanto Washington se concentrou no hidrogênio "azul", derivado do gás com emissões de carbono capturadas e armazenadas. No total, há agora 1 milhão de toneladas de capacidade de hidrogênio em operação e outros 5 milhões de toneladas em construção, equivalente a cerca de metade do consumo atual dos EUA. "É muito menor do que as pessoas esperavam", disse Sanjiv Lamba, diretor executivo do grupo de gás industrial Linde e copresidente do Hydrogen Council, mas isso mostrou que "projetos em escala, que estão lá para atender à demanda" podem ser competitivos. Grande parte do novo investimento no último ano veio de alguns megaprojetos, incluindo quatro grandes usinas chinesas em construção, Blue Point nos EUA, e o que está sendo desenvolvido pela indiana Hygenco e pela Ameropa da Suíça. "Estamos vendo projetos um pouco mais sérios, que são maiores, que são apoiados pelas tecnologias mais fortes", disse Pierre-Etienne Franc, chefe da gestora de ativos Hy24, que investiu US$ 2 bilhões em hidrogênio limpo. "Desenvolvedores desapareceram, alguns projetos gigantescos também desapareceram. Mas se você realmente olhar para os números, eles são muito melhores do que o que as pessoas estavam dizendo no mercado." Franc disse que o crescimento, e o foco de seu investimento, está cada vez mais na Ásia, no Oriente Médio e nos EUA, enquanto a Europa está ficando para trás. "Se a Europa não se organizar, então vai ficar de fora", disse ele, ecoando críticas generalizadas à abordagem regulatória da UE. Lamba disse que a Europa está sendo prejudicada por uma "falta de pragmatismo" e sua recusa em considerar o hidrogênio azul como uma opção transitória de menor custo. Um dos maiores projetos propostos de hidrogênio azul é a planta da ExxonMobil em Baytown, no Texas, mas a empresa ainda não tomou uma decisão final de investimento. "Estamos preocupados com o desenvolvimento de um mercado mais amplo", disse o chefe da Exxon, Darren Wood, a analistas no mês passado. "Se não pudermos ver um caminho eventual para um negócio orientado pelo mercado, não avançaremos com o projeto." (Financial Times)

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Orçamento da ANP para 2026 será o menor da história, diz diretor-geral

O orçamento previsto para a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) em 2026 será o menor da história da autarquia, afirmou nesta terça-feira (9) o novo diretor-geral, Artur Watt, que tem expectativa de recompor parte dos recursos. Segundo ele, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) prevê R$ 129 milhões para o próximo ano, valor considerado "muito inferior" ao necessário para manter as atividades da agência. "Vamos tentar, com muito diálogo, demonstrar que estão sendo cortadas funções essenciais da ANP, que geram recursos públicos, como os leilões, além de atividades fundamentais para a sociedade, como fiscalização e monitoramento da qualidade dos combustíveis no país", disse Watt a jornalistas após a abertura da conferência Rio Pipeline. O diretor destacou que o orçamento previsto representa uma queda de mais de 80% em relação ao montante disponível há dez anos, já que a autarquia sofre reflexos de contingenciamento de recursos do governo federal. No fim de agosto, a ANP participou de uma grande operação que investigou um suposto esquema bilionário de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. A ação apurou o envolvimento de fundos de investimento e fintechs acusados de receber recursos ligados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). (Reuters)

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Energia, passagem aérea, gasolina e alimentos puxam deflação ao consumidor no IGP-DI

Os recuos na tarifa de eletricidade residencial (-4,76%), passagem aérea (-14,72%), tomate (-9,44%), gasolina (-0,61%) e mamão papaia (-17,06%) deram as principais contribuições para a deflação no varejo medida pelo Índice Geral de Preços endash; Disponibilidade Interna (IGP-DI) em agosto, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira, 8. Por outro lado, houve pressões dos aumentos no plano de saúde (0,46%), jogo lotérico (4,11%) e refeição em bares e restaurantes (0,44%). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) saiu de uma alta de 0,37% em julho para uma queda de 0,44% em agosto. Seis das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais brandas: Habitação (de 0,88% em julho para -0,80% em agosto), Educação, Leitura e Recreação (de 0,66% para -1,79%), Alimentação (de -0,04% para -0,50%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,69% para 0,24%), Despesas Diversas (de 1,10% para 0,23%) e Transportes (de -0,18% para -0,24%). Na direção oposta, as taxas foram mais elevadas nos grupos Vestuário (de -0,07% para 0,23%) e Comunicação (de -0,09% para 0,04%). O núcleo do IPC-DI teve alta de 0,20% em agosto, após um aumento de 0,33% em julho. Dos 85 itens componentes do IPC, 42 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, passou de 56,77% em julho para 59,35% em agosto. (Estadão Conteúdo)

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Executivos destacam como etanol pode ajudar na descarbonização

Executivos do setor privado ressaltaram a importância do etanol na transição energética e como ele pode auxiliar na descarbonização durante o CNN Talks - Potência Verde, nesta segunda-feira (8), em São Paulo. João Irineu Medeiros, vice-presidente de Assuntos Regulatórios da Stellantis para a América do Sul, afirmou que o principal desafio na transição energética é a descarbonização, sendo esse também um obstáculo global. O executivo comentou que os veículos estão eldquo;sob o holofoteerdquo; nesta questão, mas ressaltou que a descarbonização do automóvel não é simples, sendo necessário agir eldquo;do berço ao túmuloerdquo; endash; passando desde a mineração, a fabricação da matéria-prima para o veículo, a fabricação, uso e descarte do carro. Porém, Medeiros defendeu um processo trabalhado e que não é necessário fazer um eldquo;saltoerdquo; direto para os veículos elétricos. Para ele, o etanol tem papel fundamental para diminuir o impacto das emissões de CO2, podendo ser usado junto à eldquo;eletrificaçãoerdquo;. eldquo;O CO2 que sai do escapamento do carro é pego pela cana-de-açúcar, que alimenta a próxima safraerdquo;, explicou. Cesar Barros, CEO e presidente do Centro de Tecnologia Canavieira, relembrou a crise do petróleo no Brasil para dizer que o etanol veio de uma demanda da sociedade e que o uso do combustível se tornou útil e popular. eldquo;A cana-de-açúcar é extremamente sustentável; social e ecológicaerdquo;, afirmou. Barros também afirmou a cana-de-açúcar pode ser mais produtiva, sem precisar usar mais áreas. eldquo;É possível dobrar a produtividade do canavial brasileiro até a próxima década com pesquisa e desenvolvimentoerdquo;, observou, exemplificando que o desenvolvimento da semente sintética da planta, já em fábrica, pode possibilitar mais velocidade e maior produtividade. O CNN Talks - Potência Verde reuniu especialistas e autoridades para debater agricultura regenerativa, bionergia e clima antes da COP30, a Cúpula do Clima da ONU, que acontecerá em novembro, em Belém, capital do Pará. O evento marca, também, a estreia oficial da série "Rota Bioceânica", apresentada pelo analista da CNN Brasil Caio Junqueira. O corredor bioceânico é uma alternativa ao Porto de Santos e vai integrar quatro países da América do Sul, entre eles, o Brasil. Estimativas apontam que a rota deve reduzir em 17 dias o transporte de mercadorias que saem do Brasil para a Ásia, e em 30% o valor do frete em relação ao que se gasta para escoar os produtos pelo Oceano Atlântico, via Porto de Santos.

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