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Petróleo fecha em queda após alcançar maior valor em 10 meses

Os preços do petróleo tocaram máximas de 10 meses nesta terça-feira (19) antes de reduzirem ganhos, com os investidores realizando lucro após três sessões de altas que se seguiram a cortes prolongados de produção da Arábia Saudita e da Rússia. Os futuros do preço de referência global do petróleo Brent fecharam com queda de US$ 0,09, a US$ 94,34 o barril. Mais cedo, o valor havia atingido o pico da sessão a US$ 95,96 por barril, o maior nível desde novembro. Os futuros do petróleo bruto dos EUA (WTI) caíram US$ 0,28, a US$ 91,20, após atingirem anteriormente US$ 93,74 por barril, também o maior valor desde novembro. Depois que o Brent ultrapassou US$ 95 o barril nesta terça-feira (19), o banco de investimento UBS informou em nota que começou a realizar lucros. Ainda assim, os estrategistas esperam que o Brent seja negociado entre US$ 90 e US$ 100 por barril nos próximos meses, com uma previsão de final de ano de US$ 95 por barril. Alimentando as preocupações com a oferta, a Arábia Saudita e a Rússia, membros da aliança Opep+, prolongaram este mês os cortes combinados de oferta de 1,3 milhão de bpd até ao final do ano. O governo da Rússia está considerando impor tarifas de exportação sobre todos os tipos de produtos de petróleo de US$ 250 por tonelada emdash;muito mais altas do que as taxas atuaisemdash; de 1º de outubro até junho de 2024 para enfrentar a escassez de combustível, disseram fontes à Reuters nesta terça. Além disso, a produção de petróleo dos EUA nas principais regiões produtoras de xisto está a caminho de cair para 9,393 milhões de barris por dia (bpd) em outubro, o nível mais baixo desde maio de 2023, disse a Administração de Informação de Energia dos EUA na segunda-feira. Essa seria a terceira queda mensal consecutiva.

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Preço de combustíveis é ponto de incerteza para inflação dentro da meta, diz FGV

A inflação brasileira ainda tem espaço para fechar o ano de 2023 abaixo do teto da meta. No entanto, os preços dos combustíveis e seus efeitos indiretos sobre a economia representam o "grande ponto de incerteza" para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). A avaliação é do economista André Braz, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). Apesar da recente subida das cotações do petróleo, o que pode compensar o impacto de eventuais altas dos combustíveis no Brasil é a queda dos preços dos alimentos, segundo o pesquisador. O IPCA, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), serve como referência para a meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central). No acumulado de 2023, o centro da medida é de 3,25%. A tolerância é de 1,5 ponto percentual para mais (4,75%) ou para menos (1,75%). Ou seja, a meta será cumprida se o IPCA ficar dentro desse intervalo até dezembro. Braz participou nesta terça-feira (19) da divulgação dos novos dados do IPGF (Índice de Preços dos Gastos Familiares), indicador lançado neste ano pelo FGV Ibre. Nesta quarta (20), o Copom (Comitê de Política Monetária) anuncia a taxa básica do juros emdash;instrumento usado para conter a inflação. "Ainda há espaço para a gente ter no IPCA uma inflação dentro do intervalo de tolerância da meta. Quer dizer, um número até 4,75%, mesmo se a Petrobras divulgar novos reajustes", afirma Braz. "Do outro lado, a alimentação vem caindo de preço. Os alimentos estão compensando outras fontes de pressão." Na mediana, as projeções de analistas do mercado financeiro apontam IPCA de 4,86% em 2023, conforme a edição mais recente do boletim Focus, divulgada na segunda (18) pelo BC. A estimativa está acima do teto da meta, mas diminuiu em relação ao relatório anterior (4,93%). Braz, no entanto, destaca que a recente alta dos preços do petróleo no mercado internacional pode forçar reajustes em produtos como a gasolina e o óleo diesel no Brasil. Nesta terça, a gasolina vendida nos polos da Petrobras apresentava defasagem de 9% em relação aos preços internacionais, segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). O último reajuste anunciado pela estatal ocorreu em meados de agosto. "Daqui para frente, pode ser que ocorram novos aumentos. A questão do petróleo ainda não se resolveu lá fora", diz Braz. Em nota, a Petrobras afirmou que não antecipa suas decisões de preços e que eventuais ajustes são realizados "no curso normal de seus negócios, suportados por análises técnicas e independentes". "A empresa segue, contudo, observando o equilíbrio com os mercados internacional e nacional, levando em consideração a sua participação no mercado, que permite a otimização dos seus ativos de refino, operando-os de maneira segura e rentável", disse a companhia. Os preços dos alimentos, por sua vez, vêm caindo no Brasil em meio a um cenário de safra maior e alívio de parte dos custos produtivos. A alimentação no domicílio acumulou queda de 0,62% no período de 12 meses até agosto, segundo o IPCA. Como mostrou a Folha, foi a primeira vez que esse segmento mostrou deflação no acumulado de 12 meses desde maio de 2018. Braz alerta que fenômenos climáticos como o El Niño trazem riscos para os preços nos próximos meses. A magnitude dos efeitos, contudo, ainda é incerta, de acordo com o economista. O El Niño é caracterizado pelo aquecimento anormal do Oceano Pacífico na região da linha do Equador, elevando as temperaturas globais. Cientistas dos Estados Unidos declararam o início do fenômeno em junho. No Brasil, o evento aumenta a chance de grandes volumes de chuva no Sul e eleva o risco de períodos mais secos no Nordeste e no Norte, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). O IPGF é elaborado pelo FGV Ibre a partir de uma cesta de bens e serviços cujos pesos são atualizados mensalmente a partir de mudanças no padrão de consumo das famílias. A ideia é captar de uma maneira mais rápida do que o IPCA o efeito que a substituição de itens gera sobre os preços. Em agosto, o IPGF subiu 0,03%, abaixo do índice oficial do IBGE (0,23%). No acumulado de 12 meses, a alta do indicador do FGV Ibre foi de 2,78%, também inferior à do IPCA (4,61%). A expectativa dos responsáveis pelo IPGF é de que o acumulado fique mais próximo do centro da meta de inflação deste ano (3,25%), se comparado ao indicador do IBGE.

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Biodiesel pode economizar 30 bilhões de litros de diesel

Aumentar o uso de biocombustíveis no transporte brasileiro pode reduzir as emissões de CO2 em até 71,6 milhões de toneladas até 2030, superando as emissões de Portugal em 2021. Isso ajudaria a combater as mudanças climáticas, já que o setor de transporte é um grande emissor de gases de efeito estufa. Além disso, contribuiria para que o Brasil cumprisse até 39% de suas metas no Acordo de Paris, fortalecendo os esforços globais de mitigação das mudanças climáticas. O relatório "How biofuels can speed up decarbonization" da consultoria Oliver Wyman apresenta três cenários de descarbonização com o uso de biocombustíveis, como etanol, biodiesel, diesel renovável, combustível de aviação sustentável e gás natural comprimido. Esses cenários, se implementados, têm o potencial de reduzir o consumo de 30,4 bilhões de litros de diesel até 2030, de acordo com estimativas do relatório. O Brasil pode atingir uma mistura de 20% de biocombustíveis no diesel até 2030, em comparação com os 15% de 2016, resultando na substituição adicional de 5% do diesel convencional e uma redução de cerca de 7,1 MtCO2eq. O relatório também destaca o exemplo da Indonésia, que planeja chegar a uma mistura de 35% até o final de 2023, sugerindo que essa meta de 20% é alcançável no Brasil devido a semelhanças como abundância de matéria-prima, localização em regiões tropicais e dependência da importação de diesel estrangeiro. Hoje, cerca de 25% do diesel consumido no Brasil é importado e, se o Brasil conseguir atingir níveis de mistura semelhantes aos da Indonésia, poderá reduzir as importações para 5% e aumentar a contribuição total do biodiesel para as metas NDC, com redução de 29 MtCO2eq. As informações são da consultoria Oliver Wyman.

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Redução das importações de diesel deve favorecer Vibra Energia, preferida do BBA entre distribuidora

As importações totais de diesel apresentam queda desde março, de acordo com relatório do Itaú BBA, e devem seguir nessa tendência, mesmo com ligeiro aumento em agosto. Conforme a análise, entre as razões para a queda estariam o aumento da oferta e o possível gap de preço da Petrobras (PETR4) em relação à paridade de importação. O aumento de agosto, segundo o BBA, foi motivado por efeitos de sazonalidade e o mês também apresentou aumento de importações de diesel russo, em detrimento de outras fontes. eldquo;Acreditamos que a combinação de aumento da oferta doméstica e a maior estabilidade de preços da Petrobras deve reduzir a atratividade do mercado brasileiro para importadores independentes, o que deve proporcionar um melhor ambiente competitivo para as maiores distribuidoras de combustíveis e, eventualmente, permitir a expansão das margens e a recuperação do ROICerdquo;, diz a análise. No setor, o BBA considera como preferida a Vibra Energia (VBBR3), com preço-alvo de R$ 19,30, por apresentar melhores condições para se beneficiar do cenário mais competitivo. Aumento de participação da Vibra Em termos de participação no mercado de combustíveis, a Vibra já aumentou sua fatia em julho e demonstrou que sua estratégia de recuperação de mercado está dando resultados, de acordo com o BBA. As concorrentes Ipiranga (subsidiária da Ultrapar) e Raízen (RAIZ4) assistiram queda no mesmo período. Dentro da divisão de mercado, a categoria de eldquo;outros distribuidoreserdquo; (empresas com menor expressão ou players independentes) teve ligeiro aumento na participação de mercado também em julho. Nos meses anteriores, os considerados eldquo;player independenteserdquo;, segundo o BBA, apresentaram aumento nas importações, o que explica os dados de participação de mercado. Ainda que os dados de agosto ainda não tenham sido divulgados, o banco estima que a participação no mercado será reduzida, uma vez que houve diminuição de 56% nas importações em julho. Essa redução deve, inclusive, impulsionar um aumento de contratos com as maiores distribuidoras. Avaliação de VBBR3 e UGPA3 Entre os nomes da cobertura do Itaú, Vibra e Ultrapar (UGPA3) se destacam, mas o valuation da primeira a torna mais atrativa, de acordo com a análise, com múltiplos P/E de 11,6x, abaixo da sua média de cinco anos. A Ultrapar, por sua vez, negocia a 16X o P/E, perto de sua média histórica e tem preço-alvo de R$ 19,20 estabelecido pelo BBA. Ambas recuaram nesta terça (19), com Vibra cedendo 1,09%, a R$ 19,12, enquanto Ultrapar recuou 2,19%, a R$ 18,75. No ano, ambas têm se valorizado, com variação positiva de quase 23% para Vibra e de 51,8% para Ultrapar.

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EXPOCOM 2023 vai oferecer produtos, serviços e muito conteúdo para a revenda

Todos os caminhos dos bons negócios e da informação para a revenda de combustíveis no sul do país levam a um só destino em outubro: a EXPOCOM 2023. Realizada pelo Paranapetro nos dias 26 e 27 de outubro, no Espaço Torres Jardim Botânico, em Curitiba, reúne uma seleção das maiores e mais importantes empresas do segmento, com 43 expositores na área central do pavilhão e mais uma Alameda de Serviços. Grandes marcas, novidades em produtos e serviços, inovações tecnológicas, networking e muito conteúdo fazem parte da programação destes dois dias intensos. Desde novos modelos de bombas de combustíveis até sistemas para informatizar toda a operação, passando por contabilidade e segurança, a EXPOCOM chega com a expectativa de criar um painel com oportunidades para os empresários do setor serem mais eficientes e aumentarem as vendas. eldquo;Estamos trabalhando muito, desde o ano passado, para que nossa feira de negócios seja, além da maior do sul do Brasil, também a segunda em tamanho e importância depois da ExpoPostos eamp; Conveniência, que acontece em São Paulo e é uma referência na América Latina erdquo;, afirma o presidente do Paranapetro, Paulo Fernando da Silva. eldquo;Teremos um mix muito interessante e abrangente com produtos da indústria, prestação de serviço especializada em postos e muito conhecimento. Pensamos com todo o cuidado para criar uma feira que seja realmente relevante para a revenda, atualizando os empresários para enfrentar um mercado cada vez mais competitivoerdquo;. Os estandes, que ocupam uma área total de 12 mil metros quadrados, estão na linha de frente do evento, reunindo empresas conceituadas e marcas inovadoras (veja lista completa a partir da página 16). eldquo;Mas o encontro de negócios terá ainda uma programação de palestras e workshops abrangente, trazendo muita informação relevante e qualificada, impulsionando o crescimento da revenda e também profissional e pessoal dos empreendedores e profissionais que atuam na áreaerdquo;, explica o presidente. eldquo;Por um lado, a EXPOCOM será uma oportunidade única no sul do país para que as empresas estabeleçam contato direto com donos e compradores de postos e lojas de conveniência. Por outro, os revendedores terão num só lugar tudo que precisam para se manterem atualizados e competitivos. Não é a toa que o slogan é: Abasteça seu conhecimentoerdquo;, completa Paulo Fernando. eldquo;Trazemos ainda uma convocação especial: a participação de todos os associados é fundamental para mostrar a força e união da nossa categoria empresarial, que é muito importante para a sociedade e precisa estar bem representadaerdquo;. Festa do Revendedor Gastronomia saborosa, shows contagiantes, muita diversão e uma grande confraternização da revenda de todo o Paraná. Estes são apenas alguns dos ingredientes que esperam os associados do Paranapetro e seus convidados na Festa do Revendedor 2023, que será realizada no dia 25 de outubro, às 20h, no Clube Curitibano, um dos espaços para eventos mais aconchegantes de Curitiba. Produzida em todos os detalhes para garantir uma noite inesquecível aos convidados, a Festa este ano terá duas atrações de grande destaque nacional: Luiza Possi e Tiago Abravanel. Uma das novidades é a nova data: será realizada numa quarta-feira, permitindo assim que os associados que vêm do interior possam ter mais facilidade para aproveitar os dois grandes eventos que acontecem em sequência, a própria festa e, nos dois dias seguintes, a feira EXPOCOM, que ocorre em 26 e 27/10.

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Críticas à contribuição sindical lideram menções sobre trabalho nas redes sociais, diz estudo

Uma análise de mais de 1,2 milhão de menções a relações trabalhistas e temas correlatos nas redes sociais mostra que críticas à contribuição sindical dominam as citações. De acordo com levantamento realizado a pedido da UGT (União Geral dos Trabalhadores) pela LLYC, 27,1% do total de menções são críticas ao repasse, visto como forma de tirar dinheiro dos trabalhadore "Os temas dessa conversa abordam a aversão ao imposto sindical, crítica a Lula devido a seu posicionamento favorável em relação aos sindicatos e críticas aos sindicatos", afirma o estudo, que destaca um pico de citações no contexto das eleições presidenciais de 2022. Para além das críticas à contribuição sindical, o levantamento que abrange o período de janeiro de 2021 a janeiro de 2023 apontou que o segundo bloco de conversas sobre sindicatos, com 11,6% das menções, tem um viés positivo, como defesa do trabalho dessas entidades e de trabalhadores de aplicativos. Na semana passada, o STF (Supremo Tribunal Federal) entendeu que é válida a obrigação do recolhimento da cobrança. O trabalhador, para não pagar, terá de se valer do direito de oposição emdash;ou seja, terá de dizer que é contra. A reforma trabalhista de 2017 acabou com o chamado imposto sindical, que somava cerca de R$ 3 bilhões ao ano para os cofres de sindicatos. A cifra era uma importante fonte de custeio das entidades, e desde então elas vinham discutindo formas de retomar o dispositivo. A divulgação do levantamento, nesta terça-feira (19), ocorre na véspera do encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu par americano, Joe Biden, às margens da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York. Os chefes de estado devem assinar um pacto pelo trabalho decente na presença de sindicalistas e da OIT (Organização Internacional do Trabalho). O presidente da UGT, Ricardo Patah, é uma das lideranças que vai acompanhar o evento. A central aproveita para lançar na terça uma campanha chamada Geração T, cujo objetivo é "apoiar e mobilizar a nova geração de trabalhadores brasileiros por um novo modelo laboral e um novo ambiente para o desenvolvimento do trabalho nas empresas". "É um projeto que busca tornar o sindicato mais relevante na discussão dos temas de direitos trabalhistas, pejotização, saúde do trabalho, saúde mental. A UGT quer buscar um outro tipo de diálogo com os trabalhadores para que consiga mobilizar a classe para esses objetivos mais determinados, focados na qualidade do trabalho", afirma Patah. A análise encomendada pela central também identifica o que chama de desinformação em relação ao trabalho realizado pelos sindicatos. "As gerações Z e millenials buscam mais autonomia, independência e propósito no trabalho, mas não têm conhecimento sobre o papel dos sindicatos na proteção dos seus direitos", diz o estudo. Na sexta-feira (15), uma pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que o número de trabalhadores associados a sindicatos teve nova redução no Brasil em 2022. Segundo o órgão, o contingente de ocupados que eram sindicalizados recuou para 9,1 milhões no ano passado. É a primeira vez que o número fica abaixo de 10 milhões na série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), iniciada em 2012. Os 9,1 milhões de sindicalizados representavam 9,2% do total de ocupados com algum tipo de trabalho no país (99,6 milhões). Também é a primeira vez que a taxa de sindicalização fica abaixo de 10% na série histórica.

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