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Volvo encerra produção de carros a diesel para sempre; XC90 foi o último

Após mais de 45 anos de produção e tradição no segmento, a Volvo confirma nesta semana sua saída definitiva do mercado de veículos a diesel. A promessa havia sido anunciada no fim do ano passado e está sendo cumprida agora com a produção do último modelo equipado com motor do tipo. Trata-se de um exemplar do XC90, pintado na cor azul e que será destinado ao acervo do museu World of Volvo em Gotemburgo, na Suécia. Ao longo de décadas de atuação no segmento, a Volvo vendeu mais de 9 milhões de carros a diesel em todo o mundo. A contagem foi iniciada em 1991 e pode ser ainda mais ampla, já que as vendas realizadas de 1979 até 1991 não foram registradas. A decisão de abandonar o diesel representa uma mudança e tanto dentro da história da Volvo. Até 2019, por exemplo, a maioria dos veículos vendidos pela marca na Europa eram movidos a óleo. Por sua vez, os elétricos representavam uma percentagem muito pequena nas vendas totais. Hoje, a tendência se inverteu e a maioria dos carros Volvo vendidos na região são totalmente elétricos ou híbridos do tipo plug-in. A marca citou a mudança na demanda do mercado, as regulamentações de emissões mais rigorosas e seu foco na virada para eletrificação como as principais razões para abandonar o diesel. Embora os motores a óleo emitam menos CO2 em comparação com os motores a gasolina, são responsáveis por emitir mais óxido de azoto (NOx) - o que tem efeito bastante negativo na qualidade do ar. A Volvo já declarou que deverá se tornar uma marca exclusivamente elétrica até 2030 e pretende alcançar a neutralidade em carbono até 2040. O cronograma foi mantido, apesar do recuo anunciado recentemente por outras marcas, como Mercedes-Benz e Bentley.

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CNT apresenta ao ministro dos Transportes impacto do aumento da mistura de biodiesel no diesel

O presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte) apresentou, nesta quarta-feira (27), ao ministro dos Transportes, Renan Filho, o impacto para a atividade transportadora da mistura do biodiesel de base éster ao diesel fóssil. O teor da mistura, que era de 10% em 2022, hoje é de 14%, em atendimento à resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética). A política foi implementada como parte da estratégia nacional de transição energética. Na prática das empresas, porém, a mudança na composição tem se revelado prejudicial. Em reunião realizada na sede da pasta, em Brasília (DF) endash; que também contou com a participação da ex-ministra e ex-senadora Kátia Abreu, do diretor executivo da CNT, Bruno Batista, e da gerente executiva Ambiental da CNT, Erica Marcos endash;, a Confederação reforçou a sua posição de condicionar o aumento da mistura a testes de viabilidade técnica; aprimorar as especificações do biodiesel utilizado no Brasil; implementar medidas de controle de qualidade; e sempre considerar o setor de transporte nas políticas públicas. O presidente Vander Costa falou da importância da definição, de forma técnica e objetiva, da mistura adequada do teor de biodiesel a ser adicionado ao diesel a fim de garantir uma redução eficiente e emissões. eldquo;Entendemos que é necessário ampliar o debate e o setor de transporte precisa ser ouvido. Temos trabalhado com dados técnicos e testes que comprovam que teores acima de 10% aumentam o consumo e os custos operacionais do transporteerdquo;, disse. Durante a reunião, foram exibidos resultados da Sondagem CNT sobre o biodiesel brasileiro, na qual se colheram informações de 710 empresários do setor de transporte. Entre os entrevistados, 60,3% relataram a incidência de problemas mecânicos relacionados ao teor da mistura. As principais ocorrências dizem respeito ao aumento da frequência de troca de filtros (82,7%) e a falhas no sistema de injeção (77,1%). Como resultado, foi percebido um aumento nos custos com a manutenção dos veículos. Também foi compartilhado o case da Sambaíba, atuante no transporte público de São Paulo. Em 2023, a empresa monitorou os tanques da garagem e realizou testes em campo, comparando diferentes teores de biodiesel. O resultado foi que, acima de 10%, foi constatada a presença de borra (resíduo) em tanques, filtros e peças automotivas. Com isso, a limpeza dos tanques, que era anual, precisou ser realizada em meses alternados. A frota, por sua vez, visivelmente perdeu potência. Novamente, registrou-se aumento total de gastos na operação. Os participantes também tiveram acesso aos dados do estudo encomendado pelo Sistema Transporte à UnB (Universidade de Brasília). Os pesquisadores tomaram como base a performance de dois caminhões, um Ford Cargo 815 (fase P5) e um Mercedes-Benz Accelo 815 (fase P7). Quando abastecidos com diesel B20 (20% de biodiesel na mistura), em comparação com o B7, os motores sofreram perda de potência de até 10% e perda de torque de até 2,5%, sob a mesma rotação. Quando se adotou diesel B20, ambos os veículos emitiram monóxido de carbono com valores acima dos limites estabelecidos pelo Proconve. O presidente da CNT também citou o Projeto de Lei nº 4.516, conhecido como eldquo;Combustível do Futuroerdquo;, aprovado, neste mês, na Câmara dos Deputados, condicionando o aumento do teor do biodiesel de base éster no diesel fóssil a testes de viabilidade técnica. Além disso, o texto instituiu o óleo vegetal hidrotratado mediante o Programa Nacional de Diesel Verde, que prevê a sua participação volumétrica obrigatória. O ministro Renan Filho acolheu o pleito da CNT e afirmou entender a importância e a emergência da questão. eldquo;O setor de transporte é o maior consumidor de biodiesel hoje no país e precisa ser ouvido. Precisamos tratar essa questão da transição energética com cuidado e garantir que o que está sendo definido permite ao Brasil avançar.erdquo; Compromisso Para o diretor Bruno Batista, é fundamental destacar que o setor transportador tem uma preocupação legítima com a sustentabilidade ambiental. eldquo;Desde 2007, desenvolvemos ações com esse foco, por meio do Programa Despoluir. Acreditamos que é essencial abrir debater também outras soluções, como o diesel verde (HVO), já utilizado em outros países e que permite custo-benefício e segurança melhores aos transportadores.erdquo;

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Combustível do Futuro: Alckmin pede que Senado aprove rapidamente PL

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, pediu rapidez dos senadores para a aprovação do projeto de lei (PL) do Combustível do Futuro. eldquo;A Câmara fez um belo trabalho. É aprovar rapidamente no Senado, ser sancionada e trazer investimentos no Brasilerdquo;, disse. As falas foram feitas em evento realizado pela Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) com objetivo de discutir o potencial do setor de biodiesel para alavancar a industrialização em cidades do interior do Brasil. O vice-presidente afirmou que o momento é de comemoração. eldquo;Em 15 meses, saímos de B10 para uma perspectiva de B25, como prevê o Combustível do Futuroerdquo;, disse sobre a mistura de biodiesel no diesel. Além de Alckmin, estavam presentes no evento os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Agricultura, Carlos Fávaro, além de parlamentares. Silveira afirmou que o país tem potencial não apenas para ser autossuficiente, mas também para eldquo;exportar sustentabilidadeerdquo;. eldquo;Precisamos ter coragem. Nosso governo não transige na questão ambiental, mas não podemos admitir se vamos ou não fazer, o que nós temos que discutir é como vamos fazer. É uma potencialidade naturalerdquo;, disse. O deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), relator do PL do Combustível do Futuro, disse no evento que o tema se tornou uma política duradoura e não mais circunstancial. eldquo;Deixou de ser polêmica entre governo, oposição e situaçãoerdquo;, afirmou. Segundo ele, entre os próximos passos está avançar na produção de alternativas como o biometano. O evento, chamado eldquo;Construindo o Futuro endash; Biodiesel e Desenvolvimento Sustentável nos Municípioserdquo;, se propõe a eldquo;comprovar, com dados estatísticos, os reais benefícios de o Brasil investir na expansão do biodiesel nacionalerdquo;, conforme afirma o presidente da FPBio, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS). O tema do uso de novos combustíveis faz parte da agenda verde conduzida pelo governo federal e com apoio no Congresso. Há duas semanas, a Câmara dos Deputados aprovou o PL do Combustível do Futuro, que cria programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano, além de aumentar a mistura de etanol e de biodiesel à gasolina e ao diesel, respectivamente. O PL é visto como um passo fundamental para estabelecer segurança jurídica e de apoio para a expansão da produção e adoção dos combustíveis sustentáveis. (Estadão Conteúdo)

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Petróleo fecha em queda, após salto em estoque dos EUA amplificar temores por demanda

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, 27, após o inesperado salto nos estoques da commodity nos Estados Unidos amplificar os temores em relação à demanda. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI para maio encerrou a sessão em baixa de 0,33% (US$ 0,27), a US$ 81,35. Já o do Brent para junho negociado na Intercontinental Exchange (ICE) caiu 0,26% (US$ 0,22), a US$ 85,41. A pressão sobre o ativo prevaleceu desde a madrugada, horas depois de o American Petroleum Institute (API) estimar um avanço de 9,3 milhões de barris nos estoques americanos de petróleo na semana encerrada em 22 de março. O movimento se confirmou no final da manhã, quando o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) informou um aumento de 3,165 milhões de barris nos inventários nos EUA. O número contrariou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam redução de 1,2 milhão de barris. No lado da oferta, investidores aguardam a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+), marcada para 3 de abril. Conforme relatos de múltiplos veículos da imprensa estrangeira, o cartel deve manter a produção petrolífera inalterada, o que contribui para o sinal negativo das cotações. Para a chefe de Dinheiro e Mercados da Hargreaves Lansdown, Susannah Streeter, essa questão segue no foco das mesas de operações. eldquo;Novos ataques dos rebeldes Houthi no Mar Vermelho nos últimos dias e a ausência de um cessar-fogo em Gaza deverão ajudar a manter um piso para os preçoserdquo;, projeta. (Estadão Conteúdo)

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Petrobras diz buscar solução harmoniosa para inclusão de Diesel R em PL

A Petrobras vai pleitear no Senado que o seu biocombustível coprocessado (Diesel R) tenha também um mandato para a mistura no diesel, a exemplo do biodiesel, mas não quer criar atrito nessa demanda, afirmou o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da estatal, Mauricio Tolmasquim. "A gente quer fazer isso em harmonia. Se não for entrar no mandato do biodiesel, pode ser um mandato à parte, como já tem com o SAF (biocombustível de aviação). Vamos discutir uma maneira harmoniosa de fazer isso", disse Tolmasquim após apresentação no Brazil Offshore Wind Summit 2024, sendo realizado no Rio de Janeiro. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Shell vai trocar 1.000 postos de gasolina por carregadores para elétricos

A Shell, empresa multinacional petrolífera, acaba de divulgar que pretende zerar suas emissões de carbono até 2050. Para chegar nessa meta, a companhia informa que vai fechar 1.000 postos de combustível até o final de 2025. No lugar, pontos de carregamento para carros elétricos serão instalados. eldquo;A energia contribuiu para o desenvolvimento humano, permitindo que muitas pessoas em todo o mundo vivessem vidas mais prósperas. Hoje, o mundo deve satisfazer a crescente procura de energia, ao mesmo tempo que enfrenta o desafio urgente das alterações climáticas. Sinto-me encorajado pelo rápido progresso na transição energética nos últimos anos em muitos países e tecnologias, o que reforça a minha profunda convicção na direção da nossa estratégiaerdquo;, disse Wael Sawan, CEO da Shell. Com isso, o objetivo da empresa é praticamente quadruplicar o número de eletropostos próprios em todo o mundo, mais especificamente na China e na Europa. De acordo com o relatório, a meta é alcançar a marca de 70 mil estações de recarga ainda em 2024. No ano seguinte, o plano já é chegar em 200 mil pontos. Fora isso, o foco das instalações será em carregadores públicos. Ou seja, em opções mais potentes, que garantem recargas em menos tempo. eldquo;Estamos nos concentrando na cobrança pública, em vez da cobrança doméstica, porque acreditamos que será mais necessária para nossos clientes. Temos uma grande vantagem competitiva em termos de localização, pois nossa rede global de postos é uma das maiores do mundoerdquo;, afirma o relatório. Para isso, cerca de 500 instalações de postos comuns serão fechados a cada 12 meses, o que representa aproximadamente 8% de todos os locais de abastecimento da marca. A Shell só não especificou em quais locais isso será realizado. Vale lembrar que, em parceria com a BYD, a Shell já inaugurou o maior posto de carregamento de modelos eletrificados do mundo. O eletroposto fica ao lado do aeroporto de Shenzhen, onde também fica a sede da montadora chinesa. Segundo a empresa, a estação de recarga tem 258 pontos de carregamento. No Brasil, a Shell anunciou, quando inaugurou o primeiro eletroposto do Brasil, que faria 35 estações de recarga no país até 2023 com carregadores de 50 kW e 150 kW. Atualmente, são cerca de 12 pontos já funcionando.

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