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Transição energética exige recursos e cronograma para substituir combustíveis fósseis

Há consenso sobre a necessidade de acelerar o processo de substituição de fontes de energia poluentes por outras que causem menos impacto ao planeta. A forma como se dará essa mudança em relação a financiamento e velocidade é um debate que se impõe. É também inegável que uma transição energética justa, eficiente e com emissão zero de carbono precisa ir aos poucos prescindindo dos combustíveis fósseis, mas com a indústria petrolífera integrada à expansão das fontes renováveis, que devem se complementar. Um esforço conjunto que deve reunir os diversos setores produtivos. A avaliação é de especialistas que participaram de um debate sobre a crise global do clima promovido pelo projeto G20 no Brasil, que reúne O GLOBO, Valor e rádio CBN, no dia 2 de outubro. Considerando a necessidade de uma compreensão ampla dos setores, o gerente de sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Carlos Victal, destacou que, para que haja descarbonização na matriz energética, é fundamental que novas tecnologias sejam desenvolvidas. Ele lembrou que algumas iniciativas já dão resultados, como a captura e a estocagem de gás carbônico nos reservatórios de petróleo, processo que, segundo ele, o Brasil domina. Victal também defendeu que o setor que representa é estratégico na transição energética não apenas na redução da pegada de carbono em seus processos, mas para atrair investimentos. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Etanol de milho deve garantir oferta do biocombustível

Apesar dos desafios na safra de cana-de-açúcar para o ciclo 2024/25 no Centro-Sul, como a seca nos estados e incêndios em São Paulo, o mercado de etanol no Brasil deve continuar positivo, especialmente devido ao aumento da produção de biocombustível feito a partir do milho. Essa análise foi feita por Breno Cordeiro, da consultoria StoneX, na quinta-feira, dia 10. Queda projetada de 3,2% A consultoria prevê que, na safra atual, que termina em março do próximo ano, a moagem total de cana será de 593 milhões de toneladas, uma queda de 3,2% em relação à temporada 2023/24. eldquo;Ainda há possibilidade de redução na produtividadeerdquo;, destacou Cordeiro em seu relatório. Mais 30% Nesse contexto, ele estima que a produção de etanol a partir do milho crescerá 30% em comparação com a temporada anterior, ajudando a compensar a queda na safra de cana. A oferta total de etanol deve aumentar 1,2%. A projeção foi feita durante o 7º Encontro Desafios e Oportunidades dos Mercados de Commodities. Demanda em alta No cenário global, a demanda por etanol, especialmente o hidratado, continuará em alta. Para o quarto trimestre de 2024, as projeções indicam uma demanda de 20,9 bilhões de litros de etanol hidratado, um aumento de 30,3% em relação ao mesmo período de 2023. Isso mesmo com a expectativa de que a safra 2024/25 seja mais curta que a de 2023/24, segundo o relatório da StoneX. Por outro lado, os incêndios no Brasil deixaram consequências a longo prazo, como a queda de produtividade de cana-de-açúcar para a safra 2025/26. Mesmo sem números precisos, a StoneX já considera a possibilidade de o Brasil voltar a ter uma relação de preços entre o etanol e a gasolina que pode fazer o consumidor optar pelo combustível fóssil ao abastecer o veículo. Mix da 25/26 Para o próximo ciclo (2025/26), a expectativa é que a oferta total de etanol seja menor. Somado a isso há uma redução da safra de cana e uma valorização de mix mais açucareiro, fazendo com que a produção de etanol possa recuar 2,8%, mesmo com a produção de outras origens em alta, como milho e trigo. As previsões para as exportações de açúcar para o ciclo de 2025/26 deverão eldquo;desacelerarerdquo;, provocando uma redução e um favorecimento aos embarques do etanol brasileiro. A StoneX estima que as exportações de etanol aumentem 5% em 2025/26. O negócio do biocombustível trará capital para as usinas como um efeito compensatório, algo que não vinha acontecendo, pois o produto estava voltado principalmente ao mercado doméstico. Cordeiro, entretanto, explica que essa movimentação não é extraordinária, nem nova ou sequer ruim. Ele indica uma eldquo;normalizaçãoerdquo; do ritmo de exportações de etanol acumulados no histórico do Brasil desde a safra 2021/22. Com a mudança no foco, a queda esperada de destinação do etanol para o mercado interno é de 3,7% na temporada 2025/26, destacou o analista. Já o mercado de açúcar deve ainda sofrer os efeitos do encerramento da colheita em 2024/25 e das preocupações com as consequências das queimadas e períodos secos nas regiões produtoras do Brasil. Com a entressafra, a oferta da commodity tende a diminuir. De outro lado, o diferencial de preço em relação ao etanol hidratado está em mais de 700 pontos e continua em processo de eldquo;maximizaçãoerdquo;. A situação favorece o direcionamento de matéria-prima para a commodity, que deve chegar a 51% no mix de produção das usinas.

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Petrobras aprova projeto piloto de produção de hidrogênio verde

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (10) seu primeiro projeto de produção de hidrogênio renovável, conhecido como hidrogênio verde, combustível visto como principal alternativa para a redução de emissões em setores industriais de difícil descarbonização. Com investimento de R$ 90 milhões, o projeto-piloto será construído em Alto Rodrigues, no Rio Grande do Norte, em terreno onde a estatal tem uma térmica a gás natural. Será alimentado por energia solar já instalada no local e que será ampliada. A previsão da empresa é que a unidade entre em operação no primeiro trimestre de 2026, tendo como foco testes para o uso do combustível na geração de energia e para mistura no gás natural usado em térmicas. "É o primeiro passo para futuras iniciativas comerciais no segmento de hidrogênio sustentável", afirmou, em nota, o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim. "A produção de hidrogênio renovável a partir da eletrólise da água utilizando energia solar não apenas reduz a emissão de gases de efeito estufa, como também promove o uso de recursos naturais abundantes e sustentáveis no país", completou. A usina solar instalada na área da térmica Vale do Açu será ampliada doa atuais 1,1 MW (megawatt) para 2,5 MW de capacidade total, o suficiente para abastecer a unidade de eletrólise prevista para o local. A mistura de hidrogênio verde com gás será testada em microturbinas que estão sendo desenvolvidas pela Petrobras. Em abril, Tolmasquim havia anunciado planos da estatal para dois projetos-piloto de hidrogênio verde, um no Nordeste e outro no Sudeste. A Petrobras é a maior consumidora de hidrogênio do país, mas ainda restrito ao combustível gerado a partir do gás natural. O hidrogênio verde é visto como alternativa para a produção de fertilizantes, produtos químicos e uso em indústrias de grandes emissões, como a siderúrgica. Pode também ser transformado em combustíveis líquidos para veículos. É visto como grande oportunidade para o Brasil industrializar o grande potencial de geração de energia renovável, já que é um produto de difícil exportação. O anúncio da unidade no Rio Grande do Norte representa um dos poucos avanços da Petrobras em seus planos de retomar investimentos em energias renováveis, anunciados em 2023 após anos vendendo ativos nesse segmento. A companhia tem investido também na produção de diesel com mistura de matérias primas fósseis e renováveis, mas ainda não anunciou grandes projetos de geração de energia solar ou eólica, um dos pilares desse plano.

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Petróleo sobe 4% com tempestade nos EUA e temores sobre Israel e Irã

Os preços do petróleo subiram cerca de 4% nesta quinta-feira (10) devido ao aumento no uso de combustível nos Estados Unidos antes do furacão Milton passar pela Flórida, riscos na oferta do Oriente Médio e sinais de que a demanda por energia pode crescer nos EUA e na China. Os futuros do petróleo Brent subiram US$ 2,82, ou 3,7%, para fechar a US$ 79,40 o barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiu US$ 2,61, ou 3,6%, a US$ 75,85. Nos EUA, o maior produtor e consumidor de petróleo do mundo, o furacão Milton atingiu a Flórida, onde cerca de um quarto dos postos de combustível ficaram sem gasolina e a tempestade deixou mais de 3,4 milhões de residências e empresas sem energia. "Fechamentos de vários terminais de produtos, atrasos nas entregas de caminhões-tanque e interrupção no movimento de oleodutos provavelmente afetarão o fornecimento até a próxima semana, devido às amplas quedas de energia", disseram analistas da empresa de consultoria energética Ritterbusch and Associates em nota. "Essa vasta incerteza na infraestrutura de petróleo da Flórida geralmente tem apoiado os valores da gasolina", disse Ritterbusch. Os futuros de gasolina dos EUA estavam liderando o complexo energético, fechando com alta de cerca de 4,1% nesta quinta. Os contratos de referência do petróleo dispararam no início deste mês depois que o Irã lançou mais de 180 mísseis contra Israel em 1º de outubro, aumentando a perspectiva de retaliação contra as instalações de petróleo iranianas. Com Israel ainda sem responder, os contratos do petróleo diminuíram mais uma vez e permaneceram relativamente estáveis durante a semana. Mas os investidores permaneceram cautelosos, já que o Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, prometeu que qualquer ataque contra o Irã seria "letal, preciso e surpreendente". Em uma medida que pode impulsionar a demanda por petróleo no segundo maior consumidor de petróleo do mundo, a China publicou um projeto de lei com o objetivo de promover o desenvolvimento do setor privado, a mais recente medida do país para aumentar a confiança dos investidores em meio à desaceleração econômica. Nos EUA, os mercados ficaram mais confiantes de que o Federal Reserve cortaria as taxas de juros em novembro, depois que dados mostraram um aumento nos pedidos semanais de auxílio-desemprego e um aumento anual na inflação. (Reuters)

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Plano da Petrobras pode chegar a US$ 110 bilhões

A Petrobras vai anunciar, em novembro, as diretrizes de negócios para os próximos cinco anos com investimentos que podem alcançar US$ 110 bilhões, ante os US$ 102 bilhões do plano atual, segundo apurou o Valor. A tendência é que a empresa mantenha a produção de petróleo e gás como carro-chefe. A prioridade do Plano Estratégico 2025-2029, o primeiro sob a gestão de Magda Chambriard, estará na exploração de novas fronteiras, caso da Margem Equatorial e da Bacia de Pelotas, e na atuação em petroquímica e fertilizantes. Os projetos em baixo carbono, que ganharam relevância na gestão anterior da companhia, ainda farão parte do plano, embora devam ter menor atenção. As indicações de que o plano não deve priorizar os investimentos em baixo carbono chamam a atenção de analistas e de fontes próximas da companhia em meio a um cenário de emergência climática. Projetos de energia limpa, como eólica, solar e hidrogênio verde, ajudam a reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Procurada, a Petrobras não quis comentar. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Varejo tem queda de 2,4% em setembro em comparação a agosto, diz estudo

O varejo teve uma queda de 2,4% em setembro em comparação a agosto e, no comparativo anual, o índice apresentou queda de 1,9%, segundo a 21ª edição do Índice de Atividade Econômica Stone. O estudo, que apresenta dados mensais da movimentação varejista no país, é uma iniciativa da Stone, empresa de tecnologia e serviços financeiros, com o Instituto Propague. Nesta quinta, o IBGE divulga o resultado do comércio em agosto. - O resultado de setembro é o pior do varejo no ano, sendo a segunda queda dos últimos quatro meses. Além disso, o resultado é acompanhado de baixas também no comparativo anual, revertendo uma tendência até então positiva - explica Matheus Calvelli, o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone. São consideradas as operações via cartões, voucher e Pix dentro do grupo StoneCo. Os oito segmentos analisados registraram queda mensal. Os setores de móveis e eletrodomésticos e livros, jornais, revistas e papelaria apresentaram a maior retração, com uma queda de 3,5%, seguido por tecidos, vestuário e calçados (3,0%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,8%), material de construção (2,0%), artigos farmacêuticos (1,9%) e combustíveis e lubrificantes (1,8%). No recorte regional, quatro estados apresentaram resultados positivos no comparativo anual: Roraima(5%), Amazonas (3,6%), Maranhão (1,8%) e Goiás (0,6%).Já entre os resultados negativos, 22 estados apresentaram queda em relação a setembro do ano passado: Ceará(-10%), Mato Grosso do Sul (-7,6%), Rondônia (-6,4%), Tocantins e Santa Catarina (-5,8%), Paraíba(-5,0%), Distrito Federal (-4%), Espírito Santo (-4,2%), São Paulo (-3,9%), Piauí (-3,6%), Mato Grosso(-3,4%), , Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Pernambuco (todos com -3%), Acre (-2,8%), Alagoas (-2,7%),Minas Gerais (-2,5%), Amapá (-2,1%), Rio Grande do Norte (-2%), Sergipe (-1,6%) e Rio Grande do Sul(-0,3%)

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