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Venda de veículo sobe 14,3% em agosto, diz Fenabrave

Com 237,4 mil unidades emplacadas, as vendas de veículos novos tiveram crescimento de 14,3% no mês passado, ante agosto de 2023. O resultado, que engloba carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, foi divulgado nesta terça-feira, 3, pela Fenabrave, a associação que representa as concessionárias. O desempenho, que supera as previsões das montadoras, é atribuído à melhora nas condições de crédito, na esteira da queda dos juros, com o mercado de trabalho aquecido e aumento da renda, além da demanda firme das locadoras de automóveis, que estão renovando suas frotas. O resultado leva para 13,4% o crescimento das vendas de veículos no acumulado desde o início do ano. De janeiro a agosto, foram licenciados 1,62 milhão de veículos no Brasil. Na comparação com julho, melhor resultado mensal do ano, as vendas caíram 1,6%, mas esta variação negativa é explicada pelo calendário com um dia útil a menos de vendas em agosto. Venda de motos As vendas de motos tiveram crescimento de 14,8% em agosto, ante o mesmo período de 2023, chegando a 163,9 mil unidades. Na comparação com julho, houve alta de 4,5% nas vendas do veículo de duas rodas. Com isso, as vendas de motocicletas acumularam crescimento de 19,9% nos oito primeiros meses do ano, totalizando 1,25 milhão de unidades. Esse número supera as vendas de carros de passeio, que somaram 1,2 milhão de unidades no período.

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Entenda o projeto que incentiva o uso de 'combustíveis do futuro' que deve ser votado no Senado

O Senado deve votar na nesta quarta-feira (4) um projeto que incentiva o uso de eldquo;combustíveis do futuroerdquo;. A proposta, aprovada pela Comissão de Infraestrutura (CI) nesta terça-feira (3), inclui sete emendas na íntegra e incorpora parcialmente outras oito sugestões. O relator do projeto, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), confirmou ao R7 que o texto foi ajustado e está pronto para votação no plenário. Aprovado na comissão, o projeto busca promover o uso de combustíveis mais limpos e sustentáveis, conhecidos como eldquo;combustíveis do futuroerdquo;. Se aprovado no plenário do Senado, o projeto trará mudanças significativas na legislação atual para incentivar a produção, comercialização e uso de biocombustíveis, biometano e combustíveis sintéticos. O objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa e impulsionar a transição energética no Brasil. Entre os principais combustíveis do futuro abordados no projeto, destacam-se os biocombustíveis, o biometano e os combustíveis sintéticos, cada um com características específicas que contribuem para uma matriz energética mais sustentável. Entenda os principais pontos Etanol: O novo percentual de mistura de etanol à gasolina será de 27%, com variação entre 22% e 35%. Atualmente, a mistura pode chegar a 27,5%, com um mínimo de 18% de etanol. Biodiesel: O biodiesel, atualmente misturado ao diesel fóssil em 14% desde março deste ano, poderá ter um acréscimo de um ponto percentual de mistura anualmente a partir de março de 2025, até atingir 20% em março de 2030. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) definirá o percentual da mistura, que poderá variar entre 13% e 25%. Para garantir a qualidade do óleo diesel, um regulamento será estabelecido para a adoção de um sistema de rastreamento dos combustíveis do ciclo diesel em toda a cadeia produtiva. A adição voluntária de biodiesel em percentual superior ao fixado será permitida para determinados usuários listados no projeto, incluindo transporte público, transporte ferroviário, navegação interior e marítima, frotas cativas, equipamentos e veículos usados na extração mineral, geração de energia elétrica e tratores e maquinários usados na agricultura. Essas adições deverão ser informadas à ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Combustíveis sintéticos: O projeto também inclui a regulação e fiscalização dos combustíveis sintéticos, produzidos a partir de rotas tecnológicas como processos termoquímicos e catalíticos, que podem substituir parcial ou totalmente combustíveis fósseis. A ANP será responsável pela regulamentação dessas atividades. Estocagem de CO2: O texto regula a captura e estocagem geológica de CO2, com diretrizes para segurança, eficácia, sustentabilidade econômica e integração de infraestruturas. Empresas autorizadas poderão realizar essas atividades por meio de contratos de permissão de até 30 anos, renováveis por igual período, se cumpridas as condições estabelecidas. As empresas deverão seguir diretrizes específicas e estarão sujeitas a monitoramento e auditorias pela ANP. O projeto incorpora pontos discutidos anteriormente no PL 1.425/2022, incluindo a definição de contratos específicos para a utilização do subsolo nacional e a necessidade de um processo competitivo para a cessão desses bens. Também foi prevista a responsabilidade de longo prazo, com um período mínimo de 20 anos para o monitoramento pós-fechamento. Diesel verde: O Programa Nacional do Diesel Verde (PNDV) visa incentivar a pesquisa, produção, comercialização e uso desse biocombustível. O CNPE definirá anualmente a quantidade mínima de diesel verde a ser adicionada ao diesel vendido ao consumidor final, sem um prazo final fixado, permitindo reavaliações conforme a necessidade. A emenda da senadora Tereza Cristina (PP-MS) determina que a responsabilidade pela mistura do biocombustível será dos produtores e importadores de diesel, e não dos distribuidores, para facilitar a fiscalização. Aviação: O Probioqav (Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação) incentiva a pesquisa e adição do combustível sustentável de aviação (SAF) ao querosene das aeronaves. A partir de 2027, operadores aéreos deverão reduzir as emissões de gases do efeito estufa em pelo menos 1% ao ano, aumentando a meta anualmente até alcançar 10% em 2037. A redução poderá ser alcançada pela mistura do SAF ao combustível regular da aviação ou por outros meios alternativos. Biometano: O projeto cria o Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano, para promover a pesquisa, produção, comercialização e uso do biometano e do biogás. O CNPE estabelecerá metas anuais de redução de emissões de gases do efeito estufa, começando com 1% em janeiro de 2026 e podendo chegar a 10%. A redução poderá ser comprovada pela compra de biometano ou de um Certificado de Garantia de Origem de Biometano (CGOB). Empresas que não cumprirem a meta estarão sujeitas a multas que variam entre R$ 100 mil e R$ 50 milhões, com exceção dos pequenos produtores e importadores. O relator acatou parcialmente emendas para permitir a conversão de multas em depósitos no FNDIT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico) e para esclarecer objetivos e ajustar o texto para incluir o Proconve (Programa de Controle de Emissões Veiculares). O biometano, obtido a partir da decomposição de material orgânico, pode substituir o gás natural em suas aplicações.

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Fecombustíveis recomenda defesa de postos revendedores prejudicados por bloqueio dos recursos

A Fecombustíveis tomou conhecimento, por matérias publicadas na mídia, que a empresa InoveBanco (i9), que atua no mercado de adquirência, estaria com suas operações suspensas por ordem judicial oriunda de inquérito penal que tramita em uma das Varas Criminas da Justiça Federal em Campinas/SP. Em razão da suspensão das operações da empresa InoveBanco, milhares de empresas, dentre as quais centenas de postos revendedores de combustíveis localizados em diversos estados brasileiros podem estar sofrendo a interrupção dos repasses dos valores de combustíveis legitimamente vendidos aos consumidores, fato que inegavelmente abala a regular atividade comercial desses postos e, ao cabo, culmina por prejudicar difusamente o bom funcionamento do mercado e o consumidor final. Diante desta situação e considerando que o inquérito penal de onde teria partido a ordem de bloqueio tramita em segredo de justiça, a Fecombustíveis recomenda que todos os postos revendedores que, eventualmente, tenham sido prejudicados pela ordem judicial procurem a assessoria jurídica por meio de advogado, para que avaliem individualmente cada caso e adotem as medidas legais cabíveis junto a autoridade judicial responsável pelo bloqueio. Por fim, a Fecombustíveis reforça que não compactua com empresas que, eventualmente, estejam agindo de modo ilegal ou irregular, pelo contrário, esta entidade sempre se pautou pelo repúdio e pela denúncia de práticas irregulares nos mercados de distribuição e revenda de combustíveis. No entanto, ressaltamos que é necessário que se observe o devido processo legal e que não sejam lançadas na mesma situação de eventuais infratores centenas de empresas honestas, que vêm sendo prejudicadas pelo bloqueio de valores que lhes são legitimamente devidos e indispensáveis para regular a continuidade de suas atividades.

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Projeto de combustíveis do futuro avança em comissão do Senado

A Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou, nesta terça-feira (3), a proposta que cria os programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano. Conhecido como projeto de combustíveis do futuro, o texto também amplia a mistura de etanol à gasolina e de biodiesel ao diesel. O texto agora vai ao plenário, em regime de urgência. A matéria foi votada e aprovada pela Câmara dos Deputados em março, atendendo a demandas do setor de petróleo e gás, que vinha reclamando da proposta, e com amplo apoio do agronegócio, que deve se beneficiar com o incentivo à produção do biodiesel. O chamado diesel verde engloba o biodiesel do tipo ester, produzido a partir da reação química de um álcool com óleos vegetais oriundos da cana ou da soja, por exemplo. O PL recebeu parecer favorável do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) com sete emendas, além da inclusão parcial de outras oito sugestões. "Aqui, o propósito do Senado não era simplesmente de carimbar e dar como concluído esse projeto. Fizemos quatro audiências públicas para tratar do tema, então todos puderam falar. Penso que fizemos contribuições e qualificamos o projeto", disse o relator. Das alterações feitas pela comissão, está a proposta de incentivo ao uso de matérias-primas produzidas pela agricultura familiar na geração de biocombustíveis. O novo percentual de mistura de etanol à gasolina será de 27%, com variação entre 22% e 35%. Atualmente, a mistura pode chegar a 27,5%, sendo, no mínimo, de 18% de etanol. O texto prevê que o percentual de biodiesel no diesel poderá aumentar um ponto percentual até atingir 20% em março de 2030. Caberá ao CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) definir o percentual da mistura, que poderá ficar entre 13% e 25%. Para assegurar a qualidade do óleo diesel, um regulamento definirá a metodologia para a adoção de um sistema de rastreamento dos combustíveis do ciclo diesel em todos os elos da cadeia produtiva. Também de acordo com o texto aprovado, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) vai regular e fiscalizar os combustíveis sintéticos, e que podem substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil. Veneziano enfatizou que será responsabilidade do CNPE, que é subordinado ao Ministério de Minas e Energia, avaliar os custos e os benefícios relativos à elevação dos percentuais de adição de biocombustíveis tratados no projeto de lei. A proposta também prevê definições sobre movimentação, captura e estocagem geológica de gás carbônico (CO2); pesquisa, a produção e a adição no querosene das aeronaves do chamado combustível sustentável de aviação, para impulsionar o uso do SAF (Combustível de Aviação Sustentável, traduzindo do inglês), para reduzir as emissões do setor aéreo; e cria o Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano.

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Piora da seca deve dificultar navegação no rio Amazonas e pode aumentar preço de produtos

Já na próxima semana o rio Amazonas deve ficar inavegável para navios, e a projeção é de agravamento da seca no Norte do país durante o mês de setembro. Uma estrutura logística foi montada para que nem a Zona Franca de Manaus nem a capital do estado sofram com desabastecimento de insumos e produtos, mas o governo local admite a possibilidade de alta nos preços. Atualmente, pelo menos 36 dos 62 municípios do estado estão com difícil acesso em razão do baixo nível das águas emdash;que não atinge só o Amazonas, mas é recorde no Solimões e no Madeiraemdash; e no mínimo 77,5 mil famílias já sofrem efeitos da estiagem extrema. " No ano passado, os portos ficaram dois meses sem funcionar, sem receber carga. Isso causou prejuízo, desabastecimento no comércio Neste ano, não há expectativa disso em razão desse movimento [logístico], mas haverá um aumento inevitável no preço dos produtos", afirmou à Folha o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil). A Casa Civil, responsável por coordenar a sala de situação da seca na Amazônia, disse que monitora os estoques de combustíveis e energia, e que trabalha com alternativas para atendimento das demandas, mesmo com as baixas dos rios, utilizando embarcações de menor porte. "Desde a estiagem de 2023, os órgãos federais têm se preparado para uma possível repetição de seca extrema", afirma a pasta. E acrescenta que finaliza a contratação, por cinco anos, de dragagem as hidrovias da região. O governo do Amazonas diz que distribuiu 730 toneladas de alimentos pelo estado, e irá destinar 6.000 caixas de#39;água de 500 litros para a população, além de instalar purificadores e estações de tratamento. Há a expectativa que uma reunião com os governadores do Norte aconteça no Palácio do Planalto, inclusive com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para tratar da situação, mas o encontro ainda não tem data marcada. Segundo boletim divulgado nesta terça-feira (3) pelo Cemadem (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia), a seca em agosto foi menos grave do que em julho, mas a situação deve piorar novamente em setembro. A projeção do centro aponta que o número de municípios em situação de seca extrema (a penúltima mais grave pela graduação do órgão) deve subir de 201 para 232 neste mês. "Essa situação exige atenção e ações preventivas para minimizar os impactos socioeconômicos e ambientais, sobretudo em relação ao maior risco de propagação do fogo", diz o Cemadem, que extende o diagnóstico também para Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. A expectativa do governo é que o rio Amazonas fique inavegável para navios a partir do próximo dia 9 emdash;essas embarcações conseguiriam trafegar, no máximo, até a região de Itacoatiara. Por isso, foram montadas portos temporários nesta altura do Amazonas, para que dali em diante produtos e insumos subam o rio em balsas menores, para garantir que a cidade de Manaus não fique desabastecida. O custo dessa operação gira em torno de R$ 40 milhões e foi financiada pela iniciativa privada, e por isso deve impactar o preço dos produtos para o consumidor final. Segundo dados da defesa civil nacional, compilados pelo governo estadual, a seca atinge com mais força as regiões do Alto e do Médio Solimões, do Juruá e de Purus, onde todos os municípios tem acesso difícil. As regiões do Madeira, Baixo Solimões e Baixo Amazonas também apresentam este quadro, em menor grau. O cenário real pode ser pior, uma vez que as informações são inseridas no sistema pelos próprios municípios, e é muito provável que haja subnotificação. Todo o estado está em estado de emergência e também enfrenta uma onda recorde de incêndios, que são potencializados pela seca histórica que atinge a região Norte. O MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) marcou nos próximos dias atos e protestos em todos os estados da Amazônia reivindicando ações de proteção e reparação às comunidades mais vulneráveis e impactadas pelos efeitos das mudanças climáticas.

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PIB mostra economia mais forte e resistente, e Brasil poderá enfrentar melhor seus desafios fiscais

A divulgação do PIB do segundo trimestre conta várias histórias sobre o país. Desde 2020 o crescimento supera as estimativas. Não está sendo diferente agora. Pelo quinto ano consecutivo, as boas surpresas nos dados do IBGE sugerem um voo de cruzeiro na casa dos 3,0%. Erros sistemáticos são um sinal de que algo mudou e o passado deixou de ser uma referência segura para o futuro. E a história diferente no Brasil pós-pandemia pode estar na combinação de reformas econômicas com a força do setor exportador. É possível que as amplas mudanças nas regras econômicas feitas entre 2016 e 2021 estejam produzindo efeitos positivos sobre a capacidade de o país crescer. Foram alterações capazes de atrair investimentos, reduzir o risco da economia e trazer maior estabilidade. As reformas mostram que o país tem sido capaz de enfrentar suas crises e avançar. O novo desenho do sistema tributário poderá reforçar este quadro, melhorando o ambiente de negócios e favorecendo o crescimento. O setor exportador também tem sido um destaque. O volume de exportações e importações como proporção do PIB mudou de patamar e reflete tanto o aumento da produção de petróleo quanto a elevada produtividade do agronegócio. Questões conjunturais ajudam. O primeiro semestre foi favorecido por estímulos fiscais e monetários, além de níveis historicamente baixos de desemprego. O resultado é um ritmo de crescimento da renda que segue o padrão observado durante o último ciclo de commodities, permitindo sustentar a confiança de empresários e consumidores. Somados, estes fatores não apenas fazem com que o crescimento seja mais forte, mas também mais resistente a choques. Mesmo com eventos climáticos frequentes e um quadro de menor crescimento global, o desempenho da economia continua surpreendendo. Com uma economia mais forte e resiliente, outros riscos podem ser descartados, como as crises políticas e financeiras que costumam acompanhar as recessões. Este bom desempenho será importante a partir de agora. Com uma economia mais robusta, o país poderá enfrentar melhor seus desafios, que é controlar a inflação e a dívida pública. Com preferências políticas por mais despesa, espaço limitado para aumento da carga tributária, dificuldade em mudar a estrutura de gastos do Estado, incentivos para expansão fiscal dados pela competição eleitoral e fragilidade das regras fiscais, o endividamento do Estado deve manter sua trajetória de alta. O resultado será juros elevados, crédito mais caro e menor espaço para avanço do consumo e do investimento. A boa notícia é que, pelo menos, o ponto de partida será melhor. (Análise por Roberto Padovani)

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