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Vibra buscará recuperar participação no mercado de combustíveis aos poucos

A Vibra Energia (BVMF:VBBR3) vai trabalhar para recuperar gradualmente a participação no mercado de combustíveis que tinha no início de 2023, em médio e longo prazos, após adotar estratégia que reduziu suas compras externas no ano passado, perdendo espaço para outras companhias, disse nesta terça-feira o CFO Augusto Ribeiro. A perda de mercado ocorreu após a Vibra optar em um primeiro momento por não considerar a compra de diesel da Rússia --que se tornou a maior fornecedora externa do país em 2023 -- como alternativa, enquanto avaliava questões de compliance, uma vez que o país sofre sanções ocidentais por conta da guerra com a Ucrânia. O recuo da participação de mercado da Vibra, tradicionalmente a líder no setor, também ocorreu diante de estratégia da companhia de buscar maior rentabilidade e privilegiando os clientes diretos B2B e sua rede embandeirada. "A ordem grandeza é mais ou menos o e#39;sharee#39; que nós tínhamos depois do começo de 2023. Acreditamos ser um tamanho relevante, ideal e alinhado com a expectativa de rentabilidade, alinhado com a expectativa que nós temos para Vibra. Então, mais ou menos, seria esse nosso objetivo aí no prazo mais longo", disse Ribeiro, em teleconferência com analistas de mercado. A Vibra publicou na véspera que registrou lucro líquido de 3,3 bilhões de reais no quarto trimestre do ano passado, superior ao resultado de 566 milhões de reais no mesmo período do ano anterior em meio a recuperações tributárias, apesar de uma queda nas vendas de combustíveis e na participação de mercado. "Recuperação de e#39;market sharee#39; não será através de preço", disse o executivo, pontuando que a empresa buscará canais, projetos e estratégias que agreguem maior participação nas vendas do setor. A fatia de mercado da companhia atingiu 24,8% no quarto trimestre de 2023, queda de 3,5 pontos percentuais ante o mesmo período do ano passado. Na média anual, a participação atingiu 25,9%, redução de 2,4 pontos percentuais ante a média de 2022. A Vibra não especificou imediatamente se falava de diesel ou combustíveis em geral. O CEO da Vibra, Ernesto Pousada, reiterou que a companhia agiu com diligência buscando se qualificar como importadora do diesel da Rússia, estabelecendo processos e governança para garantir que essas compras sejam feitas dentro das regras internacionais. MAIS IMPORTAÇÕES EM 2024 O executivo destacou que a empresa agora tem a melhor posição competitiva em termos de fonte de suprimento e voltará a importar de "maneira mais relevante ao longo de 2024", inclusive da Rússia caso seja vantajoso, sem revelar perspectivas de volumes. "Nós temos uma cota maior da Petrobras (BVMF:PETR4) e temos a capacidade de importar como ninguém o diesel da fonte que for necessário e da fonte mais competitiva", afirmou Pousada. O produto da Rússia tem sido ofertado, por alguns períodos, com desconto em relação a outras origens, conforme Moscou se mobiliza para garantir uma maior diversificação de compradores diante de sanções dos países do G7 aos derivados produzidos no país por conta da guerra da Ucrânia. OFERTA DA ENEVA Questionado por um analista, Pousada voltou a comentar proposta de fusão da Eneva (BVMF:ENEV3) no ano passado e reiterou posicionamento publicado à época, de que considerou "injustificável" relação de troca em oferta. O executivo ponderou, no entanto, que a empresa estará sempre aberta a escutar propostas que possam gerar valor para o longo prazo da Vibra e também para os acionistas. (Reuters)

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Petróleo fecha em baixa, com cautela por demanda da China e dos EUA

O petróleo se desvalorizou na sessão desta terça-feira, 5, em um dia de certa cautela no exterior. Não há empolgação com a demanda das maiores economias do mundo, após decisões macroeconômicas da China vistas como decepcionantes e com perspectiva de cortes de juros menos agressivos nos Estados Unidos. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em baixa de 0,75% (US$ 0,59), a US$ 78,15 o barril, enquanto o Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 0,91% (US$ 0,76), a US$ 82,04 o barril. O Congresso Nacional do Povo chinês não trouxe notícias que suscitassem otimismo sobre a demanda da maior importadora de commodities do mundo. O Danske Bank, por exemplo, afirmou que o anúncio de metas e medidas para 2024 eldquo;decepcionou o mercado por não trazer sinais claros de estímulos econômicos mais robustoserdquo;. No Ocidente, pesa no sentimento a espera por dados de emprego dos EUA e discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, nesta semana. Os investidores aguardam mais informações que possam trazer pistas sobre o futuro da trajetória de juros por lá, mas, no geral, as apostas têm se ajustado em direção a um relaxamento monetário menor neste ano. Ainda, a expectativa para dados de estoques americanos dificultou uma recuperação expressiva dos preços, segundo a analista Isabela Garcia, da StoneX. O mercado espera mais uma semana de alta dos inventários de petróleo. Isso, disse Garcia, mostraria uma dificuldade do mercado americano em restabelecer os níveis de consumo de petróleo. Esses drivers se sobrepuseram à guerra no Oriente Médio, mesmo sem previsão de cessar-fogo à vista. (Estadão Conteúdo)

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Etanol compensa, mas motoristas ainda abastecem mais com gasolina

Mesmo estando mais econômico, o brasiliense não adotou o etanol. Pelos preços atuais, o biocombustível se mostra mais vantajoso em comparação com a gasolina. O consumo aumentou, mas não superou o derivado do petróleo. Segundo pesquisa no Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), atualmente, em média, o litro do etanol está na faixa dos R$ 3,62, enquanto o litro da gasolina fica em R$ 5,81 no Distrito Federal. O cálculo para aferir a vantagem é simples. Basta o consumidor dividir o valor na bomba do litro do biocombustível pelo preço cobrado pela gasolina. Se a divisão foi menor ou igual a 0,7, significa que compensa abastecer com etanol. eldquo;O etanol está compensando, não só no DF, mas quase em todo território nacional. No DF, Entorno e Goiás, compensa abastecer com o etanolerdquo;, afirmou o presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis, Paulo Tavares. eldquo;O etanol hoje no meu posto está R$ 3,49. Se dividir esse valor pela gasolina que vendo a R$ 5,79, vai dar 0,6. Ou seja, o preço do etanol está 60% do preço da gasolina. Até o limite de 70%, compensa o etanolerdquo;, completou. Segundo Tavares, o etanol consome 30% mais de combustível na média nos carros. O consumidor irá abastecer mais vezes, mas nos preços atuais, financeiramente, no bolso vai sobrar mais dinheiro. Vantagem (parcialmente) ignorada De acordo com Tavares, há aproximadamente 5 meses o etanol tem sido mais vantajoso para os consumidores. O sindicato notou uma tendência de aumento de consumo, mas uma parcela dos motoristas ainda não busca o etanol. eldquo;A população ainda não percebeu. É a ilusão de ir mais vezes ao posto de gasolina. A sensação de voltar ao local mais vezes para encher o tanque parece que você está gastando mais. Mas você gasta menos dinheiroerdquo;, assinalou. Golpe do metanol Diante da vantagem de preços nos postos de combustíveis, golpistas começaram a vender produtos adulterados. O etanol é substituído por metanol. Há casos em Goiás e São Paulo. Não há registros ainda no DF. Produzido em laboratório, o metanol é praticamente igual ao etanol. Mas tem menos rendimento. Ou seja, o combustível queima mais rápido e o consumidor é lesado no bolso, pois precisa abastecer mais vezes. Segundo Tavares, o problema está sendo discutido na Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis). Diante de qualquer suspeita, o consumidor deve denunciar o caso para os órgãos de fiscalização, a exemplo da própria ANP.

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Etanol/Cepea: Preços sobem em fevereiro, penúltimo mês da safra 23/24

Os preços dos etanóis negociados no spot do estado de São Paulo subiram em fevereiro, penúltimo mês da temporada 2023/24. Levantamentos do Cepea apontam que a média mensal do Indicador do hidratado CEPEA/ESALQ foi de R$ 2,1402/litro, aumento de 8,86% em relação à de janeiro. Para o anidro, a elevação foi de 10,6%, com a média passando para R$ 2,4018/litro. Segundo pesquisadores do Cepea, agora, a sustentação dos preços vai depender das expectativas de compradores sobre a oferta, que está relacionada aos estoques e aos custos das usinas, que podem se elevar nesta época do mês.

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Congresso vota gasolina com 35% de etanol; como isso afeta o seu carro

A possibilidade de aumentar o percentual do etanol na gasolina, hoje em 27,5%, para 35% deve ser discutida nos próximos dias na Câmara dos Deputados. A proposta faz parte de seis projetos de lei (PL 528/20 e apensados) que tratam dos "combustíveis do futuro". O texto também permite que a mistura de biodiesel no diesel comum saia dos atuais 15% para até 25% a partir de 2031. O aumento do percentual de etanol na gasolina é uma demanda do governo Lula que começou a ser discutida em maio de 2023, quando o Planalto enviou ao Congresso a primeira proposta de lei sobre o tema. Continue a leitura aqui.

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Combustível do Futuro não terá diesel coprocessado, diz relator Arnaldo Jardim

O relator do projeto de lei do Combustível do Futuro, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), espera fechar nesta terça-feira (5/3) um texto negociado entre Câmara, governo e os setores envolvidos, dos biocombustíveis ao setor automotivo. O parlamentar concedeu uma entrevista exclusiva para assinantes do político epbr na última sexta-feira (1/3), em que reforçou sua posição de não incluir o diesel coprocessado endash; em que óleos vegetais são processados junto com o petróleo na refinaria endash; no mandato do biodiesel. eldquo;Não colocarei o diesel coprocessado. Não por nenhum preconceito (ehellip;) Mas esse projeto trata dos biocombustíveis, do combustível do futuro. Então eu acho que não era o processo adequadoerdquo;, disse Jardim. eldquo;Acho que a indústria, aí no caso, o próprio IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás), tem que continuar com seus questionamentos. Já fiz vários encontros, algumas coisas adequei no projeto, outras estou disposto a adequar, desde que não comprometa aquilo que é a minha convicçãoerdquo;, afirmou. O relatório prevê a ampliação da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel para 20% até 2030, com margem de até 2 pontos percentuais, definida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Na entrevista, Arnaldo Jardim falou também sobre a obrigação de compra de biometano prevista no Programa Nacional de Biometano, entre outros pontos do projeto.

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