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Redes varejistas como a mexicana Oxxo apostam no modelo 'mercadinho da esquina'

Após a chegada ao Brasil da Oxxo, rede mexicana de lojas de conveniência, no fim de 2020, a sensação em cidades como São Paulo é de que existe eldquo;um mercadinho em cada esquinaerdquo;, mas a multiplicação das lojas menores, ou de bairro, é uma tendência no varejo e deve continuar a ganhar força no próximo ano, segundo especialistas do segmento. Hoje, dos 24.414 supermercados de São Paulo, pouco mais da metade, ou 12.560 estabelecimentos, é de pequenos, o que inclui redes de conveniência e minimercados, de acordo com a Associação Paulista de Supermercados. Apenas a Oxxo, em quatro anos de operação, já tem 600 lojas em 24 cidades do estado. A consultoria de mercado Euromonitor avalia que, nos próximos anos, marcas como Oxxo, AmPm (dos postos Ipiranga) e Hirota Office devem continuar expandindo as lojas e investir em soluções fora dos postos de gasolina, instalando estabelecimentos em ruas, condomínios comerciais e residenciais. Uma grande aposta, com a volta do trabalho presencial, são lojas em condomínios empresariais ou sedes corporativas. O valor movimentado por cada minimercado ou lojas de conveniência passou de R$ 8,7 milhões em 2019 para R$ 10,2 milhões no ano passado, segundo a Euromonitor, patamar que deve chegar a R$ 14,2 milhões em 2028. Recentemente, circularam no mercado comentários de que a Raízen estaria interessada em vender sua participação na rede Oxxo, mas, segundo fontes do setor, o movimento seria mais a tentativa de fortalecer o caixa da Cosan (uma das controladoras da Raízen) do que sinal de crise na Oxxo. Outro movimento que pode impactar o segmento é uma possível venda da rede de supermercados Dia, também de venda de proximidade e que está em recuperação judicial, para o empresário Nelson Tanure, que estaria disposto a construir uma rede de porte nacional para concorrer com players já estabelecidos. Hipermercados menores A transação poderia movimentar cerca de R$ 1 bilhão, segundo fontes, mas o valor final ainda dependeria de avaliação a ser feita por uma consultoria independente. Especialistas dizem que os hipermercados estão sendo gradualmente substituídos por supermercados (de tamanho médio), outra forma de ganhar capilaridade por meio de espaços menores. Maurício Morgado, coordenador do Centro de Excelência em Varejo da FGV, diz que os mercados também se tornaram convenientes, porque já não são tão grandes, passando a concorrer com os de menor porte. Ainda assim, o consumidor que precisa comprar algum item de última hora quer fazer isso ao lado de casa, o que ajuda a explicar a popularização dos minimercados, que também incorporaram estacionamento e experiências gastronômicas, para saírem na frente na disputa pelo cliente. emdash; Tem um pedaço da conveniência que é atendido pelos mercados tradicionais, que encolheram. Ao mesmo tempo, alguns (minimercados) têm lojas de tamanho interessante, com estacionamento, então é possível fazer uma compra mais rápida assim como compras pouco maiores emdash; destaca Morgado. Para Marcos Gouvêa, presidente da Gouvêa Ecosystem, consultoria especializada em varejo, embora a conveniência esteja em alta no Brasil, o consumidor está cada vez mais orientado a buscar o melhor valor nas compras. Normalmente, junto com a conveniência, os minimercados trazem preços mais elevados. Ele conta que em países como Japão, Coreia, China e até mesmo nos Estados Unidos, as lojas de conveniência oferecem um diferencial de serviços, como o food service. E o mesmo vale para o Brasil. emdash; Essa parece ser a resposta que o consumidor quer. Acrescentar mais serviço para fugir apenas da comparação de preços emdash; diz Gouvêa. A Oxxo considera a estrutura de lojas otimizadas, com padarias e demais food services, além de área para consumo no local, uma das grandes vantagens do seu modelo de negócios. A empresa também trabalha ao lado da indústria para ter embalagens menores, adequadas ao espaço reduzido dos estabelecimentos, como um diferencial. Uso de dados é central Ana Paula Tozzi, CEO da AGR Consultores, diz que empresas de lojas de conveniência, como a Oxxo, dependem eldquo;de espalhamentoerdquo;, de ter uma filial a cada esquina para reduzir o custo de abastecer as prateleiras quase diariamente. Tanto ela quanto Gouvêa avaliam que a possível venda da fatia da Raízen na Oxxo está condicionada à redução do endividamento da Cosan, e não ligada ao desempenho da rede de lojas de conveniência que está apenas iniciando sua operação no país, com espaço para crescer. Bem-sucedida no México e em outros países da América Latina, a Oxxo soma 21 mil lojas no total. Para Ana Paula, após os minimercados de grandes empresas pressionarem o desempenho de padarias e mercadinhos, a inteligência de dados define quem permanece no mercado. Oferecer o mix certo para cada bairro e saber os horários de pico são essenciais, assim como ajustar sortimento e cobertura por loja, diz ela: emdash; O maior diferencial das grandes redes é que eles sabem trabalhar volumes de dados. É saber que às 17h os consumidores procuram determinado produto em tais lojas. Isso muda o jogo do varejo. A Oxxo usa dados e ferramentas para selecionar os locais onde enxerga potencial de mercado, analisar sortimento de produtos e até o visual adequado a suas unidades. No Carrefour, segundo Marco Alcolezi, diretor executivo de Operações nos formatos super, hiper e express, a tecnologia desempenha um papel crucial na otimização da experiência do cliente, com ênfase na praticidade e conveniência. emdash; A implementação de soluções tecnológicas, como sistemas de self-checkout, aplicativos para rastreamento de produtos, métodos de pagamento ágeis e até o uso de inteligência artificial para sugestões personalizadas, pode contribuir de forma significativa para alcançar esse objetivo.

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Substituta assume Diretoria-Geral da ANP

Foi publicada (23/12), no Diário Oficial da União (DOU), a portaria da ANP que convoca a servidora e atual superintendente de Infraestrutura e Movimentação da Agência, Patrícia Baran, para assumir, temporariamente, como substituta, a Diretoria-Geral. O mandato de quatro anos de Rodolfo Saboia à frente da Agência se encerrou em 22/12. Patrícia Baran permanecerá no cargo até a aprovação, pelo Senado Federal, do novo Diretor-Geral da ANP. A Lei 9.986/2000, com redação dada pela Lei Geral das Agências (Lei nº 13.848/2019), prevê que as diretorias vagas nas agências reguladoras federais devem ser ocupadas por servidores, até a posse de novo diretor com mandato fixo, aprovado pelo Senado. Esses servidores podem atuar como substitutos por 180 dias e fazem parte de uma lista tríplice que consta de decreto da Presidência da República. Indicações de diretores ao Senado Foram publicadas, em 17/12, no Diário Oficial da União (DOU), as mensagens do Presidente da República ao Senado Federal nº 1608, indicando Artur Watt Neto para o cargo de Diretor-Geral da ANP, e nº 1609, que indica Pietro Adamo Sampaio Mendes para ocupar a Diretoria 4 da Agência. A Diretoria 4 vem sendo ocupada por diretores substitutos desde o fim do mandato do Diretor Cláudio Jorge de Souza, em 22/12/2023. O atual substituto é o servidor e superintendente de Participações Governamentais da ANP, Bruno Caselli. Os indicados pelo Presidente da República precisam ser aprovados, pelo Senado Federal, em sabatina na Comissão de Serviços de Infraestrutura e no plenário da casa, para serem nomeados para a Diretoria da ANP.

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ANP divulga resultados de ações de fiscalização em 12 unidades da Federação (16 a 20/12)

Entre os dias 16 a 20/12, a ANP fiscalizou o mercado de combustíveis em 12 unidades da Federação. Nas ações, os fiscais verificaram a qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e dos instrumentos necessários ao correto manuseio dos produtos, bem como as documentações de autorização de funcionamento das empresas e as relativas às movimentações dos combustíveis. No período, destacou-se a participação da ANP em força-tarefa no Rio de Janeiro, com Procon-RJ, Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (SEDCON) e Polícia Militar, na qual dois postos foram autuados e sofreram interdições e apreensões de produtos. Veja abaixo mais informações sobre essa operação, bem como sobre as principais ações nas demais unidades federativas do país: Rio de Janeiro No período, foram fiscalizados 12 postos de combustíveis e três revendas de GLP, nas cidades de Macaé, Rio de Janeiro, Guapimirim, São Gonçalo, Cabo Frio e Campo dos Goytacazes. Na capital do estado, em força-tarefa da ANP com Procon-RJ, Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (SEDCON) e Comando de Polícia Ambiental da Polícia Militar (CPAM), dois postos foram autuados e sofreram interdições por: exercer a atividade sem autorização da ANP; violar lacres e faixas de interdição anterior; comercializar gasolina comum com 80% e 90% de etanol (quando o especificado na legislação é 27%); e operar equipamentos em imperfeito estado de funcionamento. Nessa operação, foram apreendidos 18.500 litros de combustíveis. Em ação somente da ANP, um posto em Campo dos Goytacazes foi autuado e interditado parcialmente por comercializar gasolina comum com 32% de etanol. Já em Macaé, uma revenda de GLP foi autuada por transportar botijões em veículo impróprio. Não foram encontradas irregularidades nos demais municípios. Foram coletadas 16 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Espírito Santo Em Vila Velha, foram fiscalizados dois postos de combustíveis. Um deles foi autuado e sofreu interdição por comercializar gasolina comum com 31% de etanol, quando o especificado na legislação é 27%. Foram ainda coletadas três amostras de combustíveis na cidade, para análise em laboratório. Goiás Foram fiscalizados 36 postos de combustíveis, dois produtores de etanol e uma revenda de lubrificantes no período. Os fiscais estiveram nas cidades de Anápolis, Itapaci, Rio Verde, Quirinópolis, Santa Helena de Goiás, Santa Terezinha de Goiás, Campos Verdes, Campinorte, Edéia, Pontalina, Goiânia, Planaltina e Barro Alto. Em Itapaci e Campos Verdes, foram apreendidos, no total, 81 litros de lubrificantes, em três postos e uma revenda do produto, por inconsistências no rótulo ou por não possuírem registro do produto na ANP. É importante destacar que qualquer agente econômico ou cidadão pode verificar os registros de lubrificantes que estão ativos na Agência. Basta acessar a eldquo;Ferramenta de Pesquisa de Registro de Produtoserdquo; ou o Painel Dinâmico do Registro e Óleos e Graxas Lubrificantes. Essa consulta evita a aquisição e a comercialização de óleos clandestinos, que podem acarretar a diminuição da vida útil do motor, gerando prejuízo ao consumidor. Não foram encontradas irregularidades nos demais municípios. Foram coletadas 30 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Mato Grosso do Sul Nove postos de combustíveis foram fiscalizados no estado, em Água Clara, Paranaíba e Aparecida do Taboado. Em Paranaíba, dois postos foram autuados e sofreram interdições: um por irregularidades no volume fornecido por dois bicos abastecedores de gasolina comum, além de não ter o equipamento para o teste do volume, que pode ser exigido pelo consumidor; e o outro, por comercializar óleo diesel B S10 fora das especificações da ANP. Também houve uma autuação com interdição em um posto de Água Clara, por comercializar etanol hidratado fora das especificações da ANP quanto à massa específica e ao teor alcóolico. Em Aparecida do Taboado, dois postos foram autuados, sem interdições, por: não manter os registros das drenagens de fundo de tanque de diesel; e não informar corretamente os preços dos combustíveis comercializados em painel de preços. No estado, foram coletadas quatro amostras de combustíveis para análise em laboratório. Minas Gerais Foram fiscalizados 36 postos de combustíveis e duas revendas de GLP, em 18 cidades: Águas Formosas, Ataléia, Machacalis, Pavão, Pescador, Santa Helena de Minas, Teófilo Otoni, Passos, Berilo, Caraí, Chapada do Norte, Coronel Murta, Minas Novas, Novo Cruzeiro, Padre Paraíso, Veredinha, Virgem da Lapa e Uberlândia. Em Uberlândia, onde a ANP participou de ação conjunta com o Procon municipal, um posto foi autuado por ter o termodensímetro (equipamento instalado nas bombas de etanol para verificar aspectos de qualidade) em desacordo com a legislação. Em ações só da ANP, oito postos foram autuados nas cidades de Ataléia, Pescador, Teófilo Otoni, Caraí, Chapada do Norte e Padre Paraíso por motivos como: não funcionar no horário mínimo exigido pela legislação; não identificar corretamente nas bombas o fornecedor do combustível; ter o adesivo de CNPJ, razão social e endereço em desacordo com as normas; exibir marca de distribuidor estando cadastrado na ANP como bandeira branca; termodensímetro em desacordo com a legislação; e não ter instrumentos para o teste da qualidade, que pode ser exigido pelo consumidor. Não foram encontradas irregularidades nos demais municípios. Foram coletadas 34 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Pará Em operação conjunta com a Força-Nacional, a ANP fiscalizou 17 postos de combustíveis, nas cidades de Itaituba e Jacareacanga. Em Itaituba, dois postos foram autuados e sofreram interdições por motivos como: ter tanques de combustível sem aparato de segurança; revender GLP sem autorização da ANP; manter ponto de abastecimento sem autorização; e fornecer combustível em recipiente não autorizado. Foram apreendidos 8.500 litros de óleo diesel B S500, 311 botijões de GLP de 13kg cheios e 58 botijões de 13kg vazios. Em Jacareacanga, três postos foram autuados e sofreram interdições por irregularidades como: comercializar gasolina comum fora da especificação da ANP; operar ponto de revenda de GLP sem sistema de segurança; vender gasolina comum como aditivada; comprar combustível além da sua capacidade; realizar entrega de combustível com veículo não permitido; e ter conveniência de madeira próximo dos tanques de combustíveis. Foram apreendidos 3.600 litros de gasolina comum. Na cidade, a ANP autuou ainda uma embarcação para transporte de combustíveis por não estar com o documento ambiental vigente. Paraíba No estado, foram fiscalizados 27 postos de combustíveis, em operação conjunta com o Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial da Paraíba (IMEQ-PB). As equipes estiveram nas cidades de Gurinhém, Cabedelo, Mamanguape e João Pessoa. Em João Pessoa, um posto foi autuado e interditado por falta de segurança das instalações. Houve ainda autuações, sem interdições, em 15 postos, em todas as cidades visitadas, por motivos como: termodensímetro (equipamento instalado nas bombas de etanol para verificar aspectos de qualidade) em desacordo com as normas; medida-padrão de 20 litros (equipamento para o teste do volume, que pode ser exigido pelo consumidor) em desacordo com a legislação; outras instalações e equipamentos em desacordo com as normas; usar padrão e cores de distribuidora sem possuir acordo comercial; não atender às normas de segurança da legislação vigente; não ter instrumento para o teste da qualidade dos combustíveis (que pode ser exigido pelo consumidor); painel de preços em desacordo com a legislação; e bomba em más condições de uso e conservação. No estado, foram coletadas quatro amostras de combustíveis para análise em laboratório. Paraná No período, foram fiscalizados sete postos de combustíveis, quatro distribuidoras de combustíveis e uma revenda de GLP, nos municípios de Curitiba, Araucária e Piraquara. Não foram encontradas irregularidades. Os fiscais coletaram nove amostras de combustíveis para análise em laboratório. Rio Grande do Sul No estado, foram fiscalizados oito postos de combustíveis, duas distribuidoras de combustíveis, dois depósitos de GLP e uma revenda de GLP. Foram visitados os municípios de Porto Alegre, Sarandi, Selbach, Pelotas, Passo Fundo, Canguçu, Teutônia, Canoas e Candelária. Um posto de Porto Alegre sofreu interdição por comercializar etanol fora da especificação da ANP. Houve ainda autuações, sem interdições, em três postos, em Sarandi, Canguçu e Canoas, por motivos como: não possuir medida-padrão de 20 litros (equipamento para o teste do volume, que pode ser exigido pelo consumidor) certificada pelo Inmetro; não manter documentos obrigatórios no estabelecimento; não possuir todos os equipamentos para o teste da qualidade dos combustíveis (que pode ser exigido pelo consumidor); não possuir planta simplificada; não possuir adesivo contendo os dados do posto; e não identificar na bomba o fornecedor do combustível. Não foram encontradas irregularidades nos demais municípios. Foram coletadas dez amostras de combustíveis para análise em laboratório. Roraima A ANP deu continuidade à sua participação nas operações de desintrusão das Terras Yanomami. Em Boa Vista e Alto Alegre, a Agência participou de força-tarefa com a Força Nacional, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Federal (PF). Foram fiscalizados cinco postos de combustíveis e um ponto de abastecimento. Um posto de Boa Vista foi autuado e sofreu interdição por comercializar gasolina aditivada sem nota fiscal, tendo o produto apreendido. Outro posto da cidade foi somente autuado por: não cumprimento de notificação; venda de combustível sem passar pela bomba e compra de combustível além da sua capacidade. No município, também foi coletada uma amostra de gasolina aditivada para análise em laboratório. Em Alto Alegre, um ponto de abastecimento foi interditado por não possuir sistema de segurança. Santa Catarina Três distribuidoras de combustíveis, dois postos e uma revenda de GLP foram fiscalizados em Chapecó, Xaxim, Irani, Macieira e Arabutã. Em Arabutã, um posto foi autuado e teve um bico abastecedor de óleo diesel interditado por estar mau estado de conservação. O mesmo posto foi autuado também por: não comprovar a realização de drenagem nos tanques de óleo diesel; abastecer combustível em recipientes não autorizados; e não identificar na bomba o tipo de combustível comercializado. Em Macieira, um posto foi autuado por exibir painel de preços com irregularidades e não comprovar a realização de drenagem nos tanques de óleo diesel. Não foram encontradas irregularidades nos demais municípios. Foram coletadas 12 amostras de combustíveis para análise em laboratório. São Paulo A ANP fiscalizou, no total, 15 postos de combustíveis e uma revenda de GLP. Os fiscais estiveram nas cidades de São Paulo, Piracicaba, Ribeirão Preto, Sertãozinho, Catanduva e Jaboticabal. No período, a Agência participou de duas operações com outros órgãos públicos no estado. Em Piracicaba, a ação foi com a Polícia Civil, em um posto. O agente foi autuado e interditado totalmente por: comercializar gasolina comum fora de especificação, com 71% de etanol (o especificado na legislação é 27%); comercializar etanol hidratado comum fora de especificação quanto ao teor alcóolico e massa específica à 20ºC, além da presença irregular de metanol; romper lacres e faixas colocados em fiscalização anterior; dar destinação não permitida aos combustíveis; e não possuir os equipamentos para o teste da qualidade dos combustíveis, que pode ser exigido pelo consumidor. Na cidade de São Paulo, houve força-tarefa com Polícia Civil (DPPC) e Instituto de Pesos e Medidas (IPEM-SP) em um posto de combustíveis, que foi autuado por romper lacres e faixas colocados pela ANP em fiscalização anterior. Em ações somente da ANP, seis postos foram autuados em São Paulo, Piracicaba, Catanduva e Jaboticabal, por motivos como: possuir termodensímetro (equipamento instalado nas bombas de etanol para verificar aspectos de qualidade) com defeito ou não o possuir; não realizar ou não manter registros da drenagem periódica nos tanques de diesel; desatualização cadastral de bandeira; não indicar os fornecedores dos combustíveis corretamente; e comercializar recipientes de outra distribuidora estando registrado com uma marca comercial. Não foram encontradas irregularidades em Ribeirão Preto e Sertãozinho. Foram coletadas 16 amostras de combustíveis para análise em laboratório. Consulte os resultados das ações da ANP em todo o Brasil As ações de fiscalização da ANP são planejadas a partir de diversos vetores de inteligência, como informações da Ouvidoria da ANP com manifestações dos consumidores, dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência, informações de outros órgãos e da área de Inteligência da ANP, entre outros. Dessa forma, as ações são focadas nas regiões e agentes econômicos com indícios de irregularidades. Para acompanhar todas as ações de fiscalização da ANP, acesse o Boletim Fiscalização do Abastecimento em Notícias ou o Painel Dinâmico da Fiscalização do Abastecimento. O Boletim sintetiza os principais resultados das ações de fiscalização realizadas. Já o Painel tem sua base de dados atualizada mensalmente, com prazo de dois meses entre o mês da fiscalização e o mês da publicação, devido ao atendimento de exigências legais e aspectos operacionais. Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões, além de penas de suspensão e revogação de sua autorização. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei. Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser enviadas à ANP por meio do Fale Conosco (https://www.gov.br/anp/pt-br/canais_atendimento/fale-conosco) ou do telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita).

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Produção de açúcar e etanol cresce no Norte e Nordeste

Com aproximadamente 59% da safra canavieira 2024-2025 já realizada nas regiões Norte e Nordeste, o processamento de cana atingiu 35,86 milhões de toneladas, 2,2% superior ao total em igual período da safra passada. Segundo a Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio), a atual temporada agrícola, marcada pela ausência de chuvas regulares, chegará ao final com uma moagem menor do que a prevista, porém com uma concentração maior de Açúcar Total Recuperável (ATR) por tonelada de cana, matéria-prima transformada em açúcar e biocombustível. eldquo;A pluviosidade irregular observada, pelo menos até este mês de dezembro, deverá diminuir a moagem total de cana em torno de um milhão de toneladas em relação ao volume projetado até o final desta safra, inicialmente estimado em 63 milhões de toneladas. Em compensação, a seca elevou o ATR, a riqueza da canaerdquo;, explica o presidente-executivo da NovaBio, Renato Cunha. Ele acrescenta, no entanto, que os níveis de sacarose extraídos da planta devem crescer em média entre 8 e 12 kgs/tonelada somente na região Nordeste. Por isso, a safra será um pouco menor, mas com a fabricação de produtos finais em maior volume do que no ciclo 2023-2024. A irregularidade das chuvas pode também incidir de forma mais acentuada no potencial de moagem da safra 2025-2026. Dados da entidade, que reúne 35 usinas de processamento de cana em 11 estados brasileiros, revelam que a fabricação do etanol hidratado, disponível nas bombas para abastecer veículos flex, aumentou 27,9% atingindo 933,5 milhões de litros, contra 729,7 milhões de litros produzidos na safra passada. No mesmo período, a produção açucareira foi de 2,18 milhões de toneladas, superando em 18,2% os 1,84 milhão de toneladas no final de 2024. O Nordeste deverá continuar a exportar cerca de 62% de sua produção de açúcar, notadamente pelos portos de Maceió (AL), Recife (PE) e Suape (PE) e em menor escala, João Pessoa (PB) e Natal (RN). Na produção de etanol anidro, que é misturado à gasolina, houve queda de 25,9% em comparação à safra anterior. Segundo Cunha, que também preside o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar/PE), no acumulado da safra 2024-2025 contabiliza-se 561,2 milhões de litros, em comparação com os 756,8 milhões de litros fabricados no período 2023-2024. eldquo;Esta queda reflete a imprevisibilidade das políticas de competitividade e precificação dos combustíveis no Brasil. Em um país que tem o potencial para liderar a transição energética global, cujas premissas básicas demandam soluções sustentáveis para o setor de transporte, é preocupante a falta de regras que garantam maior competitividade ao etanol de cana, de origem renovávelerdquo;, ressalta o executivo da NovaBio e Sindaçúcar-PE. A produção total de etanol (anidro e hidratado) atingiu 1,49 bilhão de litros contra 1,48 bilhão fabricados no ciclo agrícola 2023-2024, aumento de 0,5%. O estoque físico do etanol hidratado avançou 51,03%, com 261,8 milhões de litros ante 173,3 milhões de litros armazenados na moagem passada. Na soma total, contabilizando-se o anidro e o hidratado, o estoque cresceu 2,20%, totalizando 458,6 milhões de litros em comparação com os 448,7 milhões de litros da temporada 2023-2024. A produção de cana por estado até 30 de novembro atingiu os seguintes patamares: Amazonas 0,36 mi/t; Maranhão 2,14 mi/t; Pará 1,24 mi/t; Piauí 1,13 mi/t; Tocantins 2,25 mi/t; Alagoas 9,10 mi/t; Pernambuco 7,58 mi/t; Bahia 4,41 mi/t; Paraíba 4,33 mi/t; Rio Grande do Norte 2,14 mi/t; Sergipe 1,19 mi/t. Total até 30 de novembro: 35,87 milhões de toneladas de cana.

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Etanol: clima prejudica produção de cana e safra 24/25 registra preços firmes

O ritmo da moagem de cana-de-açúcar ao longo de 2024/25 foi razoável frente ao da safra anterior, mas a produção de cana foi prejudicada por condições climáticas adversas, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Dados da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia) evidenciam esse fato. No acumulado da temporada (de abril/24 até 16 de novembro/24), foram processadas 582,61 milhões de toneladas de cana, 2,24% a menos que no mesmo período no ciclo anterior. Quanto aos preços, no acumulado parcial da safra 2024/25 (abril/24 a novembro/24), as médias dos indicadores Cepea/Esalq mensais dos etanóis anidro e hidratado para o estado de São Paulo se mantêm firmes, superando as do mesmo período de 2023/24, em 0,26% e em 2,03%, nessa ordem. No geral, os preços oscilaram em praticamente toda a safra 2024/25, com distribuidores aumentando as aquisições pontualmente em momentos de aquecimento na procura da ponta final. Nos demais períodos, distribuidoras estiveram afastadas do spot, retirando compras fechadas anteriormente. No caso do etanol anidro, a participação dos contratos esteve acima do volume negociado no mercado spot. Dados do Cepea mostram que, em média, de abril/24 a novembro/24 apenas 9% do total vendido pelas usinas de São Paulo foi por meio do spot. Com a boa vantagem do biocombustível nas bombas, o desempenho das vendas de gasolina C nos principais estados consumidores foi menor. No front externo, os embarques brasileiros de etanol no acumulado da safra 2023/24 (entre abril/24 e novembro/24) somam 1,73 bilhão de litros do biocombustível, baixa de 5,62% frente ao mesmo período da temporada passada, segundo dados da Secex. O mercado de açúcar em 2024 O mercado paulista de açúcar cristal branco mostrou resiliência em 2024 frente aos desafios internos e externos. Segundo pesquisadores do Cepea, a menor oferta, somada à competição entre os diferentes destinos da cana-de-açúcar, evidenciou as estratégias das usinas em maximizar suas margens diante de um cenário de incertezas. Levantamentos do Cepea mostram que a safra 2024/25 se iniciou, em abril, com cotações médias superiores às do mesmo período de 2023. Essa valorização decorreu da disponibilidade reduzida de açúcar branco no mercado doméstico, visto que muitas usinas priorizaram a produção de açúcar VHP (destinado à exportação) e de etanol, favorecida pelo aquecimento da demanda interna por biocombustíveis. As altas, porém, não se sustentaram, e os preços do cristal passaram a cair rapidamente. Além do aumento no volume produzido nos primeiros meses da temporada e da elevação dos estoques, a volatilidade cambial e a desaceleração da procura doméstica reforçaram a pressão sobre os valores, que baixaram para a casa dos R$ 130/saca de 50 kg, ainda conforme pesquisas do Cepea. A partir de agosto, os preços reagiram vigorosamente, alcançando, em novembro, recordes nominais da série histórica do Cepea, iniciada em 2003 endash; a média mensal do indicador do açúcar cristal Cepea/Esalq (estado de São Paulo) foi de R$ 166,46/sc de 50 kg, aumento de 8,93% em relação a outubro. Essa recuperação, por sua vez, revelou a resiliência do mercado em meio a um conjunto de fatores adversos no campo. Produtores enfrentaram uma queda drástica na disponibilidade de cana-de-açúcar, causada pela combinação de seca generalizada, queimadas e a propagação de uma nova doença, a murcha.

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Preço do petróleo tem forte alta, apesar de poucos negócios

Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta terça-feira em alta, em um dia de baixa liquidez nos mercados internacionais, antes do feriado do Natal. Na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent, utilizado como referência de preços global, para fevereiro fechou em alta de 1,31%, a US$ 73,58. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega no mesmo mês subiu 1,24%, negociado a US$ 70,10 por barril. Segundo analistas ouvidos pela agência Dow Jones Newswires, o risco geopolítico vindo do Oriente Médio deve continuar a desempenhar um papel menor nos movimentos dos preços do petróleo à medida que a escalada nas tensões diminui gradualmente, diante de perdas sucessivas que o Irã tem sofrido em várias frentes na região. Além disso, os mercados aguardam os pacotes de estímulos à economia na China, o que pode aumentar a demanda pelo óleo bruto.

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