Ano:
Mês:
article

Opep reduz previsões de crescimento da demanda global por petróleo em 2024 e 2025

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortou a previsão para o crescimento da demanda global pela commodity este ano em 106 mil barris por dia (bpd), para 1,9 milhão de bpd, segundo relatório mensal publicado nesta segunda-feira, 14. Para 2025, o cartel também reduziu a projeção para o aumento na demanda mundial, em 102 mil bpd, para 1,6 milhão de bpd. Apenas a demanda em países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve registrar aumento de mais de 100 mil bpd este ano e de cerca de 100 mil bpd no próximo, segundo projeta a Opep. Fora da OCDE, a expectativa é por alta de 1,8 milhão de bpd em 2024 e de 1,5 milhão de bpd em 2025. Fora da Opep+ A Opep manteve sua previsão para o aumento da oferta de petróleo entre países fora da Opep+ em 2024, em 1,2 milhão de barris por dia (bpd), segundo relatório mensal publicado nesta segunda-feira. Estados Unidos, Canadá, Brasil e China devem ser os maiores responsáveis pelo aumento da oferta este ano, prevê o cartel. Para 2025, a Opep também reiterou sua projeção de avanço na oferta global da commodity fora da Opep+, em 1,1 milhão de bpd. Ainda no relatório, a Opep informa que a produção da Opep+ teve queda de 56 mil bpd em setembro ante agosto, para uma média de 40,1 milhões de bpd, de acordo com fontes secundárias. A Opep+ engloba a Rússia e outros produtores de petróleo que não integram a Opep. (Estadão Conteúdo)

article

Petróleo cai 2% com decepção sobre estímulos da China e preocupação por demanda

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira, 14, após dados decepcionantes de inflação da China e falta de clareza quanto aos planos de estímulos econômicos de Pequim. O petróleo reduziu as perdas levemente após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortar a previsão de crescimento da demanda de petróleo para o restante deste ano e em 2025. Porém, a commodity seguiu pressionada pela incerteza econômica da China. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou em queda de 2,28% (US$ 1,73), a US$ 73,83 o barril. O Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 2% (US$ 1,58), a US$ 77,46 o barril. O ministro de Finanças da China, Lan Foan, afirmou no fim de semana que Pequim está considerando formas adicionais de alavancar a segunda maior economia do mundo, mas não forneceu detalhes sobre um grande plano endash; deflagrando preocupações sobre a demanda pela commodity no país. O noticiário da China se sobrepõe a temores de que Israel retalie o Irã pelos ataques a mísseis do começo do mês. Em relatório nesta segunda-feira, a Opep cortou a previsão para o crescimento da demanda global pela commodity este ano em 106 mil barris por dia. As mudanças marcaram o terceiro mês consecutivo em que a Opep reduziu sua previsão. Os preços do petróleo bruto podem chegar a três dígitos se os suprimentos forem interrompidos pelo conflito no Oriente Médio, apesar dos fracos fundamentos do mercado, disse o Citi nesta segunda-feira em um relatório. Analistas aumentaram sua estimativa do Brent, no cenário mais positivo, para US$ 120, de US$ 80 por barril, para o quarto trimestre e o primeiro trimestre do próximo ano, atribuindo a esse resultado uma probabilidade de 20%, ante 10% anteriormente. (Estadão Conteúdo)

article

Petrobras e Vale terão parceria para fornecimento de bunker e diesel com teor renovável

A Petrobras terá um acordo com a Vale para o fornecimento de combustíveis com teor renovável, segundo a presidente da estatal, Magda Chambriard. A parceria envolve o fornecimento de diesel coprocessado (diesel R), que tem uma parcela de 5% de conteúdo renovável. Há previsão ainda de entrega do bunker (combustível marítimo) com menos emissões, com adição de 24% de conteúdo renovável. eldquo;A gente tem o nosso chuchuzinho [o diesel R], vamos dizer assim, para caminhão, para ferrovia. Vocês imaginam a frota da Petrobras e a frota da Vale em termos de barcos, na navegação, com combustível 24% renovávelerdquo;, disse a jornalistas na manhã de segunda-feira (14/10). Em 2023, a Vale e a Petrobras assinaram um protocolo de emissões para o desenvolvimento de soluções de baixo carbono. Segundo a executiva, o propósito da parceria é ajudar a descarbonizar as indústrias do petróleo e da mineração. Os detalhes do acordo ainda serão anunciados. eldquo;É um esforço das duas maiores empresas do Brasil em prol da descarbonização. Então, nós vamos ajudar a Vale a descarbonizar a sua mineração. Nós vamos fazer uma parceria para as duas empresas se ajudaremerdquo;, acrescentou. Nesse contexto, Chambriard comentou ainda a decisão da Câmara dos Deputados de não incluir o coprocessado entre as opções consideradas elegíveis para o mandato de diesel verde ao longo da tramitação do projeto de lei do Combustível do Futuro. O projeto foi sancionado pelo presidente Lula este mês, sem o mandato para o produto da Petrobras. eldquo;Eu acho que eles ficaram com medo de nós. Eu não posso negar que a Petrobras é um senhor concorrente, mas nesse caso a gente não quer ser concorrente do agro não, nós vamos ser parceiros do agroerdquo;, disse a executiva. Planejamento vai ter eldquo;moléculas e elétronserdquo; Segundo Chambriard, o novo plano de negócios da Petrobras para o período de 2025 a 2029 vai incluir eldquo;moléculas e elétronserdquo;. Ela confirmou que a empresa vai buscar ampliar participação em fontes renováveis, mas com uma maior atenção para o mercado de combustíveis. eldquo;O Brasil é o país, talvez, o sexto ou o sétimo maior mercado consumidor de derivados do mundo. A gente não pode fechar os olhos para isso e para as potencialidades que a transição energética nos trará em termos de derivadoserdquo;, disse. O planejamento está em elaboração, com previsão de divulgação em novembro. Será o primeiro plano de negócios anunciado depois que a executiva assumiu o cargo, em maio deste ano. Net zero em 2035 A CEO afirmou ainda que a Petrobras tem a ambição de zerar emissões até 2035, mas não detalhou como isso vai ocorrer. Ela disse que o compromisso da companhia é atingir o eldquo;net zeroerdquo; em 2050, conforme a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil, mas que acredita que a companhia pode antecipar a meta. eldquo;A gente acha que esse net zero, da Petrobras, vai acontecer bastante antes de 2050. Eu não quero prometer quando, mas só falando assim, dando licença para a intuição feminina, eu digo o seguinte: 2035 não é impossível. Mas não é uma promessa, a promessa é o comprometimento é para 2050. É só uma intuição feminina e uma vontade muito grande de fazererdquo;, disse.

article

Petrobras lança novos tipos de contrato de gás de olho na concorrência

A Petrobras anunciou um novo pacote de modalidades de contratos de comercialização de gás natural para as distribuidoras que incluem um prêmio de incentivo à demanda e mais flexibilidade. É uma nova resposta da empresa ao aumento da concorrência. A presidente da estatal, Magda Chambriard, disse que a empresa está de olho no market share. eldquo;A gente não está querendo abrir mão de mercado para ninguém, não. O mercado que pudermos ocupar, nós vamos ocuparerdquo;, afirmou, em conversa com jornalistas nesta segunda (14/10). A CEO da Petrobras reforçou que a companhia vai buscar aumentar a oferta de gás ao mercado e que isso se refletirá na queda dos preços. Em entrevista recente ao estúdio eixos na ROG.e., a CEO da Petrobras já havia antecipado que a companhia está eldquo;trabalhando fortementeerdquo; para aumentar a oferta de gás natural e, assim, baratear o preço da molécula ao ponto de viabilizar novos projetos de fertilizantes nitrogenados e de outras indústrias no país, como a química. Em sua primeira entrevista exclusiva desde que assumiu a petroleira, Chambriard destacou, na ocasião, que o potencial de crescimento do mercado brasileiro de gás é imenso e que a demanda poderia ser ao menos três vezes maior se a molécula tivesse um preço adequado. Petrobras oferece contratos eldquo;sob medidaerdquo; O diretor de Transição Energética da Petrobras, Maurício Tolmasquim, disse nesta segunda que o novo pacote de modalidades contratuais oferecido pela empresa permitirá às distribuidoras fechar acordos de suprimento eldquo;sob medidaerdquo;. eldquo;As distribuidoras podem fazer um tipo de contrato tailor-made [sob medida], jogando com flexibilidade, prazo, início de fornecimento, local de entrada e indexadorerdquo;. eldquo;Então, jogando com essas variáveis, a gente tinha 20 possibilidades de combinação de contrato anteriormente. Esse novo pacote aprovado pela diretoria faz passar de 20 para 48 possibilidades para as distribuidoraserdquo;, comentou. Tolmasquim também anunciou um prêmio de incentivo à demanda. E explicou que será dado um desconto de 10% sobre o preço de referência, para consumos que ultrapassem o compromisso mínimo do cliente. Não chega a ser uma novidade. Este ano, a petroleira, num primeiro contra-ataque aos concorrentes, já havia anunciado uma nova política de preços que previa um desconto de até 10% nos contratos vigentes. O desconto, válido somente até o fim de 2025, foi aplicado, então, apenas sobre uma parcela do volume contratado: 60% da quantidade diária contratada seguiu atrelada às condições vigentes e os outros 40% à nova precificação. Petrobras prevê crescimento no mercado livre Só este ano, a Petrobras já fechou contratos da ordem de 20 milhões de m3/dia com as distribuidoras estaduais. E também espera crescer no mercado livre. Tolmasquim disse que a estatal espera contar com mais um grande cliente em dezembro. A petroleira tem, hoje, contratos no mercado livre com a Acelen, CSN, Gerdau e Ternium endash; além das UTEs Santa Cruz e Araucária, no setor termelétrico. eldquo;A gente está com uma política bastante agressiva de atrair o negócio com o consumidor livreerdquo;, afirmou Tolmasquim. A Petrobras fechou novos contratos de venda de gás natural, da ordem de 940 mil m3/dia, com consumidores livres, no segundo trimestre, quando fez sua primeira mudança na política comercial este ano. Os dados operacionais mostraram, contudo, que a petroleira perdeu mercado para a concorrência na ocasião. Mercado livre engrena Em entrevista ao estúdio eixos, na ROG.e, o gerente executivo de gás e energia da Petrobras, Álvaro Tupiassu, afirmou que o mercado livre de gás está em um processo eldquo;bem franco e claroerdquo; para engrenar. Embora ainda dê seus primeiros passos, o desenvolvimento do mercado livre de gás tem acelerado. O número de indústrias presentes no mercado livre de gás mais que dobrou em 2024.

article

Mistura do etanol à gasolina poderá chegar a 35% em 2037, destaca consultoria

Estudo da consultoria do Itaú BBA aponta o quanto a nova Lei do Combustível do Futuro deve fortalecer o agronegócio. No caso do setor de combustíveis renováveis, essa Lei visa acelerar a utilização de etanol e de biodiesel na matriz energética brasileira e terá um grande impacto na agropecuária. Lei altera teor de mistura de biocombustíveis A proposta altera os percentuais do teor de mistura de biocombustíveis na gasolina e no diesel e foca na maior utilização de etanol, biodiesel, diesel verde, biogás, biometano e combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês). Lucas Brunetti, analista da Consultoria Agro do Itaú BBA, fez um estudo avaliando qual será o impacto no consumo de combustível renovável e no uso de matérias-primas oriundas da agropecuária. Reconhecimento das externalidades O etanol, segundo o analista, terá novo incentivo em função de suas externalidades. A mistura do anidro à gasolina, hoje em até 27%, poderá chegar a 35% em 2037. Vale destacar que esse percentual necessita de novos estudos técnicos. Evolução do ciclo Otto Brunetti considerou uma evolução de 2,5% ao ano no consumo do ciclo Otto no Brasil. O aumento do consumo total de etanol, nessas condições, seria de 9,5 bilhões de etanol anidro em 2037, sendo que 4,9 bilhões viriam por causa do aumento da mistura para 35%. Os cálculos consideram o percentual do hidratado em 24% no território nacional.

article

Petróleo cai nesta 6ª com atenção à China e Oriente Médio, mas avança na semana

Os contratos futuros do petróleo voltaram a fechar em queda nesta sexta-feira, 11, com os investidores de olho na demanda da China e nas atualizações do conflito que acontece no Oriente Médio. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou em queda de 0,38% (US$ 0,29), a US$ 75,56 o barril. O Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 0,45% (US$ 0,36), a US$ 79,04 o barril. Na semana, o WTI avançou 1,59%, enquanto o Brent subiu 1,27%. De acordo com o ING, os investidores estão aguardando detalhes de possíveis medidas adicionais de estímulo da China neste fim de semana endash; no sábado, o Ministério de Finanças da China realiza uma coletiva de imprensa -, o que limitou os ganhos no preço da commodity. A potência econômica é importante para a demanda global do óleo e, consequentemente, impacta nos valores. O banco holandês não descarta o fato de que os preços do petróleo ainda estão sendo sustentados pelas tensões no Oriente Médio e por uma possível resposta de Israel contra o Irã, após o ataque de mísseis no início do mês. eldquo;Embora os Estados Unidos e outras nações do Golfo tenham pressionado Israel a não mirar na infraestrutura de petróleo, isso não pode ser descartado completamenteerdquo;, cita. O ANZ Research menciona que, no radar dos traders, está ainda os impactos do furacão Milton na demanda americana pelo óleo, já que o desastre natural interrompeu o fornecimento de combustível e causou quedas de energia em toda a Flórida. Em relatório, no entanto, a Capital Economics não acredita que o furacão terá qualquer impacto nos preços da commodity.

Como posso te ajudar?