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Agência Internacional de Energia aumenta previsão para demanda de petróleo em 2024

A Agência Internacional de Energia elevou a sua expectativa para o crescimento da demanda de petróleo neste ano, em 110 mil barris/dia em relação à previsão do mês anterior. Agora, a agência prevê uma alta na demanda de 1,3 milhões de barris/dia em 2024 frente a 2023. A revisão acontece à medida que os ataques do grupo Houthi perturbam o transporte marítimo no Mar Vermelho. A expectativa, porém, é abaixo da do cartel de países OPEP. A agência, que representa os países ocidentalizados, previu que a procura de petróleo atingirá o seu pico em 2030. Já a OPEP prevê uma mudança mais lenta e espera que a utilização do petróleo continue a aumentar durante as próximas duas décadas. (Reuters)

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Sindicato alerta para transporte irregular de combustíveis após acidente em BH

Após um caminhão-tanque tombar e matar uma pessoa durante a madrugada desta quarta-feira (14 de março), às margens do Anel Rodoviário, na altura do bairro Goiânia, na região Nordeste de Belo Horizonte, o Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG) alertou sobre os riscos do transporte irregular de combustíveis. "Infelizmente, este caso é apenas um exemplo dos inúmeros acidentes ocorridos nas estradas de Minas supostamente envolvendo transportadores irregulares de combustíveis, os chamados e#39;FOBse#39;. Além de colocar em risco vidas humanas e o meio ambiente, tal prática tem causado grandes prejuízos ao setor, por conta da concorrência desleal, e também aos cofres públicos, que deixa de recolher os devidos impostos", denuncia o presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes. De acordo com a presidente do sindicato, o acidente serve de alerta as autoridades quanto à fiscalização do transporte irregular de cargas perigosas, como o de combustíveis e derivados de petróleo. Ele garante que o Sindtanque já cobrou providências do Governo de Minas e da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Audiências públicas sobre o tema também foram realizadas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). "É preciso que as autoridades responsáveis e as distribuidoras de combustíveis tomem medidas urgentes para fiscalizar os FOBs, que costumam estar envovidos em cerca de 90% dos acidentes com o transporte de cargas perigosas. Enquanto os transportadores regulares são obrigados a cumprirem uma série de normas, requisitos e exigências, os e#39;FOBse#39; ou elsquo;retirasersquo; transportam para terceiros, trafegam em alta velocidade, não respeitam os períodos de descanso dos motoristas, não mantém a manutenção dos veículos em dia e deixam de recolher impostos e taxas governamentais. Tudo isso, incentivado e com a conivência de grande parte das distribuidoras e sem qualquer fiscalização dos órgãos públicos", critica Irani. Relembre o acidente com caminhão-tanque no Anel Rodoviário Um caminhão-tanque que estava carregado com 23 mil litros de combustíveis tombou na MGCendash;262 (antiga MGendash;05), às margens do Anel Rodoviário de Belo Horizonte. O Corpo de Bombeiros foi chamado e, ao chegar, encontrou o caminhão tomado pelo fogo e o motorista carbonizado. O tanque carregava 23 mil litros de líquido inflamável, sendo 10 mil de gasolina, 10 mil de diesel e 3.000 de álcool. Cerca de 30% dos combustíveis ficaram retidos dentro do tanque. Por conta do rastro de combustível, altas labaredas se formaram e se alastraram por todo o trajeto feito pela carga líquida, atingindo residências, comércios, veículos e uma fábrica. Segundo os militares, a linha de fogo sobre o combustível percorreu cerca de três quarteirões, se espalhando conforme os declives da via. Quatro residências foram completamente queimadas, além de outros quatro imóveis que tiveram a fachada e outros cômodos parcialmente danificados. Dez veículos também foram atingidos. Desses, quatro carros e duas motos não poderão ser reaproveitadas (perda total), e o restante teve danos parciais. Ao menos nove moradores ficaram feridos e foram socorridos para o hospital. O motorista, de 54 anos, morreu carbonizado. Na tarde desta quinta-feira (14 de março), quatro dos nove feridos levados para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII receberam alta. A empresa JBretas, dona do caminhão-tanque, lamentou o acidente. eldquo;É com imensa consternação e tristeza que recebemos a notícia do acidente ocorrido. Lamentamos profundamente, principalmente as vítimas. Nossa transportadora nunca teve um único acidente em sua história. Nosso motorista era experiente e devidamente habilitado a fazer este tipo de transporte. Salientamos que estamos procurando todas as vítimas e familiares para dar a assistência necessária, ressaltando também que nossa seguradora já foi acionadaerdquo;, escreveu.

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Com impulso de etanol de milho, Brasil pode manter exportações em 2024, diz Argus

Com uma produção de etanol de milho crescente, o Brasil tem potencial de manter as exportações do combustível renovável em patamares elevados em 2024, repetindo os volumes registrados no ano passado, quando atingiram o maior nível desde 2020, avaliou um especialista da Argus. Os embarques totais de etanol do Brasil no ano passado somaram 2,558 bilhões de litros (de cana e milho), crescimento de 2,5% ante 2022, ficando atrás da máxima dos últimos anos de 2,7 bilhões de litros de 2020, conforme números de comércio compilados pela Argus, empresa especializada em preços e serviços de consultoria. "O volume deve ficar forte, de 2,1 bilhões a 2,5 bilhões de litros... mas como continua com cenário de oferta crescente, principalmente pela explosão da capacidade de produção de etanol de milho, deve continuar a atender o mercado de exportação", afirmou o especialista em combustíveis da Argus, Amance Boutin, à Reuters. A avaliação ocorre apesar da uma expectativa de menor oferta de etanol de cana na nova temporada do centro-sul, que começa em abril, devido à safra menor e com usinas direcionando uma parte maior da matéria-prima para açúcar. "Vamos ter essa garantia, um etanol de milho está conseguindo ter uma vocação para ser exportado", disse ele, citando que uma melhora na logística, com o escoamento do etanol de milho do Centro-Oeste para o Sudeste via ferrovia, tem facilitado as exportações. As exportações de etanol do Brasil em fevereiro somaram 159,100 milhões de litros, o maior nível em oito anos para o mês, em um cenário de ampla oferta interna e crescente demanda da Arábia Saudita e da Índia, afirmou a Argus. Em fevereiro, as vendas de etanol aumentaram 24% em relação ao mesmo período do ano passado, apontou o especialista da Argus, citando dados do governo. A Coreia do Sul continuou sendo o principal destino do etanol brasileiro, representando 30% do volume total enviado no mês passado. Índia e Arábia Saudita aparecem em seguida com 23% e 18%, respectivamente. No caso da Índia, o interesse pelo etanol brasileiro está crescendo, à medida que o país busca ampliar o uso do biocombustível em sua matriz. LOGÍSTICA E IMAGEM No ano passado, a Coreia do Sul abocanhou 32,8% das exportações brasileiras de etanol, disse Boutin, lembrando que a demanda da Ásia também é sustentada pelo álcool para uso industrial, que acaba sendo considerado dentro dos volumes gerais de embarques do país. A Europa foi o segundo principal destino, com as entradas pelos portos da Holanda respondendo por 23% das exportações brasileiras de etanol. Em terceiro lugar vem os Estados Unidos, que importou cerca de 15% do total exportado pelo Brasil. Melhorias na logística de escoamento tem colaborando com os embarques do Brasil. Algumas usinas tem utilizado os dutos da Logum, que liga Uberaba (MG) a Paulínia (SP), passando pelo polo de Ribeirão Preto, para trazer o combustível mais perto dos polos exportadores. "O etanol de milho está conseguindo melhoria na logística", disse ele, lembrando que antes o etanol de cana, com maior produção em São Paulo, tinha melhores condições para exportação, pela proximidade dos portos de Santos e mesmo Paranaguá. Além disso, ele disse que a indústria de etanol de milho tem conseguido melhorar a imagem do combustível no exterior, já que o Brasil colhe o cereal em grande parte na segunda safra após a colheita de soja, o que reduz a pegada de carbono pelo menor impacto do chamado uso indireto da terra, por se fazer duas lavouras na mesma área em um único ano. O analista da Argus citou algumas medidas protecionistas, principalmente da Europa, que poderiam limitar exportações brasileiras de etanol, por outro lado. O analista também lembrou que a exportação acaba dependendo do desempenho do mercado doméstico brasileiro, e pode se ajustar muito em função disso. "Se tiver boa remuneração no mercado doméstico, pode ter menos necessidade de exportar." (Reuters)

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3R reduz preço da gasolina em R$ 0,20 e aumenta diesel no mesmo valor na refinaria do RN

A empresa 3R Petroleum, que opera na Refinaria Clara Camarão, em Guamaré, atualizou a tabela de preços dos combustíveis nesta quinta-feira (14) e registrou queda no valor da comercialização da Gasolina A e um aumento no Diesel A S500. O preço da Gasolina A saiu de R$3,22 e reduziu para R$3,02, representando uma queda de R$0,20 no comparativo ao preço comercializado no dia 7 de março. Enquanto isso, o Diesel A S500 estava com o preço de R$3,35 e foi para R$3,55, ou seja, um acréscimo de R$0,20. O terminal da Petrobras mais próximo do Rio Grande do Norte está em Cabedelo, na Paraíba. De acordo com a última atualização na tabela em 1º de março, a Petrobras está comercializando a Gasolina pelo valor de R$2,70, ou seja, uma diferença de R$0,32 em comparação com a 3R Petroleum. Já o preço do Diesel está R$3,30, sendo R$0,25 menor do que na refinaria do RN.

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Petróleo sobe e tem maior nível em 4 meses, com alta em projeção de demanda

Os preços do petróleo voltaram a registrar forte alta nesta quinta-feira, alcançando os níveis mais elevados em cerca de quatro meses, após a Agência Internacional de Energia (AIE) aumentar as projeções de demanda global e cortar a estimativa de oferta. O contrato do WTI chegou a superar US$ 81 o barril. Os prognósticos se somaram à apreensão com as tensões geopolíticas, em meio a ataques da Ucrânia ao território russo. A commodity mantinha a valorização mesmo diante do fortalecimento do dólar, após a inflação acima do esperado no atacado nos Estados Unidos respaldar a narrativa de condução prudente da política monetária pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em alta de 1,93% (US$ 1,54), a US$ 81,26 o barril. O Brent para maio subiu 1,65% (US$ 1,39), a US$ 85,42 o barril. Os dois contratos atingiram nesta quinta máximas em quatro meses, após na véspera já terem subido mais de 2%. Em relatório publicado nesta quinta-feira, a AIE, prevê que a demanda mundial por petróleo aumentará 1,3 milhão de barris por dia (bpd) em 2024. No documento anterior, a estimativa era de avanço de 1,2 milhão de bpd. A AIE cortou ainda sua previsão para a oferta global total de petróleo este ano, de 103,8 milhões de bpd para 102,9 milhões de bpd, diante da expectativa de produção reduzida da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). As preocupações do mercado relativamente ao aperto da oferta, a decisão da Opep+ de prolongar as restrições à produção e as incertezas persistentes no Oriente Médio impulsionam as apostas otimistas dos operadores de contratos de petróleo, de acordo com analistas do banco MUFG. eldquo;Os dados de posicionamento mais recentes mostraram que os especuladores aumentaram a posição líquida comprada em petróleo pela quarta semana consecutiva, para as maiores apostas altistas desde a semana que terminou em 24 de outubro de 2023erdquo;, afirmam analistas do banco em um relatório. O MUFG espera que os preços do petróleo subam no segundo semestre do ano, com o Brent atingindo uma média de US$ 88 por barril. eldquo;O avanço lento mas constante do petróleo este ano ainda tem um longo caminho a percorrer no curto prazoerdquo;, dizem os analistas. No front geopolítico, a Ucrânia disparou pelo menos oito mísseis contra a região fronteiriça russa de Belgorod, matando uma pessoa e ferindo seis, disseram autoridades locais nesta quinta. Na véspera, ataques com drones contra a Rússia, atingindo infraestrutura de energia e refinarias de petróleo, impulsionaram a alta dos contratos de petróleo. (Estadão Conteúdo)

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Carros flex são maioria no Brasil, mas só 30% da frota usa etanol, diz estudo

A maioria dos veículos vendidos no Brasil é flex emdash;ou seja, pode ser abastecida com etanol ou gasolina, em qualquer proporçãoemdash;, mas somente 30% da frota utiliza o combustível derivado da cana-de-açúcar. É o que aponta um estudo da consultoria Datagro referente ao mês de janeiro. Se comparado ao mesmo mês do ano passado, houve avanço emdash;o índice era de 19,4%emdash;, mas o patamar está muito abaixo dos 41,5% já obtidos pelo setor, em outubro de 2018. Os dados foram apresentados pela consultoria num evento de abertura da safra 2024/25 de cana realizado em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), mais tradicional polo sucroenergético do país. "Tem um trabalho muito grande para ser feito, para ampliar o uso de hidratado na frota flex", afirmou Plínio Nastari, presidente da Datagro. No mínimo, o consumo no período atual, de entressafra, deveria estar em 35%, mas executivos do setor relatam que o patamar recorde já obtido ainda é aquém do ideal. Segundo a consultoria e a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), os modelos bicombustíveis representam atualmente 85% da frota de veículos leves circulante no Brasil. "A gente precisa aumentar essa proporção. Quando começou a venda de veículos flex no Brasil, [o setor questionava] elsquo;será que um dia boa parte da frota será flex?ersquo; Nós já chegamos a essa situação [...]. Então já estamos no limite, o que precisa fazer é aumentar o uso de hidratado pela frota flex", disse Nastari. A preocupação com o combustível, considerado limpo e, portanto, benéfico ao ambiente em relação à gasolina, é discutida num momento em que o centro-sul do país está prestes a encerrar uma safra que superou as expectativas. De 590 milhões de toneladas de cana previstas para a região, que concentra os principais estados produtores, a safra deverá terminar o mês com produção de 656,1 milhões de toneladas moídas. Para a próxima safra, a expectativa é de 592 milhões. Entre os motivos apontados historicamente para o consumidor não utilizar o etanol estão a desvantagem em alguns momentos do ano na hora de abastecer nos postos e, segundo Nastari, mitos existentes em relação ao combustível derivado da cana. Para ser mais vantajoso, o mercado estima que o preço do etanol tem de ser até 70% do valor cobrado pelo litro da gasolina. "Tem muitos proprietários de veículos flex que não sabem que o carro é flex, tem muitos mitos que precisam ser derrubados em relação ao efeito do uso do hidratado nos motores, nos automóveis. Tem um trabalho muito grande para desmistificar essas falhas de compreensão que existem em relação ao consumo de etanol", disse o presidente da consultoria. A ideia de que a adesão ao etanol está abaixo do desejado também é compartilhada por José Guilherme Nogueira, CEO da Orplana (Organização das Associações de Produtores de Cana do Brasil). "É muito pouco, já que dois terços preferem a gasolina ao etanol. Isso faz com que os preços não avancem, impactando os produtores de cana e o Consecana", disse. O Consecana é o Conselho de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Etanol, que contempla os preços nos diversos segmentos do setor. No centro de Ribeirão Preto, o comerciante Eustáquio Freitas abastecia seu veículo Volkswagen Virtus com gasolina nesta quarta-feira (13), apesar de o álcool custar o equivalente a 61% do valor e ser, portanto, mais vantajoso. "É costume, e acho que o carro rende melhor com gasolina", afirmou. O empresário Fernando Dantas também completava o tanque de sua Fiat Toro com gasolina no mesmo posto. Questionado sobre a diferença no valor, disse que "não tinha visto" que o etanol era vantajoso. CRESCIMENTO VERTIGINOSO Dados da Anfavea mostram que a aceitação dos automóveis flex, cujos primeiros modelos foram vendidos em março de 2003 no país, foi rápida. Saltou de 3% dos negócios naquele ano endash;com veículos como Gol, Palio e Corsaendash;, para 52% já em 2005. Dois anos depois, o patamar atingiu 88%, ano em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou os usineiros de "heróis". De 2008 em diante, os carros flex passaram a superar 90% das vendas, nível que é mantido até atualmente, conforme a Anfavea. "Nossos veículos flex, que completam neste ano [2023] 20 anos de existência, podem e devem ser estimulados a um maior uso de etanol, com o objetivo de acelerar a descarbonização, já que representam cerca de 90% de nossa frota circulante", afirmou o presidente da associação, Márcio de Lima Leite, no anuário da indústria automobilística de 2023 da Anfavea. PRODUÇÃO EM ALTA A produção de etanol na safra 2023/24 cresceu até aqui 15,68%, segundo a Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia), com um total de 32,70 bilhões de litros, dos quais a maioria de etanol hidratado (utilizado diretamente nos veículos flex), com 19,72 bilhões de litros endash;alta de 21,44%. Já o etanol anidro, que é misturado à gasolina antes de chegar aos postos, cresceu 7,91%, com produção de 12,98 bilhões de litros. A safra 2024/25 de cana começará oficialmente no próximo dia 1º, mas duas usinas, já na segunda quinzena de fevereiro, tinham iniciado sua moagem. A expectativa da Unica é de que, no total, 28 usinas reiniciem as atividades até esta semana. Para a próxima safra, a previsão é de um recuo de 9,8% em relação ao montante colhido na safra 2023/24 no centro-sul do país, região que concentra os principais estados produtores. De acordo com a Datagro, a previsão indica que a safra alcançará 592 milhões de toneladas de cana, ante as 656,1 milhões da safra que oficialmente terminará no dia 31 deste mês. Para Nogueira, porém, a próxima safra não representará uma quebra na produção. "Tivemos uma supersafra [23/24]. Então, a próxima não será uma quebra, mas sim voltaremos à normalidade", disse. A previsão feita pela Orplana difere da apresentada pela Datagro: a organização das associação de produtores estima 620 milhões de toneladas no período 2024/25.

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