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ANP lança versão completa do Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis

A ANP lançou hoje (16/10) a versão completa digital do Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2023, que apresenta de forma consolidada os dados do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis no Brasil, além de um panorama internacional, em 2022. O lançamento ocorreu em evento com transmissão online, cuja gravação pode ser acessada no canal da ANP no YouTube. Já o Anuário completo pode ser acessado aqui. Na abertura do evento, o Diretor da ANP Cláudio Jorge de Souza destacou que eldquo;o Anuário é uma consolidação de informações de várias áreas técnicas da ANP, sendo resultado de um trabalho coletivoerdquo;. O Diretor lembrou ainda que o lançamento da edição deste ano se dá em meio às comemorações pelos 25 anos de implantação da ANP. eldquo;O Anuário 2023 ratifica a constante evolução não só da indústria regulada, mas também da nossa instituiçãoerdquo;, declarou. Já o Diretor-Geral da ANP, Rodolfo Saboia, ressaltou a importância da divulgação de dados do setor regulado pela Agência. eldquo;Um dos papéis do órgão regulador é o de prover dados confiáveis, tendo como princípio a transparência e a sua ampla divulgação. Dar acesso a informações relevantes e fidedignas sobre o mercado regulado é tarefa de extrema importância, sendo tratada de forma muito séria pela ANP. Precisamos lembrar que dados, quando compartilhados com quem precisa, podem trazer vários benefícios, seja na tomada de decisão e no apoio à concepção de políticas mais eficazes, seja no estímulo à inovaçãoerdquo;, afirmou. No evento, houve ainda uma palestra que apresentou os principais dados da publicação. O Anuário é dividido em seis seções: Panorama Internacional; Indústria Nacional do Petróleo e Gás Natural; Comercialização; Biocombustíveis; Licitação de Blocos; e Resoluções da ANP. Há ainda um guia de leitura, notas, glossário, lista de agentes econômicos e outras informações complementares. A primeira seção traz um panorama da indústria mundial de petróleo e gás natural, destacando seus níveis de reservas, produção, capacidade nominal de refino e consumo. Esses dados servem como referência à contextualização da indústria nacional no cenário internacional. Na segunda seção, há informações sobre o desempenho da indústria brasileira do petróleo da exploração ao refino e processamento, além de dados sobre comércio exterior, superavit externo e preços. Constam também dados de arrecadação de participações governamentais e de terceiros sobre atividades de exploração e produção e os volumes de recursos destinados a pesquisa, desenvolvimento e inovação e formação de recursos humanos, além do novo capítulo com informações relacionadas a segurança operacional. A terceira seção contempla a distribuição e a revenda de derivados de petróleo e gás natural, assim como a infraestrutura de comercialização existente, além de indicadores da qualidade dos combustíveis. Também apresenta a evolução dos preços ao consumidor de derivados de petróleo e as ações de fiscalização do abastecimento. A quarta seção apresenta os dados relacionados a produção, comercialização e preços dos biocombustíveis, juntamente com as atividades do RenovaBio. Já a quinta seção apresenta uma síntese das Rodadas de Licitações de Blocos para Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural realizadas pela ANP. Finalmente, na sexta seção, são listadas as Resoluções ANP publicadas no ano de 2022. Há também um Glossário, que define os vários termos mencionados, os fatores de conversão utilizados e as relações entre unidades físicas comumente utilizadas. Por fim, traz a lista dos agentes econômicos que atuam na indústria brasileira de petróleo e na distribuição nacional de derivados e as fontes utilizadas na elaboração do Anuário. As tabelas, gráficos, quadros e cartogramas que constam do Anuário já estavam disponíveis no site da ANP, em português e em inglês. A publicação divulgada hoje apresenta esses dados diagramados, em formato PDF, e inclui também textos analíticos.

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SUV Ford Mustang Mach-E elétrico chega ao Brasil com bom preço e autonomia

Quase três anos depois de estrear nos Estados Unidos, o Ford Mustang Mach-E está entre nós. O crossover desembarca do México para ser o primeiro carro elétrico da montadora no País. O motivo da demora é que o SUV a bateria, lançado no fim de 2020, é atualmente um dos elétricos mais vendidos do mercado norte-americano. No ranking, aparece atrás apenas dos Tesla Model 3 e Model Y, atuais líderes de vendas globais do segmento. Pois o Mustang Mach-E chega aqui com preço de R$ 486 mil e disponível somente na versão topo de linha GT Performance. Com o modelo, a Ford planeja concorrer não apenas contra SUVs elétricos de marcas premium, como BMW iX3 e Volvo XC40, mas também com modelos esportivos, como Audi e-tron GT, BMW i4 e até o Porsche Taycan. Para isso, o Mustang Mach-E combina dois motores elétricos, tração integral e um pacote de bateria robusto. O pacote da versão GT Performance, segundo a Ford, coloca o crossover elétrico em vantagem perante os rivais. Por exemplo, o modelo tem como diferenciais rodas de liga leve de 20 polegadas, teto solar panorâmico (o maior disponível em um Ford), bancos dianteiros esportivos e o emblema GT na traseira. Para reduzir peso, o Mustang Mach-E tem a tampa traseira feita de material plástico mais leve e o capô de alumínio. E vem de fábrica com freios de alto desempenho da italiana Brembo. Mustang Mach-E tem 487 cv e boa autonomia Com entregas em até 60 dias a partir desta segunda-feira (16), o Ford Mustang Mach-E faz valer o visual de muscle car - que, aliás, é um destaque no modelo. O seu conjunto elétrico reúne dois motores instalados um em cada eixo, o que lhe fornece tração integral. Ao todo, segundo a Ford, são 487 cv de potência máxima, mais que os 483 cv gerados pelo motor 5.0 V8 Coyote a gasolina, que equipa o cupê Mustang Mach 1. Mas o que garante a aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 3,7 segundos é o torque máximo parrudo de 87,6 mkgf, que é entregue no Mustang elétrico de forma imediata. Para comparação, no Mustang V8 o torque chega a 56,7 mkgf a 4.900 rpm. Mas o melhor é que, mesmo com o desempenho de esportivo, o Mach-E consegue entregar números surpreendentes de autonomia. Segundo o Inmetro, são 379 km de alcance com a bateria de 91 kWh 100% carregada. Mas, no ciclo global WLTP, o Mustang Mach-E é ainda melhor e alcança 541 km de autonomia com a carga completa. O seu pacote de baterias de íons de lítio, que fica instalado sob o assoalho, tem 12 módulos e pesa 596 kg. O componente é fornecido pela LG e tem garantia de fábrica de 8 anos ou 160 mil km, mesma cobertura dada aos dois motores e aos sistemas de alta voltagem do conjunto elétrico. Para o carro, são 3 anos de garantia sem limite de quilometragem. Por dentro, Mustang Mach-E é bem acabado e moderno Além de trazer um conjunto elétrico poderoso, o Ford Mustang Mach-E também impressiona na cabine. O crossover elétrico tem painel de visual limpo e moderno, assim como materiais agradáveis e sofisticados. Há, por exemplo, partes das portas e do painel cobertos com couro, camurça e tecido. Entretanto, o destaque visual fica com a enorme tela de 15,5 polegadas do sistema multimídia, em disposição vertical e com um botão físico na parte inferior. Já o display atrás do volante tem 10,2" e traz informações do computador de bordo, bem como o status da bateria. Outro destaque a bordo do Mustang Mach-E é o espaço. Na frente, o crossover elétrico tem um seletor eletrônico e giratório do câmbio e uma grande bandeja com um carregador de celular sem fio para smartphones. Já atrás o SUV tem bom espaço para três adultos, garantido pelo generoso entre-eixos de 2,98 metros. Há ainda dois compartimentos para malas. O traseiro tem 402 litros, enquanto o dianteiro, onde ficaria o motor V8, tem 139 litros. Entre os equipamentos, o Mustang Mach-E traz como destaque o sistema de conectividade FordPass, que permite o uso do celular como chave remota, por exemplo. E tem mais: no SUV elétrico é possível acompanhar dados do carregamento da bateria em tempo real, bem como programar a recarga e até preparar a bateria para melhor eficiência ao sair. A versão GT Performance ainda tem som Bang eamp; Olufsen, faróis Full-LEDs, bancos elétricos, porta-malas com abertura por movimento, câmera 360º, bem como um pacote de segurança bastante completo e repleto de assistentes semiautônomos. Por fim, tem um item diferenciado no modelo: há um 9º airbag entre os bancos dianteiros. Mustang Mach-E tem modos de condução e até som de motor Para o condutor, o Mustang Mach-E oferece três modos de condução: Whisper, Engage e Unbridled. Este último é voltado ao desempenho e, portanto, o mais esportivo - e simula o ronco de um motor a combustão. Além disso, o multimídia de 15,5" mostra o tráfego em tempo real, bem como a rota em nuvem. O sistema é compatível com Waze, Alexa (da Amazon), Pandora, Dominoe#39;s e Accu Wheater (aplicativo de previsão do tempo). Sem maçanetas e com disfarce no teto Com estilo que remete claramente ao clássico Ford Mustang, o elétrico Mustang Mach-E tem algumas soluções diferentes e curiosas. Por exemplo, o SUV a bateria não tem maçanetas nas portas dianteiras e traseiras. A abertura em ambas é feita eletronicamente por botão. Assim, basta pressionar que as portas destravam. Outro detalhe interessante é o teto com um ressalto na porção traseira, que ajuda a ampliar os vãos para cabeças no banco traseiro. Dessa forma, quando visto de lateral, o Mustang Mach-E destaca a linha de cupê com o teto que desce em diagonal na direção das lanternas. Entretanto, trata-se de um truque visual muito interessante e bem feito, que deixa o crossover com perfil semelhante ao do icônico muscle car. Seja como for, a silhueta veloz e a ausência de maçanetas dá ao modelo um coeficiente de arrasto (Cx) de 0,29. Assim, ajuda a melhorar a eficiência do conjunto elétrico. Mustang Mach-E vem de fábrica com carregador portátil Para lançar o crossover elétrico no Brasil, a Ford anuncia que terá 50 concessionárias no País capacitadas a mexer no modelo. Ou seja, a montadora vai mobilizar quase a metade da sua rede atual, que tem 110 pontos de atendimento. Contudo, bastará ao cliente parar o SUV elétrico em uma loja da marca ou agendar o serviço a ser feito no aplicativo FordPass no celular. Aliás, o Mustang Mach-E tem as primeiras três revisões grátis. Sobre o carregamento, o Mustang Mach-E vem de fábrica com um carregador portátil em corrente alternada com potência de 7 kWh. Com ele, são 14 horas para completar 100% da bateria. Entretanto, a Ford, em parceria com Weg e Enel, vai recomendar a instalação de carregador de parede (Wallbox) com 11 kWh de potência. Com este equipamento, o tempo de recarga completa da bateria cai para cerca de 9 horas, ou seja, bastará deixá-lo carregando à noite.

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Mercado espera só metade das receitas necessárias para zerar déficit em 2024

Embora o mercado financeiro veja com mais otimismo o plano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para reequilibrar as contas públicas no ano que vem, os analistas confiam apenas em metade das receitas necessárias para zerar o déficit em 2024. Em questionário enviado ao mercado antes da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em setembro, os economistas disseram ter incorporado R$ 80 bilhões relativos a medidas econômicas apresentadas pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) para recompor a arrecadação nas projeções de receita líquida do governo central endash;que compreende o Tesouro Nacional, o Banco Central e a Previdência Socialendash;, para 2024. O montante previsto se refere à mediana das projeções dos analistas. Ao todo, foram 88 respostas neste item, que compõe um conjunto mais amplo de informações recebidas do mercado que subsidiam a decisão do comitê sobre a taxa básica de juros (Selic). O questionário é enviado aos agentes econômicos na penúltima sexta-feira antes do encontro do colegiado do BC, e as respostas são recebidas pela autoridade monetária até a semana seguinte. Os R$ 80 bilhões estão aquém dos R$ 168,5 bilhões extras previstos pelo governo na proposta do Orçamento de 2024 entregue no fim de agosto ao Congresso Nacional. O aumento de arrecadação é necessário para cumprir a promessa feita pela equipe econômica de alcançar o déficit zero já no ano que vem. Do total do pacote de medidas, cerca de R$ 70 bilhões ainda precisam da aprovação do Legislativo. Os outros R$ 98 bilhões já foram validados, mas as estimativas feitas pelo Executivo são vistas com ceticismo pelo mercado financeiro. Apesar da desconfiança dos economistas, os números mostram que o otimismo vem crescendo ao longo dos últimos meses. Em agosto, a mediana das estimativas era de R$ 65 bilhões de receitas extras para o ano que vem, ou seja, R$ 15 bilhões a menos do que a projeção dos economistas na consulta mais recente realizada pelo BC. Já nos dados de junho, quando a pergunta apareceu pela primeira vez no questionário da autoridade monetária, o valor incorporado relativo às medidas do governo para recomposição de receitas era de R$ 60 bilhões para 2024. "Considere na resposta a diferença entre a sua projeção de receita para cada ano e aquela que você projetaria caso nenhuma medida para recomposição de receitas tivesse sido ou venha a ser tomada, considerando apenas o impacto direto das medidas", ressaltou o BC em complemento à questão na pesquisa. Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC e presidente do conselho de administração da Jive Investments, trabalha hoje com uma projeção de arrecadação extra de R$ 51 bilhões e diz que uma eventual revisão da estimativa dependerá do avanço das pautas econômicas no Congresso. "O governo vai ter vitórias parciais e, com isso, vai conseguir melhorar a arrecadação de receitas, mas não o suficiente para chegar ao déficit zero", diz. "Não é impossível, mas é muito difícil, seria uma surpresa positiva." Dos R$ 97,9 bilhões esperados pela Fazenda com a recuperação de créditos no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), após a volta do chamado voto de qualidade, o economista calcula R$ 22 bilhões em suas previsões de receitas. Quanto à tributação de fundos exclusivos, estima impacto arrecadatório de R$ 7 bilhões, ante os R$ 13,3 bilhões projetados pela equipe econômica. No caso da taxação das offshores, considera R$ 4 bilhões em receitas dos R$ 7 bilhões na conta do governo. "No último mês, o ceticismo aumentou e não diminuiu, mas já foi maior do que é hoje", disse. A melhora da percepção do mercado nos últimos meses, segundo Figueiredo, se deve a entregas feitas pelo governo que os economistas não imaginavam que seriam possíveis. Como exemplo, cita que o caso do Carf, a aprovação de um arcabouço fiscal mais restritivo e o avanço da tramitação da Reforma Tributária no Legislativo. Mas ele ressalta que há dúvidas que persistem, considerando o ritmo de algumas discussões no Legislativo. "As coisas acabam sendo mais lentas, a Reforma Tributária está um pouco atrasada do cronograma que se imaginava", diz. Em julho, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o texto poderia ser votado na Casa no início de outubro. Na semana passada, o senador Eduardo Braga (MDB-AM), disse que vai apresentar o relatório da Reforma Tributária no dia 24 de outubro para apreciação em novembro. Em meio a essa ampla agenda proposta pela equipe econômica, o Santander estima um aumento de R$ 60 bilhões na receita líquida em 2024 com as medidas adotadas pelo governo. Houve uma revisão para cima de sua projeção, que em setembro era de R$ 50 bilhões. No questionário enviado ao BC antes do último encontro do Copom, o banco desconsiderou no cálculo a taxação sobre combustíveis, o que representaria um acréscimo de R$ 26 bilhões na conta da instituição e equipararia a estimativa à mediana do mercado. De acordo com Ítalo Franca, economista do Santander, alterações nas propostas apresentadas pelo governo ao longo da tramitação no Legislativo, possibilidade de judicialização e eventuais efeitos sobre o comportamento dos investidores são elementos que trazem incerteza na definição do número final. Para ele, haverá mais clareza quanto à viabilidade de se alcançar a meta de déficit zero no próximo ano quando o Orçamento para 2024 tiver sido aprovado pelo Congresso e algumas medidas já estiverem sendo executadas. "Algumas matérias estão com debate um pouco mais inicial. Essas deixam um pouco mais de ceticismo. A outras, como offshores e fundos exclusivos, já se atribui uma probabilidade maior de avançar. A agenda está avançando e, quanto mais avançar, pode trazer um pouco mais de otimismo. Hoje tem uma certa cautela para incluir todo o impacto porque a gente precisa ver [o plano] se materializar", afirma.

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Petróleo fecha em baixa, com possível alívio das sanções à Venezuela pressionando preços

O petróleo fechou em queda, em meio às especulações de que os EUA poderão retirar sanções ao setor petrolífero da Venezuela, potencialmente ampliando a oferta global. O movimento, entretanto, corrige apenas marginalmente os ganhos de 5% da sessão passada relacionados à guerra no Oriente Médio, monitorada atentamente pelos mercados. O WTI para novembro fechou em baixa de 1,17% (US$ 1,03), a US$ 86,66 o barril. O Brent para dezembro caiu 1,36% (US$ 1,24), a US$ 89,65 o barril. Os governos americano e venezuelano estão negociando um acordo que resultaria no alívio das sanções ao petróleo da Venezuela, reportou hoje o The Washington Post, citando fontes. O acordo incluirá compromissos do governo socialista para permitir uma eleição presidencial mais livre e competitiva no próximo ano, segundo o jornal. A notícia pressionou os preços da commodity, à medida que gera expectativas de um balanço menos apertado, com essa possível retomada da produção venezuelana, explicou o analista de Inteligência de Mercado da StoneX para petróleo Bruno Cordeiro. eldquo;O mercado segue olhando de forma especulativa para isso como fator positivo para oferta e, portanto, baixista para os preçoserdquo;, comentou. Para a Capital Economics, no entanto, o alívio nas sanções não teria um efeito material no déficit do mercado de petróleo global no curto prazo. Seria um longo caminho até que a Venezuela conseguisse elevar sua produção dos níveis atuais bastante deprimidos, disse a consultoria em relatório. eldquo;O setor venezuelano requer um investimento enorme para retomar a produção aos patamares vistos uma década atráserdquo;, afirmou. A guerra entre Israel e Hamas também continua sendo um risco acompanhado, já que a ameaça de uma ampliação do conflito a produtores de petróleo relevantes foi o principal fator que impulsionou a cotação na semana passada. Também no radar, o setor observou neste pregão a queda da produção bruta global de petróleo a mínimas de 22 meses, puxada por Arábia Saudita, Estados Unidos e Noruega, segundo atualização da Iniciativa Conjunta de Dados das Organizações (Jodi, pela sigla em inglês). Já a demanda por petróleo se recuperou globalmente em agosto para um valor recorde sazonal, apoiado por China, Indonésia, EUA e Arábia Saudita. (Estadão Conteúdo)

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ANP divulga blocos de óleo e gás que podem ir a leilão em dezembro

A ANP (Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural) divulgou nesta 2ª feira (16.out.2023) as áreas que podem ser leiloadas no 4º Ciclo de Oferta Permanente. A agência ofertou 33 blocos e uma área de acumulação marginal endash;local com atividade de exploração paralisada ou inativadaendash;, localizados em 9 bacias. Eis a íntegra do comunicado (PDF endash; 227 KB). As 87 empresas inscritas para participar do leilão têm até 8 de novembro para manifestar interesse nas áreas e apresentar as garantias necessárias para disputar os blocos. A apresentação das ofertas está marcada para 13 de dezembro. Leia o cronograma do 4º Ciclo de Oferta Permanente (PDF endash; 173 KB). A bacia de Pelotas, que abrange todo o litoral do Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina, é a região com o maior número de blocos ofertados (12). A bacia Potiguar, no litoral do Rio Grande do Norte, é a 2ª com mais blocos ofertados (6). É seguida pela bacia de Santos (4) endash;localizada nos litorais de Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Veja abaixo os setores ofertados e suas respectivas bacias: Bacia do Amazonas SAM-L; SAM-O (acumulação marginal). Bacia do Espírito Santo SES-T2; SES-T4; SES-T6. Bacia Paraná SPAR-CS. Bacia de Pelotas SP-AR1; SP-AR4; SP-AP1; SP-AP2; SP-AP3; SP-AP4; SP-AUP1; SP-AUP2; SP-AUP3; SP-AUP4; SP-AUP7; SP-AUP8. Bacia Potiguar SPOT-T1B; SPOT-T2; SPOT-T3; SPOT-T4; SPOT-T5; SPOT-AP2. Bacia do Recôncavo SREC-T1. Bacia de Santos SS-AR3; SS-AP4; SS-AUP4; SS-AUP5. Bacia de Sergipe-Alagoas SSEAL-T1; SSEAL-T2; SSEAL-T3. Bacia de Tucano STUC-S.

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Como Uruguai e Namíbia reacendem interesse por petróleo no Sul do Brasil

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou nesta segunda (16/10) a lista dos 33 setores com blocos exploratórios, localizados em nove bacias diferentes, que vão a leilão em dezembro, no 4º Ciclo da Oferta Permanente endash; mecanismo de licitação sob demanda. Ao todo, 12 setores na Bacia de Pelotas, fronteira ainda pouco explorada no litoral da região Sul, foram incluídos no leilão deste ano, após manifestação prévia de interesse do mercado pela região endash; o que não é garantia de que as áreas serão, de fato, negociadas. Pelotas, contudo, entrou novamente no radar da Petrobras endash; que já teve blocos na bacia, mas que acabaram devolvidos sem avançar na fase de perfuração de poços. No início do mês, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, sinalizou interesse em voltar a explorar na região. eldquo;No Sul, tem a Bacia de Pelotas, em frente ao Rio Grande do Sul, que era, nos tempos em que Campos e Santos eram o filé endash; e ainda são endash;, algo para um dia, quando precisarerdquo;, afirmou Prates, durante participação no programa Roda Viva, ao comentar sobre perspectivas de novas fronteiras exploratórias. A licitação de dezembro é mais uma chance para essa bacia que não tem hoje uma concessão sequer sob contrato e que não é perfurada desde 2001 endash; justamente pela própria Petrobras. A última vez que algum bloco exploratório de Pelotas foi arrematado num leilão da ANP foi há quase duas décadas, na 6ª Rodada de concessões, de 2004. Mas o que mudou desde então? Pelotas está relativamente próxima ao litoral do Uruguai endash; que vem despertando o interesse de petroleiras, em leilões recentes, influenciado, por sua vez, pelo sucesso exploratório na Namíbia, na costa da África. África e América do Sul compartilham história geológica A margem oeste do continente africano possui uma evolução geológica similar à da costa sul-americana. A origem das bacias sedimentares do leste da América do Sul remonta à ruptura do paleocontinente Gondwana e à separação definitiva das placas Africana e Sul-Americana, na formação do Oceano Atlântico Sul. De acordo com o sumário geológico de Pelotas, da ANP, apesar da falta de descrição e caracterização das rochas geradoras na bacia, eldquo;há valorosas inferências a partir da correlação com as bacias de Walvis, Lüderitz e Orange da Margem Continental Africanaerdquo;. Descobertas na Namíbia impressionam Em 18 meses, Shell e TotalEnergies já descobriram ao menos 11 bilhões de barris de petróleo e mais de 8,7 trilhões de pés cúbicos de gás natural na bacia de Orange, segundo autoridades do país africano. O sucesso exploratório na Namíbia tem despertado o interesse de petroleiras pelo Uruguai, na expectativa de que as descobertas no país africano possam ser reproduzidas no pequeno litoral uruguaio. Em julho, a estatal uruguaia Ancap aprovou oferta da empresa Challenger Energy para o bloco offshore OFF-3 endash; o último ativo exploratório até então não contratado na costa uruguaia. Com dois blocos contratados, a Challenger se tornou a 2ª maior exploradora em atividade no país, atrás da Shell, com três ativos. A multinacional é uma das principais agentes na Namíbia. Também possuem contratos exploratórios no país sul-americano a argentina YPF (1) e a Apache Corporation (1), dos Estados Unidos. Alto risco exploratório Com poucos poços perfurados, Uruguai e Pelotas possuem elevado risco exploratório. No Brasil, apenas 12 perfurações foram feitas na Bacia de Pelotas, desde a década de 1970. Já no Uruguai, petroleiras como bp e TotalEnergies endash; em sociedade com a ExxonMobil e a Statoil (hoje Equinor) endash; chegaram a apostar no país, na década passada, sem sucesso exploratório. Nenhuma descoberta comercial foi feita no Uruguai, até o momento, mas a expectativa das autoridades locais é que o sucesso recente na Namíbia renove o interesse por investimentos na costa do país. eldquo;Até agora, as campanhas de exploração não fizeram descobertas comerciais, mas não foram testadas áreas e seções importantes das bacias offshore, o que, à luz das descobertas noutras bacias semelhantes na margem atlântica, seriam as mais prospectivaserdquo;, disse à AFP o gerente de Transição Energética da Ancap, Santiago Ferro.

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