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Raízen e Wartsila assinam acordo para testar etanol como combustível marítimo

A brasileira Raízen e a finlandesa Wartsila, que fornece tecnologia para os mercados marítimo e de energia, assinaram um acordo para explorar o uso de etanol como combustível marítimo. A iniciativa visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa, oferecer novas opções aos clientes e discutir a transição energética no setor globalmente. As vendas de etanol marítimo poderão começar em um ano se os resultados forem promissores, afirma Paulo Neves, vice-presidente de trading da Raízen, em nota. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Yara vai usar biometano da Raízen para a produção de 'amônia verde'

A fabricante de fertilizantes Yara vai trocar o gás natural de origem fóssil por biometano em sua planta de Cubatão (SP), onde produz amônia, que assim passará a ser denominada eldquo;amônia verdeerdquo; ou eldquo;amônia de baixo carbonoerdquo;. O processo vai começar com 3% do total consumido, com a meta de atingir 100% em 2030. A troca do insumo começa no primeiro semestre de 2024, mas a Yara ainda não fala de expectativas de impactos financeiros. A empresa é uma das maiores consumidoras de gás natural no Estado de São Paulo endash; o insumo responde por 80% do custo variável para a produção da amônia. eldquo;Por ora, a troca serve ao propósito de descarbonização e não se refletirá em redução dos custoserdquo;, diz Daniel Hubner, vice-presidente de Soluções Industriais da empresa. A companhia também não divulga projeções sobre quanto os clientes estão dispostos a pagar por um produto que contribui para a descarbonização da cadeia. eldquo;A grande discussão é se haverá prêmio na amônia verdeerdquo;, diz Hubner. eldquo;O mercado ainda está engatinhando. Ainda não se sabe quanto vai valer o fertilizante de baixo carbono.erdquo; NOVA PLANTA. Com o biometano, a companhia estima que vai cortar em 80% a emissão de gases de efeito estufa da unidade de Cubatão. O insumo será produzido pela Raízen, e distribuído pela Comgás à unidade de produção da Yara. A amônia é matéria-prima para fertilizantes nitrogenados e serve como combustível para trens e caminhões. É usada também na fabricação de explosivos para mineração. Na fabricação da amônia, o gás é usado como combustível e também como matéria-prima. Inicialmente, a Yara vai comprar 20 mil metros cúbicos de biometano por dia, cerca de 3% dos 700 mil que consome diariamente. Com o insumo, produzirá 15 toneladas diárias de amônia verde, o equivalente a 2,5% da produção atual. Em sua planta, a Yara usará biometano produzido a partir da vinhaça e da torta de filtro, subprodutos da fabricação de etanol. A fábrica da Raízen, localizada em Piracicaba (SP), está em fase final de construção. A parceria foi decidida há dois anos. Os valores dos contratos com a Raízen e com a Comgás não foram revelados. AMÔNIA AZUL. A Yara informa que reduziu em quase 45% as emissões de gases de efeito estufa, desde 2005, com melhorias no processo produtivo e eficiência energética. Agora, busca outras formas de descarbonizar as atividades. No primeiro semestre, anunciou a construção de duas unidades para produzir amônia azul nos EUA endash; a denominação indica que o gás carbônico gerado no processo é enterrado. Ou seja, usa combustível fóssil, mas não libera gás carbônico para a atmosfera. ebull;

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Senado quer 'trava' ao Imposto Seletivo

Um dos principais pontos de insegurança do setor produtivo em relação à reforma tributária, a aplicação do Imposto Seletivo deverá ser restringida durante a tramitação do projeto no Senado. Pela proposta em discussão, qualquer nova taxação ou mudança de alíquota terá de passar no Congresso por meio de uma lei complementar, o que requer quórum qualificado endash; maioria absoluta das duas Casas, ou seja, aprovação de 257 deputados e 41 senadores. O objetivo é evitar que o tributo endash; que também tem sido chamado de eldquo;imposto do pecadoerdquo; endash; seja usado pelo governo como instrumento arrecadató-rio, sobretaxando produtos e serviços, como os alimentos ultraprocessados, telecomunicações e energia. O Imposto Seletivo será usado para taxar produtos que fazem mal à saúde, como cigarros e bebidas alcoólicas. Na reforma, porém, seu uso está sendo estendido a produtos que afetem o meio ambiente e para manter a vantagem competitiva da Zona Franca de Manaus. Isso colocou em alerta a indústria de alimentos, de energia elétrica e até de telecomunicações, que temem uma brecha para pagar mais impostos. Um comando legal que requer a aprovação de uma lei complementar também não poderia ser dado pelo governo por meio de uma medida provisória, cujos efeitos são imediatos. A exigência do aval de uma parcela maior do Parlamento deve, na visão de senadores, desestimular o uso do tributo para fins arrecadatórios. Na reta final da elaboração de relatório da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) sobre a reforma, o senador Efraim Filho (União BrasilPB) antecipou ao Estadão que a maioria dos seus integrantes defende que seja imposta uma trava ao eldquo;uso indiscriminadoerdquo; do tributo. Efraim coordena o grupo de trabalho criado pela CAE para apresentar recomendações ao relator, Eduardo Braga (MDB-AM) endash; e cujo relatório será divulgado amanhã. ebull; Reforma tributária continua provável mesmo com crise internacional A guerra no Oriente Médio piorou ainda mais o cenário geopolítico, e trouxe novos riscos de curto prazo para o Brasil. Os próximos 12 meses devem trazer mais dificuldades para o governo Lula, encerrando um período relativamente favorável para o presidente. Esse cenário, porém, não diminui a probabilidade de aprovação da reforma tributária pelo Congresso, com profundas implicações para a economia. Mais que uma reforma, se trata de uma refundação do sistema de impostos sobre o consumo. Como a implementação será lenta, não há nenhum senso de urgência na população, que ignora o assunto. Mas, para as empresas, é impossível evitar o tema, pois o novo modelo, com tributação apenas no destino da mercadoria, mudará a lógica de fazer negócios no Brasil, além de aumentar ou diminuir impostos sobre praticamente tudo o que se compra no País. É importante interromper por alguns minutos a discussão internacional para observar o andamento das negociações no Congresso. Após dois meses de debates, o Senado se prepara para votar a reforma na primeira quinzena de novembro. Alguns parlamentares ainda se opõem, mas reconhecem as dificuldades de obstrução, e têm focado mais em extrair concessões do que em travar o jogo. É muito provável que, até o fim de 2023, o Congresso promulgue a emenda constitucional, iniciando a transição para o novo modelo. A força da proposta está no fato de que a elite política brasileira concordou que o atual sistema está quebrado. Reformar os impostos sobre consumo não é um tema que divide esquerda ou direita; o governo contará, inclusive, com apoio de políticos da oposição, como tem sido o caso do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O risco de impasse ainda existe, mas é pequeno, e está mais relacionado a desavenças entre os Estados do que à relação entre Lula e o Congresso. Estamos perto de um divisor de águas para a economia brasileira. O novo sistema trará uma das maiores alíquotas de Imposto sobre Valor Agregado do mundo, senão a maior, e também terá ineficiências e inconsistências. Não será perfeito. Mas, ao mesmo tempo, trará enormes ganhos de produtividade para várias indústrias. Muitas empresas já têm monitorado os debates. Em alguns casos, para aproveitar as novas oportunidades. Em outros, para se proteger de prejuízos com as mudanças. Com a provável aprovação da reforma, 2024 será um ano crítico para essas empresas. Ao mesmo tempo que o governo deve começar a sentir mais dificuldades no ambiente externo, o Congresso começará a trabalhar na legislação complementar, que trará os detalhes do novo sistema de impostos. Quem se preparar mais cedo, sairá na frente. ebull;

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Preço do etanol atinge menor valor em quase 5 anos; vendas ganham força no feriado

O preço médio do etanol em setembro correspondeu a 68,4% do valor médio da gasolina, patamar inferior à marca de 70%. Esse é o menor nível deste indicador desde outubro de 2018, quando marcou 67,9%. Os dados são do Indicador de Custoendash;Benefício Flex do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade. No acumulado do ano, o preço do combustível acumula uma queda de 4,3%, ante um encarecimento de 15,9% no preço médio da gasolina comum. Ritmo de vendas Apesar da semana passada ser mais curta pelo feriado, houve um aumento nos negócios de etanol no estado de São Paulo. Segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o maior ritmo de comercialização esteve atrelado à boa vantagem competitiva do biocombustível frente à gasolina nas bombas paulistas e à postura firme das usinas. Assim, entre 9 e 13 de outubro, o indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado fechou em R$ 2,1753 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), queda de 0,17% frente à semana anterior. Para o anidro, o indicador fechou a R$ 2,4366/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins), recuo de 3,05% no mesmo comparativo Quais estados mais abastecem com etanol? No país, a maior vantagem do etanol foi encontrada no estado de Mato Grosso, com o litro do etanol custando 59,2% do valor da gasolina, enquanto no Rio Grande do Sul a gasolina foi mais vantajosa, com a relação entre os dois combustíveis ficando em 83%.Por fim, na média das capitais, a preferência pelo etanol é ainda mais evidente (67,8%), especialmente em áreas do Sudeste, como São Paulo, com 61,8%, e do Centro-Oeste, como Cuiabá, com 59,4%.

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Petróleo fecha em leve alta após sessão volátil, entre potencial acordo com Venezuela e expectativa

Os contratos futuros de petróleo subiam logo cedo, depois chegaram a inverter o sinal, mas ainda reagiram e marcaram ganhos nesta terça-feira, 17. A commodity mostrou volatilidade, com viés inicial negativo após a notícia de que, segundo a Rússia, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) poderia reduzir sua oferta em 2024, caso se mantenha o quadro de déficit na oferta. O WTI para dezembro fechou em alta de 0,21% (US$ 0,18), a US$ 85,44 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês avançou 0,28% (US$ 0,25), a US$ 89,90 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na sessão da segunda-feira, a notícia de que os Estados Unidos poderiam moderar sanções contra a Venezuela, permitindo que o país exporte mais, levou os contratos a recuar pouco mais de 1%. Nesta terça, houve recuperação em parte do dia, mas o fôlego foi curto. A Rystad Energy avalia que um potencial acordo com a Venezuela poderia levar a um aumento na oferta de 200 mil barris por dia (bpd) pelo país. O avanço poderia ser visto em 2024, mas o quadro é contido pela falta de investimentos recente no setor, pondera a consultoria. Nesta terça, a notícia da Rússia esteve em foco. A Eurasia, porém, considera, em relatório a clientes, que a perspectiva global fraca em 2024 deve fazer a Opep+ continuar a segurar sua oferta entrando o próximo ano, a fim de impedir o excesso de óleo no mercado. A Spartan Capital, por sua vez, afirma que um eventual acordo com a Venezuela poderia ser um eldquo;escudoerdquo; para os preços caso ocorra forte alta diante do conflito no Oriente Médio. O conflito em Israel e Gaza, com possível envolvimento do Irã, poderia levar a mais sanções contra o petróleo iraniano, e esse prêmio de risco tende a apoiar os preços. (Estadão Conteúdo)

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Guerra em Israel acende alerta para preços do petróleo e do dólar, diz Galípolo

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta terça-feira (17) que o conflito entre Israel e o Hamas acentua a atenção quanto ao preço do petróleo e à cotação do dólar. Falando em evento da agência Moodyersquo;s, Galípolo afirmou que o comportamento da inflação vem se revelando mais benigno no mercado doméstico, mas destacou haver preocupação com o impacto do dólar sobre a política monetária. Galípolo disse que o país tem atualmente alguns desafios, sendo o primeiro lidar com o cenário internacional.

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