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Com preço mais vantajoso que a gasolina, etanol impacta 80% menos a atmosfera

Os condutores de veículos de Minas Gerais seguem percebendo o preço do etanol economicamente mais vantajoso em relação ao da gasolina. A equiparação entre os combustíveis chegou a 63,27%, segundo o levantamento mais recente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgado no dia 9 de outubro. Normalmente, considera-se o etanol a melhor opção quando o valor está abaixo de 70% da gasolina. A diferença do preço médio dos dois combustíveis ultrapassa R$ 2: o etanol é encontrado por R$ 3,55, e a gasolina, por R$ 5,61, conforme ANP. A pesquisa mostrou que, do dia 1º a 7 de outubro, o biocombustível registrou uma queda de 0,3% no valor do litro. O etanol não se tornou competitivo só em Minas, mas também em São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Bahia. O presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, explica que, no último ano, as alterações tributárias prejudicaram a percepção do consumidor em relação às diferenças de preços, o que acabou impactando a demanda de etanol. eldquo;Mas agora com essa relação de preço mais positiva, a gente observa a retomada do consumo de álcool. O que fica claro que a questão econômica pesa bastante para a escolha do consumidor,erdquo; enfatiza. Questionado sobre até quando essa competitividade poderá durar, Mário diz que não é possível estimar, eldquo;mas a tendência é que boa parte da produção do etanol - que tem crescido este ano - seja vendida no mercado interno, o que provoca uma pressão de preço, que pode perdurar por alguns meses, inclusive entrando no período de entressafra.erdquo; Outro fator influenciador seria a dinâmica do valor da gasolina, que pode ser afetada pela guerra no Oriente Médio, que tem grande participação na distribuição de combustíveis fósseis pelo mundo. A respeito da safra citada pelo presidente, Minas Gerais deverá produzir acima de 72 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, de acordo com estimativas da Siamig. A expectativa inclusive é que a produção supere a moagem vista em 2020. Já segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Estado também deverá ter não só a melhora no rendimento do campo, mas também ampliação na área destinada para as lavouras. Para além da competitividade econômica Para a coordenadora de Sustentabilidade da Raízen - empresa integrada de energia-, Isadora Montebello Capeletti, do ponto de vista ambiental, o etanol é mais sustentável quando comparado a gasolina. eldquo;Hoje o etanol tem uma das melhores pegadas de carbono do mundo entre as tecnologias atuais, emitindo cerca de 80% menos gás de efeito estufa na atmosfera em relação a gasolina comum. Além disso, cada vez mais se investe em tecnologias que promovem a circularidade do processo de produção do biocombustível.erdquo; O etanol é mais sustentável porque o gás carbônico lançado na atmosfera devido à queima do combustível no veículo é recuperado no plantio da cana-de-açúcar - vale lembrar que as plantas absorvem o carbono durante o processo de fotossíntese. Outro ponto destacado por Isadora é que o lançamento dos carros flex fez com que o consumo do etanol evitasse a emissão de quase 600 milhões de toneladas de CO2 no Brasil. eldquo;Isso equivale - mais ou menos - a plantar quatro milhões de hectares com árvores da Mata Atlântica por ano. A tecnologia flex então é uma grande oportunidade do motorista escolher o consumo de um combustível mais sustentável, que é fundamental para a transição energética do Brasil e do mundo,erdquo; ressalta. O consultor automotivo, Sérgio Melo, aponta outras vantagens - ainda que ligeiramente perceptíveis - quando o veículo é abastecido com etanol. Uma delas é a maior potência, que possibilita melhor desempenho ao automóvel. A outra é em relação a carbonização interna do motor. eldquo;Quando se usa a gasolina, acaba ficando um resíduo em alguns componentes. Já o etanol suja menos a câmara de combustão, produzindo assim uma queima mais limpa.erdquo; Sustentável até no mar Algumas empresas estão utilizando o etanol como forma de acelerar a sustentabilidade, como é o caso da Raízen - empresa integrada de energia - e da Wärtsilä, - líder global em tecnologias para os mercados marítimo e de energia. As organizações assinaram um eldquo;Acordo de Descarbonizaçãoerdquo; para avançar na redução de emissões do setor marítimo. Como forma de minimizar os gases de efeito estufa, as companhias estão apostando no uso do etanol como combustível para transporte no mar. Um estudo liderado pela Raízen mostrou que a substituição de combustíveis fósseis por etanol produzido de forma sustentável no transporte marítimo pode reduzir as emissões de CO2 em até 80%. O levantamento destacou que eldquo;o biocombustível tem o potencial de ser uma solução viável para descarbonizar o setor, uma vez que proporciona maior flexibilidade e opcionalidade à medida em que a indústria avança em direção a uma combinação de alternativas de combustíveis com menores emissões.erdquo; A ideia, segundo o vice-presidente de Trading da Raízen, Paulo Neves, é impulsionar a integração de soluções de energia limpa no setor marítimo.eldquo;O etanol é um combustível promissor prontamente disponível. Por isso, esperamos apoiar os esforços globais de descarbonização desse setor, utilizando o etanol como uma contribuição viável para um portfólio de soluções de baixo carbonoerdquo;, afirma.

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Preço médio da gasolina no Brasil volta a ficar abaixo de R$ 6, mostra levantamento

O preço médio da gasolina nos postos brasileiros voltou a ficar abaixo dos R$ 6 o litro em outubro, apontou nesta quarta-feira (18) o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). A gasolina ultrapassou a marca pela primeira vez no ano em setembro, em meio a um avanço da competitividade do etanol hidratado. O preço médio do biocombustível também recuou neste mês. Entre 1º a 18 de outubro, o preço médio nacional do litro da gasolina foi comercializado a R$ 5,96, com recuo de 0,67% ante setembro, com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log. O preço médio do etanol hidratado, por sua vez, recuou 0,53% na mesma comparação, para R$ 3,76 o litro, mesma média registrada em agosto, segundo o IPTL. Quando comparado à gasolina, o etanol foi considerado pelo índice o combustível mais vantajoso para abastecimento em 17 Estados: Bahia, Paraíba, Piauí, Paraná, Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Já o preço médio do diesel comum fechou o período de 1º a 18 de outubro a R$ 6,14, após redução de 0,16% ante setembro. Já o tipo S-10 aumentou em 0,16% no período, e foi comercializado a R$ 6,35. eldquo;Os acréscimos no preço do diesel continuam moderados, no entanto, a média nacional continua superior a R$ 6 desde o início de setembro. Novos reflexos de alta devem ser identificados nos próximos meses com a reoneração de parte da alíquota do PIS/Cofinserdquo;, disse em nota o diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, Douglas Pina.

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Produção de biodiesel será recorde no Brasil em 2023

Com a elevação da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel, que passou neste ano de 10% (B10) para 12% (B12), a produção brasileira do biocombustível deverá chegar a 7,3 bilhões de litros, segundo projeção da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), obtida pela Globo Rural. O volume é recorde. eldquo;Em 2022, o Brasil produziu 6,3 bilhões de litros de biodiesel. Neste ano, o novo cronograma de mistura trouxe mais previsibilidade para a indústria investir. Com isso, teremos um recorde histórico de produção, que confirma o Brasil como o terceiro maior produtor mundial de biodieselerdquo;, afirma Daniel Amaral, diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da entidade, que representa processadoras e tradings do segmento. Cada ponto percentual a mais de mistura representa um aumento de 650 milhões de litros no volume de produção. Com a adoção do B13 a partir de março de 2024, segundo o cronograma oficial do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a Abiove calcula que a produção do biocombustível chegará a 8,4 bilhões de litros no ano que vem. O calendário prevê que a mistura subirá para 15% em 2026. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o biodiesel brasileiro é capaz de reduzir em pelo menos 80% a emissão de gases de efeito estufa quando comparado com o diesel de origem fóssil. eldquo;Além disso, quando se aumenta a mistura de biodiesel, há uma redução no mesmo volume de importações de biodieselerdquo;, diz ele. Com a mistura que está em vigor, a necessidade de importações de diesel é 12% menor. Entre 2008, quando passou a vigorar a mistura obrigatória, e o ano passado, a produção brasileira de biodiesel somou 60,1 bilhões de litros. Esse volume evitou a emissão de 130 milhões de toneladas de CO2, o que equivale ao total das emissões de toda a população do Paraná em 2022, por exemplo. O executivo da Abiove destacou ainda que o nível de exigências de qualidade do produto aumentou. Segundo ele, com a entrada em vigor da resolução ANP Nº 920/23 (RANP 920) neste ano, o Brasil passou a contar com o biodiesel com maior controle de qualidade do mundo. Uma resolução do CNPE prevê aumento gradativo da participação da agricultura familiar no fornecimento de soja, gordura e óleos para as fabricantes do biocombustível. A participação dos pequenos agricultores no fornecimento de soja para biodiesel é hoje de cerca de 15%, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário. A Abiove estima que a fatia pode chegar a 20% até 2026.

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Stellantis anuncia produção de carros híbridos a etanol em Pernambuco a partir de 2024

A Stellantis anunciou nesta terça-feira (17) que planeja alocar em 2024 parte da sua produção no polo automotivo de Goiana, no estado de Pernambuco, para fabricação de veículos com tecnologia "bio-hybrid", isto é, híbridos movidos a etanol. "As novas tecnologias híbridas estarão disponíveis já a partir do próximo ano", disse a montadora em comunicado. Segundo a Stellantis, a produção a partir do próximo ano também incluirá os veículos 100% elétricos a bateria desenvolvidos pela empresa no Brasil. A iniciativa, segundo a montadora, faz parte de sua estratégia global de descarbonização da mobilidade, que prevê descarbonização total das operações e produtos da empresa até 2038, e redução de 50% das emissões de CO2 até 2030. "Nossa prioridade é descarbonizar a mobilidade, e queremos fazer isto de modo acessível para o maior número de consumidores, desenvolvendo tecnologias e componentes no Brasil", disse o presidente da Stellantis para a América do Sul, Antonio Filosa, em nota.

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Veja mapa com postos de carregamento para carro elétrico entre Rio e SP

Os combustíveis caros, o apelo de menos emissões de gases de efeito estufa, a maior oferta de modelos e a queda nos preços têm elevado a procura por carros elétricos no Brasil. Dados da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) indicam que em 2022 foram comercializados 49,4 mil veículos elétricos no Brasil. Entre janeiro e agosto deste ano, as vendas chegaram a 49.052 unidades e a expectativa da entidade é que sejam vendidos mais de 70 mil unidades em 2023. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Sindigás promove o 11º Encontro do Fórum Permanente do GLP no Rio de Janeiro

O Fórum Permanente do GLP acontecerá no dia 19 de outubro, no Hotel Hilton Copacabana, no Rio de Janeiro. Neste 11º encontro, o tema será Consumidor e Segurança: garantia de direitos e do acesso ao GLP. O evento, realizado pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo endash; Sindigás, contará com a presença do secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Pietro Sampaio Mendes, do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Henrique de Saboia, e da diretora de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Heloisa Borges Esteves, e do subsecretário técnico Felipe Peixoto, representando o Secretário de Estado de Energia e Economia do Mar (Seenemar) do Rio de Janeiro, Hugo Leal, entre outros convidados. O Fórum tem como objetivo debater temas atuais e relevantes dessa indústria presente em 100% dos municípios brasileiros, que impactam a economia nacional, o mercado de energia e o atendimento ao consumidor final. De acordo com o presidente do Sindigás, Sergio Bandeira de Mello, a proposta do Fórum Permanente de GLP é unir a academia, membros do segmento e formuladores de política pública para criar um ambiente de debates. eldquo;Retornamos com o formato presencial do Fórum, que foi interrompido há alguns anos por causa da pandemia. O evento é uma grande oportunidade de fortalecimento do mercadoerdquo;, pontua o presidente do Sindigás, que detalha os pontos que serão debatidos durante o 11º encontro: eldquo;Nesta edição vamos discutir dois pontos cruciais para a sociedade. O primeiro pretende discutir as possibilidades, com base em experiências internacionais, do que pode ser aperfeiçoado no programa Auxílio Gás para que ele efetivamente possa contribuir no combate à pobreza energética, lembrando que a lenha ainda ocupa, inacreditáveis 26% da matriz energética brasileira. O segundo diz respeito à necessidade estrita de cumprimento às normas da ANP no melhor interesse do consumidor e no estímulo ao investimento continuado na qualidade do serviço prestado à sociedadeerdquo;, ressalta Bandeira de Mello. O Fórum terá dois painéis endash; eldquo;GLP: Aliado no Combate à Pobreza Energéticaerdquo; e eldquo;Desrespeitos às normas da ANP e impactos no direito do consumidorerdquo;. O primeiro bloco trará um breve relato sobre a matriz energética residencial pela EPE; o acesso ao GLP e desafio do combate à pobreza energética em relação ao preço e ao programa social; restrições ao uso do GLP e impacto na demanda; e o GLP como aliado na transição energética. Já o segundo painel terá debates sobre preços livres, concorrência leal e barreiras estruturais; regulação econômica vigente pró-consumidor, como garantia de segurança e eficiência; estabilidade regulatória; e propostas temerárias que podem trazer desarticulação do setor e risco ao consumidor. Para se inscrever no 11º Encontro do Fórum Permanente de GLP, basta acessar o link: Link

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