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Petróleo sobe mais de 1% com grande queda de estoques nos EUA

Os preços do petróleo subiram mais de 1% nesta sexta-feira e registraram um ganho semanal, em meio a um baixo volume de negociações antes do final do ano, impulsionados por uma redução maior do que a esperada nos estoques de petróleo dos Estados Unidos na semana passada. Os contratos futuros do petróleo Brent subiram 0,91 dólar, ou 1,2%, a 74,17 dólares por barril. Os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate dos EUA (WTI) subiram 0,98 dólar, ou 1,4%, a 70,60 por dólares por barril. Em uma base semanal, tanto o petróleo Brent quanto o WTI ganharam cerca de 1,4%. Os estoques de petróleo dos EUA caíram em 4,2 milhões de barris na semana encerrada em 20 de dezembro, com as refinarias aumentando a atividade e a temporada de férias impulsionando a demanda de combustível, mostraram dados da Administração de Informações sobre Energia dos EUA nesta sexta-feira. [EIA/S] Os analistas consultados pela Reuters esperavam uma redução de 1,9 milhão de barris, enquanto os números do Instituto Americano do Petróleo divulgados no início da semana estimavam uma redução de 3,2 milhões de barris, de acordo com fontes do mercado. [API/S] O otimismo em relação ao crescimento econômico chinês também gerou esperanças de maior demanda no próximo ano por parte da principal nação importadora de petróleo. Na quinta-feira, o Banco Mundial elevou sua previsão para o crescimento econômico chinês em 2024 e 2025. Enquanto isso, as autoridades chinesas concordaram em emitir títulos especiais do Treasury no valor de 3 trilhões de iuanes (411 bilhões de dólares) no próximo ano, disseram fontes à Reuters nesta semana, já que Pequim está agindo para reanimar a economia lenta. (Reuters)

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Peru declara emergência após vazamento de petróleo no mar

O governo do Peru declarou na quarta-feira situação de "emergência ambiental" em uma província turística da costa norte do país, afetada por um vazamento de petróleo da empresa estatal Petroperú, desde o fim de semana. A medida permanecerá em vigor por 90 dias, período em que as autoridades "deverão realizar os trabalhos de recuperação e remediação" da área contaminada na província de Talara, segundo uma resolução do ministério do Meio Ambiente. Segundo a Petroperú, os trabalhos de limpeza em algumas praias afetadas do distrito de Lobitos "praticamente já foram concluídos" e restam apenas os trabalhos de remediação para mitigar o impacto nas aves, fauna e comércio da região, cuja população vive da pesca e do turismo. O vazamento foi detectado na sexta-feira, na praia de Las Capullanas, quando o petróleo seria carregado no navio Polyaigos, informou a empresa no sábado em um comunicado. O documento não explica a causa do acidente. A praia fica a dez quilômetros da refinaria Talara, operada pela Petroperú. O Oefa (Organismo de Avaliação e Fiscalização) informou na segunda-feira que o vazamento afetou uma área de 47 a 229 hectares, da refinaria de Talara até a praia de Cabo Blanco.

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Petróleo fecha em baixa, em sessão volátil com agenda esvaziada e China no radar

O petróleo WTI para fevereiro fechou em queda de 0,68%, a US$ 69,62 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês recuou 0,43%, para US$ 73,26 o barril No começo da sessão, a commodity chegou a avançar, especialmente com a possibilidade de estímulos chineses à economia impulsionarem a demanda ao longo do próximo ano. Por sua vez, o movimento conta com ceticismo, já que uma série de indícios mostram a China perdendo a capacidade de liderar o avanço nas compras de petróleo, com a Índia assumindo um protagonismo cada vez maior. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro fechou em queda de 0,68% (US$ 0,48), a US$ 69,62 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,43% (US$ 0,32), a US$ 73,26 o barril. eldquo;As notícias da noite para o dia centraram-se nos novos estímulos chineseserdquo;, afirma Scott Shelton, da TP ICAP, em uma nota. Segundo a Reuters, autoridades chinesas concordaram emitir três trilhões de yuans, ou US$ 411 bilhões, de títulos de dívida (bonds) especiais do Tesouro no próximo ano, disseram duas fontes. Se o valor for confirmado, será recorde. A pesquisa oficial do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) sobre estoques de petróleo americano, inicialmente prevista para hoje, foi adiada para amanhã, quando a Baker Hughes também atualizará número de poços e plataformas em operação nos EUA. O relatório do DoE de um declínio de 3,2 milhões de barris nos estoques de petróleo bruto dos EUA na semana passada reflete as tendências de fim de ano de extração de petróleo, acrescenta Shelton. eldquo;Espero um aumento nos estoques de petróleo bruto no primeiro trimestreerdquo;, projeta. Já o Banco Mundial elevou suas projeções de crescimento econômico da China para 2024 e 2025, com o argumento de que ações de estímulos e o forte desempenho das exportações compensaram parte dos efeitos adversos da crise no setor imobiliário. A instituição agora prevê alta de 4,9% do Produto Interno Bruto (PIB) chinês em 2024, ligeiramente maior do que o avanço de 4,8% esperado em junho. Para 2025, a expectativa de crescimento da segunda maior economia do mundo foi revisada para cima em 0,4 ponto porcentual, de 4,1% para 4,5%. As mudanças foram atribuídas à força das exportações chinesas e a recentes mudanças de relaxamento monetário e fiscal, incluindo medidas de apoio para o setor imobiliário.(Com informações Dow Jones Newswires)

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Salário mínimo subirá R$ 106 e novo valor passará a ser de R$ 1.518 a partir de 1º de janeiro

O valor do salário mínimo subirá dos atuais R$ 1.412 para R$ 1.518 em 2025. Um aumento de R$ 106, o equivalente a 7,5%. Segundo integrantes do governo ouvidos pela Folha, o valor de R$ 1.518 é o previsto pela nova regra de correção do salário mínimo, aprovada pelo Congresso no pacote de contenção de gastos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Não há indicações de mudanças, de acordo com os técnicos. Um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será publicado nos próximos dias no Diário Oficial da União com o novo valor, que passará a vigorar a partir de 1º de janeiro. Se a antiga regra ainda estivesse valendo, o salário mínimo subiria para R$ 1.528 (sem arredondamentos para cima). Com a revisão da regra, haverá uma perda de R$ 10. Pela lei anterior, os reajustes eram feitos com base na variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulada nos 12 meses encerrados em novembro, mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. A nova regra prevê que o ganho real do piso, acima da inflação, continuará atrelado ao crescimento do PIB de dois anos antes, mas não poderá superar a correção do limite do arcabouço fiscal emdash;que oscila entre 0,6% e 2,5% ao ano. O limite ao ganho real do salário mínimo é o pilar central do pacote e representa um recuo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na política de valorização que seu próprio governo implementou. A medida foi considerada uma vitória de Haddad no processo de ajuste fiscal e contenção do crescimento das despesas obrigatórias. Haddad obteve consenso no governo para a revisão da regra e a alteração passou sem dificuldades no Congresso. O valor do mínimo é um indicador fundamental para elaborar o Orçamento, porque a maior parte das despesas obrigatórias, como aposentadoria, pensões, BPC (Benefício de Prestação Continuada) e outros benefícios, está atrelada ao seu valor. O governo prevê uma economia de R$ 15,3 bilhões como a revisão da política nos anos de 2025 e 2026.

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Brasil tem maior carga tributária da América Latina; compare

O Brasil possui uma carga tributária próxima de 33% do PIB (Produto Interno Bruto). Esse é o valor arrecadado por governo federal, estados e municípios. Para alguns, um índice adequado diante das despesas geradas por um Estado de bem-estar social abrangente. Para outros, um percentual elevado, considerando o retorno dessa arrecadação para a população em serviços e transferências de renda. As diferenças de opinião podem estar ligadas também à "sensação" que cada contribuinte tem em relação aos tributos, que recaem de forma mais intensa sobre pessoas de menor renda (a chamada regressividade), assalariados e empresas sem benefícios fiscais, por exemplo. Um trabalho divulgado no início deste ano por diversos órgãos multilaterais apontou o Brasil como o país com a maior carga tributária entre 26 economias latino-americanas no ano de 2022, seguido por Barbados (30,5%) e Argentina (29,6%). O valor está bem acima da média da região (21,5%), composta por países com nível de renda semelhante, mas estrutura de serviços públicos mais restrita. Também fica próximo da média da OCDE (34%), uma das entidades responsáveis pelo documento emdash;e que reúne diversas economias com patamar de renda mais elevado e serviços de melhor qualidade. O Brasil está acima da média da América Latina em todas as bases: tributos sobre renda, lucro, propriedade, bens e serviços, folha de pagamento e aqueles destinados à seguridade social. No caso dos bens e serviços, alvo da reforma tributária que está sendo regulamentada neste ano, o peso é de 13,7% do PIB, sendo que a média tanto latino-americana como na OCDE fica entre 10% e 11%. A reforma possui uma trava para evitar o crescimento dessa carga. Os números apontam elevação da carga tributária em vários países nas últimas décadas. Desde 1990, houve aumento de 6,9 pontos percentuais na América Latina e 5,5 pontos no Brasil, onde parte do crescimento se deve ao fim do "imposto inflacionário" após o Plano Real. Entre os países da OCDE, onde o percentual já era mais elevado, a carga subiu 3,2 pontos percentuais no mesmo período. No Brasil, esse crescimento se deu principalmente na tributação da renda e do lucro. Os impostos sobre propriedade e consumo se mantiveram praticamente no mesmo nível nessas mais de três décadas. Uma análise da IFI (Instituição Fiscal Independente), órgão do Senado, apontou que o Brasil possui uma carga tributária elevada para uma economia em desenvolvimento, mas que isso é explicado em boa medida pelo tamanho dos seus gastos sociais. A despesa social representa entre 50% e 70% da carga tributária nos países da OCDE. No Brasil, é cerca de 60%. Um trabalho do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) questiona a qualidade dessa despesa e mostra que o Brasil possui o menor IDH (índice de desenvolvimento humano) entre os 30 países com maior carga. Com isso, ocupa a última colocação no índice de retorno de bem-estar à sociedade calculado pela instituição. Na avaliação do presidente-executivo da entidade, João Eloi Olenike, o nível de tributação no país não é compatível com o retorno recebido pelo cidadão. "Temos países em que a carga tributária é maior, mas são países desenvolvidos e que oferecem para a população um retorno bastante significativo, o que não acontece no Brasil." Para ele, o país poderia ter alíquotas menores e o mesmo nível de arrecadação. Para isso, seria necessário reduzir benefícios fiscais e também contar com um efeito de redução da informalidade e da sonegação, espalhando mais a carga entre todos. Pedro Paulo Bastos, professor do Instituto de Economia da Unicamp, diz que o problema fundamental do sistema brasileiro não é o tamanho da carga, compatível com as políticas públicas demandadas pelo cidadão emdash;políticas mantidas por governos da esquerda à direita desde a Constituição. A questão é o caráter regressivo dela, apoiada em tributos indiretos, que afetam comparativamente mais a baixa renda emdash;o imposto de uma laranja é maior, proporcionalmente, à renda de uma pessoa pobre do que à renda de um rico. Bastos cita dados da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), órgão das Nações Unidas, que mostram queda da desigualdade medida pelo Índice de Gini em 23% nos países da OCDE em razão da política fiscal (tributos e transferências). No Brasil, com uma carga semelhante, a redução é de 16,4%. Na média da América Latina, com um Estado menor, a queda é de apenas 9%. "O Estado brasileiro reduz muito mais a desigualdade de renda do que outros países da América Latina, pois existe muito serviço público, mesmo que de qualidade inferior ao serviço privado. Mas reduz menos a desigualdade do que nos Estados de bem-estar social europeus." Para ele, a redução da tributação sobre o consumo e a taxação maior da renda e patrimônio permitiriam um aumento da carga financiado pelo 1% ou o 0,1% com maior renda, ampliando políticas públicas. Um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostra que a isenção sobre lucros e dividendos faz com que a tributação máxima dos acionistas de empresas brasileiras seja de 14,2%, considerando a soma do imposto pago na pessoa física e na jurídica. Cerca de 15 mil pessoas físicas que estão entre o 0,01% mais rico entre os declarantes do Imposto de Renda pagam praticamente o mesmo imposto que um assalariado que recebe R$ 6.000 por mês (13% sobre a renda). Para 3.841 pessoas no topo da distribuição de renda, a tributação na soma da pessoa física e jurídica é de 5,8%, uma sensação de carga bem inferior à média nacional.

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Novo leilão do BC no câmbio segura o dólar

Com o leilão de dólares à vista do Banco Central (BC) no radar, o dólar abriu em queda ontem. Após a intervenção do BC, liquidando US$ 3 bilhões, a moeda chegou a cair mais de 3%, mas voltou a subir e fechou o dia em R$ 6,1794, queda de 0,09% em relação ao fechamento de segunda-feira. Desde o dia 12, incluídos os leilões de linha (com promessa de recompra), já são US$ 30,7 bilhões injetados pelo BC no mercado. É o maior valor em apenas um mês já registrado. O recorde em outro ano, de US$ 23,354 bilhões, havia sido alcançado em março de 2020, na pandemia. ERRO NO GOOGLE. Uma falha na plataforma de cotação do buscador Google adicionou dramaticidade a um ambiente já tenso. A Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou ontem que pedirá informações ao BC sobre a cotação do dólar para eventual atuação do Google, que no Natal exibiu o valor errado da moeda, a R$ 6,35. Após permanecer a maior parte do dia com o erro, a plataforma foi retirada do site. Não é a primeira vez que o Google informa uma cotação errada, mas agora chama mais a atenção porque os mercados estavam fechados em função do feriado.

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