Ano:
Mês:
article

Petróleo fecha em queda, mas sobe até 2% na semana

O petróleo fechou em queda nesta sexta-feira após exibir alta de mais de 1% na maior parte da sessão. A virada brusca durante a tarde foi motivada por um movimento de realização de lucros em meio aos fortes ganhos da commodity nos últimos dias por conta das incertezas geopolíticas no Oriente Médio. Assim, os contratos futuros avançaram até 2% no acumulado desta semana. O barril do petróleo WTI - referência americana - com entrega prevista para dezembro fechou a sessão em queda de 0,33% mas subiu 2,00% na semana, a US$ 88,08. Já o Brent - referência global - para o mesmo mês cedeu 0,24% hoje e teve alta semanal de 1,40%, a US$ 92,16 por barril. Embora o movimento de hoje tenha sido de queda, os riscos geopolíticos por conta da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas ainda podem fazer com que o petróleo atinja patamares mais altos no curto prazo. eldquo;Embora não sejamos especialistas em geopolítica, a possível consequência mais imediata disso é se Israel e seus aliados concluírem que o Irã desempenhou um papel significativo na coordenação do ataque a Israel. Nesse caso, é mais do que provável que os EUA reforcem a aplicação de suas sanções sobre as exportações de petróleo do Irã, depois de terem feito vista grossa este ano. Também poderá haver ataques à infraestrutura de produção de petróleo no Irã ou na região em geral como retaliaçãoerdquo;, diz Kieran Tompkins, economista de commodities da Capital Economics. Ele acrescenta ainda que um possível embargo sobre a venda de petróleo de países árabes à Israel teria pouco impacto, já que o país consome pouco óleo em relação ao resto da demanda global. Além disso, um embargo às exportações para o Ocidente, como ocorreu na crise do petróleo na década de 1970, é improvável, segundo a visão de Tompkins. Mas, olhando para o impacto que o petróleo sofreu da guerra na Ucrânia em 2022, o analista alerta que os preços podem atingir novas máximas anuais caso todos os riscos que envolvem o conflito no Oriente Médio se materializem. eldquo;Se esses riscos se concretizarem, suspeitamos que o preço do petróleo Brent possa se estabelecer em algum lugar entre US$ 110 e US$ 130 por barril, mas não descartamos a possibilidade de os preços subirem acima disso por curtos períodoserdquo;, alerta.

article

Lwart investirá R$ 1 bi para ampliar rerrefino de óleos lubrificantes

Referência internacional em rerrefino de óleo lubrificante usado ou contaminado, a brasileira Lwart Soluções Ambientais investirá R$ 1 bilhão para ampliar a unidade de Lençóis Paulista (SP), assumindo a posição de segunda maior rerrefinaria do mundo. A partir do investimento, a empresa também vai elevar em 50% a capacidade de produção de óleo básico reciclado, que é obtido a partir do processo de rerrefino e pode ser usado novamente na produção de lubrificantes, com características iguais ou superiores às da matéria-prima original. No Brasil, há cerca de 40 produtores de lubrificantes, entre os quais Petrobras, Iconic (Ipiranga / Chevron), Moove (Cosan), Petronas e ExxonMobil. Para ler esta notícia, clique aqui.

article

Petrobras na Bolívia: missão discutiu novos investimentos no país, afirma presidente da estatal

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, divulgou que uma equipe de funcionários da petroleira encerrou neste domingo, 22, uma visita à Bolívia em que foram discutidas questões sobre o suprimento de gás natural para o Brasil e novos investimentos em exploração e produção de petróleo e gás no país vizinho. Prates acrescentou que os técnicos da Petrobras reuniram-se ainda com integrantes do Ministério de Hidrocarbonetos e Energias, para conversas sobre energia renovável, fertilizantes e lítio. eldquo;Nosso time de técnicos finalizou hoje uma bem sucedida missão à Bolívia. Foram discutidas questões relativas ao suprimento de gás natural para o Brasil e, principalmente, condições para novos investimentos em exploração e produção de petróleo e gás no país vizinho com quem temos uma relação histórica e uma infraestrutura de conexão importante como o GASBOLerdquo;, postou Prates, no domingo, em uma rede social. Prates agradeceu à petroleira estatal boliviana YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) pela recepção prestada à missão brasileira. eldquo;A meu pedido, a nossa equipe também se encontrou com membros do Ministerio de Hidrocarburos y Energias da Bolívia a respeito de energia renovável, fertilizantes e lítio. A equipe foi ontem conhecer a produção da YLB (Empresa Publica Nacional Estratégica de Yacimientos de Lítio Bolivianos S/A) em Potosierdquo;, acrescentou o executivo brasileiro. Segundo Prates, está em curso uma reaproximação gradual, que trará novidades no eldquo;curto prazoerdquo;. eldquo;A evolução destas tratativas iniciais de reaproximação entre os dois países (e suas respectivas estatais) tanto nos segmentos de gás natural e fertilizantes, quanto sobre energia renovável e minerais críticos como o lítio, vai ocorrer de forma mútua e gradualmente construtiva. Haverá novidades no curto prazo e certamente teremos foco e dedicação máxima na reconstrução das parcerias com nosso importante país vizinhoerdquo;, postou Prates em sua conta no X, o antigo Twitter.

article

Norte e Sul devem sentir impactos mais positivos da Reforma Tributária no PIB

As regiões Norte e Sul devem ser as mais beneficiadas pelo impacto positivo da Reforma Tributária sobre o crescimento da economia do país, segundo estimativas da Tendências Consultoria. Entre os principais benefícios da reforma estão a desoneração de investimentos e exportações, a redução de custos com disputas judiciais e o pagamento de tributos, e a melhora nas perspectivas econômicas do país. Esses fatores devem gerar um crescimento adicional de aproximadamente 4% no período 2025-2033, de acordo com um cenário que a consultoria classifica como conservador. O governo brasileiro estima que a Reforma Tributária pode levar a um aumento de 12% nos próximos 15 anos. Setorialmente, os impactos serão mais positivos para a indústria, com crescimento adicional de quase um ponto percentual ao ano, seguida pela agropecuária (+0,6 ponto). Os serviços seriam o setor menos beneficiado (+0,1 ponto), apesar de também crescerem mais em função da reforma do que sem ela. Com pesos maiores da indústria e menores dos serviços na sua economia, Norte e Sul deverão observar impactos mais positivos no PIB. As duas regiões são as únicas em que indústria e agropecuária respondem juntas por mais de um terço da economia local. Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste terão crescimento adicional também, mas abaixo da média nacional, de 0,40 ponto percentual por ano nesse período. O resultado geral é puxado pelo Norte (0,47 ponto ao ano), seguido por Sul (0,41 p.p.), Nordeste (0,36 p.p.) e Centro-Oeste e Sudeste (ambos com 0,35 p.p.). A indústria é hoje o setor mais prejudicado pela cumulatividade dos tributos ao longo da cadeia produtiva, por isso, será o mais beneficiado pelas mudanças. Na agropecuária, o ganho virá da desoneração total de exportações e compra de equipamentos, além da vantagem da alíquota reduzida no setor, segundo a Tendências. Em relação ao terceiro grande setor econômico, o crescimento maior no cenário com reforma se explica pela desoneração para aqueles que prestam serviços a outras empresas, que é o caso da maioria dos prestadores. Também se espera que aumente demanda da indústria e da agropecuária por serviços. A elevação na renda da população também pode compensar altas de preços em algumas atividades. Alessandra Ribeiro, sócia e diretora da Tendências, afirma que o efeito nos setores que vão ser mais beneficiados se espalha para o resto da economia, gerando mais crescimento, melhora no mercado de trabalho e na renda, e mais investimento em capital e mão de obra. "Vai sobrar dinheiro na mão dos agentes econômicos, mais dinheiro na mão das empresas. Você pode investir, apropriar como lucro ou ser mais competitivo, passar essa economia para o preço final e uma parte para salário também", afirma Ribeiro. "O país vai ficar mais competitivo, vai vender mais." A reforma será implantada de 2026 a 2033, mas os resultados já devem estar presentes na economia a partir de 2025, por meio da melhora nas expectativas em relação ao crescimento futuro do país. A consultoria prevê, por exemplo, uma rodada de melhora na nota de crédito do Brasil assim que houver clareza em relação ao texto final da reforma. Na última semana, a agência Moodyersquo;s afirmou que a reforma tem implicações positivas para o perfil de crédito do Brasil e aumentará o PIB potencial do país no período 2026-2028. "O primeiro impacto é via mercado financeiro. O segundo é a atração de investimentos", afirma a sócia e diretora da Tendências.

article

Relator diz que Senado já tem maioria para aprovar trava a aumento de carga tributária

Diante de uma plateia de líderes da indústria nacional, ontem, o relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), deu sua palavra sobre a desoneração completa dos investimentos em bens de capital (máquinas e equipamentos) e informou que o Senado já formou maioria para incluir no texto uma trava ao aumento da carga tributária. As afirmações foram feitas durante debate organizado pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Mas o relator não deu detalhes sobre como vai fazer para garantir esses dois compromissos no texto constitucional. Sobre a trava ao aumento da carga, Braga disse apenas que o texto já está escrito e que foi encaminhado ao Ministério da Fazenda. A preocupação com o impacto da tributação sobre os investimentos tem sido ressaltada por tributaristas, que reclamam que a proposta até agora deixa pontos relevantes nessa área para serem definidos posteriormente por lei complementar endash; o que aumenta a insegurança jurídica para quem quer investir neste momento no Brasil. Um dos problemas é que há casos em que a exigência de recolhimento imediato dos tributos poderá inviabilizar o investimento de uma empresa, especialmente em fase pré-operacional. SABATINA. O encontro, a poucos dias da apresentação do relatório na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, acabou se tornando uma eldquo;sabatinaerdquo; dos empresários ao relator, com cobranças para que os seus pleitos sejam atendidos. Muitos levaram propostas individuais e cobraram mudanças no texto, enquanto outros defenderam a manutenção dos benefícios já conquistados na votação da Câmara, como os bancos e a indústria da construção civil. Como antecipou o Estadão, Braga confirmou que existe a intenção de se incorporar uma quarta alíquota à proposta para acomodar as pressões de setores que querem ser beneficiados por uma tributação menor do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). eldquo;Acho que vamos ter de estabelecer uma questão intermediária nessa situaçãoerdquo;, disse. Com relação ao Imposto Seletivo, que incidirá sobre produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente, Braga confirmou que estuda uma forma de restringir a sua aplicação pelo governo federal.

article

'Tem de olhar a transição energética com equilíbrio'

Okuwaitiano Haitham Al Ghais é o primeiro secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) a visitar o Brasil. Ele esteve esta semana no País a convite do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros. Em entrevista ao Estadão, Al Ghais diz não ver problemas no fornecimento de petróleo depois do início de nova guerra no Oriente Médio, rechaça a pecha de cartel dada à Opep e afirma que, a despeito da busca por alternativas energéticas, o mundo vai continuar precisando de petróleo. A seguir, os principais trechos da entrevista: A Opep promoveu um corte de oferta em outubro de 2022 e outro depois, em abril, que foi estendido até 2024. A situação do Oriente Médio pode encerrar esses cortes antes desse prazo? Há problema no fornecimento de petróleo até agora? Essa é a pergunta. Não vemos problemas até agora. Vemos, ao contrário, desafios econômicos. Por exemplo, a volta da economia chinesa não foi tão rápida como todos esperavam. E há outros desafios, como inflação na Europa e nos Estados Unidos. Por isso, esses cortes foram feitos. Foram cortes preventivos e proativos, para estabilizar o mercado. Qual é a estratégia da Opep para dar segurança ao mercado de petróleo ante a guerra Israel versus Hamas? Nosso papel é sempre manter capacidade adicional para estabilizar o mercado, para ver se tem demanda, problemas, crises. Esperamos que a situação se acalme, porque ninguém ganha nessas situações. Mas os fundamentos do mercado, de demanda e oferta ainda estão equilibrados. Não é preciso fazer nada por enquanto. Qual volume adicional a Opep teria para colocar no mercado? Não divulgamos esse número. Cada país tem a sua própria capacidade extra. Mas agora o que sabemos é que o mercado tem bastante fornecimento para fazer frente à atual demanda. O Brasil já foi sondado para entrar na Opep no passado. O sr. esteve com o presidente Lula. Qual foi o objetivo da visita? Foram conversas muito boas com o presidente Lula, com o vice-presidente (Geraldo Alckmin) e ministros. Todos reconhecem o valor e a importância da Opep e o que ela faz pela economia mundial, para estabilizar o mercado de petróleo. Não tem nada de concreto, mas vamos continuar em diálogo com o Brasil. O Brasil já exporta 45% do que produz, e esse porcentual pode superar 60% nos próximos anos. A Opep quer ter um país como esse? Nossa porta está aberta para todo mundo, inclusive para o Brasil. Temos uma política de portas abertas. O Brasil é um grande país produtor e exportador de petróleo. Mas entrar na Opep ou não é uma questão para o governo brasileiro decidir. Analistas dizem que a Opep trabalha para manter um preço de barril razoável para seus membrosehellip; É bom deixar claro que a Opep não tem objetivo de preço. Nenhum dos nossos países-membros tem um número, um preço. Não sei de onde vêm esses números. O preço do petróleo é feito no mercado. Infelizmente, essa é a imagem que muita gente tem da Opep. Sim, muitas vezes são acusados de cartel. Como mudar isso? Somos uma organização intergovernamental de 13 países soberanos membros da ONU. Nossa organização é registrada na ONU desde 1961. Essa definição de cartel não se aplica à Opep. É uma imagem que foi criada muitos anos atrás, e essa palavra continua sendo usada na imprensa internacional, quando o que fazemos é defender a segurança da energia global. Hoje, o petróleo responde por 30% da matriz energética mundial. É importante que tenhamos capacidade adicional e façamos investimentos, porque a demanda por petróleo vai continuar a subir e chegar à média de 116 milhões de barris por dia até 2045, como mostra nosso relatório anual. Petroleiras do mundo inteiro anunciaram movimentos de transição energética e recuaram na sua intensidade. Como vê isso? Há transição energética nos países da Opep? Especialmente na União Europeia, muitos países que tinham metas de transição para 2030 as postergaram para 2035. E alguns países já disseram que nem as metas para 2045 serão possíveis. Isso porque todo mundo tem de olhar essa transição energética com equilíbrio. Nós, na Opep, sempre dizemos que uma única forma de energia não vai sustentar o desenvolvimento econômico. O mundo vai precisar de 23% a mais de energia daqui até 2045. De todas as formas de energia, não renováveis, não só petróleo, não só gás. Porque a população mundial vai crescer. Agora, somos 8 bilhões de pessoas no mundo e devemos chegar a 9,5 bilhões em 2045. A economia mundial vai dobrar de tamanho daqui até 2045. Daqui até 2030, 500 milhões de habitantes no mundo vão se mudar de áreas rurais para a cidade. São quase 50 cidades do Rio de Janeiro novas no mundo. Sobre transição, como a Opep avalia a corrida pela energia renovável? Quando a Agência Internacional de Energia traça cenários, às vezes passa a mensagem de que o mundo vai parar de investir em óleo e gás. Isso é muito perigoso, porque, se o mundo não tiver bastante investimento, vai ter problema com o fornecimento no futuro, enquanto a demanda vai continuar subindo. A Opep sempre diz que essas mensagens são muito perigosas e que temos de continuar a investir. Nosso relatório diz que, até o ano 2045, a indústria de petróleo vai precisar de US$ 14 trilhões, então, são US$ 610 bilhões por ano em produção, refino, petroquímica, logística, tudo. ebull;

Como posso te ajudar?