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Diesel sobe para máxima do ano com alta do dólar e maior demanda, mostra levantamento

O preço médio do diesel nos postos do Brasil subiu em dezembro para a máxima do ano, em meio a um aumento do dólar frente a real e ao crescimento da demanda, apontou o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL) nesta sexta-feira. O diesel S-10, tipo mais comercializado no país, subiu 0,97% na média de dezembro ante o valor registrado em novembro, a 6,27 reais por litro, segundo o IPTL, calculado com base nos em abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log. Já o diesel comum subiu 0,81%, a 6,20 reais por litro, mostrou o índice. eldquo;As altas registradas no dólar têm afetado o mercado de combustíveis, assim como a maior demanda por transporte, tradicional nesta época do ano, encarecendo os valores dos dois tipos de dieselerdquo;, afirmou o diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, Douglas Pina. eldquo;Regionalmente, os dois combustíveis também sofreram aumentos, com exceção da região Norte, que registrou estabilidade no diesel S-10 em dezembro, na comparação com novembro.erdquo; A consultoria StoneX prevê que a demanda por diesel, o combustível mais consumido no país, vai aumentar 3,4% para um recorde de quase 68 bilhões de litros em 2024. O avanço no preço do diesel acontece com a Petrobras mantendo a cotação do produto aos distribuidores desde dezembro do ano passado, quando reduziu o valor em quase 8%. O país, contudo, conta com outros produtores de combustíveis e importa cerca de 30% do diesel que consome, e o produto nas bombas ainda conta com uma mistura de 14% de biodiesel, que está sujeito a oscilações dos preços das suas matérias-primas, como o óleo de soja. (Reuters)

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Presidente da Petrobras descarta volta da empresa na venda direta de combustíveis

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, descartou a volta da empresa no mercado distribuidor de combustíveis. Segundo Magda, o interesse está na venda para grandes consumidores. "Por enquanto, não (sobre voltar ao mercado distribuidor). O que nós estamos pensando é outra coisa: nós temos a possibilidade de venda para grandes consumidores. Então a venda direta para os grandes consumidores essa sim nos interessa" A BR Distribuidora, empresa de distribuição de combustíveis da Petrobras, foi vendida em julho de 2019, quando a Petrobras deixou de ser a maior acionista da distribuidora. A BR Distribuidora foi criada em 1971, para atender o quarto maior mercado de consumo de derivados do mundo." Petrobras tem tecnologia para fazer exploração na bacia do Foz da Amazônia A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, declarou em entrevista ao programa Canal Livre, que vai ao ar neste domingo (29), que a empresa tem toda a tecnologia e recurso disponível para fazer a exploração na bacia do Foz da Amazônia, na Margem Equatorial. eldquo;Estamos estudando essa área há mais de dez anos. A Petrobras tem toda tecnologia, todo recurso para fazer essas exploraçõeserdquo;, afirmou Magda Chambriard durante entrevista no programa Canal Livre. O programa Canal Livre com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, contará com a participação dos jornalistas Fernando Mitre, Márcio Mele e Vinícius Dônola. A apresentação é de Rodolfo Schneider. O Canal Livre vai ao ar às 20h na BandNews TV e no canal do Band Jornalismo no YouTube. Mais tarde, após o Programa do João, será exibido na tela da Band.

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Não é preciso correr para dar reajuste nos combustíveis, diz diretor da Petrobras

De malas prontas para levar a família de Brasília para o Rio de Janeiro, o diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Fernando Melgarejo, fez ao Estadão/Broadcast um balanço dos seus primeiros cinco meses no cargo. Ao lado da presidente da estatal, Magda Chambriard, ele vem agradando tanto o mercado como a controladora da empresa: a União. Para 2025, a fórmula continuará a mesma: pagamento de dividendos sempre que possível e otimização dos robustos ganhos da companhia. Reajustes para os combustíveis não estão nos planos de curto prazo. Se, por um lado, o dólar sobe em relação ao real e a outras moedas do mundo, o preço do Brent tem caído, e não é preciso eldquo;correr para dar reajusteerdquo;. Melgarejo destaca ainda que 80% dos analistas indicam hoje compra dos papéis da companhia, e 20%, manutenção. Nenhum indica venda. eldquo;É um dos melhores índices que a gente tem desde 2021erdquo;, disse o executivo, comemorando o retorno para os investidores de 20% das ações ordinárias no ano e de 17% para as preferenciais. Leia, a seguir, os principais pontos da entrevista: Como o senhor avalia a Petrobras desde a sua chegada? Avalio que, desde a entrada da Magda até o final do ano, a Petrobras, de alguma forma, está mais fortalecida. Várias coisas aconteceram nesse período. É óbvio que tem, sim, uma construção de todos os funcionários ao longo do período, mas a dinâmica e a integração da diretoria hoje, de uma forma interna, tanto quanto externa, está muito mais agregativa. E, com isso, a gente conseguiu trazer, por exemplo, a antecipação de sistemas de produção. O que isso significa? Muito mais capacidade de produção. A gente está com uma capacidade maior de gás e de diesel. Em breve, a gente tem mais uma novidade, que vai ser a antecipação do (FPSO, ou unidade flutuante de armazenamento e transferência, na sigla em inglês) Almirante Tamandaré, onde a gente vai ter a produção de 225 mil barris dia e será instalado no campo de Búzios. Como está sendo o impacto da alta do dólar na Petrobras? Não posso falar sobre o quarto trimestre, mas posso trazer o exemplo do segundo trimestre. No segundo trimestre, tivemos um aumento abrupto do dólar, e a cotação trouxe dois efeitos para a gente. Um de forma bem direta, que vem como despesa de variação cambial no resultado. Então o dólar afetou negativamente o lucro líquido comparando um trimestre com o outro. Se eu tiver aumento, ele impacta negativamente. Por outro lado, eu posso até ter efeito positivo na geração de fluxo de caixa, porque 30% da produção a gente exporta. Se exportar a R$ 6,20 (o dólar), eu tenho mais renda do que se eu exportar R$ 5. Então, eles têm efeitos contraditórios no curto prazo. Mas os grandes efeitos que eu posso trazer são esses. Não seria então um bom momento para o reajuste dos preços da gasolina e do diesel? Não, não tem uma hora certa (para o reajuste), a gente vai avaliar. Não sabemos se o dólar vai ficar nesse patamar, se o dólar vai voltar a um patamar diferente. Não vou nem dizer quanto é, mas ele pode voltar. Está, é muito cedo para dizer. Qual é o novo patamar? Se ele vai voltar ou não. Tem muita coisa acontecendo no País, em especial na questão fiscal, que pode modificar isso. Fiscal e monetária. A política fiscal está passando no Congresso com algumas aprovações. Então, a gente está olhando o mercado e aguardando. Mas, sem dúvida, se for feita qualquer coisa, vamos comunicar no tempo certo. Não tem essa correria de ter que aumentar. Não existe isso. A gente está num patamar confortável e seguindo a política de comercialização. Diretor financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo Foto: Divulgação/Petrobras Foto: Divulgação A Petrobras surpreendeu o mercado este ano com o anúncio da entrada na produção de etanol. O que podemos esperar para 2025? Está num período bem incipiente ainda. Todos os negócios com baixa emissão de COe#8322; a gente vem buscando fazer parcerias, onde se cresça junto. A matriz energética de etanol é uma matriz que já está bem consolidada, já tem uma parte industrial bacana, e temos toda a parte de logística, tancagem, etc., que a gente pode ter sinergia. Tem muito mais sinergia hoje com o líquido do que com o elétron, com a energia. Dentro da molécula é onde a gente tem a grande sinergia e que a gente entende que vai poder aproveitar mais isso dentro da nossa matriz de geração de energia renovável. Outro ponto é que a gente tem o etanol, ele tem um retorno também um pouco melhor do que os outros, de solar e eólico. E já foi definido se a linha será pelo etanol de cana-de-açúcar ou de milho? A que trouxer maior retorno. Vamos investir na hora que entendermos que temos o melhor retorno financeiro, criação de valor para o acionista, aumento de dividendo futuro. É aí que a gente vai tomar nossa decisão empresarial. Não tenho paixão por nenhum. Qual é mais eficiente? Ou qual é o melhor portfólio de sustentável de longo prazo? Meus técnicos estão trabalhando. Tem ainda o etanol de segunda geração, que é uma outra possibilidade. Não está totalmente desenvolvido, mas são possibilidades. Por que a Petrobras encerrou o programa de recompra de ações? Não é mais uma prioridade para a gente, pelo menos nesse curto espaço de tempo. Encerramos o projeto de um bilhão de ações até agosto. A gente tem duas classes de ações, as ordinárias e as preferenciais, e a recompra estava se dando nas preferenciais. Se faço recompra nas ordinárias, tem uma relação dos acionistas que pode modificar. E quando tenho somente preferenciais, eu posso não ter o efeito positivo desejado. Além disso, ela reduz do fluxo de caixa livre, que é quase 100% dos dividendos. No curto prazo, há uma redução de dividendos para todo mundo. Pode beneficiar no longo prazo, mas a gente fez algumas avaliações e nesse momento a gente então encerrou. A Petrobras se tornou uma grande pagadora de dividendos, mesmo com prejuízo, o que tem agradado o mercado. Quanto foi distribuído este ano? Foram R$ 102 bilhões retornando para a sociedade na forma de dividendos. A gente é um dos maiores pagadores de dividendos no Brasil, talvez no mundo, fruto da geração de caixa que a gente tem. Realmente é uma companhia que tem uma geração de caixa positiva, bastante forte, e todos os nossos indicadores são pautados por essa geração de caixa. Permanece a nossa visão de pagar 45% do fluxo de caixa livre. Não há nenhuma discussão a esse respeito, se tem que mudar, se não tem que mudar. Ele é algo que continua como um compromisso da Petrobras, que o ordinário é 45% do fluxo de caixa livre. E sobre os dividendos extraordinários? Qual a expectativa em relação ao quarto trimestre? Um ponto que a gente acertou bem na mão, estudamos bastante, foi o extraordinário. Que é a tese de que o excesso de caixa não nos ajuda, então o excesso de caixa será assim. Ou a gente busca investimentos, de preço e valor, ou então a gente faz a distribuição de dividendos. Com diversos cenários probabilísticos, e tendo um nível de confiança adequado, mas não só o nível de confiança, também fundamentos adequados. O nível de confiança é estatístico, o fundamento vai além do estatístico. Aí, sim, a gente vê o melhor nível para a companhia, o que é melhor para a companhia, e faz a distribuição do (dividendo) extraordinário. Essa é a lógica que a gente quer imprimir aqui dentro. O mecanismo da reserva de capital permanece? A reserva da remuneração de capital é perene. Toda vez que eu entender que tenho lucro, que não vou fazer distribuição do seu lucro total, vou lá e aciono a remuneração da reserva de capital. Posso oferecer para sempre. Isso vai se dar em toda Assembleia-Geral Ordinária, a distribuição do que fazer com o resultado, que acontece normalmente em abril. Este ano a gente zerou a reserva com a distribuição do extraordinário. Então, o que se avalia é assim. A gente vai fazer a avaliação a partir do resultado do quarto trimestre, se vai sobrar reserva, se vai sobrar lucro para a composição de reserva ou não. Posso ficar zerado? Posso. Não tem problema nenhum também.

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Governo brasileiro suspende emissão de vistos a trabalhadores da BYD

O governo brasileiro suspendeu a concessão de novos vistos temporários para trabalhadores chineses que atuam na construção da fábrica da BYD em Camaçari, na Bahia. A informação é do Ministério de Relações Exteriores. No último dia 23, uma força-tarefa de órgãos federais interditou a obra após identificar 163 operários chineses em condições análogas à escravidão. Eles trabalhavam para a Jinjiang Group, uma das empreiteiras contratadas pela BYD para realizar a obra. Na ocasião, a BYD afirmou não tolerar eldquo;desrespeito à lei brasileira e à dignidade humanaerdquo; e que decidiu eldquo;encerrar imediatamenteerdquo; o contrato com a empreiteira responsável por parte da obra na fábrica de Camaçari, além de estudar eldquo;outras medidas cabíveiserdquo;. A BYD também afirmou ter transferido os trabalhadores resgatados para hotéis da região. O visto de trabalho concedido aos trabalhadores chineses que vieram ao País para a obra é do tipo Vitem V, concedido a estrangeiros com qualificações e/ou experiência compatíveis com as atividades a serem realizadas no Brasil. A suspensão de novos vistos foi objeto de instrução do Itamaraty enviada aos postos brasileiros na China no dia 20, até que a apuração sobre a denúncia de trabalho escravo seja concluída. eldquo;Caso a apuração comprove o desrespeito à legislação migratória, inclusive no que concerne ao tipo de vínculo trabalhista entre a empresa e os empregados migrantes, as autorizações de residência concedidas serão canceladas, conforme prevê a legislação brasileiraerdquo;, informou o Ministério da Justiça. eldquo;Por enquanto, as emissões de autorização de residência seguem em análise, mas o ministério tem acompanhado com cautela o desenrolar do caso.erdquo; Em nota, a pasta informou que tem acompanhado as fiscalizações do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho.

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Renault lança caminhão elétrico com autonomia de modelo a diesel

O Renault E-Tech T, caminhão elétrico da marca francesa, poderá ser encomendado a partir do segundo semestre de 2025. Segundo a empresa, o modelo faz parte da sua nova geração de caminhões elétricos para operações de longas distâncias. Portanto, um dos destaques será a autonomia entre as recargas. De acordo com a Renault, o rodoviárias. Conforme a marca, o modelo Renault E-Tech T pode rodar 600 km antes de ter de parar para repor a energia das baterias. Assim, a companhia informa que o caminhão elétrico oferece o mesmo nível de autonomia de modelos equivalentes com motores a diesel. De acordo com a Renault, o novo modelo visa ampliar a oferta de caminhões focados na redução das emissões de poluentes. Dessa forma, poderá atender operações de clientes que precisam investir em operações de transporte mais sustentáveis. Mais autonomia no Renault E-Tech T Segundo a Renault, a grande autonomia do caminhão E-Tech T está ligada, entre outras soluções, ao eixo elétrico. Dessa forma, o novo componente permite que os motores elétricos e transmissão sejam instalados na parte traseira do caminhão. Assim, isso abre espaço entre as longarinas para a instalação de mais pacotes de baterias. Dessa forma, com mais espaço é possível acomodar baterias maiores e de maior capacidade. O que resulta na autonomia de 600 km. Para comparação, na Europa um caminhão diesel chega a rodar em média 630 km por dia. Vale lembrar que esse número considera motoristas que dirigem, em média, nove horas diárias. Porém, o tempo ao volante depende das leis de cada país. Seja como for, a produção do novo caminhão vai ser na fábrica de Bourg-en-Bresse, na França. Desde o fim de 2023, essa planta vem sendo preparada pela Renault para receber as linhas de montagem de veículos elétricos. Segundo dados da própria Renault Trucks, graças aos seus caminhões elétricos as empresas de transporte deixaram de emitir 29 mil toneladas de COe#8322; na atmosfera. Conforme a fabricante, esse número considera os mais de 30 milhões de km percorridos pelos modelos adquiridos por seus clientes.

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Vendas totais de etanol caíram 4% na primeira quinzena de dezembro

As vendas de etanol (anidro e hidratado) realizadas pelas usinas do Centro-Sul recuaram 4,15% na primeira quinzena de dezembro, para 1,38 bilhão de litros, segundo dados da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar e bioenergia (Unica). A queda foi puxada pela diminuição do consumo de etanol hidratado no país, fruto de um início de migração dos motoristas de carro flex para a gasolina. Como a regulamentação da reforma tributária deu vantagem ao etanol hidratado As vendas do biocombustível no mercado interno cederam 8%, para 854,4 milhões de litros. Já as vendas do etanol anidro, aditivo do combustível fóssil, no mercado doméstico subiram 4,9%, para 498,2 milhões de litros. Segundo Luciano Rodrigues, diretor de inteligência setorial da Unica, o ritmo de consumo indica que haverá folga no abastecimento para a entressafra de cana. eldquo;A quantidade de etanol em estoque e a produção que ainda será realizada até março de 2025 oferecem segurança para o abastecimento do mercado interno, mesmo considerando a competitividade atual do hidratado e o consequente crescimento nas vendas do produtoerdquo;, afirmou ele, em nota. No acumulado da safra, as vendas de etanol hidratado subiram 21,8%, para 16,3 bilhões de litros, enquanto as de anidro recuaram 2,3%, para 8,9 bilhões de litros. CBios com folga O diretor da Unica também descartou possibilidade de aperto na oferta de Créditos de Descarbonização (CBios) emdash; cuja oferta cresce conforme aumenta a de etanol. Desde o início do ano até 23 de dezembro, os produtores de biocombustíveis emitiram 41,55 milhões de CBios. Deste total, ainda havia 16,93 milhões de CBios disponíveis para negociação. eldquo;Os dados públicos apurados pela B3 e pela ANP evidenciam que a quantidade de CBios disponível para comercialização e os créditos já aposentados superam em mais de 5 milhões de títulos a meta prevista pelo programa para 31 de dezembro deste ano. Não existe, portanto, qualquer restrição de oferta de créditos de descarbonização no mercado nacionalerdquo;, explicou Rodrigues. Moagem de cana A moagem de cana-de-açúcar na primeira quinzena de dezembro caiu 54,3% em relação ao mesmo período da safra passada no Centro-Sul e ficou em 8,8 milhões de toneladas. Com isso, o volume processado desde o início da temporada 2024/25 está em 611,8 milhões de toneladas, 4,29% a menos do que um ano antes. Essa redução está relacionada ao encerramento das atividades mais cedo do que na safra 2023/24. Até o fim da primeira metade de dezembro, 129 usinas (incluindo as que processam milho) operaram no Centro-Sul, abaixo das 185 em atividade na mesma época do ano passado. Produção A produção de açúcar da primeira quinzena foi 63,1% menor na comparação anual e alcançou 348 mil toneladas. No caso do etanol, a produção do anidro recuou 24,3%, para 266 milhões de litros, enquanto a de hidratado cedeu 28,2%, para 499 milhões de litros.

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