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Raízen fecha acordo com Minas Gerais para expandir infraestrutura de mobilidade elétrica

A Raízen Power, marca dedicada eletricidade renovável da Raízen, firmou um acordo com o Governo de Minas Gerais para estimular projetos de eletromobilidade no estado. Na semana passada, a empresa inaugurou sua primeira estação de recarga rápida em Belo Horizonte. Com duração de dois anos, a parceria pretende apoiar políticas públicas relacionadas à eletromobilidade, incluindo estudos de viabilidade técnica para infraestrutura de recarga e apoio institucional para o desenvolvimento do setor elétrico. Estão previstas iniciativas para criação de zonas baixas de emissão, vagas e faixas exclusivas para veículos elétricos, além da construção de um hub de recarga conectando pontos estratégicos da região, como o Aeroporto de Confins, Cidade Administrativa e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). De acordo com a Raízen, o projeto terá articulação com órgãos públicos e empresas de diversos setores para a sua execução. eldquo;A junção de forças é essencial para o avanço da eletromobilidade, por isso, temos impulsionado a realização de parcerias com outras empresas e incentivado o debate na área públicaerdquo;, comenta Rafael Rebello, diretor de Mobilidade Elétrica da Raízen Power. A meta da Raízen Power é implementar cerca de mil estações no Brasil até o final de 2024.

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Biodiesel atinge maior nível de preços em 19 semanas

Os preços cobrados pelo biodiesel encerraram mais uma semana em alta endash; a oitava seguida. Da 9ª semana (9S) deste ano até agora endash; quando o ciclo atual se iniciou endash;, os valores cobrados pelas usinas acumulam valorização de quase 14,6%. Isso trouxe o metro cúbico do biocombustível para R$ 4.667,73 na média nacional, atingindo o maior patamar para o produto desde a 49S de 2023 e devolvendo toda a baixa que havia sido registrada no ciclo anterior. Essa última alta mais recente acompanhou bem de perto o aumento no Indexador BiodieselBR. Entre os dias 15 e 21 deste mês, o índice que acompanha as variações dos custos das usinas com matérias-primas se valorizou 1,4%, atingindo R$ 3.975,04 por m³. Apesar desta nova valorização, o índice praticamente não tem saído do lugar nas últimas semanas, o que pode indicar que o processo de alta nos preços do biodiesel pode estar perdendo vigor. A maior parte da alta de 20,2% acumulada pelo indicador se concentra apenas em duas semanas endash; 10S e 11S endash; no restante do tempo, o indicador vem variando sem uma direção claramente definida.

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Recap faz reunião com ICL sobre combate às fraudes do setor

Na sexua-feira (26), Emílio Martins, presidente do Recap, sindicato que representa a revenda de Campinas e região, acompanhado dos diretores Eduardo Valdivia, Maurílio Lobo e Rodrigo Spadaccia, reuniram-se no Rio de Janeiro, com Carlo Faccio, diretor-executivo do Instituto Combustível Legal (ICL), na sede da entidade, e o representante do instituto em São Paulo Marcelo Mauri para tratar de possíveis ações em conjunto para o combate às fraudes no mercado de combustíveis.

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Brasil perderá R$ 3,7 tri até 2055 se ignorar novos campos de petróleo, diz EPE

O Brasil deixará de arrecadar R$ 3,7 trilhões até 2055 se não aproveitar novos campos de petróleo, diz estudo de uma estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia. O levantamento servirá para embasar decisões sobre o tema e, por isso, deve reforçar a argumentação da ala pró-exploração do governo diante do discurso ambiental pelo afastamento dos combustíveis fósseis. Os números são da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e apontam que o valor corresponde a uma média anual de R$ 155 bilhões durante o período analisado. O montante é quase o orçamento do Bolsa Família (R$ 168 bilhões). De acordo com os técnicos, caso o governo deixe de explorar novos campos emdash;como aqueles na Margem Equatorialemdash; começaria a haver declínio nos royalties e participações especiais (recursos da exploração direcionados aos cofres públicos) a partir de 2032 . Daquele ano até 2055, seriam R$ 2,9 trilhões a menos nessa rubrica (o que representa uma média de R$ 121 bilhões por ano). O levantamento publicado na semana passada afirma que também haveria uma perda na arrecadação de tributos diretos e indiretos (como IRPJ, CSLL e PIS/Cofins) de R$ 824 bilhões no mesmo período (ou R$ 34 bilhões por ano, em média). Além disso, o documento diz que reduzir a exploração traria a necessidade de uma importação líquida de petróleo de R$ 2,1 bilhões, de 2024 a 2055, o que afetaria a balança comercial do período. A EPE afirma que o estudo tem caráter apenas informativo e é destinado a subsidiar o planejamento do setor energético nacional, sendo que quaisquer decisões sobre políticas públicas ou diretrizes estratégicas são de responsabilidade de outras instituições. As conclusões do levantamento, no entanto, sinalizam a uma visão favorável à continuidade da exploração em território nacional. "Deixar de produzir petróleo não implicaria a redução drástica das emissões nacionais [de gases de efeito estufa], uma vez que o consumo interno de derivados continuaria a existir, e a demanda nacional de derivados de petróleo é crescente até 2050", afirma a estatal no documento. A manutenção da exploração dos fósseis é contestada por ambientalistas, que defendem uma redução mais acelerada. A última COP, a conferência anual do clima da ONU (Organização das Nações Unidas), referendou a ideia do "phase out" dos combustíveis fósseis emdash;termo que vem sendo traduzido como "saída gradual". Em entrevista à Folha, a secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Ana Toni, afirmou que ainda não viu um plano no Brasil para o petróleo bancar a transição energética, e defendeu que o país acelere o fim do uso dos fósseis. Heloísa Borges, diretora de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da EPE, afirma que em diferentes cenários é possível que o Brasil entregue a meta global de zerar as emissões líquidas de carbono até 2050 mesmo continuando a explorar petróleo. Para ela, é necessário aproveitar os recursos e o conhecimento do setor para o avanço em diferentes frentes da transição energética. "Como a gente já tem uma cadeia de valor estabelecida no Brasil, a estratégia ótima é aproveitar essa cadeia de valor e construir incentivos para que ela se diversifique e para que nossa indústria fique mais robusta, em vez de tentar avançar em tecnologias que a gente não domina", afirma. "Para isso, a gente precisa aproveitar a renda de petróleo e gás e direcionar essa renda para os setores que a gente quer", diz. "Qual a aptidão do Brasil? Biocombustíveis. E a gente pode migrar os biocombustíveis, acoplar com o setor de óleo e gás e avançar no biorrefino com combustíveis sintéticos, migrar para a captura de carbono e para a eólica offshore." Outro argumento mencionado pela EPE é que o petróleo brasileiro polui menos do que o estrangeiro. De acordo com Borges, isso acontece porque o país tem exigências mais elevadas de segurança e meio ambiente e porque a produtividade do pré-sal é maior e, portanto, a mesma energia é demandada para resultar em mais produção. As declarações estão em sintonia com a do ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), que afirmou à Folha neste mês que vê o Brasil explorando petróleo até se tornar um país desenvolvido. Também são similares à visão expressa por diferentes participantes de seminário convidados pelo ministério emdash;que demonstraram alinhamento pela continuidade da exploração somada ao uso dos recursos para a transição energética e as demandas sociais do país. Rosangela Buzanelli, conselheira da Petrobras eleita pelos trabalhadores, afirma que as reservas atuais do país só existem por no máximo 13 anos e que o país depende do dinheiro do petróleo. "Precisamos muito da renda do petróleo para diminuir a pobreza energética e aumentar o desenvolvimento humano no país. Se não fizermos, vamos ter de importar de fora com uma pegada de carbono pior que a nossa. Então não me parece que seja a saída. Precisamos, sim, das novas fronteiras", afirma. Luciana Costa, diretora de Transição Energética e Mudança do Clima do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), diz que, por outro lado, o debate sobre transição climática não está resolvido para o Brasil e que as empresas precisam fazer mais. "As empresas precisam ser pressionadas a investir em novas tecnologias. O jogo não está ganho para o Brasil, e a gente tem de se desafiar. Tem de abrir novos campos [de petróleo], sim, mas a gente tem de se desafiar a acelerar a transição", afirma. Ela defende como fundamental intensificar esforços para investimentos em novas tecnologias, como as eólicas offshore (em alto-mar) emdash;já que a expertise da Petrobras no oceano pode ser usada para investimento em novas frentes energéticas. "O debate tem que migrar do e#39;no more oile#39; para o debate da urgência climática, para acelerar as novas tecnologias que custam caro", diz.

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Petrobras eleva produção de petróleo em 4,4% no 1º tri por novas plataformas

A produção de petróleo da Petrobras no Brasil subiu 4,4% entre janeiro e março ante igual período do ano passado, principalmente devido ao avanço operacional de quatro plataformas que entraram em operação ao longo de 2023, informou a companhia nesta segunda-feira (29). A Petrobras produziu média de 2,236 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no país no primeiro trimestre, versus 2,141 milhões de bpd nos mesmos três meses de 2023, informou a empresa em seu relatório de produção e vendas. Dentre os principais fatores para essa variação, a Petrobras destacou o crescimento da produção ("ramp-up", no jargão do setor) das plataformas do tipo FPSO Almirante Barroso, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, que entraram em operação ao longo do ano passado. A Petrobras citou ainda como fator positivo a entrada em produção de 19 novos poços de projetos complementares, sendo 11 na Bacia de Campos e oito na de Santos. Para este ano, porém, a companhia prevê a entrada em operação de apenas uma plataforma, chamada Marechal Duque de Caxias, que saiu de estaleiro na China em fevereiro rumo ao campo de Mero, também no pré-sal da Bacia de Santos. (Reuters)

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GWM terá picape e SUV híbridos para disputar mercado com modelos a diesel da Toyota

A GWM confirmou a chegada do SUV Tank 400 ao mercado brasileiro. O modelo utiliza a mesma plataforma da picape Poer, que será produzida no Brasil. Dessa forma, a montadora chinesa terá rivais para a dupla SW4 e Hilux, da Toyota. A diferença está nas motorizações. Enquanto os utilitários da marca japonesa são movidos a diesel, a nova concorrente vai apostar em conjuntos híbridos com opções a gasolina ou flex. Os lançamentos foram confirmados durante a apresentação dos produtos na pista de testes da GWM, em Baoding (China). O Tank 400 chega ao país no início de 2025. Com 4,99 metros de comprimento (20 cm a mais que o Toyota SW4), o SUV é equipado com um motor 2.0 turbo a gasolina conciliado ao conjunto elétrico de 163 cv. A combinação resulta em 408 cv, sendo possível rodar cerca de 100 km sem queimar combustível. Como o nome faz supor, a aparência é de tanque de guerra, com linhas retas e parafusos aparentes nas molduras dos para-lamas. O estilo da carroceria contrasta com o interior luxuoso. O híbrido plug-in (que pode ser recarregado na tomada) tem câmbio automático de nove marchas e central multimídia com tela gigante. Os bancos dianteiros trazem ajustes elétricos, e quem viaja atrás dispõem de regulagem automática da temperatura do ar-condicionado. Esses luxos também são encontrados na picape Poer, cuja produção nacional já está confirmada, embora sem data definida. Seu motor será o mesmo do Tank 400, mas com a vantagem de também consumir etanol. O modelo disponível na pista de testes da GWM ainda não traz o desenho da versão brasileira. A enorme grade frontal cromada, por exemplo, certamente irá mudar para comercialização no mercado nacional. O porte também é avantajado, com 5,37 metros de comprimento na versão apresentada em Baoding. A Hilux vendida no Brasil mede 5,33 metros. Alguns itens chamam a atenção na Poer, como os bancos traseiros com ajuste elétrico de distância. É um equipamento presente apenas em picapes grandes americanas com preços na faixa de R$ 500 mil, como Ford F-150 e Chevrolet Silverado. Mas a estratégia da GWM será oferecer produtos com preços mais competitivos endash;na faixa entre R$ 250 mil e R$ 350 mil, aproximadamenteendash; para conquistar clientes de picapes médias a diesel, concentrados no agronegócio. Trata-se de um público que privilegia a autonomia e a robustez. O desafio será mostrar as qualidades de produtos estreantes, embora os modelos das linhas Haval e Ora estejam indo bem nas vendas. Hoje, a Toyota Hilux mais em conta com câmbio automático parte de R$ 272.190. Já o SW4 tem preço inicial de R$ 379.990. Ambos são líderes de venda em seus segmentos no Brasil. O jornalista viajou a convite da GWM do Brasil. (Coluna por Eduardo Sodré)

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