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Investimento norueguês em energia renovável no Brasil dispara e chega a R$ 5,8 bi em dois anos

Potência em energia renovável e país considerado seguro dos pontos de vista geopolítico e jurídico, o Brasil é um dos destinos prioritários para negócios de empresas norueguesas. Essa é a mensagem de um relatório divulgado nesta sexta-feira, 27, pelo serviço diplomático da Noruega, que registra investimento total de R$ 36 bilhões (US$ 7,3 bilhões) dessas empresas no País durante os anos de 2021 e 2022. O montante é 5,6% superior ao verificado no biênio anterior. Para a cônsul geral da Noruega no Rio de Janeiro, Mette Tangen, a conta tende a subir mais no período até 2024, expectativa ligada a compromissos já assumidos e oportunidades relacionadas à transição energética. Historicamente, empresas norueguesas já investiram US$ 39,8 bilhões no Brasil, pouco mais de R$ 196 bilhões na cotação atual. Embora parcela substancial desses investimentos tenha sido destinada a atividades poluentes, como óleo e gás, Tangen tem bons motivos para apostar em energias renováveis como o próximo foco de atuação do capital norueguês no Brasil. Energias renováveis Os investimentos em renováveis saltaram 611% em dois anos, de R$ 825 milhões (US$ 167 milhões) em 2019-2020 para R$ 5,86 bilhões (US$ 1,18 bilhão) em 2021-2022. De um período para outro, a participação dos investimentos em usinas eólicas e solares, etanol e outras frentes subiu de 2% para 16%. A disparada dos investimentos noruegueses em renováveis se deve à atuação de seis empresas exclusivamente dedicadas a energias renováveis (Statkraft, Scatec Solar, Norsk Solar, Cambi Group, UBE Gruppen e Otovo), mas também a empresas que têm outro core business, mas diversificaram em renováveis, casos da petroleira Equinor e da Hydro Rein. eldquo;Queremos que esse número de empresas voltadas à geração renovável e transição energética no Brasil aumente e, com elas, os investimentos. Mas isso depende de como o mundo vai caminhar e, também, de decisões políticas brasileiras. Algumas empresas norueguesas aguardam regulações para desenvolver atividades no Brasilerdquo;, disse Mette Tangen. A cônsul faz referência à definição de regras para eólicas offshore e captura de carbono, outro mercado no qual os noruegueses têm se especializado. Ela lembrou que contratos de energia são de longo prazo, o que garante a presença das companhias norueguesas no País e afirmou que, no atual contexto geopolítico, marcado por duas guerras e escalada de disputas comerciais, o Brasil é considerado politicamente estável e entrosado com a Noruega no concerto internacional. Na destinação de investimentos noruegueses, o Brasil só fica atrás da União Europeia e Estados Unidos. O relatório lista uma série de projetos de energia renováveis ainda em construção e com contratos de fornecimento previamente fechados. Um deles é o parque solar Mendubim, em construção no Rio Grande do Norte por US$ 430 milhões pela joint-venture formada por Scatec, Hydro Rein e Equinor. Outros são a usina solar Boa Sorte, em Paracatu (MG), ao custo de US$ 320 milhões, e Feijão, projeto que congrega geração solar e eólica no Piauí e Pernambuco, também com participações da Hydro Rein. Consta, também, a assinatura de um acordo de cooperação para produção de hidrogênio e amônia verdes na Bahia a partir de 2027 entre Statkraft e Aker Clean Hydrogen. Ainda incipiente, o projeto não engrossa a massa de investimentos nórdicos no País, mas aponta um dos caminhos que os noruegueses planejam trilhar desse lado do Atlântico. Primazia do mar, óleo e gás Ao todo, 236 empresas da Noruega investiram no Brasil nos últimos dois anos, gerando 31 mil empregos diretos e 133 mil indiretos. Os números dessa atividade estrangeira são expressivos para um país de 5,4 milhões de habitantes. A maior parte das empresas, 152, pertence a setores tradicionais da economia do país nórdico, como atividades offshore, armação e transporte marítimo, e óleo e gás. Sozinhas, essas atividades responderam por 56% do total de investimentos dos últimos dois anos, pouco mais de US$ 4,1 bilhões (R$ 20,2 bilhões). Tangen ressalta a resiliência dessas operações em anos marcados pela pandemia de Covid-19 e, depois, pela guerra da Ucrânia. A petroleira Equinor é responsável por parte significativa dos investimentos no período. Tangen afirma que a empresa já reportou um total de investimentos de US$ 11 bilhões no Brasil e planeja investir mais US$ 15 bilhões até 2030. A atividade da Equinor no pré-sal brasileiro explica um pico de 39,4% registrado entre 2017 e 2018 no reinvestimento local dos lucros de empresas norueguesas no Brasil. No biênio até 2022, esse porcentual, que segue impulsionado pela Equinor, ficou em 17,6%, acima dos 10,5% verificados em 2019 e 2020. eldquo;O mundo ainda vai precisar de petróleo e gás por vários anoserdquo;, diz a cônsul, admitindo que a relevância do setor de óleo e gás em negócios noruegueses no Brasil nos próximos anos. O mesmo vale para atividades ligadas à indústria naval e offshore que, depois do óleo e gás, podem assistir a uma nova era de ouro ligada à expansão da geração eólica offshore a partir de 2030.

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Preço médio da gasolina cai 0,88%, para R$ 5,69 por litro

O preço médio da gasolina nos postos de abastecimento do País teve queda de 0,8%, para R$ 5,69 por litro, na semana entre os dias 22 e 28 de outubro. Na média dos sete dias anteriores, a gasolina custou R$ 5,74 ao consumidor final. As informações são da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP). A queda desta semana é impulsionada pelo desconto de 4,1% dado pela Petrobras no último dia 19 para os preços praticados em refinarias. Nona semana de queda Esta foi a nona semana seguida de quedas na gasolina, após o pico de R$ 5,88 por litro na penúltima semana de agosto, então motivado pelo aumento de 16,3% aplicado em 15 de agosto pela Petrobras nos preços praticados em suas refinarias. De lá para cá, o preço da gasolina nas bombas voltou a cair devido ao recuo nos preços do etanol anidro, que compõe 27,5% da mistura da gasolina e, na última semana, especificamente em função de outro reajuste da Petrobras no valor da gasolina, dessa vez para baixo (-4,1%). Somam-se a essa conjuntura de queda do preço nas bombas as acomodações naturais ligadas à lógica concorrencial do varejo. Anidro em queda Sobre o etanol anidro, dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq-USP) mostram queda de 2,3% nos preços das usinas paulistas nas últimas nove semanas. Na semana encerada na sexta, 27, o anidro voltou a cair, mas próximo da estabilidade (-0,17%), para R$ 2,47 por litro. Desde abril, a USP indica queda de 25% nos preços do insumo, o que tem contribuído para segurar os preços da gasolina no varejo.

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Preços do petróleo sobem 3% diante de preocupações com abastecimento no Oriente Médio

Os preços do petróleo subiram cerca de 3%, para a máxima de uma semana, nesta sexta-feira (27), devido às preocupações de que as tensões em Israel e Gaza pudessem se espalhar para um conflito mais amplo que poderia perturbar o fornecimento global de petróleo. Os futuros do petróleo Brent subiram US$ 2,55, ou 2,9%, a US$ 90,48 o barril, enquanto os fututos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiram US$ 2,33, ou 2,8%, para US$ 85,54. Prêmio do Brent sobre o WTI subiu para o seu nível mais alto desde março, tornando mais atraente para as empresas de energia enviar navios para os EUA para recolher petróleo para exportação. Na semana, o Brent caiu cerca de 2% e o WTI recuou cerca de 4%. As negociações estavam agitadas. No início da sessão, os preços do petróleo subiram mais de US$ 2 por barril, depois de os militares dos EUA terem atingido alvos iranianos na Síria. Depois, os preços tornaram-se brevemente negativos, à medida que os mercados digeriam vários relatórios sobre negociações de mediação entre o grupo militante Hamas e Israel, lideradas pelo Qatar, em coordenação com os EUA. "Estamos à mercê da próxima manchete... e acho que é isso que temos visto hoje com as oscilações de preços", disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group. "Você gostaria de negociar os fundamentos, mas realmente não pode, porque precisa estar mais preocupado com... o que vai acontecer no Oriente Médio", disse Flynn. "Ninguém quer ficar sem dinheiro no fim de semana." As forças aéreas e terrestres israelenses intensificaram as operações na Faixa de Gaza em meio a relatos de pesados bombardeios no enclave sitiado. Entretanto, um responsável do Hamas condicionou a libertação de reféns em Gaza a um cessar-fogo no bombardeamento de Israel ao enclave palestino, lançado após um ataque mortal do Hamas ao sul de Israel há quase três semanas. Vários países, incluindo muitos Estados árabes, instaram Israel a adiar uma invasão terrestre que multiplicaria as baixas civis e poderia desencadear um conflito mais amplo. (Reuters)

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Ministro da Agricultura volta a defender aumento da mistura de biodiesel ao óleo diesel

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu o fortalecimento da cadeia do biocombustível, em reunião com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nesta semana, conforme nota divulgada pelo Ministério da Agricultura. Fávaro reafirmou sua posição favorável para o aumento da mistura de biodiesel ao óleo diesel. Atualmente, o teor é de 12% (B12) e o cronograma do governo estabelece B13 em 2024, B14 em 2025 e B15 em 2026. eldquo;Além das questões de sustentabilidade, os biocombustíveis são combustíveis verdes, renováveis, que geram empregos e oportunidades de melhorias na vida das pessoaserdquo;, afirmou Fávaro, na nota. (Estadão Conteúdo)

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Ipiranga lança o primeiro diesel R5 aditivado do país

A Ipiranga é a primeira distribuidora a comercializar o diesel R5 aditivado do mercado, o eldquo;Ipimax Diesel R5eamp;Prime;, ampliando seu portfólio de produtos. Inicialmente, o produto será comercializado exclusivamente para clientes empresariais na Região Sul do país, com expectativa de chegar a outras regiões do Brasil até o fim de 2023. Na iniciativa pioneira da Ipiranga, o diesel R5 é potencializado com o aditivo Ipimax, que, ao possibilitar que os motores andem mais quilômetros com menos combustível, devido ao rendimento do aditivo, promove uma redução da emissão de poluentes. O Ipimax Diesel R5 possui os mesmos aditivos da linha Ipimax Diesel, lançada em abril e vendida ao consumidor final nos postos Ipiranga, com potencial de rendimento de 3% a 5% maior do que em comparação com os produtos da linha original endash; que não recebem aditivo. O diesel R5 possui menor emissão de carbono. Além da mistura adicional obrigatória de 12% de biodiesel, responsável por uma redução de 15% dasipi onibis emissões de gases do efeito estufa, ele é um produto composto também por 5% de diesel verde de origem vegetal, um adicional capaz de evitar a emissão 1 t de CO2 Equivalente para cada 9,5 mil litros, quando comparado ao diesel 100% fóssil. A mistura obrigatória de 12% está prevista na resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para todo diesel comercializado no país. O Ipimax Diesel R5 já é utilizado no sistema de transporte público da cidade de Araucária, no Paraná. Para Júlio Sattamini (foto), diretor de Pricing e Produtos da Ipiranga, o novo combustível do portfólio é resultado da busca constante da empresa por evolução. eldquo;A matriz energética brasileira é diversa e estamos sempre desenvolvendo soluções para diferentes públicos. O Ipimax Diesel R5 proporciona aos nossos clientes empresariais no Sul do país juliuma operação com menor emissão de carbono e maior rendimento.erdquo; A empresa diz que possui um papel inovador no mercado, após realizar uma pesquisa com mais de 600 consumidores de todo o país. A Ipiranga identificou que rendimento e qualidade eram os atributos mais valorizados por quem procura por combustíveis aditivados. Para chegar ao portfólio final endash; Ipimax Gasolina, Ipimax Etanol, Ipimax Diesel e Ipimax Pro Gasolina, a empresa buscou parceiros internacionais para aperfeiçoar e desenvolver produtos, que reforçassem o atributo rendimento e redução de poluentes. A economia deipi posto combustível varia de 3 a 5% de acordo com o combustível e o modelo do motor, quando comparados aos combustíveis comuns (sem aditivos). A linha Ipimax passou por testes comparativos em pistas, simulando ciclo urbano e rodovia e, em dinamômetros, comprovando o rendimento. eldquo;Dada sua maior autonomia, os combustíveis da linha Ipimax emitem menos poluentes, já que, com a mesma quantidade de litros, o veículo roda mais quilômetros, versus os combustíveis originaiserdquo;, diz o comunicado da companhia. eldquo;Além disso, os combustíveis Ipiranga são testados mais de 1000 vezes por dia pelo robusto Programa da Qualidade da empresa, que visita periodicamente os postos que ostentam a bandeira da marca,erdquo; complementa.

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Petróleo cai mais de US$2 com redução de temores sobre o Oriente Médio

Os preços do petróleo caíram mais de 2 dólares por barril nesta quinta-feira, à medida que os temores de um conflito mais amplo no Oriente Médio diminuíram, ao mesmo tempo em que a demanda dos EUA mostrava sinais de enfraquecimento. Os futuros do petróleo Brent fecharam a 87,93 dólares por barril, queda de 2,20 dólares ou 2,44%. Na quarta-feira, o Brent fechou quase 2% mais alto. Os futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA encerraram a 83,21 por barril, queda de 2,18 dólares, ou 2,55%. Os preços do petróleo foram recentemente impulsionados pelos receios de que o conflito entre Israel e o grupo militante palestiniano Hamas possa afetar o abastecimento global de petróleo, o que poderia envolver o Irã e os seus aliados na região. "O prêmio de segurança que pagamos desde o início do mês parece estar diminuindo", disse John Kilduff, sócio da Again Capital LLC. Os EUA e outros países estão exortando Israel a adiar uma invasão total de Gaza, que está se recuperando de quase três semanas de bombardeamentos israelitas desencadeados por uma onda de assassinatos em massa no sul de Israel pelo Hamas apoiado pelo Irã. Um aumento nos estoques de petróleo bruto dos EUA na última semana indicou uma demanda mais fraca. Os estoques aumentaram 1,4 milhão de barris, para 421,1 milhões de barris, de acordo com a Administração de Informações de Energia (AIE) do EUA, superando o ganho de 240 mil barris esperado por analistas em uma pesquisa da Reuters.

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