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Petrobras abre licitação para retomar obras no antigo Comperj, alvo da Lava Jato

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (2) processo de licitação para obras de construção e conclusão de unidades do Polo GasLub, antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). O projeto, em Itaboraí (na região metropolitana do Rio de Janeiro), foi alvo da Operação Lava Jato e havia sido desidratado pelas gestões anteriores. De acordo com a companhia, a estimativa é que as unidades terão capacidade para produzir cerca de 12 mil bpd (barris por dia) de óleos lubrificantes, além de 75 mil bpd de diesel S-10 e 20 mil bpd de QAV-1 (querosene de aviação). "A contratação é um marco para a retomada do Polo GasLub e com ela a companhia volta a investir em um empreendimento de grande importância não só para a Petrobras, mas para o Rio de Janeiro e todo o Brasil", disse, em nota, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. A estimativa é que sejam abertos até 10 mil postos de trabalho, diretos e indiretos, ao longo do período de execução das obras. O valor final do empreendimento vai depender do resultado da licitação. A empresa afirma que a retomada do polo, cujas obras foram interrompidas em 2015, está alinhada à "estratégia da Petrobras de modernizar o seu parque de refino e oferecer ao mercado e à sociedade produtos avançados e com alto valor agregado". Durante o governo Bolsonaro, a estatal deixou de lado a construção de unidades de refino e de lubrificantes. Sob a gestão de Roberto Castello Branco, a Petrobras decidiu até mesmo que o projeto deveria ser renomeado. "Também conhecido como cemitério da corrupção, o Comperj está mudando de nome. O seu nome ficou manchado pela corrupção", disse o executivo, ao anunciar que ele seria rebatizado de GasLub Itaboraí. folha mercado Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes. Digite seu e-mail Carregando... Em 2021, a Petrobras e o governo fluminense assinaram um protocolo de intenções para tentar atrair empresas para o local e transformar a área em distrito industrial voltado a segmentos da indústria que consomem gás natural. Com a volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao poder, além do antigo Comperj, a Petrobras anunciou o interesse em continuar outro projeto simbólico do período, a refinaria Abreu e Lima. Conforme noticiado pela Folha, a empresa aprovou ainda em novembro de 2023, em seu plano estratégico, a volta dos investimentos em refino no antigo Comperj. A retomada de investimentos no polo era parte das promessas de campanha do presidente Lula, de ampliação da capacidade nacional de produção de combustíveis. De acordo com o diretor de Refino, Transporte e Comercialização, Claudio Schlosser, as novas unidades de refino do complexo só devem entrar em operação a partir de 2028. A Petrobras estima que a demanda por diesel no país deve seguir crescendo até 2030. Em uma teleconferência com analistas no fim do ano passado, a direção da empresa disse que os os investimentos programados têm retorno econômico. O plano de negócios da Petrobras prevê ainda elevar em quatro vezes a produção de biocombustíveis, outro segmento abandonado em gestões anteriores, como parte da retomada dos investimentos em energias renováveis.

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Hidrogênio verde deve se tornar competitivo até 2030, diz diretora do BNDES

O hidrogênio verde (H2V) produzido no Brasil deve se tornar economicamente viável e competitivo a partir de 2030, prevê a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciana Costa. Em entrevista ao programa Energia em Debate, do Broadcast Energia, ela destacou que os investimentos nesse combustível devem ganhar força entre 2027 e 2028, permitindo também o barateamento da tecnologia. Citando dados da BloombergNEF, ela estima que até o fim da década o preço do hidrogênio deve cair dos atuais US$ 5,00 por quilo (Kg) para algo próximo a US$ 1,5/Kg. eldquo;O Brasil vai ser altamente competitivo em hidrogênio verde, que será utilizado para descarbonizar a indústria de difícil abatimentoerdquo;, disse. Eólicas offshore vão avançar em prazo mais longo Já as eólicas offshore, na visão dela, devem ganhar espaço no mercado num período mais longo, de oito a dez anos. eldquo;A gente também acredita que o tempo delas vai chegar, até porque é uma tecnologia superior à onshore, e as tecnologias superiores tendem a se estabelecererdquo;, comentou. Durante a entrevista, Luciana Costa também falou sobre o papel do BNDES no fomento à industrialização verde, e ao desenvolvimento das diversas cadeiras produtivas do ramo energético no País.

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Chuva e bloqueio de estradas dificultam entrega de combustíveis no Sul

A entrega de combustíveis para diversas áreas do Interior está comprometida. O problema já começa no carregamento dos caminhões com o produto na base das distribuidoras, inclusive na região metropolitana de Porto Alegre. Mesmo quando ele ocorre, muitos dos veículos não conseguem chegar até o destino porque há bloqueio nas rodovias. Também está difícil receber etanol e biodiesel que precisam ser adicionados à gasolina e ao diesel. Clique aqui para continuar a leitura.

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Anapetro pede ao Cade extinção do acordo para venda de refinarias da Petrobras

A Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro) protocolou um pedido no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para o fim do termo de cessação de conduta (TCC) assinado entre a estatal e o órgão para a venda de oito refinarias. A entidade afirma que as vendas que foram concluídas não se provaram suficientes para induzir a competição no mercado e levaram à formação de monopólios regionais privados. A Anapetro argumenta também que é inviável cumprir os objetivos previstos no compromisso. eldquo;Demonstrou-se que o TCC não produziu os resultados previstos de promoção da concorrência e a consequente queda dos preços dos derivados de petróleo para os consumidores brasileiroserdquo;, diz o advogado Angelo Remédio, da Advocacia Garcez, que representa a Anapetro no processo. A Petrobras iniciou em novembro de 2023 uma renegociação do acordo com o Cade, tendo em vista a oposição do governo Lula aos desinvestimentos. O TCC foi assinado em 2019, no governo de Jair Bolsonaro, e previa a venda de oito unidades de refino com o objetivo de abrir o mercado no Brasil. Como contrapartida, na época o Cade suspendeu inquéritos administrativos que apuravam a possibilidade de abuso de posição dominante, por parte da estatal, no mercado de refino. Nesse período, a estatal conseguiu concluir a venda da Rlam, na Bahia, para a Mubadala; da Reman, no Amazonas, para o grupo Atem, e da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX) no Paraná, para a Feamp;M Resources. A Petrobras chegou a assinar um acordo para a da Lubnor no Ceará, para a Grepar, mas o contrato foi rescindido pela estatal, que afirmou que a compradora não cumpriu com as condições precedentes. A Refinaria Clara Camarão, no Rio Grande do Norte, não fazia parte do acordo, mas também foi vendida, para a 3R Petroleum. A companhia não conseguiu concluir os outros desinvestimentos. Com a mudança na administração da companhia no início do terceiro governo Lula, as vendas foram interrompidas e a empresa solicitou a renegociação do acordo com o Cade. No momento, a companhia negocia com a Mubadala uma recompra do controle da refinaria baiana.

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FPBio reage a eventual inclusão do diesel coprocessado no Combustível do Futuro

A ANP define que o diesel coprocessado não atende aos parâmetros regulatórios, ambientais e de descarbonização, que são a base da proposta do Combustível do Futuro. A Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBio) criticou, em nota, a possível inclusão do diesel coprocessado no projeto de lei do Combustível do Futuro, em tramitação no Senado. A possibilidade é aventada nos bastidores, sobretudo pelos defensores do setor energético. Segundo a FPBio, a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) define que o diesel coprocessado não atende aos parâmetros regulatórios, ambientais e de descarbonização, que são a base da proposta do Combustível do Futuro. eldquo;A criação de um marco legal, como se propõe no projeto de lei, é fundamental para dar segurança jurídica e previsibilidade para o biodiesel e o diesel verde. Tais combustíveis são produzidos integralmente por matéria-prima renovável, seguindo exigências consideradas as mais rigorosas do mundo, definidas pela ANPerdquo;, defende a FPBio, na nota assinada pelo presidente da bancada, deputado federal Alceu Moreira (MDB/RS). A FPBio lembra que o diesel coprocessado possui uma pequena parcela de diesel renovável, geralmente de 5%. eldquo;Ou seja, é um produto predominantemente fóssil (95%) de produção exclusiva da Petrobras, patenteado em 2005, e não havendo possibilidade de ser produzido em refinarias de outras companhias. Logo, o fato de possuir conteúdo renovável não qualifica o diesel coprocessado como diesel verde ou como qualquer outro biocombustívelerdquo;, criticou a frente, justificando que não há técnicas disponíveis para determinar a proporção exata do produto renovável no coprocessado. Segundo a frente, a própria regulamentação da ANP estabeleceu que o diesel coprocessado precisa atender aos parâmetros de especificação do diesel fóssil ou diesel A, não havendo necessidade de mandato ou normativa legal específica. eldquo;A capacidade das refinarias da Petrobras de produzir o S10, em substituição ao S500, será reduzida em função de eventual produção do diesel coprocessado, mantendo assim a situação de dependência de importação de diesel, em sentido contrário à desejada soberania energética, já que o Brasil é deficitário na produção de diesel, tendo que importar cerca de 25% da demanda internaerdquo;, alegou a FPBio. Fonte: Estadão Conteúdo

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Petróleo atinge mínimas de 7 semanas, foco muda para economia

Os preços do petróleo fecharam nesta quinta-feira perto de seu nível mais baixo em sete semanas, estreitamente mistos e sob pressão da demanda global mais fraca, do aumento de estoques e da diminuição das esperanças de um corte rápido nas taxas de juros dos Estados Unidos. Os futuros do petróleo West Texas Intermediate dos EUA caíram 0,05 dólar, a 78,95 dólares o barril, o nível mais baixo desde 12 de março. Os futuros do petróleo Brent também atingiram o nível mais baixo desde o início de março, depois se recuperaram das mínimas da sessão para fechar com alta de 0,23 centavos, ou 0,3%, a 83,67 dólares por barril. Ambos os contratos de referência fecharam abaixo da média móvel de 200 dias, que é o principal indicador técnico de uma mudança nos preços do petróleo, disse Alex Hodes, analista de petróleo da StoneX. Os investidores do petróleo estão cada vez mais preocupados com um possível abrandamento econômico nos EUA, à medida que a guerra entre Israel e o Hamas continua sem qualquer grande impacto no abastecimento de petróleo do Oriente Médio. Na quarta-feira, os preços do petróleo caíram mais de 3% depois de o governo dos EUA ter relatado um salto surpreendente nos estoques de petróleo e de o Fed ter mantido as taxas de juros inalteradas, citando uma inflação persistente. (Reuters)

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