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Petróleo fecha em baixa, com PMI da China e juros dos EUA levantando preocupações com demanda

O petróleo fechou em baixa, com as preocupações em relação à economia global assumindo o foco do mercado, em vez da guerra do Oriente Médio. A expectativa de que os juros dos EUA serão mantidos em níveis restritivos por mais tempo, na véspera da decisão monetária do Federal Reserve (Fed), e o dado fraco de indústria na China levantam temores de uma eventual desaceleração da demanda pela commodity. No acumulado do mês, as perdas chegaram a até 10%. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 1,56% (US$ 1,29), a US$ 81,02 o barril. Enquanto isso, o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 1,54% (US$ 1,33), a US$ 85,02. Em comparação com o último fechamento de setembro, o WTI mais líquido caiu 10,30% e o Brent desvalorizou 6,77% O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China apontou contração do setor, enquanto as expectativas eram de que apenas desacelerasse, continuando em expansão. eldquo;Isso fez com que o mercado apresentasse novos receios em relação à possibilidade da economia chinesa começar a se desacelerar, mesmo em um cenário de incentivos fiscais por parte do governoerdquo;, afirmou o analista de Inteligência de Mercado para Petróleo da StoneX Bruno Cordeiro, ao comentar a movimentação do mercado. O especialista mencionou ainda a perspectiva de continuidade da política monetária restritiva do Fed como um fator pesando sobre as expectativas para a demanda global de petróleo. Com a desvalorização de hoje, o valor do WTI cai ainda mais abaixo do que exibia antes do estopim da guerra no Oriente Médio, no último dia 7. No fechamento do dia 6, o contrato mais líquido era negociado por US$ 82,79. eldquo;É interessante que os preços do petróleo tenham devolvido a maior parte dos seus ganhos desde que o Hamas atacou Israel, o que sugere ou que o prêmio de risco geopolítico foi drasticamente reduzido, ou que as preocupações econômicas globais aumentaram endash; talvez uma combinação da doiserdquo;, comentou o analista da Oanda Craig Erlam. (Estadão Conteúdo)

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Combustíveis: nova geração é mais sustentável

Estimulados pela urgência da transição energética, o setor de combustíveis e institutos de pesquisa estão obtendo bons resultados em projetos para viabilizar a chegada ao mercado de novos produtos sustentáveis. Petrobras, Shell, Acelen, Gás Verde, Embrapa Agroenergia e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) são alguns destaques dessas iniciativas. A Petrobras, por meio de seu Programa de BioRefino, investirá cerca de US$ 600 milhões nos próximos cinco anos para desenvolver uma nova geração de combustíveis sustentáveis. Seu diesel R é o primeiro produto lançado: os testes foram feitos em 2022 e a produção regular começou neste ano. Clique aqui para ler mais.

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Reforma tributária: preocupação é com estabilidade jurídica, diz Repsol Sinopec

A preocupação que a reforma tributária traz para o setor de petróleo e gás é, sobretudo, a respeito da estabilidade jurídica do país, mais do que sobre o aumento ou redução da carga de impostos, afirma a vice-diretora de finanças da Repsol Sinopec, Gilberta Lucchesi. eldquo;Tendo alguma alteração tributária, vamos seguir. Mas é importante ressaltar que toda vez que se muda a regra do jogo no meio do caminho, há um impacto nas decisões futuras sobre novos investimentos. A indústria de óleo e gás é de longo prazo, estamos falando de decisões para trinta anos que são feitas com as regras de hojeerdquo;, disse a executiva em entrevista ao estúdio epbr durante a OTC Brasil 2023, no Rio de Janeiro. A reforma tributária está em discussão no Senado, com expectativa de aprovação até o final do ano. A primeira versão do relatório da reforma foi apresentada pelo senador Eduardo Braga (MDB/AM) na última quarta-feira (25/10). Lucchesi ressaltou que apesar das incertezas a respeito da estabilidade tributária no país, a Repsol Sinopec tem planos de longo prazo para os investimentos no Brasil. A Repsol Sinopec é uma joint venture entre Repsol, que detém 60% da parceria, e a chinesa Sinopec, que tem os 40% restantes. Investimentos no Brasil A companhia faz parte do consórcio que aprovou em janeiro deste ano o desenvolvimento da porção Sudoeste do campo de Lapa, na Bacia de Santos. O projeto, com investimento total previsto em R$ 1 bilhão, vai conectar novos poços ao FPSO Cidade de Caraguatatuba, o que vai aumentar a produção em 25 mil barris/dia. O campo é operado pela TotalEnergies (35%) em parceria com a Repsol Sinopec (25%), Shell Brasil (30%) e Petrobras (10%). Além disso, a Repsol Sinopec também tem participação de 35% no campo de Raia (antigo BM-C-33), na Bacia de Campos, que teve a decisão final de investimento aprovada em maio de 2023. O investimento total está previsto em R$ 9 bilhões, junto com as parcerias Equinor, que é a operadora da área com 35% de participação, e a Petrobras (30%). O projeto prevê a instalação de uma plataforma com capacidade para escoar 16 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, com entrada em operação em 2028. A companhia tem ainda participações nos campos de Sapinhoá e Albacora Leste, na Bacia de Campos. Em exploração, a Repsol Sinopec detém 20% do bloco de Sagitário, no pré-sal da Bacia de Santos, em parceria com a operadora Petrobras (60%) e a Shell (20%). Segundo Lucchesi, a empresa não tem planos de grandes expansões no portfólio atual, mas segue monitorando eventuais oportunidades de aquisições de novas áreas no Brasil. eldquo;Estamos sempre analisando o mercado, mas posso antecipar que, considerando os investimentos bilionários previstos para os próximos anos, em curto prazo a companhia deve focar nos ativos que já tem, mais do que procurar novoserdquo;, disse.

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Entenda por que há falta de combustível na Argentina

Os argentinos enfrentaram dificuldades para abastecer os seus veículos na segunda-feira (30). O país, que é um grande produtor de petróleo e gás de xisto, tem sofrido com a escassez de gasolina e diesel desde o final da semana passada, devido a problemas de refinação interna e a falta de dólares atrasou as importações. O ministro da Economia e candidato presidencial, Sergio Massa, culpou as petroleiras e indicou que estas retêm ações eldquo;para especulaçãoerdquo;. Do setor empresarial respondem que não há combustível. Carros parados no meio da estrada, outros estacionados em locais inusitados e filas muito longas nos postos de gasolina são imagens cada vez mais comuns desde a última quinta-feira. A falta de gasolina afetou o consumo no varejo, embora os atacadistas também tenham sentido o impacto. A Federação Argentina de Entidades Empresariais de Transporte Automóvel de Carga (Fadeeac) alertou em comunicado na sexta-feira sobre uma eldquo;crescente escassez de combustívelerdquo;. A Fadeeac acrescentou que esta crise eldquo;impacta diretamente a produtividade e a rentabilidadeerdquo; do transporte de cargas eldquo;sendo por isso vital para a economiaerdquo; do país, já que, segundo os seus números, o setor distribui 94% das mercadorias. O presidente da Federação dos Empresários de Combustíveis da República Argentina (Fecra), Vicente Impieri, disse à CNN que a normalização do abastecimento pode levar eldquo;alguns diaserdquo;. O Ministério da Energia informou que na sexta-feira foi acordada a importação de 10 navios com combustível, durante uma reunião com as petroleiras para procurar soluções para o problema da escassez. Massa definiu esta terça-feira (31) como prazo para que o problema seja resolvido. eldquo;É muito raroerdquo; que falte combustível no país de Vaca Muerta [campo de petróleo], considerada a segunda reserva de gás não convencional do mundo. Essa foi uma das definições mais contundentes do ministro da Economia sobre a situação atual, em entrevista ao canal LN+. No meio desta crise, Massa colocou a responsabilidade nas empresas petroleiras. Segundo o ministro, eldquo;houve uma retenção de stockserdquo; devido às especulações sobre uma possível desvalorização após as eleições presidenciais de domingo, 22 de outubro. Isso não aconteceu, ao contrário do que aconteceu no dia seguinte às primárias de 13 de agosto, quando o governo decidiu aumentar o valor do dólar oficial em 21%. O ministro e presidenciável também argumentou que o término do congelamento dos preços dos combustíveis previsto para esta terça-feira teria funcionado como elemento de especulação para retenção de estoque devido à incerteza sobre quanto aumentará o valor dos combustíveis após o referido acordo. O secretário da Fecra, Hernán Landgrebe, negou qualquer versão de retenção de estoque. eldquo;Não podemos nos dar ao luxo de parar de vendererdquo;, disse o representante do setor à CNN. eldquo;Convido-vos a passar pelos postos fechados e verificar se os tanques estão vazioserdquo;, acrescentou. Massa mencionou petroleiras específicas, como a TecPetrol. A CNN entrou em contato com a equipe de comunicação da empresa, mas ela não respondeu. Mercado interno e externo eldquo;O produtor tem que escolher se vai vender no mercado externo ou no mercado interno e tem o dobro do valor do barril em dólar, ele decide vender no mercado externo e estocar. Essa é a razãoerdquo;, disse Massa. Os indicadores explicam este desequilíbrio. Segundo números do site GlobalPetrolPrices de 23 de outubro, o preço internacional do litro da gasolina é de US$ 1,34. Na Argentina esse preço é de US$ 0,86, medido com a referência oficial do dólar. Se medido com o dólar paralelo ou azul, o preço do litro da gasolina cairia para cerca de US$ 0,30 no mercado interno. Esses números mostram que, sem considerar as diferenças de poder de compra, a gasolina na Argentina é muito barata em comparação com outros países da região. No Brasil, segundo a GlobalPetrolPrices, seu valor por litro é de US$ 1,14; no Uruguai, US$ 1,94; no Chile, US$ 1,44, e no México chega a US$ 1,34. eldquo;Se as petroleiras não regularizarem a situação até terça-feira, não poderão exportar na quarta-feiraerdquo;, alertou o ministro da Economia. Para Daniel Montamat, ex-secretário de Energia (1999-2000), as exportações não explicam a razão do problema. O valor do combustível na Argentina sofre distorções em decorrência de aumentos ou congelamentos de preços acordados com o governo, o que afetaria a oferta de gasolina. eldquo;Isso a reduzerdquo;, disse Montamat. Massa alegou que as empresas petroleiras desfrutam de benefícios fiscais como parte dos acordos de regulação de preços. eldquo;O governo abriu mão de arrecadar impostos para manter o preço para o povoerdquo;, disse o ministro. Do setor petroleiras explicam que estes benefícios são insuficientes. Uma fonte de uma das empresas produtoras da Argentina disse à CNN que eldquo;enquanto o preço da gasolina aumentou cerca de 60% no ano, o custo de produção cresceu quase 120%erdquo;.

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Gasolina e diesel estão mais baratos no Brasil do que no exterior, diz Abicom; Bahia é exceção

Passados dez dias da redução do preço da gasolina e do aumento do diesel nas refinarias da Petrobras, os dois combustíveis estão sendo vendidos no Brasil a um preço em média mais baixo do que o mercado internacional, com exceção da Refinaria de Mataripe, na Bahia, única unidade privada relevante do País, que vende gasolina e diesel mais caros que no exterior. Os dados constam de relatório da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). De acordo com a entidade, as janelas de importação estão fechadas há 16 dias. A Acelen, que controla Mataripe, está com os preços 3% acima do mercado internacional caso da gasolina, e em 1% no diesel. Já as refinarias da Petrobras apresentam preços do diesel 3% menor e média do que no Golfo do México, usado como parâmetro pelos importadores, e 2% menor na gasolina. A redução da defasagem desses combustíveis acompanha a queda do preço do petróleo do tipo Brent, que na segunda, 30, fechou em queda de 3,19%, cotado a US$ 86,35 o barril nos contratos para janeiro. eldquo;Com a estabilidade no câmbio e a redução nos preços de referência do óleo diesel e, principalmente, no da gasolina no mercado internacional no fechamento de ontem, o cenário médio de preços aproxima-se da paridade para o óleo diesel e para a gasolinaerdquo;, informa a Abicom.

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Petrobras vai investir R$ 10 bi em Minas Gerais e gerar mais de 200 mil empregos, diz Prates

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta terça-feira, 31, em uma rede social, que a estatal vai investir R$ 10 bilhões em Minas Gerais. O anúncio ocorreu durante evento no Estado, convocado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Eles participaram na segunda-feira, 30, do 1º Encontro de Óleo, Gás e Biocombustíveis para fortalecer a cadeia de produção industrial e comercial, em Belo Horizonte. Na rede social, Prates destacou a importância de Minas Gerais para os planos futuros da estatal, com o Estado sendo um dos principais polos geradores de fornecimento, suprimento e serviços para a indústria do petróleo. eldquo;A Petrobras investirá cerca de R$ 10 bilhões em projetos no Estado, como a ampliação da capacidade de processamento da Regap. A expectativa é de que possam ser gerados mais de 200 mil empregos diretos e indiretoserdquo;, afirmou. Ainda segundo a companhia, estudos preliminares apontam para o aumento da capacidade de processamento da refinaria para até 40 mil metros cúbicos por dia, ante os atuais 26 mil metros cúbicos por dia, o que demandaria mais R$ 8 bilhões.

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