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Mesmo sem reajuste da Petrobras, diesel sobe e fecha julho acima de R$ 6

O preço médio do litro do diesel comum foi comercializado a R$ 6,04 no consolidado de julho e o S-10 a R$ 6,17, ambos com aumento de 0,33% ante a primeira quinzena do mês. É o que apontam os dados do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível. eldquo;Entramos no segundo semestre com o diesel mais caro nos postos de abastecimento de quase todo o país, e maior preço médio do ano para os dois tiposerdquo;, analisou em nota o diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, Douglas Pina. Na região Norte, maior preço médio do país para os dois tipos de diesel, o preço do comum ficou em R$ 6,71, e do S-10, em R$ 6,55. No diesel comum houve estabilidade em relação à primeira quinzena do mês, enquanto o S-10 teve alta de 0,61%, o mais expressivo de todo o País, informou a Edenred. Na região Centro-Oeste foi identificado o maior aumento no valor do diesel comum, de 1,16%, que fechou a R$ 6,10. Já a Região Sul se destacou com os dois tipos de diesel mais baratos: R$ 5,91 o comum e R$ 5,98 o S-10, apesar dos problemas vividos pelo setor com as enchentes de maio. Entre os estados, as médias mais altas foram encontradas nas bombas de abastecimento do Amapá, onde o diesel comum fechou julho a R$ 7,37 e o S-10 a R$ 7,45. Já as mais baixas foram identificadas no Paraná, com o comum de R$ 5,88 e o S-10 a R$ 5,96. Ainda entre os Estados, o aumento mais expressivo para o diesel comum, de 3,82%, foi identificado em Rondônia, onde o litro fechou a R$ 6,53. Já para o S-10 a alta de 1,89% registrada no Amazonas, que fechou com a média a R$ 6,46, foi a maior entre os demais Estados. Sergipe se destacou com uma redução de 6,44% no valor do diesel comum, a maior do País, fechando o mês com o litro a R$ 6,97. O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log. (Estadão Conteúdo)

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Opep+ mantém política de produção de petróleo na reunião, dizem fontes

Uma reunião dos principais ministros da Opep+ manteve a política de produção de petróleo inalterada, disseram duas fontes da Opep+ enquanto a reunião estava em andamento, apesar das recentes quedas acentuadas nos preços do petróleo. Os principais ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, liderados pela Rússia, ou Opep+, como o grupo é conhecido, iniciaram uma reunião on-line do Comitê de Monitoramento Ministerial Conjunto (JMMC) na quinta-feira. A reunião abordará os planos de alguns membros para compensar a superprodução anterior, disseram duas fontes. O presidente da reunião estava insistindo para que os membros demonstrassem compromisso com o plano de compensação, acrescentou uma delas. Os preços do petróleo estão distantes de uma máxima de 2024 acima de 92 dólares por barril, cotados a menos 82 dólares nesta quinta-feira, pressionados pela preocupação com a força da demanda, mas encontrando apoio nesta semana devido às crescentes tensões no Oriente Médio. Atualmente, a Opep+ está cortando a produção em 5,86 milhões de barris por dia (bpd), ou cerca de 5,7% da demanda global, em uma série de medidas acordadas desde o final de 2022. Em sua última reunião em junho, o grupo concordou em estender os cortes de 3,66 milhões de bpd por um ano até o final de 2025 e prolongar a camada mais recente de cortes -- um corte de 2,2 milhões de bpd por oito membros -- por três meses até o final de setembro de 2024. O plano atual também prevê que a Opep+ elimine gradualmente os cortes de 2,2 milhões de bpd ao longo de um ano, de outubro de 2024 a setembro de 2025. (Reuters)

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Passagem aérea e gasolina puxam nova alta do IPC-S em julho

A inflação medida pelo IPC-S continuou em aceleração na quarta quadrissemana de julho de 2024, a última medição do mês, subindo 0,54%, após altas de 0,30% e de 0,34% nas duas leituras prévias anteriores, informou nesta quinta-feira (1) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice acumula alta de 4,12% nos últimos 12 meses. Nesta apuração, seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição para o resultado do IPC-S partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação cuja taxa de variação passou de 2,35%, na terceira quadrissemana de julho de 2024 para 3,48% na quarta quadrissemana de julho de 2024. Nesta classe de despesa, o destaque foi o comportamento do item passagem aérea, cujo preço variou 21,20%, ante 13,83% na edição anterior do IPC-S. Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Transportes (de 0,67% para 1,09%), Habitação (0,41% para 0,61%), Despesas Diversas (1,69% para 1,84%), Comunicação (-0,01% para 0,11%) e Vestuário (-0,22% para -0,21%). Nestas classes de despesa, os destaques de alta foram os itens: gasolina (de 1,83% para 2,90%), tarifa de eletricidade residencial (de 1,45% para 2,24%), serviços bancários (3,03% para 3,14%), mensalidade para TV por assinatura (0,94% para 1,39%) e serviços de confecção (0,00% para 2,29%). Já os grupos Alimentação (-0,92% para -1,06%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,13% para -0,01%) apresentaram recuo em suas taxas de variação na quadrissemana. Nestas classes de despesa, foram citados como destaques os itens hortaliças e legumes (de -9,35% para -11,72%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (de -0,40% para -1,03%).

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Petróleo fecha em queda, após dados dos EUA alimentarem preocupações com economia

Os preços do petróleo recuaram nesta quinta-feira (1), após uma série de indicadores econômicos apontar para a desaceleração da economia americana, e também com a força renovada do dólar em meio a um quadro de cautela global. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para setembro fechou em queda de 2,05% (US$ 1,60), A US$ 76,31 o barril, enquanto o Brent para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), retraiu 1,63% (US$ 1,32), a US$ 79,52 o barril. No início da madrugada, os preços do petróleo abriram as negociações em alta, impulsionados ainda pelos riscos geopolíticos diante de um iminente ataque iraniano a Israel. Com o passar do dia, porém, o ímpeto foi se reduzindo e o petróleo não conseguiu dar sequência à maior alta do ano vista ontem. Pela manhã, uma combinação de indicadores dos EUA emdash; PMIs industriais finais em julho indicando contração da atividade e investimentos em construção em retração em junho emdash; renovou preocupações com a demanda na maior economia do mundo e contribuiu para a virada dos preços, que passaram a recuar. A queda, então, foi intensificada conforme o dólar ganhava força, enquanto investidores ampliavam a busca por ativos de segurança. Também hoje, os principais dirigentes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se reuniram para debater a atual política de cortes de produção e mantiveram a política atual, conforme já esperado pelos mercados. De acordo com a Oxford Economics, as tensões no Oriente Médio ainda não devem afetar os preços da commodity no longo prazo, e a alta deve ser temporária, a menos que a infraestrutura dos países da região para a produção de petróleo seja afetada. A consultoria britânica destaca que a Opep tem ampla capacidade ociosa para suprir uma interrupção momentânea na região. Além disso, a Oxford acrescenta que eldquo;a potencial demanda mais fraca da China após um terceiro mês consecutivo de contração da manufatura, e possíveis mudanças nos cortes de produção da Opep e aliados estão aumentando a volatilidade do mercado e apresentando novos riscos de quedaerdquo;. (Estadão Conteúdo)

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BC adota tom mais duro e mantém Selic em 10,5% ao ano pela 2ª reunião seguida

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central manteve nesta quarta-feira (31) a taxa básica de juros endash;a Selicendash; parada em 10,5% ao ano. Esta é a segunda reunião consecutiva sem alteração no patamar dos juros. A decisão foi unânime, com alinhamento dos votos dos quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), incluindo Gabriel Galípolo endash;favorito a assumir o comando da instituição em 2025endash;, ao do atual chefe do BC, Roberto Campos Neto. Ao justificar a opção por manter a taxa de juros inalterada, o Copom adotou um tom mais duro no comunicado. Enfatizou a necessidade de "maior vigilância" e destacou que as conjunturas doméstica e internacional demandam um "acompanhamento diligente e ainda maior cautela". "Os impactos inflacionários decorrentes dos movimentos das variáveis de mercado e das expectativas de inflação, caso esses se mostrem persistentes, corroboram a necessidade de maior vigilância", disse a cúpula do BC em trecho do documento. O colegiado ressaltou o cenário global incerto e o ambiente doméstico marcado pela resiliência da atividade econômica, pela elevação das suas próprias projeções de inflação e pela piora das expectativas. No cenário de referência do Copom, as projeções de inflação para 2024 subiram de 4% para 4,2% e, para 2025, tiveram alta de 3,4% para 3,6%. O comitê manteve o cenário alternativo, no qual mantém a Selic inalterada "ao longo do horizonte relevante" (o que inclui o primeiro trimestre de 2026). Nesse quadro, a projeção de inflação do próximo ano ficaria em 3,4% (em junho, a estimativa era de 3,1%). Já as estimativas do indicador para o primeiro trimestre de 2026 situam-se em 3,4% no cenário de referência e 3,2% no alternativo. Repetiu a mensagem de que a política de juros deve seguir contraindo a economia por "tempo suficiente" para consolidar tanto o processo de desinflação como a convergência das expectativas em torno da meta. "O comitê se manterá vigilante e relembra que eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta", reafirmou no comunicado. A decisão veio em linha com a expectativa consensual do mercado financeiro. Levantamento feito pela Bloomberg mostrou que a manutenção da Selic em dois dígitos, no atual nível de 10,5% ao ano, era a projeção unânime dos economistas consultados. O ciclo de corte de juros foi interrompido no encontro passado, em junho, com a retomada do consenso entre os membros do colegiado, inclusive os indicados pelo presidente Lula. O alinhamento aplacou os ruídos gerados um mês antes, em maio, após um racha no Copom, que alimentou o temor dos analistas de que o BC poderia se tornar mais leniente no combate à inflação no ano que vem. Em 2025, sete dos nove membros da cúpula do BC terão sido indicados pelo petista. Ao longo do processo de flexibilização, iniciado em agosto de 2023, a taxa básica saiu de 13,75% ao ano e, no acumulado, recuou 3,25 pontos percentuais. Foram seis reduções consecutivas de 0,5 ponto percentual e uma de 0,25 ponto. Hoje, a Selic está no menor patamar desde fevereiro de 2022, quando estava fixada em 9,25% ao ano. Até o fim do ano, quando termina o mandato de Campos Neto, atual presidente do BC, o Copom tem mais três rodadas de reuniões emdash;17 e 18 de setembro, 5 e 6 de novembro e 10 e 11 de dezembro. Desde a reunião de junho, houve piora no cenário econômico doméstico, com desvalorização do câmbio e projeções de inflação mais distantes do centro da meta. No mês passado, a taxa de câmbio usada pelo Copom em seu cenário de referência era de R$ 5,30. Na reunião desta quarta, ela correspondeu a R$ 5,55. O dólar fechou em alta de 0,64% nesta quarta, cotado a R$ 5,653. A depreciação do real frente à moeda americana reflete, segundo economistas, incertezas decorrentes de tensões políticas nos Estados Unidos e da questão fiscal no Brasil. Quanto ao fiscal, o Copom voltou a dizer que monitora com atenção os desdobramentos do tema sobre a política monetária e os ativos financeiros (ou seja, o dólar). Reconheceu, em acréscimo ao texto já utilizado em encontros anteriores, que "a percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal, junto com outros fatores, tem impactado os preços de ativos e as expectativas dos agentes." Nas últimas semanas, as expectativas de inflação apuradas pelo boletim Focus foram revisadas para cima tanto para 2024 quanto para 2025. Os economistas projetam que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) feche o ano em 4,1% (em junho, o avanço era de 3,96%). Para 2025, hoje mais relevante para a decisão do BC, a estimativa saltou para 3,96%, ante 3,8% às vésperas do último Copom. A estimativa para 2026 segue estacionada em 3,6%. A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Isso significa que o objetivo é considerado cumprido se oscilar entre 1,5% (piso) e 4,5% (teto). No balanço de riscos para a inflação, o colegiado do BC continuou com a avaliação de que os fatores estão em equilíbrio em ambas as direções, embora tenha elencado três fatores que puxariam os preços para cima e dois que levariam os preços para baixo. Entre os fatores de alta, mencionou o risco de as expectativas de inflação seguirem distantes da meta por período mais prolongado, uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um mais apertado hiato do produto (margem que a atividade tem para crescer até atingir sua capacidade máxima) e uma conjunção de políticas econômicas internas e externas que tenham impacto inflacionário no Brasil. Neste caso, cita como exemplo a taxa de câmbio ficar persistentemente mais depreciada. Entre os fatores que puxariam os preços para baixo, o comitê citou a possibilidade de desaceleração da atividade econômica global mais acentuada e os possíveis impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação em todo o mundo. Sobre o cenário doméstico, o Copom ressaltou o dinamismo "maior do que o esperado" da atividade econômica e do mercado de trabalho. Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego do Brasil recuou a 6,9% no segundo trimestre deste ano. No mês passado, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o Brasil abriu 201.705 vagas formais de trabalho. Com os efeitos defasados da política monetária sobre a economia, o BC mira o alvo fixado para 2025 e já olha para o primeiro trimestre de 2026. O Copom volta a se reunir nos dias 17 e 18 de setembro para recalibrar o patamar da taxa básica de juros.

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Por que o preço do diesel se mantém estável, enquanto a gasolina sobe

Os reajustes feitos pela Petrobras em junho nos preços da gasolina e do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, que produz não devem alcançar o diesel tão cedo. Segundo as consultorias Argus e StoneX, que acompanham preço e movimentação real de cargas no mercado brasileiro, a forte entrada de diesel russo vendido com desconto aos preços da Bolsa de Nova York, segue criando um colchão que tira a pressão dos preços praticados pela estatal. A leitura foi corroborada ao Estadão/Broadcast por ex-executivos da Petrobras sob a condição de anonimato. Assim, embora entidades como a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) e o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) sigam reportando, com frequência, uma defasagem superior a 10% entre os preços do diesel Petrobras e o preço de paridade de importação (PPI) emdash; que chegou a 19% no início de julho emdash; esses valores não seriam aderentes à realidade. Isso porque seu cálculo considera os preços do produto importado do Golfo, praticamente extinto do mercado brasileiro. Na semana passada, a defasagem seria de 10% ou R$ 0,39 por litro segundo a Abicom, e de 7,24% ou R$ 0,27 segundo o CBIE. Mas, para os consultores Amance Boutin, da Argus, e Thiago Vetter, da StoneX, essa defasagem tem sido bem menor, oscilando entre 2% e 4%. No caso do diesel, portanto, a conjuntura é confortável à atual gestão da empresa, da presidente da Petrobras, Magda Chambriard. O preço do diesel da estatal não é reajustado há 217 dias, desde 27 de dezembro de 2023, quando foi reduzido em 7,8%. Segundo informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), o diesel russo respondeu por 97,8% do total importado pelo Brasil em maio e 71,2% em junho. No mês passado, outras origens relevantes de diesel foram Índia (16%), Omã (8%) e, finalmente, Estados Unidos, com 5% do total. De acordo com Vetter, da StoneX, 74% de todo o diesel trazido para o Brasil veio da Rússia. Bem conhecida do mercado, a explicação para a substituição do diesel americano pelo de outros países nas importações brasileiras reside no desvio dessas cargas para o mercado europeu após o início da guerra da Ucrânia. Então, as cargas russas passaram a ser boicotadas pelos países da União Europeia e encontraram mercados na Ásia e na América Latina. O diretor do CBIE, Pedro Rodrigues, reconhece o efeito do diesel russo na defasagem real do preço Petrobras. eldquo;Quando se tem um produto como o diesel russo, vendido a preço abaixo do mercado internacional por conta dos embargos, isso reduz a diferença entre o preço do importado e do que é fabricado no País. Um diesel mais barato é bom para o Brasil. Mas, mesmo com a presença do produto russo, ainda há uma defasagem no preço da Petrobraserdquo;, afirma. Rodrigues observa que as flutuações do câmbio afetam igualmente o diesel russo, também negociado em dólar. O câmbio, diz, tem sido um fato de peso, caindo e reduzindo a pressão sobre a defasagem nos últimos dias após a alta verificada no início do mês. Flutuação sem reajuste À frente, Vetter vê o diesel russo dominante no Brasil, mas com volume flutuando em função das condições do mercado doméstico e mundial. O mesmo vale para a defasagem dos preços da Petrobras, beneficiada nos últimos dias pelo arrefecimento do câmbio. De toda forma, o especialista descarta reajustes no horizonte. eldquo;É pouco provável que a Petrobras faça alguma modificação enquanto a defasagem real for essa (entre 2% e 4%). Na gasolina, a diferença (ante o PPI) estava acima de R$ 0,5 por litro e eles fizeram um reajuste de R$ 0,20. Os critérios que utilizam não são bem conhecidoserdquo;, diz. Ele lista como fatores de risco para os preços do derivado uma temporada de furacões mais intensa; risco às refinarias russas na guerra com a Ucrânia; e uma queda da taxa de juros americana nos próximos meses, que pode reforçar o consumo e pressionar o preço do diesel na maior economia do mundo. Segundo um ex-executivo da Petrobras, que tinha acesso direto à política de preços da empresa até maio, houve períodos entre 2023 e 2024 em que sequer existiu defasagem com relação aos preços de importação de diesel que vigoravam no mercado. Essa pessoa descarta qualquer prejuízo com importação, citando a escala diferenciada da companhia e o abatimento de frete quando são usados navios da própria Petrobras para importar diesel. E destaca, também, que o aumento da produção doméstica reduziu a pressão logística associada ao abastecimento nacional. De fato, conforme apurado pela StoneX, as importações nacionais recuaram de 28% em 2022, para 25% em 2022, e 23% em 2024 até o momento, fenômeno diretamente ligado ao aumento da produção em refinarias da Petrobras. Desconto menor Já o especialista em combustíveis da Argus, Amance Boutin, detalha que o preço do diesel russo vinha sendo vendido nos postos brasileiros US$ 0,25 mais barato por galão que o negociado na Bolsa de Nova York, uma diferença nada desprezível de R$ 0,36 por litro. Esse diferencial, no entanto, tem caído nas últimas semanas para algo em torno de US$ 0,17 por galão ou R$ 0,24 por litro. Essa redução do desconto, diz Amance, explica a redução relativa do produto russo no mercado brasileiro na passagem de maio para junho e, na sua avaliação, pode configurar um novo normal. eldquo;Os russos estão jogando um pouco mais duro agora. Perceberam que o desconto ante o preço dos EUA estava alto, que estavam deixando algum dinheiro na mesa, e estão tentando aumentar as margens. Mas isso também pode refletir um aumento da demanda interna da Rússia, que é uma alavanca importante nessa formação de preçoerdquo;, afirma.

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