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Redução de preços do diesel da Petrobras não está chegando aos postos, diz CEO

As reduções de preços do diesel feitas pela Petrobras em suas refinarias não estão chegando aos consumidores finais, nos postos, uma vez que distribuidoras e revendedoras estão aproveitando para elevar suas margens, afirmou a presidente da petroleira, Magda Chambriard, nesta terça-feira. A companhia realizou, desde de 1º abril, três reduções no preço médio do diesel vendido em suas refinarias a distribuidoras na esteira de um mergulho dos preços do petróleo Brent no último mês, somando um corte total de 45 centavos por litro. "Quando a gente aumenta o preço de um combustível, esse aumento vai para a ponta imediatamente. Quando a gente reduz o preço do combustível, raramente ele chega na ponta e, quando chega, não chega a 100%", disse Chambriard, em coletiva de imprensa durante a OTC em Houston. Segundo ela, a queda recente de preços que houve nos postos "não é sequer a metade" da primeira redução feita pela Petrobras neste ano em 1º de abril. "O que a gente tem visto, no frigir dos ovos, é aumento de margem... não da nossa, (mas) das distribuidoras e da revenda." Chambriard destacou que a Petrobras vendeu a BR Distribuidora (hoje chamada Vibra Energia), em um passado recente, e, por isso, perdeu acesso ao mercado na ponta. "Quando se vendeu a BR, a gente também perdeu esse instrumento de controle", afirmou. (Reuters)

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Frentes do agro apresentam projeto em resposta à mudança na fiscalização de combustíveis

Parlamentares ligados ao setor de biocombustíveis e ao agronegócio apresentaram projeto de lei complementar para autorizar a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a acessar documentos fiscais de órgãos fazendários. O PLP 109/2025 foi apresentado nesta terça-feira (6/5). É uma resposta a um entendimento da Receita Federal, que levou à alteração do decreto da regulamentação da lei 15.082/2024, da fiscalização do mercado de combustíveis. A mudança atendeu a um pedido do Ministério da Fazenda, que entendeu que a lei não incluía o compartilhamento de dados fiscais com a ANP. Na versão entregue pelo Ministério de Minas e Energia (MME) à Casa Civil, estava previsto o mecanismo de acesso diário às notas fiscais das transações dos produtores e importadores de biodiesel e diesel A com os distribuidores de combustíveis. Subscrevem o projeto protocolado nesta terça-feira os presidentes das frentes parlamentares do Biodiesel, Alceu Moreira (MDB/RS), e do Agronegócio, Pedro Lupion (PP/PR), e do Etanol, Zé Vitor (PL/MG). O relator da lei do Combustível do Futuro na Câmara dos Deputados e vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Arnaldo Jardim (Cidadania/SP), também é coautor do PLP. O projeto prevê o acesso a documentos fiscais emitidos pelos entes regulados relativos à produção, comercialização, movimentação, estoques e preços dos derivados de petróleo e gás natural, combustíveis fósseis, biocombustíveis e combustíveis sintéticos. Fiscalização e combate à sonegação Os autores do projeto justificam a necessidade da medida visando o fortalecimento das ações de fiscalização e cruzamento de dados de produção, comercialização e tributação de combustíveis. O acesso a essas informações permitiria identificar inconsistências que sinalizam adulteração de combustíveis, sonegação fiscal e outras práticas ilícitas. O PLP também visa nivelar a concorrência no setor e eliminar vantagens competitivas obtidas por agentes que operam irregularmente. Dentre as principais práticas estão a contumácia no não pagamento de dívidas tributárias e a adulteração no teor de biodiesel. Os parlamentares defendem que o acesso às notas fiscais eletrônicas permitirá que a ANP identifique com precisão e celeridade os agentes que operam em conformidade com a legislação, reduzindo os custos de fiscalização que atualmente recaem sobre aqueles que agem corretamente. Segundo os autores do projeto, a situação vigente impõe pesados ônus burocráticos aos agentes regulares, enquanto beneficia aqueles que atuam à margem da regulação. O que diz o decreto O texto do Decreto nº 12.437/25 foi editado pelo Ministério de Minas e Energia. A lei foi sancionada ano passado, em uma articulação no Congresso Nacional que reuniu usineiros e distribuidoras. Tensiona o mercado de combustíveis, com setores contrários às medidas e cobrando uma reforma do RenovaBio. Durante a tramitação na Casa Civil, o governo cortou o trecho que dizia que ANP deveria recorrer a um acesso diário às notas fiscais eletrônicas das transações dos produtores e importadores de biodiesel e diesel A, como parte da fiscalização do setor. A proposta enfrentou resistência da Receita Federal, vinculada ao Ministério da Fazenda. Com o decreto, o MME tentou estipular que o envio das notas fiscais emdash; um pleito antigo da própria ANP emdash; deveria constar em um regulamento da agência, com a periodicidade diária. Isso porque a nova lei dá competência à ANP para bloquear a autorização de funcionamento em caso de descumprimento do mandato do biodiesel.

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Maioria dos combustíveis tem recuo em abril, mas preço se mantém alto no ano, diz pesquisa

Cinco dos seis combustíveis analisados pelo Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apresentaram queda de preços em abril, com destaque para o diesel. Mas no ano, ressalta a pesquisa, os preços médios permanecem em alta. O diesel comum caiu 2% no mês passado em relação a março, e o diesel S-10 caiu 1,9%. Também registraram queda o etanol (-0,8%), a gasolina aditivada (-0,3%) e a gasolina comum (-0,4%). O Gás Natural Veicular (GNV) foi o único a apresentar alta no período, com acréscimo de 0,5% frente a março. No balanço parcial do ano, porém, todos os combustíveis monitorados apresentaram aumentos nos preços médios. O etanol lidera com alta de 5,4%, seguido por gasolina comum (+2,9%), gasolina aditivada (+2,8%), diesel comum e diesel S-10 (ambos com +2,7%), e o GNV (+1,4%). Em 12 meses, as variações são ainda mais expressivas: etanol hidratado (+14,3%), gasolina comum (+8,9%), gasolina aditivada (+8,8%), diesel S-10 (+6,0%), diesel comum (+5,9%) e GNV (+1,9%). Em abril, o preço médio nacional do litro da gasolina comum foi de R$ 6,397; enquanto o preço médio do diesel comum foi de R$ 6,333/litro; e o S-10, R$ 6,383. O etanol registrou preço médio de R$ 4,389 e o GNV, de R$ 4,822. De acordo com o Indicador de Custo-Benefício Flex, em abril de 2025, o preço médio do etanol correspondeu a 72,2% do valor da gasolina comum no cenário nacional e 72,8% na média das capitais, o que, considerando o rendimento dos combustíveis, favoreceu a escolha pela gasolina em diversas regiões. Como ambos os porcentuais superam o patamar de 70% emdash; considerado o ponto de equilíbrio em termos de rendimento para veículos flex emdash;, a gasolina comum tende a apresentar ligeira vantagem econômica no abastecimento. eldquo;Ainda assim, há importantes variações regionais. Estados como Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná continuam apresentando condições favoráveis ao etanol, mantendo a competitividade desse combustível nesses mercadoserdquo;, informou o Veloe. (Estadão Conteúdo)

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Magda Chambriard confirma saída de Maurício Tolmasquim da Petrobras

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, confirmou nesta terça-feira (6/5) que o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da companhia, Maurício Tolmasquim, está deixando o cargo. A decisão ocorre após a indicação de Tolmasquim para o Conselho de Administração da Eletrobras, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Magda Chambriard falou com a imprensa durante participação na Offshore Technology Conference (OTC), em Houston, no Texas. A conferência vai até quinta-feira (8/5). eldquo;É fato que essas duas posições emdash; a diretoria da Petrobras e o Conselho da Eletrobras emdash; são incompatíveis. É fato, portanto, que o diretor Tolmasquim tá saindo da Petrobraserdquo;, afirmou a presidente. Continuidade na diretoria de Transição Energética Segundo Magda, a diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade seguirá com a mesma estrutura atual, mantendo inclusive o gás natural sob sua responsabilidade. O processo de transição deve durar 30 dias. A Petrobras está em busca de um substituto para Tolmasquim nesse período. Trajetória na Petrobras Maurício Tolmasquim ingressou na Petrobras em abril de 2022, a convite de Jean Paul Prates, então presidente da companhia no início do terceiro governo Lula. Assumiu como gerente executivo de Estratégia, responsável pelos planos plurianuais de investimento e planejamento de longo prazo. Posteriormente, com a criação da diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade, tornou-se o primeiro titular da nova pasta. Perfil técnico e atuação no setor Mestre em Engenharia de Planejamento Energético pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Tolmasquim é professor titular da COPPE/UFRJ. Foi presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) entre 2004 e 2016, nos governos Lula e Dilma Rousseff, além de secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia. Tem atuado de forma destacada nos debates sobre transição energética, tema central na estratégia da Petrobras sob a nova gestão.

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Como o cenário internacional ajuda a Petrobras a acelerar a queda do diesel

O diesel da Petrobras vai ter uma nova queda a partir de terça-feira (6/5), na terceira redução em pouco mais de um mês. O preço médio do combustível passará de R$ 3,43 para R$ 3,27 por litro, uma redução de R$ 0,16. A companhia calcula que o combustível acumula uma redução de 34,9% desde dezembro de 2022, considerando a inflação do período. O movimento teve reflexo nas ações da empresa, que fecharam a segunda (5) no menor valor do ano, a R$ 29,66 para os papeis preferenciais (Valor Econômico). No mês passado, a Petrobras anunciou duas diminuições nos preços, de R$ 0,12 em 1º de abril e de R$ 0,17 em 18 de abril. Foi uma aceleração nas mudanças dos preços dos combustíveis vendidos pela estatal, depois que a companhia passou todo o ano de 2024 sem fazer nenhuma alteração no diesel. As quedas acompanharam a grande flutuação do preço do barril de petróleo no mercado internacional ao longo do mês, depois que os Estados Unidos anunciaram tarifas de importação que levaram a uma expectativa de redução no consumo global de petróleo. Agora em maio, novamente o anúncio da redução ocorre em meio à queda do preço do petróleo no mercado internacional. Na segunda (5/6), o barril tipo Brent para julho recuou 1,73% (US$ 1,06), para US$ 60,23. A queda foi um reflexo da previsão de maior oferta no mercado, depois do anúncio da Opep+ de que vai acelerar o ritmo de aumento na produção de petróleo. Em junho, o grupo vai ampliar a extração em 411 mil barris/dia. Mesmo com os reajustes, o Goldman Sachs calcula que os preços da Petrobras ainda estão acima das médias internacionais, o que deixa espaço para novas reduções.

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Petróleo fecha em forte alta com volta dos compradores chineses após feriado

Os contratos futuros do petróleo dispararam nesta terça-feira (6), recuperando as perdas das últimas duas sessões. Além da realização de lucros em posições vendidas e recompras, a forte valorização foi impulsionada pelo retorno dos compradores chineses ao mercado após o feriado de segunda-feira e o agravamento das tensões no Oriente Médio e no Leste europeu, depois que a Rússia interceptou drones ucranianos em seu território e Israel lançou ataques retaliatórios contra rebeldes houthis no Iêmen. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para junho subiu 3,43% (US$ 1,96), fechando a US$ 59,09 o barril. O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 3,19% (US$ 1,92), para US$ 62,15 o barril. De acordo com o Oil Price Information Service (Opis), há poucas notícias que justificam a disparada dos preços do petróleo na sessão de hoje. No entanto, o movimento parece ser uma reação técnica à forte queda registrada na segunda-feira, quando os contratos futuros atingiram seu menor nível em mais de quatro anos. A notícia do aumento de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) atraiu muitos vendedores e provavelmente novos vendedores a descoberto, uma vez que as opções em aberto no WTI subiram na segunda-feira, afirma o Opis. Além disso, indícios de uma possível desaceleração na produção de petróleo de xisto nos EUA ajudaram a aliviar as preocupações com o excesso de oferta. A Diamondback Energy, importante produtora na região da Bacia do Permiano, reduziu sua previsão de produção e alertou para uma queda nas atividades de perfuração em terra. Outro operador importante de xisto também anunciou cortes, indicando que os preços baixos estão começando a afetar a produção. Nesta terça-feira, o Departamento de Energia (DoE, em inglês) informou que o aumento dos estoques de petróleo deve resultar em um preço médio do Brent de US$ 62 o barril no segundo semestre deste ano e de US$ 59 o barril no ano que vem. No relatório de abril, o DoE previa um Brent de US$ 68 o barril em 2025 e de US$ 61 em 2026. *Com informações da Dow Jones Newswires

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