Ano:
Mês:
article

Petróleo ganha impulso no mercado com maior abertura ao risco

Os preços do petróleo subiram nesta quinta-feira (2) devido a um maior apetite pelo risco em um mercado consistente de que o ciclo de ajuste das taxas de juros nos Estados Unidos chegou ao fim. O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em janeiro subiu 2,62% para US$ 86,85 em Londres. Enquanto isso, o West Texas Intermediate (WTI) para dezembro cresceu 2,51% para US$ 82,46 em Nova York. eldquo;Foi um dia favorável ao apetite pelo riscoerdquo;, resume John Kilduff, da Again Capital. eldquo;O Banco da Inglaterra manteve suas taxas, o Fed (banco central dos EUA) também, e os dados sobre os resultados de hoje foram muito positivos.erdquo; O custo da mão de obra caiu 0,8% no terceiro trimestre nos Estados Unidos em relação ao trimestre anterior, mais do que o esperado pelos economistas, que era 0,3%. Esse número contribui para uma moderação da inflação. eldquo;Seria necessário que essa tendência [de queda da inflação] se revertesse para explicar um novo aumentoerdquo; das taxas pelo Fed, concluiu Michael Pearce, da Oxford Economics, em nota. eldquo;É por isso que vemos movimentos importantes por todo ladoerdquo; nos mercados, explicou Kilduff. O dólar perdeu força diante da perspectiva de congelamento das taxas, o que tornou o barril de petróleo mais barato para investidores em outras moedas, o que tende a pressionar os preços à alta pelo efeito de uma maior demanda. Além disso, a guerra no Oriente Médio oferece um eldquo;forte suporteerdquo; aos preços, tornando o patamar de US$ 80 eldquo;difícil de rompererdquo;, afirmou Kilduff. (AFP)

article

Alta na gasolina? Preço do combustível está mais baixo no Brasil e pode abrir espaço para reajustes

No mês passado, a Petrobras (PETR4) reduziu em R$ 0,12 o preço médio de venda do litro de gasolina A para as distribuidoras. Com isso, o preço do combustível passou para R$ 2,81 por litro. Já o diesel foi ajustado para cima em R$ 0,25, passando para R$ 4,05 por litro. No entanto, desde o dia 16 de outubro, os combustíveis vêm registrando defasagem nos preços. Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), as principais refinarias do país apresentam preços do diesel 4% menor que no mercado internacional; a gasolina está 3%. Já as refinarias da Petrobras, a defasagem da gasolina também está em 3%, enquanto o diesel está em 5%. Como está o mercado internacional de combustíveis? Segundo a Abicom, com a ligeira valorização no câmbio e a estabilidade nos preços de referência do óleo diesel e da gasolina no mercado internacional no fechamento da terça-feira (31), o cenário médio de preços está abaixo da paridade para ambos os combustíveis. Vale destacar que oferta apertada de petróleo segue pressionando os preços futuros. No entanto, a commodity vem dando uma trégua após a alta logo no início da guerra entre Israel e Hamas. Ontem, os preços voltaram ao patamar anterior ao conflito, com a expectativa de que a guerra não deve se espalhar pelo Oriente Médio. O tipo brent, que é referência internacional, fechou em queda de 1,54%, a US$ 85,02 por barril. Petrobras vai reajustar o preço da gasolina? A princípio, a Petrobras não deve mexer nos preços dos combustíveis. Isso porque a estatal reajustou os valores há 10 dias e a tendência é que mudanças desse tipo levem algumas semanas, principalmente quando o assunto é alta nos preços. Vale lembrar que, desde maio, a Petrobras não usa mais a política de preço de paridade de importação (conhecida como PPI). A nova estratégia comercial usa referências de mercado como: o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e o valor marginal para a Petrobras. eldquo;O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutoserdquo;, dizia o comunicado da empresa na época. eldquo;Já o valor marginal para a Petrobras é baseado no custo de oportunidade dada as diversas alternativas para a companhia, dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino.erdquo; Com isso, os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio.

article

Preço do diesel fecha outubro com poucas mudanças nos postos do país, diz Ticket Log

O preço médio do diesel no Brasil oscilou pouco ao longo de outubro nos postos, apontou nesta quarta-feira o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), uma vez que o produto importado tem colaborado para manter as cotações sob controle. No fechamento do mês, o diesel comum encerrou a 6,15 reais o litro, alta 0,16% ante a primeira quinzena de outubro, e o S-10, o mais vendido no país, permaneceu estável 6,35 reais/litro. Em relação a setembro, também houve pouca mudança, segundo a pesquisa que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log. "Os aumentos no preço do diesel não foram tão expressivos, mesmo após o reajuste de 6,6% no valor do diesel repassado às refinarias, válido desde o último dia 21 de outubro", disse o diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, Douglas Pina, ao citar o reajuste da Petrobras (BVMF:PETR4). Ele explicou que a pequena variação no preço do diesel nas bombas de abastecimento é reflexo do aumento das importações de diesel, "que resultou em estabilidade no valor do combustível". No recorte regional, o Centro-Oeste e o Nordeste apresentaram recuos no preço dos dois tipos de diesel, em relação a primeira quinzena de outubro. O Nordeste registrou as maiores reduções, de 0,63% para o diesel comum e 0,31% para o S-10. O Norte apresentou as médias mais altas do país, de 6,69 reais para o comum e 6,71 reais para o S-10. Já o Sul, apesar de comercializar os combustíveis mais baratos do Brasil, registrou as altas mais expressivas, de 0,34% para o tipo comum e 0,33% para o tipo S-10. (Reuters)

article

A Operação Cassiopeia e a Operação Faz de Conta

O Ministério Público de São Paulo, a Receita Estadual e a Receita Federal deflagraram no início desse ano a Operação Cassiopeia, a qual constatou uma fraude fiscal estruturada para reduzir a cobrança de ICMS na comercialização de combustíveis. Com base nessa operação, a Secretaria de Fazenda de São Paulo iniciou o processo de cassação da Inscrição Estadual da Formuladora Copape, de Guarulhos. Porém, o inexplicável é que em paralelo a essa cassação, a própria Secretaria de Fazenda do Estado de São Paulo autorizou a operação da empresa GT Formuladora. Essa empresa pertence ao mesmo grupo da Copape. Ou seja, a Secretaria cassa uma concessão em Guarulhos e já autorizou outra, do mesmo grupo fraudador, em Osasco. Será que o Ministério Público Estadual e a Agência Nacional do Petróleo foram informados sobre esse movimento?

article

Projeto que cria operador nacional de combustíveis deve chegar ao Congresso em dezembro

O projeto de lei que cria o Operador Nacional do Sistema de Distribuição de Combustíveis deve ser encaminhado ao Congresso Nacional até o fim deste ano. A proposta, apresentada ontem pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, consiste na montagem de um grande banco de dados envolvendo a cadeia logística e o monitoramento dos preços. A ideia é que essas informações sejam acessadas em tempo real para subsidiar ações de fiscalização contra cartéis e adulteração de combustíveis. A avaliação do governo é de que ainda há muitas lacunas de informação relacionada a estoques, fluxos logísticos e problemas de abastecimento. A seca que atinge o Amazonas, por exemplo, exigiu a abertura de uma sala de situação para monitorar e assegurar o abastecimento de combustíveis para a região. Para ler esta notícia, clique aqui.

article

Copom decide nesta quarta corte dos juros básicos da economia

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide nesta quarta-feira (1º) o tamanho do corte na taxa básica de juros, a Selic. Mesmo com a recente alta do dólar e com os juros altos nos Estados Unidos, o órgão deve reduzir a Selic, atualmente em 12,75% ao ano, para 12,25% ao ano. Esse será o terceiro corte desde agosto, quando a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário. Nos comunicados das últimas reuniões, o Copom tinha informado que os diretores do BC e o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, tinham previsto, por unanimidade, cortes de 0,5 ponto percentual nos próximos encontros. Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve realmente cair 0,5 ponto percentual, embora algumas instituições projetem corte de 0,25 ponto. A expectativa do mercado financeiro é que a Selic encerre o ano em 11,75% ao ano. Nesta quarta-feira, ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão. Inflação Na ata da última reunião, em setembro, o Copom mostrou preocupação com a incerteza no mercado financeiro. O colegiado também apontou riscos de um eventual repique, perto do fim do ano, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial. O Copom avaliou que parte da incerteza observada nos mercados, com reflexo nas expectativas de inflação, está em torno da capacidade do governo de executar as medidas de receita e despesas compatíveis com o arcabouço fiscal. No mercado internacional, a perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos e a guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas dificultam a tarefa do BC de baixar os juros em 0,5 ponto. Para o BC, a redução das expectativas da inflação virá por meio de eldquo;uma atuação firme, em consonância com o objetivo de fortalecer a credibilidade e a reputação tanto das instituições quanto dos arcabouços econômicoserdquo;. Com a forte desaceleração dos índices de preços nos últimos meses, as expectativas de inflação têm caído. Segundo o último boletim Focus, a estimativa de inflação para 2023 passou de 4,65% para 4,63%. Isso representa inflação dentro do intervalo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de até 4,75% para este ano. Em setembro, puxado pela gasolina, o IPCA ficou em 0,26%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com a pressão dos combustíveis, o indicador ficou dentro das expectativas do boletim Focus. Com o resultado, o indicador acumulou alta de 3,5% no ano e de 5,19% nos últimos 12 meses. Taxa Selic A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto endash; comprando e vendendo títulos públicos federais endash; para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic. Meta Para 2023, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior é 4,75%. Para 2024 e 2025, as metas são de 3% para os dois anos, com o mesmo intervalo de tolerância. A meta para 2026 será definida neste mês. No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2023 em 5%, o que indica a possibilidade de leve estouro da meta de inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de dezembro.

Como posso te ajudar?