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Ciclo de queda deve levar Selic a 9,5%

Depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter descartado a meta de déficit zero em 2024, o comunicado divulgado na quarta-feira passada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central consolidou no mercado financeiro a avaliação de que uma aceleração no ritmo de corte dos juros está praticamente descartada. Mais do que isso, o risco fiscal e a menção do colegiado ao cenário externo eldquo;adversoerdquo; indicam que o mais provável adiante é uma diminuição do passo endash; de 0,5 ponto para 0,25 ponto porcentual de queda a partir de março. Com isso, o que surge no horizonte é uma Selic, no final do atual ciclo de cortes, em dezembro de 2024, mais alta do que os 9% que se esperava inicialmente. No boletim Focus, do BC, divulgado há uma semana, a expectativa já havia subido a 9,25%. Depois da reunião do Copom, boa parte dos analistas já fala numa Selic de 9,5% ao fim do ciclo. Embora pequena, essa diferença tem grande impacto na economia, porque deixa mais caro o crédito para investimentos das empresas. O BC cortou a taxa básica de 12,75% para 12,25%, em linha com as expectativas do mercado, e informou que é unânime entre os membros do Copom a previsão de reduções eldquo;de mesma magnitude nas próximas reuniõeserdquo;. Mas não apenas mudou a qualificação do ambiente externo endash; de eldquo;mais incertoerdquo;, no comunicado de setembro, para Diferença Embora pouco maior, Selic a 9,5% tem grande impacto porque deixa o crédito mais caro eldquo;adversoerdquo; agora endash;, em parte pela alta dos juros americanos de longo prazo, como disse que isso requer eldquo;cautela na condução da política monetáriaerdquo;. eldquo;Nas entrelinhas, o BC está dizendo que não tem como levar a taxa Selic a 9% se o juro americano não se alterar, ou se alterar muito pouco no ano que vemerdquo;, disse o economista do BTG Pactual Álvaro Frasson, sobre a nota do Copom. Ele manteve a expectativa de queda da Selic a 9,5% no fim do ciclo, mas postergou de meados de 2024 para dezembro a previsão de fim do ciclo. INCERTEZA. Logo após a reunião, o Itaú Unibanco diminuiu a projeção de corte dos juros em dezembro, de 0,75 para 0,5 ponto porcentual, e aumentou a sua estimativa para a Selic no fim do ciclo de cortes de 9% para 9,5%, citando o cenário global instável e o eldquo;ligeiro aumento da incerteza domésticaerdquo;. Já o Goldman Sachs reiterou a expectativa de baixa de 0,5 ponto em dezembro e janeiro, mas apontou para o risco de uma desaceleração a 0,25 ponto a partir de março. Alguns economistas, porém, mantiveram nos seus cenários a possibilidade de aceleração no ritmo de cortes da Selic. eldquo;Continuamos vendo o risco de aceleração do ritmo, porque esperamos que a inflação de serviços continue desacelerando e que a atividade econômica se enfraqueça mais agoraerdquo;, disse em nota a economista-chefe do Santander Brasil, Ana Paula Vescovi.

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Após apelos de Lula e Haddad, Câmara começa a discutir tributação de subvenções de ICMS

A Câmara dos Deputados passa a discutir, a partir desta semana, a proposta que muda as regras de tributação dos benefícios fiscais de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O movimento ocorre após apelos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para que os deputados analisem a medida com prioridade. Com a aprovação da proposta, o governo espera arrecadar cerca de R$ 35 bilhões já no ano que vem. A menos de dois meses para o fim do ano, o Palácio do Planalto tem corrido contra o tempo para conseguir aprovar pautas econômicas no Congresso Nacional. A CNN apurou que o governo tem alertado os parlamentares sobre a não aprovação das medidas de arrecadação previstas no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024. Segundo interlocutores do Planalto, caso as propostas de interesse Executivo não avancem, a execução de despesas para o ano que vem pode ficar prejudicada, podendo resultar no corte de despesas. O projeto que muda a tributação sobre as grandes companhias que recebem benefícios fiscais dos estados faz parte das prioridades do governo para atingir R$ 168,5 bilhões em receitas extras em 2024 para zerar o deficit primário. No último dia 27, o presidente Lula afirmou que eldquo;dificilmenteerdquo; o governo vai conseguir alcançar a meta de zerar o déficit fiscal em 2024. A declaração repercutiu mal no mercado financeiro e em setores do Congresso e a base do governo no Parlamento já fala em uma meta de déficit fiscal de ao menos 0,25% do PIB do ano que vem. Tramitação da proposta inicialmente, o texto foi enviado ao Congresso Nacional como medida provisória, mas foi reenviado pelo governo como projeto com urgência constitucional. O mecanismo de urgência é utilizado para apressar a tramitação e a votação de matérias no Parlamento. Na prática, o regime dispensa prazos e formalidades regimentais, devendo ser votado em até 45 dias. O texto da subvenção do ICMS passa a trancar a pauta da Câmara a partir de 9 de dezembro. Com isso, nenhum outro projeto de lei pode ser votado até que a proposta em urgência constitucional seja analisada pelo plenário. A forma como a proposta vai tramitar, porém, ainda não está certa. Na última reunião do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com líderes das bancadas, não ficou acordado se o assunto vai tramitar como MP ou projeto de lei. Caso tramite como medida provisória, o assunto será discutido em uma comissão especial mista do Congresso. Já como projeto de lei em regime de urgência, a proposta é debatida diretamente nos plenários da Câmara e do Senado. Antes dessa discussão, Lira ainda precisa definir o relator da matéria e definir um calendário para que a votação ocorra no plenário. Funasa Em meio às negociações sobre a proposta, deputados do Centrão passaram a pressionar o governo para, mais uma vez, ceder espaços para o bloco. Após o presidente Lula trocar a presidência da Caixa Econômica Federal para alocar Carlos Antônio Vieira Fernandes, aliados de Lira, parlamentares agora pressionam o Planalto pelo comando da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O órgão é alvo de disputa de partidos do Centrão desde o início do ano, que querem o comando da Funasa como uma eldquo;moeda de trocaerdquo; para aprovar a subvenção do ICMS.

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Ford surpreende com novo motor diesel revolucionário, desafiando gigantes dos veículos elétricos

CEO da Ford anuncia motor diesel powershift Titan e abala o mercado de carros elétricos. CEO da Ford, Farley, sacudiu as estruturas do setor automotivo ao revelar um motor a diesel revolucionário, o Powershift Titan, que promete ser um divisor de águas na disputa com os veículos elétricos (VE). O Powershift Titan é um motor a diesel que desafia tudo que sabemos sobre eficiência e emissões. Com números de consumo que deixam qualquer um boquiaberto e uma redução significativa nas emissões de carbono, esse motor não só quer competir com os VE, mas superá-los. E olha que a concorrência não é pouca: estamos falando de gigantes como Tesla, Lucid, Rivian, Volkswagen e General Motors. Por que diesel em tempos de eletrificação? A aposta da Ford em um motor a diesel pode parecer um passo atrás, mas tem lá sua lógica. Os VE ainda enfrentam desafios como autonomia limitada, peso das baterias e infraestrutura de carregamento insuficiente. A escassez de lítio, essencial para as baterias atuais, levanta questões sobre a sustentabilidade da produção em massa de VE. O Powershift Titan, por outro lado, é versátil, podendo funcionar com biocombustível, e representa uma solução mais imediata para preocupações ambientais. Ford: entre o diesel e os elétricos Apesar do foco no Powershift Titan, a Ford não deixou os veículos elétricos de lado. O sucesso do Mustang Mach-E e a expectativa em torno do F-150 Lightning elétrico mostram que a montadora está de olho em um futuro multifacetado para o transporte. O anúncio da Ford pegou todos de surpresa, inclusive gigantes como Toyota e Nissan. O Powershift Titan tem potencial para ser usado em veículos maiores, como caminhões e ônibus, o que poderia desacelerar a adoção de trens de força elétricos nesses setores. A indústria de petróleo e gás pode ganhar um novo fôlego, enquanto a indústria de baterias pode ter que reavaliar suas projeções de crescimento. Ford e as reviravoltas do mercado A jogada da Ford com o motor PowerShift Titan é tipo um déjà-vu no mundo automotivo. Lembra a história da General Motors lá nos anos 90 com o EV1, um dos primeiros carros elétricos. A GM, meio que dando de ombros pro futuro dos elétricos, mandou o EV1 pro espaço, e quem riu por último foi a Tesla, que chegou chegando anos depois. E não é só no mundo dos carros que a gente vê essas viradas. A Kodak, que foi quem inventou a câmera digital, vacilou e não soube jogar o jogo que ela mesma criou. Resultado? Ficou pra trás enquanto o mundo inteiro partiu pra era digital.Um novo capítulo para o Diesel Enfim, a Ford, com o Powershift Titan, enviou uma mensagem clara: não há espaço para complacência ou falta de inovação. Ao revitalizar a tecnologia diesel, a montadora reacendeu o debate sobre o futuro do transporte. Agora, resta ver como consumidores, indústria e concorrentes responderão a esse movimento audacioso da Ford.

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Petróleo fecha sessão em baixa e registra perda semanal acentuada

Os preços do petróleo ficaram mais de 2% mais baixos nesta sexta-feira, com as preocupações com a oferta, impulsionadas pelas tensões no Oriente Médio, diminuindo. De outro lado, os dados de emprego aumentaram as expectativas de que o Federal Reserve possa colocar um fim no ciclo de aumento das taxas de juros na maior economia consumidora de petróleo. Os contratos futuros do petróleo Brent caíram 1,92 dólar, ou 2,3%, para 84,89 dólares por barril. Os contratos nos EUA recuaram 1,95 dólar, ou 2,4%, para 80,51 dólares por barril. Ambos os índices de referência registraram queda de mais de 6% na semana. O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, falando pela primeira vez desde o início da guerra entre Israel e Hamas, advertiu na sexta-feira que um conflito mais amplo no Oriente Médio era possível, mas não se comprometeu a abrir outra frente na fronteira de Israel com o Líbano. Os dados nos EUA reforçaram a opinião de que o Federal Reserve não precisa aumentar mais as taxas de juros. O Fed manteve as taxas de juros estáveis esta semana, enquanto o Banco da Inglaterra manteve as taxas em um pico de 15 anos, apoiando os preços do petróleo, já que algum apetite pelo risco voltou aos mercados. (Reuters)

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Etanol e gasolina fecham outubro com queda de 1% no Brasil, diz ValeCard

Os preços médios do etanol hidratado e da gasolina nos postos do Brasil fecharam outubro com queda de 1%, segundo pesquisa da ValeCard divulgada nesta sexta-feira, com o combustível renovável sendo pressionado por uma grande safra enquanto o fóssil recuou após uma redução nas cotações da Petrobras (BVMF:PETR4). O etanol hidratado (usado diretamente nos veículos) apresentou queda de 0,97% em outubro em comparação com o registrado em setembro, com média de 3,776 reais por litro, segundo a ValeCard, empresa especializada em soluções de mobilidade, que faz o levantamento com base em transações realizadas em mais de 25 mil estabelecimentos credenciados. "Assim como havia ocorrido em setembro, o etanol registrou queda em outubro por causa da alta da produção de cana-de-açúcar e do combustível renovável", disse o Head de inovação e portfólio na ValeCard, Brendon Rodrigues. Na primeira quinzena de outubro, o centro-sul produziu 1,77 bilhão de litros de etanol, alta de 27,82% na comparação anual, segundo dados da associação de produtores Unica. A gasolina vendida nos postos, que tem uma mistura de 27% de etanol anidro, registrou queda de 1% em outubro, em comparação com o registrado em setembro, com média de 5,946 reais por litro. "Em outubro, após um leve aumento no início do mês, tivemos quatro quedas semanais seguidas, as quais, somadas, geraram a redução mensal de 1%. Para o mês de novembro o cenário ainda é muito incerto, pois os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio podem mexer com os preços do petróleo e, consequentemente, forçarem a Petrobras a novos reajustes", disse Rodrigues. Em 19 de outubro, a Petrobras anunciou redução de 4,1% na gasolina, além de uma alta de 6,6% no preço do diesel. O preço do diesel S-10 nos postos de combustíveis apresentou aumento de 0,22% em outubro, em comparação com o registrado em setembro, com média de 6,392 reais por litro. "Após ter subido mais de 10% em setembro, o preço do diesel teve variação menor em outubro devido às importações do combustível. Mas o viés segue de alta, pois o reajuste nas refinarias da Petrobras a partir de 21 de outubro ainda não foi totalmente repassado pelo varejo e a situação no campo externo, principalmente na Rússia, segue incerta", pontuou Rodrigues. (Reuters)

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Rússia vai manter corte das exportações de petróleo até o fim de 2023

A Rússia continuará o corte voluntário adicional de 300 mil barris por dia de suas exportações de petróleo e produtos derivados até o fim de dezembro, conforme anunciado anteriormente, disse o vice-primeiro-ministro Alexander Novak neste domingo (5). A Rússia concordou em realizar dois cortes separados na oferta de petróleo: em abril, decidiu cortar a produção de petróleo em 500.000 mil barris por dia (bpd) até o fim de 2024, enquanto em agosto disse que reduziria as exportações em 300 mil bpd até o fim deste ano. eldquo;O corte voluntário adicional destina-se a fortalecer as medidas tomadas pelos países da Opep+ para manter a estabilidade dos mercados petrolíferoserdquo;, disse Novak. Segundo ele, a Rússia vai considerar no próximo mês se aprofundará os cortes voluntários nas exportações ou se aumentará a produção. A Arábia Saudita também continuará com o seu corte voluntário de produção de 1 milhão de barris por dia até ao fim de dezembro, afirmou uma fonte oficial do Ministério da Energia do país neste domingo (5). (Reuters)

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