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Bancos esperam que taxa básica de juros pode chegar a até 15% ao ano em junho

A Pesquisa de Economia Bancária da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgada nesta quarta-feira, 1º, revela que a grande maioria das instituições consultadas (84,2%) espera que o Banco Central eleve a taxa básica de juros, a Selic, para além de 14,25% ao ano no atual ciclo de aperto monetário. Na última reunião de 2024, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumentou a Selic para 12,25% ao ano e já sinalizou dois novos aumentos de um ponto porcentual, o que levaria a taxa a 14,25% em março. A expectativa para os juros se elevou novamente ante as pesquisas anteriores, que são feitas a cada 45 dias pela Febraban com os bancos. Agora, a mediana para a Selic prevê alta até 15% ao ano em junho de 2025. Mas a maioria dos bancos (52,6%) espera que um novo de ciclo de corte de juros se inicie ainda em 2025. Já para a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a maioria dos participantes (57,9%) espera que o indicador encerre 2025 acima de 4,5%, ou seja, além do teto da meta, em função de inúmeros fatores, como a atividade aquecida, o mercado de trabalho apertado e o câmbio depreciado, ressalta a pesquisa da Febraban. Com relação à atividade econômica, metade dos participantes espera que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça em torno de 2% em 2025. Contudo, 27,8% dos participantes esperam um crescimento menor que esse patamar, influenciado por fatores como a alta dos juros. A expectativa para a taxa de câmbio aumentou, com a moeda americana testando máximas históricas ante o real em dezembro. No curto prazo, a expectativa dos bancos é que o câmbio siga próximo do nível de R$ 6,00, mas pode voltar a cair abaixo desse nível nos próximos meses, chegando a R$ 5,90 em julho de 2025. No campo fiscal, a maior parte dos entrevistados (66,7%) estima que o pacote aprovado no Congresso gere uma economia entre R$ 40 bilhões e R$ 55 bilhões nos próximos dois anos. O número é mais pessimitista do que a projeção da Fazenda, que estima economia de R$ 69,8 bilhões com as medidas. A Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas da Febraban é realizada a cada 45 dias. A pesquisa divulgada hoje é resultado do levantamento feito com 19 bancos entre os dias 17 e 20 de dezembro. Crédito Os bancos esperam crescimento menor do crédito em 2025, em meio à alta de juros e expectativa de inadimplência um pouco mais alta este ano. A grande maioria dos participantes (84,2%) aguarda uma desaceleração do ritmo de crescimento dos empréstimos já neste primeiro semestre. A piora das condições macroeconômicas na reta final de 2024 fez os bancos revisarem para baixo as expectativas do crédito para 2025. A expansão da carteira dos bancos deve ficar em 9% em 2025, segundo a pesquisa divulgada hoje, abaixo da estimativa de 9,3% da pesquisa anterior, feita em novembro. O número representa também uma desaceleração em relação ao crescimento esperado para 2024, que deve ficar em 10,5%. eldquo;Começamos o ano com as expectativas de crédito recalibradas diante do cenário macroeconômico mais desafiador que se desenha, com maior aperto monetário para conter a inflação e seu reflexo direto na atividadeerdquo;, avalia o diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban, Rubens Sardenberg, em nota à imprensa. Inadimplência A expectativa dos bancos para a taxa de inadimplência da carteira livre sinaliza ligeira piora dos calotes este ano. A taxa deve fechar 2024 em 4,5% e, para 2025, a projeção é de 4,7%. Na pesquisa anterior, a estimativa era de 4,5% para este ano. eldquo;As instituições financeiras começam a ver um cenário mais negativo para a inadimplência em 2025 e por isso precisamos analisar com atenção a performance das famílias e das micro, pequenas e médias empresas, diante do novo ciclo de alta dos juroserdquo;, ressalta Sardenberg.

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Dólar sobe 27,34% no ano, na maior queda do real desde 2020

Em meio à crescente incerteza sobre o compromisso do governo com o equilíbrio das contas públicas, o dólar encerrou 2024 com valorização de 27,34% em relação ao real. Foi a maior variação da moeda americana desde 2020, durante a pandemia de covid-19, quando o ganho diante do real chegou a 28,9%. Para tentar conter a escala da moeda, o Banco Central voltou a intervir forte no mercado de câmbio neste mês. Ao todo, foram injetados US$ 32,5 bilhões no mercado endash; US$ 21,5 bilhões apenas em vendas de moeda à vista ao longo de dezembro, na maior oferta de recursos em um único mês desde a adoção do regime de câmbio flutuante no País, em 1999. Outros US$ 11 bilhões foram injetados em leilões com compromisso de recompra. Mesmo assim, a valorização do dólar frente ao real só não foi maior do que a alta de 27,53% mostrada pela divisa ante o peso argentino. As ações do BC se deram em meio ao forte estresse gerado pela frustração dos investidores com as medidas de ajuste fiscal lançadas pelo governo, no fim do mês de novembro, que foram acompanhadas do anúncio da isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil endash; medida cuja compensação da perda de arrecadação causou ainda mais desconforto no mercado. Ações em baixa O Ibovespa fechou o ano com queda 10,35%, o pior resultado da Bolsa desde 2021 Ontem, no último dia de negócios do ano, a moeda americana subia 0,79%, cotada a R$ 6,24, quando no início da tarde o BC anunciou um novo leilão de dólares endash; desta vez, no valor de US$ 1,81 bilhão. No fim, o dólar fechou cotado a R$ 6,18, com queda de 0,21% no dia. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou ontem como eldquo;corretaserdquo; as intervenções do BC no mercado nas últimas semanas. eldquo;O câmbio não é fixo no Brasil. O dólar neste ano de 2024 termina muito forte no mundo todo. Mas penso que as intervenções do Banco Central foram corretas, no sentido de dar liquidez a quem eventualmente estava fazendo remessa, enquanto o mercado processava informações a respeito das medidas fiscaiserdquo;, disse Haddad, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Aeleiçã ode DonaldTrumpp ara a presidência dos Estados Unidos, que reacendeu o te morde políticas inflacionárias eaneces sidadede um areação do Federal Reserve( o banco central americano) de voltaras ubirosj uros, também afetou o desempenho das moedas dos países emergentes e agravou a má performance do real ( mais informações na pág. B2). BOLSA EM BAIXA. A disparada do dólar, combinada com as pressões inflacionárias e a retomada da alta da taxa básica de juros (Selic) pelo BC, impactou negativamente o mercado brasileiro de ações. Depois de atingir a máxima histórica de 134 mil pontos no fim de 2023, e chegar aos 137 mil pontos em agosto, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira (B3), perdeu o passo e encerrou o ano aos 120.283 pontos, com queda de 10,36%. Foi o pior desempenho da Bolsa desde 2021, ainda durante a pandemia, quando o Ibovespa perdeu quase 12%. ebull;

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Lula sanciona fim do DPVAT e confirma revogação do seguro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta terça-feira o fim do DPVAT, o Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito. A medida que extingue o seguro foi incluída em uma lei aprovada pelo Congresso e que fazia parte do pacote de ajuste fiscal idealizado pelo governo. Originalmente o projeto lei complementar focava em proibir a concessão de novos benefícios fiscais em caso de déficit dos cofres públicos. Quando tramitou no Congresso, no entanto, o texto foi alterado para incluir um dispositivo que derruba a recriação do seguro obrigatório DPVAT para os motoristas. O seguro passou por várias idas e vindas nos últimos anos. Desde 2020, por iniciativa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que enviou uma medida provisória que foi confirmada pelo Congresso, o DPVAT foi extinto. Apesar disso, em maio deste ano, Lula sancionou uma lei que recriaria o seguro, que passaria a se chamar SPVAT, e faria com que ele fosse cobrado a partir de 2025. Com a sanção da nova lei, o seguro não será mais cobrado e continuará extinto a partir do ano que vem. Sem o novo SPVAT, que deveria entrar em vigor em janeiro, as vítimas de acidentes podem ficar sem indenização, a não ser que o veículo envolvido tenha seguro privado com cláusulas específicas para danos a terceiros. Caso contrário, as vítimas poderão buscar compensação por meio da judicialização, processando o condutor responsável. Isso significa que, quem não tiver seguro, ficará desamparado. Embora o governo tenha articulado a volta do seguro anteriormente, o fim dele contou com a concordância da articulação política do Palácio do Planalto. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), foi o relator do texto e manteve o dispositivo que acaba com novo DPVAT e o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, chegou a dizer que o governo concorda com a medida. Por outro lado, integrantes da equipe econômica do governo discordaram da medida e reclamaram da pressão que o Congresso exerceu para derrubar o seguro.

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BYD registra novo recorde em vendas de veículos elétricos e reduz diferença para a Tesla

A chinesa BYD elevou suas vendas totais para 4,25 milhões de carros de passeio no ano passado, diminuindo sua diferença para a Tesla enquanto as duas disputam o título de líder mundial no segmenti de veículos elétricos. A montadora sediada em Shenzhen, que parou de fabricar veículos movidos inteiramente a combustíveis fósseis em 2022, atingiu um novo recorde mensal de vendas em dezembro, impulsionada por subsídios e ofertas de incentivos extras aos compradores. A BYD vendeu 509.440 veículos de passageiros híbridos plug-in e puramente elétricos em dezembro, disse a empresa na quarta-feira. O número inclui 207.734 EVs, elevando a contagem anual de vendas de carros movidos a bateria para 1,76 milhão. As vendas anuais gerais aumentaram 41% ano a ano. A ascensão da BYD como uma marca de carros campeã de vendas contrasta com a turbulência enfrentada por um número crescente de gigantes automobilísticas tradicionais como a Nissan Motor Co., a Volkswagen AG e a Stellantis NV. As marcas de carros ocidentais enfrentaram queda nas vendas na China, ao mesmo tempo em que ficaram para trás na transição para EV. A Tesla divulgará seus números de vendas do quarto trimestre no final desta semana. A empresa de Elon Musk precisa entregar pelo menos 515.000 EVs nos últimos três meses de 2024 para atingir sua orientação de "ligeiro crescimento" nas vendas anuais, ou 1,81 milhão de entregas, o que seria um recorde trimestral para a empresa. As estimativas dos analistas são de 510.400 entregas, um pouco abaixo das expectativas da Tesla. O aumento da BYD ajudará a consolidar seu lugar entre as principais fabricantes de automóveis em todo o mundo. Seu aumento nas vendas totais a coloca perto de superar a Ford Motor Co. e a Honda Motor Co. em uma base anual também. Vendas mais altas levarão a receita anual da empresa a mais de US$ 100 bilhões pela primeira vez. Os ganhos da BYD foram impulsionados pelas vendas domésticas na China emdash; e auxiliados no segundo semestre do ano pelo aumento de se#595;ubsídios para convencer os motoristas a abandonar os carros a gasolina. Sua meta de vender cerca de meio milhão de veículos fora da China ficou aquém das expectativas diante da resistência da União Europeia, que impôs tarifas adicionais sobre veículos elétricos chineses. No Brasil, um dos seus maiores mercados internacionais, a BYD está sob investigação por alegações de condições análogas às de escravidão para alguns trabalhadores da construção civil que constroem uma nova fábrica de veículos elétricos.

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Mercado prevê cotação do petróleo acima de US$ 70 por barril em 2025

Apesar de um 2024 com instabilidades geopolíticas, o equilíbrio entre oferta e demanda ajudou a sustentar os preços do petróleo ao longo do ano passado. Depois de começar janeiro perto dos US$ 78 por barril, o Brent encerrou 2024 na marca de US$ 74,24. No ano, a commodity acumulou queda de 3,74%. Conforme analistas consultados pelo Valor, a demanda menor do que a esperada e a oferta crescente, sustentada por países não da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), levaram a um período de poucas turbulências nos preços. Perez destaca que, apesar dos conflitos, não houve interrupção significativa de produção e nem nos fluxos da commodity. O analista pondera, no entanto, que o ano passado foi marcado pela baixa demanda por petróleo. Para ler esta notícia, clique aqui. .

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Petróleo sobe no último pregão do ano mas acumula perdas em 2024

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta no último pregão de 2024, mas com preços próximos de onde começaram o ano. No fechamento, o petróleo Brent endash; referência mundial endash; para março subiu 0,87% a US$ 74,64 por barril. Já o o petróleo WTI endash; referência americana endash; para fevereiro avançou 1,03% a US$ 71,72. No ano, os preços do WTI registraram alta acumulada de 0,1% enquanto o Brent amargou perdas de 3,1%. É o segundo ano consecutivo de perdas para o Brent. No pregão desta terça, suporte veio de dados chineses favoráveis, com o índice de gerente de compras (PMI) industrial de dezembro atingindo 50,1, acima do limite de 50 endash; que indica expansão da atividade - pelo terceiro mês consecutivo, e os serviços subindo em relação a novembro. As preocupações com a saúde da economia chinesa e seu impacto na demanda por petróleo mantiveram os preços sob controle durante grande parte do ano, apesar de um mercado deficitário, o que limitou picos de preços durante as crises de tensão geopolítica no Oriente Médio e na Europa Oriental, enquanto as extensões dos cortes voluntários de produção pela Organização dos Países Exportadores e aliados (Opep+) contribuíram para a estabilidade de preços. Para ler esta notícia, clique aqui.

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