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Governo de Goiás desarticula esquema de sonegação com notas falsas de combustíveis

O Governo de Goiás, por meio da Receita Estadual e da Polícia Civil, deflagrou, nesta terça-feira (10/6), a Operação No Fuel, que desmontou um esquema de emissão e compra de R$ 45 milhões em notas fiscais falsas de venda de combustíveis. Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão em residências e três empresas, em Goiânia e Nerópolis. O trabalho de investigação envolveu a Delegacia Regional de Fiscalização (DRF) de Goiânia, ligada à Secretaria da Economia, e a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT). A investigação começou após a denúncia do posto, alegando que funcionários de confiança teriam emitido notas falsas de venda de combustíveis, que não existiram. Conforme a apuração, os empregados recebiam comissões pagas por pessoas associadas às transportadoras, que eram destinatárias dos documentos emitidos ao longo de três anos. Os dois presos são um empresário ligado a uma transportadora e um ex-funcionário de posto de combustível. Conforme explicou o titular da DRF de Goiânia, auditor fiscal Ricardo Lucena, o objetivo da aquisição das notas falsas seria camuflar a despesa para diminuir o lucro e, consequentemente, o ICMS a ser pago pela empresa. eldquo;Trata-se de concorrência desleal, porque assim conseguem oferecer um menor preço do frete. Como a empresa paga menos imposto, acaba repassando parte desse valor que não pagou ao contratanteerdquo;, explicou Ricardo Lucena. O Fisco Estadual agora vai apurar quanto do montante de R$ 45 milhões foi realmente utilizado na fraude para, na sequência, calcular o imposto devido e a multa, que pode chegar a 100% do valor sonegado. A investigação aponta o envolvimento de pelo menos dez transportadoras, com matrizes ou filiais em Goiânia, Nerópolis, Trindade, Aparecida de Goiânia, Rio Verde e unidades também no Distrito Federal e nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia, Pará, entre outros, que podem ter usado os documentos falsos para sonegação e para outros crimes. Segundo o delegado adjunto da DOT, Bruno Silva, os funcionários do posto foram cooptados por donos e funcionários das transportadoras que recebiam as notas falsas. Uma delas, com filial em Nerópolis, foi destinatária de R$ 34 milhões em notas fiscais. eldquo;A primeira etapa da operação foi concentrada nessa empresa, mas há nove outras transportadoras, então podemos ter diligências futuras para apurar outros envolvidos e também verificar como as empresas se beneficiaram dessas notas fiscais falsaserdquo;, pontuou. Os indiciados podem responder por associação criminosa, falsidades ideológicas, uso de documentos falsos, crimes contra a ordem tributária e procedimentos fiscais para recuperação de valores sonegados.

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Venda de veículos elétricos cresce 22,3% em um ano, aponta ABVE

O mercado de veículos eletrificados no Brasil cresceu 22,3% em maio de 2025 em relação ao mesmo mês de 2024, apontou a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). Ao todo, foram 16.641 unidades vendidas no mês. Em relação a abril deste ano, o aumento foi de 12,7%. Os eletrificados representaram 7,76% de todos os emplacamentos de automóveis e comerciais leves no país em maio. No acumulado do ano, cerca de 71,3 mil unidades de veículos elétricos foram vendidos no país, aumento de 19,5% com relação ao mesmo período do ano passado, quando foram vendidos 59,7 mil. Recorde de vendas de veículos com bateria elétrica O mês registrou recorde de venda de veículos com bateria elétrica (BEV), com um total de 6,9 mil unidades comercializadas, aumento de 48,2% em relação a abril (4,7 mil), e de 34,7% em relação a maio do ano passado (5,2 mil). Já os veículos plug-ins, que incluem os BEV e os híbridos plug-in (PHEV), representam 87% do total de veículos eletrificados vendidos no Brasil, com 14,5 mil unidades. Em maio de 2024, eles eram 47% das vendas. Os BEV representaram 47,9% das vendas, e os PHEV, 52,1%. Segundo a ABVE, o crescimento das vendas foi impulsionado pela expansão do portfólio de modelos, a entrada de novos fabricantes, os ganhos de escala e a ampliação da infraestrutura de recarga no país. Paralelamente, os veículos híbridos convencionais mostraram uma tendência de queda, de acordo com a associação. As vendas de híbrido não plug-in (HEV) caíram 17% quando comparadas a maio de 2024. Já os veículos híbridos com motor flex (HEV Flex) registraram queda de 53,1%. Queda de 73% no emplacamento de ônibus elétricos De abril para maio, houve queda de 73% no emplacamento de ônibus elétricos no Brasil, com o número de unidades vendidas indo de 79 para 24. Entretanto, em comparação a maio de 2024, houve um crescimento de 167%. Neste ano, 272 unidades de ônibus elétricos foram vendidas no Brasil, crescimento de 130% com relação ao mesmo período de 2024.

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Preços do petróleo saltam 4% com tensão no Oriente Médio

Os preços do petróleo subiram mais de 4% nesta quarta-feira (11), atingindo o valor mais alto em mais de dois meses, depois que fontes disseram que os Estados Unidos estavam se preparando para desocupar sua embaixada no Iraque devido ao aumento das preocupações com a segurança no Oriente Médio. Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de US$ 2,90, ou 4,34%, para US$ 69,77 por barril. O petróleo West Texas Intermediate ganhou US$ 3,17, ou 4,88%, para US$ 68,15. Tanto o Brent quanto o WTI atingiram os valores mais altos desde o início de abril. Comerciantes surpresos compraram futuros do petróleo com relatos de que os EUA estavam se preparando para evacuar sua embaixada no Iraque, o segundo maior produtor de petróleo da Opep, depois da Arábia Saudita. "O mercado não estava esperando esse grande risco geopolítico", disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group. Mais cedo, o ministro da Defesa do Irã, Aziz Nasirzadeh, disse que Teerã atacará as bases dos EUA na região se as negociações nucleares fracassarem e surgirem conflitos com Washington. Trump disse que estava menos confiante de que o Irã concordaria em interromper o enriquecimento de urânio em um acordo nuclear com Washington, de acordo com uma entrevista divulgada na quarta-feira. A tensão contínua com o Irã significa que seus suprimentos de petróleo provavelmente continuarão limitados pelas sanções. Os suprimentos ainda aumentarão, uma vez que a Opep+ planeja aumentar a produção de petróleo em 411.000 barris por dia em julho, buscando desfazer os cortes de produção pelo quarto mês consecutivo. (Reuters)

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MME quer restringir 'chicana' que permite geração a diesel em leilão de segurança energéti

O Ministério de Minas e Energia (MME) disse que pretende estabelecer medidas para restringir uma eldquo;chicanaerdquo; que permitiria uso de diesel na geração de energia de usinas movidas a biodiesel que vencerem o leilão de reserva de capacidade, voltado para segurança energética. O leilão seria realizado em junho, mas foi cancelado por causa de ações judiciais contra a regra do certame. O edital veda a compra de usinas a diesel. Um dos pontos considerados controversos por agentes do setor é a possibilidade do leilão permitir a contratação de usinas 100% movidas a biodiesel. O problema é que essas usinas podem operar com diesel fóssil sem necessidade de adaptações. Como o biodiesel absorve muita água e degrada rapidamente, há possibilidade do empreendedor oferecer o uso do diesel fóssil quando for chamado para gerar energia pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o que é contra a regra do leilão. Clique aqui para continuar a leitura.

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'Vimos nos 10 anos uma evolução imensa da indústria do petróleo', diz Chambriard

A presidente da Petrobras (PETR4), Magda Chambriard, disse nesta terça que a Petrobras é uma impulsionadora da economia brasileira e que se orgulha de produzir petróleo, eldquo;que na verdade é da sociedade brasileiraerdquo;, destacou a executiva durante o lançamento da décima edição do Anuário do Petróleo do Rio 2025, da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Magda ressaltou a evolução da produção de petróleo no Brasil que, em dez anos, passou de 10º maior produtor para 7º, com destaque para o Rio de Janeiro, responsável por 87% da produção de petróleo do Brasil, segundo o Anuário. eldquo;Vimos nesses últimos dez anos uma evolução imensa da indústria do petróleo que, no final, pertence à sociedade brasileira. (O campo de) Búzios já produz 800 mil barris por dia e, quem sabe, vai atingir 1,5 milhão a 2 milhões de barris por dia. Hoje, o petróleo é 40% da receita do estado do Rio de Janeiroerdquo;, disse Magda. A executiva destacou, porém, que quando esteve à frente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tentou descentralizar a produção de petróleo para o Norte e Nordeste, mas que só agora, com a possível exploração da Margem Equatorial, se a estatal conseguir a licença do Ibama, esse objetivo poderá se realizar. eldquo;Queremos e vamos retribuir o amor da sociedade pela Petrobrás. A gente constrói de braços dados com o Estado brasileiro, a indústria nacional e internacionalerdquo;, concluiu Magda. (Estadão Conteúdo)

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Varejo fecha maio praticamente estável, mas comércio digital segue em queda

O comércio brasileiro registrou leve retração de 0,1% em maio, segundo o Índice do Varejo Stone (IVS). Na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda foi de 0,5%. Mas, apesar do recuo geral, os dados de maio sinalizam um cenário de estabilidade no país. É o que avalia Matheus Calvelli, cientista de dados e pesquisador da Stone, que explica que o resultado sugere que a desaceleração da atividade econômica pode estar chegando ao fim. Isso porque o mercado de trabalho voltou a dar sinais positivos, com queda na taxa de desemprego e geração de vagas formais acima do esperado. Mesmo assim, o comprometimento de renda das famílias segue elevado e a inflação, embora tenha vindo abaixo das expectativas no último mês, ainda permanece em um patamar alto. eldquo;Esses fatores mostram que, embora existam indícios de melhora, ainda é cedo para afirmar uma mudança estrutural no ritmo da economiaerdquo;, diz Calvelli. Apesar disso, os canais digitais continuam sofrendo. Em maio, o comércio eletrônico apresentou queda de 3,1%, enquanto o varejo físico cresceu 0,5%. No acumulado dos últimos 12 meses, o cenário é semelhante: o digital recuou 0,8%, e o físico avançou 0,4%. Segmentos do varejo em destaque Entre os oito setores do varejo analisados, cinco registraram alta no mês. A liderança ficou com Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo, que cresceram 1,5%. Em seguida aparecem os segmentos de Móveis e Eletrodomésticos (0,7%), Artigos Farmacêuticos (0,6%), Tecidos, Vestuário e Calçados (0,6%) e Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (0,5%). Já os setores de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-2%), Combustíveis e Lubrificantes (-1,5%) e Material de Construção (-0,7%) registraram queda. No comparativo anual, os destaques positivos foram: Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (+3,7%) Tecidos, Vestuário e Calçados (+3,2%) Material de Construção (+2%) Artigos Farmacêuticos (+1,3%) Combustíveis e Lubrificantes (+1,1%) Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (+0,6%) Por outro lado, houve retração nos setores de Móveis e Eletrodomésticos (-1,8%) e Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (-0,1%). Panorama regional No recorte estadual, 18 unidades da federação apresentaram alta no comparativo anual. Os destaques ficaram com Amapá (+6,9%), Acre (+6,3%), Sergipe (+5,8%), Piauí e Tocantins (ambos com +5,1%). Também tiveram bom desempenho Mato Grosso (+5%), Pernambuco (+4,5%), Paraíba e Roraima (+4,4%), Goiás (+3,6%) e Ceará (+3,3%). São Paulo e Minas Gerais registraram alta de 1,1%, enquanto Paraná teve crescimento de 1%. Já entre os nove estados com queda, o destaque negativo foi o Mato Grosso do Sul, com recuo de 3,8%. Em seguida vêm Rio Grande do Sul (-3,2%), Distrito Federal (-2,7%), Rio de Janeiro (-1,7%) e Santa Catarina (-1,4%). Completam a lista Rio Grande do Norte (-1,3%), Maranhão (-0,8%), Alagoas (-0,2%) e Amazonas (-0,1%).

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