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Petróleo recua mais de 3%, com ausência de resposta de Israel ao Irã

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda acima 3% nesta quarta-feira, 17, após o salto recente. Passados alguns dias desde o ataque do Irã, Israel ainda não efetuou uma retaliação pela ofensiva, o que amplia a expectativa de que o conflito siga contido, pelo menos por ora. Além disso, as perspectivas de uma política monetária apertada por mais tempo nos Estados Unidos levam cautela quanto à atividade. O WTI para maio fechou em queda de 3,12% (US$ 2,67), a US$ 82,69 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho recuou 3,03% (US$ 2,72), a US$ 87,29 o barril, na Intercontinental Exchange. As tensões entre Israel e o Irã aumentaram recentemente após um ataque ao consulado iraniano em Damasco. Isto atraiu a atenção global, especialmente entre os participantes do mercado que monitoram de perto o potencial impacto nos preços do petróleo em todo o mundo. eldquo;O clima geopolítico na região está sendo observado de perto, uma vez que um conflito mais amplo poderia potencialmente perturbar os fluxos comerciais através do Estreito de Ormuz, o que poderia remover quantidades significativas de gás e petróleo do mercado globalerdquo;, aponta a Rystad Energy. Neste momento, eldquo;os preços do Brent estão em níveis mais elevados, sendo provável que ainda não sejam contabilizados prêmios de risco adicionais, uma vez que a situação ainda está evoluindoerdquo;, avalia. O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou ontem que os dados recentes de inflação nos Estados Unidos indicam que vai demorar mais tempo até que a autoridade monetária tenha a confiança necessária para cortar juros. Em evento, Powell ressaltou o eldquo;significativoerdquo; arrefecimento dos preços no segundo semestre de 2023, mas admitiu que os números do começo do ano apontaram uma eldquo;falta de mais progressoserdquo; no objetivo de retornar a inflação à meta de 2%. Ainda hoje, foi divulgado que os estoques de petróleo dos Estados Unidos tiveram crescimento de 2,735 milhões de barris, a 459,993 milhões de barris, na semana passada, segundo o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam alta de 600 mil barris. (Estadão Conteúdo)

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Ministro Alexandre Silveira abre debates na gas week 2024 em Brasília

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, será o entrevistado de destaque na abertura da gas week 2024, em Brasília, com início às 9h00 da dessa quinta-feira, 18 de abril. O evento híbrido, organizado pela agência epbr, marca o fim de uma série de debates sobre o setor de gás natural no Brasil, culminando em um encontro presencial que reunirá influentes formuladores de políticas, membros do Executivo e do Legislativo, bem como representantes de grandes corporações nacionais. A gas week 2024 é ocorre após três anos da promulgação da nova Lei do Gás, um marco para as iniciativas de abertura do mercado e atração de novos investimentos, supridores e consumidores para o mercado brasileiro de gás natural. Durante o dia, os painéis de discussão contarão também com a participação de representantes dos ministérios da Fazenda, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Transportes, da Casa Civil, além de executivos da Petrobras e da PPSA. Em linha com seu compromisso de proporcionar acesso às principais discussões políticas no setor energético, a agência epbr transmitirá ao vivo entrevistas do evento, disponíveis no canal youtube.com/@epbr. Os interessados poderão acompanhar toda a programação do dia 18 de abril através do site gasweek.com.br.

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Empresa da JBS começa a operar 1º ponto de abastecimento de biodiesel 100%

A Biopower, empresa da JBS produtora de biodiesel, iniciou a operação do primeiro ponto de abastecimento de biodiesel 100% (B100) do Brasil. A companhia é a primeira do país a ter autorização da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para oferecer B100, para abastecer a frota de caminhões da JBS. O bioponto está localizado no complexo industrial de Lins (SP) e tem duas bombas dedicadas ao B100, com capacidade de oferecer 30 mil litros de combustível por mês. Já são utilizados 10 mil litros por mês, conforme prevê a regulamentação da ANP, com projeção de ampliação de volume para os próximos meses. "Estamos muito orgulhosos com mais esse progresso, pois contribui para avançarmos cada vez mais com o biodiesel como uma alternativa imediata para a descarbonização da matriz energética no transporte brasileiro", disse o diretor comercial da Biopower, Alexandre Pereira. Por meio da Biopower, a JBS faz parte do grupo dos cinco maiores produtores de biodiesel do Brasil. No último ano, a companhia contribuiu com aumento de 12,2% na oferta do produto ao mercado. Somente em 2023, foram comercializados no País 550 milhões de litros do biocombustível. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Petrobras tenta incluir coprocessado no mandato de diesel verde

A Petrobras mudou o discurso e passou a defender a participação do seu diesel coprocessado, também chamado de diesel R, no mandato que será criado para o diesel verde no PL do Combustível do Futuro. O texto do deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) aprovado na Câmara em março deixou de fora a rota que processa óleos vegetais junto com o fóssil para ter um percentual renovável na mistura final. Durante as discussões na Câmara, a Petrobras articulou para que o produto fosse incluído no mandato de biodiesel, que hoje é obrigatoriamente adicionado ao diesel na proporção de 14% e deve chegar a 15% em março de 2025. Após a derrota na Câmara, a petroleira tenta agora um espaço no Senado em uma nova estratégia: embarcar no mercado que será criado para o diesel verde (HVO) endash; um combustível drop-in, produzido a partir de matérias-primas 100% renováveis. Durante audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado desta terça (16/4), o gerente-executivo de Gestão Integrada de Transição Energética da Petrobras, Cristiano de Oliveira, deixou claro que a nova estratégia é reconhecer a parcela renovável do diesel R no cálculo de mistura de 3% de HVO prevista no PL. A Petrobras nunca vai discutir a entrada do diesel coprocessado no mandato. O que nós discutimos é a renovação do diesel coprocessadoerdquo;, disse Oliveira. Segundo Oliveira, o diesel coprocessado da empresa tem composição de 95% fóssil e 5% de origem renovável. Sendo que a parcela renovável é produzida com a mesma tecnologia e matérias-primas que o HVO. Logo, na sua avaliação, estaria apta para ser incluída na mistura de até 3% de HVO. eldquo;Qual a nossa contribuição? Ao invés de ser 3% de diesel verde, ser diesel verde ou a parcela renovável do coprocessadoerdquo;, defendeu. Para a Petrobras, essa possibilidade de inclusão ajudaria o país a antecipar a descarbonização dos transportes, uma vez que ainda não há plantas de HVO no Brasil, enquanto o diesel R já é produzido. Disputa com biodiesel A mudança no discurso da Petrobras é recente. No mês passado, o presidente da companhia, Jean Paul Prates, disse à epbr, que o diesel coprocessado deveria ser tratado como biodiesel, e entrar na mistura obrigatória que pode chegar a 20% no longo prazo. O governo é contra. Também em março, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, saiu em defesa do biodiesel, e, mais recentemente, o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, disse que o governo deveria trabalhar para manter o texto aprovado na Câmara. Apoio da Fazenda A inclusão do coprocessado no mandato do diesel verde tem apoio do Ministério da Fazenda. Ainda durante a audiência desta terça, o diretor na Secretaria de Reformas Econômicas da pasta, Gustavo Ferreira, disse que o ministério vê com preocupação a restrição a rotas tecnológicas para descarbonização do ciclo diesel e seu impacto no custo final para o consumidor. eldquo;Quanto mais forem integradas essas políticas e esses mandatos, tanto melhor, porque eles conseguem fazer com que a gente consiga avançar na descarbonização, na inserção de biocombustíveis em geral no ciclo diesel, que talvez seja o mais difícil de descarbonizarerdquo;. Ferreira afirma que a prioridade da equipe econômica é manter o equilíbrio fiscal e avançar com a reforma tributária, para criar um ambiente propício de desenvolvimento econômico baseado no Plano de transição Ecológica. Na avaliação do diretor, as duas primeiras condições são habilitadoras do desenvolvimento, com o controle da inflação e uma taxa de juros que não afaste os investimentos. eldquo;A transição energética hoje é um processo economicamente inflacionário. Ele provoca inflação (ehellip;) Precisamos de novas políticas para transição energética, que são aquelas que vão incentivar o consumo de produtos que são naturalmente mais caros, porque se mais baratos fossem, já seriam consumidoserdquo;. A Fazenda não está isolada. Há, em diferentes setores do governo, apoio à abertura das políticas para diferentes rotas tecnológicas que levem à redução da queima do diesel fóssil no transporte pesado. A decisão, mediada pela Casa Civil, contudo, foi manter o novo mandato destinado ao diesel verde na edição do texto enviado à Câmara. E, ao cabo, apoiar o relatório de Arnaldo Jardim, aprovado em março, sem a inclusão do coprocessado.

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Benefício para diesel importado pelo Amapá causa prejuízo de R$ 1 bi

Um benefício fiscal adotado no Amapá desde o final de 2023 para a importação de combustíveis já causou um prejuízo de R$ 1 bilhão na arrecadação de outros Estados. A estimativa é do ICL (Instituto Combustível Legal). Com o incentivo do diferimento do recolhimento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), parte do diesel e nafta importados, sobretudo de origem russa, tem eldquo;entradoerdquo; no país por meio do Amapá. No entanto, esse combustível não chega ao país pelo Amapá. Os importadores simulam a nacionalização do produto pelo Estado para ter o diferimento, mas ele é desembarcado em outros portos, como em São Paulo, no Paraná e em Pernambuco. Como a regra de monofasia do diesel estabelece que a tributação na origem, ou seja, no Estado da refinaria ou na importação, aqueles que de fato recebem o combustível estão deixando de recolher o tributo. Isso porque os importadores já apresentam, ao desembarcar, uma nota com o diferimento do imposto feito no Amapá. O Poder360 apurou que, pelo benefício dado no Amapá, o pagamento do imposto no Estado pode ser feito 60 dias depois da entrada do produto, o que torna o controle e cobrança mais difícil. Atualmente, 8 empresas fecharam acordo com os amapaenses e têm esse benefício. Segundo o ICL o tratamento causa eldquo;distorção de mercado diante da perspectiva do fluxo estrangeiro ser nacionalizado no Norte para depois ser redirecionado a outros locais, sem a necessidade de desembarque prévio do produto, possibilitando fraudes e importações com declarações incompletas ou falsificadaserdquo;. A entidade classifica a situação como uma crise tributária de caráter federativo, uma vez que o tratamento especial foi concedido de forma unilateral pelo Estado, ao passo que causa prejuízo em outros. Afirma ainda que com esse regime especial, foram viabilizados eldquo;amplos ganhos financeiros e elevados créditos presumidos para empresas locais não ortodoxas, sem intenção de pagamento deste tributoerdquo;. A Brasilcom, federação nacional que reúne as médias e pequenas distribuidoras de combustíveis, afirmou que o benefício tem provocado eldquo;inúmeras e significativas distorçõeserdquo; e vantagens competitivas obtidas via sonegação ou desvios. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Usinas de São Paulo vendem segundo maior volume semanal de etanol do ano

Levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP mostra que o volume de etanol hidratado negociado nas usinas do estado de São Paulo entre 8 e 12 de abril foi o segundo maior deste ano, atrás somente do registrado na semana encerrada em 19 de janeiro. Em relação ao mesmo período de 2023, a quantidade comercializada por usinas paulistas mais que triplicou. Segundo pesquisadores do Cepea, o suporte continua vindo da boa paridade de preços nas bombas de combustíveis entre o hidratado e a gasolina. A vantagem competitiva na ponta varejista gerou novas necessidades de compras por parte das distribuidoras, que vinham mais tímidas nos fechamentos. Do lado da oferta, as chuvas ocorridas em importantes regiões produtoras de SP prejudicaram o andamento das atividades agrícolas. De 8 a 12 de abril, o indicador Cepea/Esalq do hidratado fechou em R$ 2,3701 por litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 1,09% frente ao período anterior. Na região de Paulínia (SP) a média diária foi de R$ 2.504/m³, elevação de 2,51%. As cotações praticadas na última semana foram as maiores desde o início de julho de 2023.

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