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Produção de biogás reduz emissões de efeito estufa e pode gerar quase 800 mil empregos no Brasil

Atualmente, a produção de biogás no Brasil pode ser qualificada como marginal. O país gera 4,4% de sua capacidade. São 934 usinas produzindo anualmente 3,5 bilhões m3 (metros cúbicos). Se estivesse utilizando a sua real capacidade, que chega a 78 bilhões de m3, seria possível gerar 798 mil empregos e retirar da atmosfera 642 milhões de toneladas de gases de efeito estufa. O balanço do potencial do setor consta da primeira pesquisa que busca correlacionar redução de emissões e criação de postos de trabalho nessa cadeia de produção, que foi divulgada nesta terça-feira (14) durante o 10º Fórum do Biogás, na capital paulista. O levantamento mostra que setor de biogás pode avançar em todas as regiões do Brasil, com destaque para Sudeste e Sul, onde se concentram segmentos do agronegócio que geram insumos para o biogás emdash;respectivamente, cana-de-açúcar, suinocultura e avicultura. Entre os estados que se destacam estão São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. O levantamento faz parte das ações do projeto GEF Biogás Brasil, iniciativa que fomenta a produção de biogás na agroindústria brasileira, associada à criação de animais e culturas como mandioca e cana, bem como no manejo de resíduos sólidos, com destaque para lixões. O GEF Biogás Brasil é fruto de uma grande parceria. É liderado MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), implementado pela Unido (Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial), financiado pelo GEF (Fundo Global para o Meio Ambiente) e conta com o CIBiogás como principal entidade executora. O ponto de partida da produção de biogás é dar uma destinação para restos orgânicos que elevam a contaminação ambiental quando não têm um tratamento adequado. Ao mesmo tempo, busca contribuir com a geração de energia alternativa a fontes fósseis. Ao ser purificado, o biogás se transforma em biometano, que tem as mesmas características do gás natural extraído pela indústria do petróleo. Pode ser utilizado como substituto para abastecimento de veículos, residências e geração de energia elétrica a partir de térmicas. Os dois são quimicamente idênticos e podem inclusive ser misturados nos gasodutos, mas têm uma grande diferença no que se refere a emissões. Considerando toda a cadeia de produção, o mesmo volume de biogás emite 90% menos que o gás natural. "A proposta do estudo é auxiliar os gestores públicos na tomada de decisão nessa área, tão sensível no atual ambiente de mudanças climáticas", diz Tiago Quintela Giuliani, especialistas em políticas nacionais do projeto GEF e consultor da Unido, que conduziu a pesquisa. Giuliani explica que o cálculo de redução de emissões levou em consideração o efeito em caso de substituição do diesel de caminhões e ônibus pelo biogás. Já existem várias experiências do gênero. Entre as empresas que atuam nessa troca está a fabricante de veículos Scania. O pesquisador conta ainda que o ponto de partida do levantamento foi o trabalho de incentivo ao biogás no Sul do Brasil. A partir do acompanhamento das unidades produtoras daquela região, foi identificado que cada milhão de metro cúbico de capacidade instalada de biogás gera 11,5 postos de trabalho. Numa comparação por outra métrica, joules, foi possível identificar que o biogás está entre os segmentos do setor de energia que mais gera empregos. Cada 20 joules de capacidade instalada levam à criação de 2 vagas no setor de petróleo, 4 nas eólicas, 24 nas hidrelétricas e 35 na produção solar. Na média, na região Sul, a pesquisa identificou que foram geradas 29,6 vagas nas usinas de biogás. Foram 44,2 em Santa Catarina, 43,8 no Paraná e 21,8 no Rio Grande do Sul emdash;o que puxou a média para baixo e mostrou como o potencial varia de acordo com a realidade de cada produtor.

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Governo revoga portaria sobre trabalho em feriados no comércio

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, assinou na segunda-feira para publicação no Diário Oficial da União, uma portaria revogando decisão de 2021, do governo de Jair Bolsonaro, que dava uma autorização permanente aos trabalhos no comércio durante feriados. A regra anterior permitia as jornadas de trabalho desde que houvesse um acordo entre patrões e empregados registrado em cláusula no contrato de trabalho. A mudança volta ao entendimento anterior, considerando o disposto no artigo 6-A, da Lei 10.101 de 19 de dezembro de 2000, que estabelece que eldquo;é permitido o trabalho em feriados nas atividades do comércio em geral, desde que autorizado em convenção coletiva de trabalho e observada a legislação municipal, nos termos do art. 30, inciso I, da Constituiçãoerdquo;. Dessa forma, os sindicatos de trabalhadores ganham mais poder nas negociações. A decisão vale de forma imediata e já teve crítica de empregadores. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) afirmou que a revogação da portaria é um retrocesso e tem como eldquo;único resultado prático a perda de produtividadeerdquo;. eldquo;Além de interferir na livre negociação entre empreendedores e trabalhadores, a decisão traz mais burocracia e pode criar insegurança jurídica. O Brasil precisa avançar simplificando o empreender. A medida vai na direção contrária, resgatando entraves inúteis que não ajudam nem empresas nem trabalhadoreserdquo;, afirmou, em nota. A associação disse ainda que os bares e restaurantes não foram diretamente afetados pela medida, mas que eldquo;se coloca ao lado do comércioerdquo;. O presidente da associação, Paulo Solmucci, já acionou a Frente Parlamentar do Comércio, Serviços e Empreendedorismo a respeito, e disse que o Legislativo deve agir para derrubar a nova portaria. ebull;

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Agências alertam para troca na meta

Uma eventual mudança da meta fiscal para 2024, ainda que não leve a um rebaixamento das notas de crédito do Brasil, traz incerteza sobre o arcabouço fiscal e compromete a credibilidade em torno das novas regras, de acordo com duas das maiores agências de risco do mundo. Conforme as instituições, a alteração do alvo também atrapalha os esforços para recuperação do grau de investimento, pois a redução da dívida pública é um dos pontos-chave para obter a classificação. Investidores e organismos multilaterais já demonstravam ceticismo quanto à promessa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de zerar o déficit primário em 2024. O temor aumentou após o presidente Lula criticar a meta fiscal do próximo ano, com a ala política do governo defendendo um déficit de até 0,5% no próximo ano. Mais do que o número em si, pesam os sinais passados pela gestão petista. eldquo;O ruído que emergiu da meta fiscal para 2024, incluindo a possibilidade de alterá-la, é um começo desfavorável para o novo arcabouço fiscal do Brasilerdquo;, disse o codiretor de ratings soberanos para as Américas da Fitch Ratings, Todd Martinez, em entrevista ao Estadão/Broadcast. Segundo a vice-presidente da Moodyersquo;s para risco soberano, Samar Maziad, a agência já previa um déficit primário de 0,5% no próximo ano. No entanto, o número é menos importante do que a necessidade de se construir a credibilidade do novo arcabouço fiscal. eldquo;É relativamente cedo e já estamos discutindo a revisão das metas. De certa forma, reforça a importância de mostrar compromisso com a trajetória fiscal e com a meta, mesmo que possa haver mudanças mais tardeerdquo;, disse Maziad, ao Estadão/Broadcast. NOTA. Uma mudança na meta fiscal não tende a causar um rebaixamento do rating do Brasil. Para que isso acontecesse, a alteração teria de ser drástica, segundo afirmam os porta-vozes de Fitch e Moodyersquo;s. Mas, por outro lado, não contribui para a recuperação do grau de investimento, o que ajudaria a atrair um enorme volume de recursos estrangeiros para o País. eldquo;Gostaríamos de ver a relação dívida/PIB estabilizando e eventualmente caindo para pensar em novas melhorias para o rating do Brasilerdquo;, disse Martinez. Em julho, a agência elevou o rating do País, de elsquo;BB-ersquo; para elsquo;BBersquo;, com perspectiva estável. O movimento permitiu ao Brasil subir um degrau na escala da instituição. No entanto, continua dois níveis distante do grau de investimento, de ao menos elsquo;BBB-ersquo;. Para Maziad, o que mais preocupa é o fato de o ministro Haddad ter indicado que as receitas previstas para 2024 podem não ocorrer como o previsto. eldquo;A fraqueza do arcabouço é a dependência de receitaserdquo;, afirmou. eldquo;A necessidade subjacente de ajuste (nas contas) ainda existe.erdquo; ebull;

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Com onda de calor, ONS prevê usinas térmicas em funcionamento até dezembro e pode impactar preços

Nesta semana, o consumo bateu dois recordes seguidos no Brasil, ficando acima de 100 MW pela primeira vez na história. Na segunda-feira, às 14h17m, a demanda chegou a 100.955 MW. Ontem, às 14h20m, subiu para 101.475 MW. Com mais térmicas em funcionamento, os preços de energia tendem a subir. Ainda não está definido se será necessário o uso de bandeiras tarifárias, que atualmente está na cor verde. Ou seja, sem sobretaxa na conta de luz. No mercado livre de energia, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), os preços seguem voláteis. Ontem, o preço do megawatt/hora saiu de R$ 69,04 para R$ 415,34. Hoje, voltaram para R$ 69,04. Diante do cenário atual, as térmicas a gás e a carvão estão em pleno funcionamento. A Petrobras confirmou que suas 12 térmicas, com capacidade de 3.500 MW, já foram acionadas. O mesmo ocorreu com as unidades da Eneva e da EDP, no Nordeste. Hoje, por ser feriado, o consumo de energia ultrapassou os 87.000 MW na hora do almoço. O patamar é considerado alto por especialistas. Hoje, as hidrelétricas respondem por 65,1%, seguido de 16,3% das eólicas, 13,5% das térmicas e 5,1% da solar.

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Shell recruta gamers e influenciadores para melhorar imagem entre jovens

A Shell contrata funcionários para promover jogos online, patrocina influenciadores para que usem carros com o logo da empresa em pistas virtuais e apoia atletas para inspirar "a próxima geração" no Instagram. Ao mesmo tempo, a gigante do petróleo e gás busca melhorar sua marca entre uma geração mais jovem de consumidores. "Eu sou alimentada pelo oceano", diz Sage Erickson, campeã de surfe do US Open duas vezes, para seus 310 mil seguidores no Instagram em um vídeo patrocinado pela Shell postado no mês passado, no qual ela fala sobre sua carreira e desejo de "incutir na próxima geração" valores como realização pessoal e espírito comunitário. A campanha é uma das várias iniciativas recentes de empresas de combustíveis fósseis em plataformas populares entre os jovens. Os ativistas climáticos querem que os reguladores tomem medidas contra esse tipo de publicidade da mesma forma que fizeram com as empresas de tabaco e álcool. Erickson, que também promove sustentabilidade dos oceanos em suas redes sociais, não menciona a Shell ou seus produtos no vídeo. Nem ela nem outros influenciadores da campanha "Performance Unbound" da Shell responderam aos pedidos de comentário. A Shell recentemente anunciou uma vaga para "chefe de plataformas de amplificação digital" para supervisionar seus canais de mídia social e "integrar jogos e experiências imersivas" em suas estratégias, em parceria com Meta, YouTube, X, TikTok e LinkedIn. O Financial Times informou no ano passado que a Shell estava contratando um gerente para seu canal no TikTok, uma plataforma usada predominantemente por jovens. Em uma campanha neste verão chamada Ultimate Road Trips, a Shell trabalhou com jogadores para criar pistas de corrida personalizadas online emdash;completas com postos de gasolina da Shellemdash; dentro do jogo Fortnite. Em seguida, patrocinou influenciadores para fazer upload de vídeos deles jogando o jogo na plataforma de streaming Twitch. Anúncios no Instagram também promoveram um jogo de direção móvel da Shell, disponível na AppStore da Apple. Jovens são mais propensos do que qualquer outro grupo a dizer que a mudança climática é uma emergência, de acordo com um estudo da ONU de 2021, enquanto pesquisas do Pew Research mostram que 66% dos americanos da Geração Z, nascidos após 1996, se opõem à perfuração de petróleo e gás offshore emdash;mais do que qualquer outro grupo. "Eles estão mirando os jovens porque querem construir associações positivas entre um grupo de pessoas que, de outra forma, não querem ter nada a ver com eles", disse Duncan Meisel, diretor da Clean Creatives, que pede aos anunciantes e empresas de relações públicas que cortem laços com empresas de combustíveis fósseis. A Shell afirmou que suas campanhas globais de publicidade e marketing "utilizam uma variedade de canais e iniciativas para explicar o que a Shell está fazendo em todo o mundo tanto em combustíveis tradicionais quanto em tecnologias renováveis, à medida que a transição energética avança", acrescentando que qualquer marketing de seus combustíveis e lubrificantes "é obviamente direcionado a pessoas em idade de dirigir". As iniciativas de jogos da Shell se concentram em produtos de combustíveis fósseis, como gasolina e óleo de motor, e não em energia renovável. As empresas têm liberdade para anunciar seus produtos de petróleo para aqueles abaixo da idade de dirigir, pois os combustíveis fósseis não estão sujeitos a restrições de idade legal, como as existentes para álcool, jogos de azar e cigarros eletrônicos no Reino Unido. As empresas não publicam números sobre seus gastos com publicidade, mas alguns provedores de dados estimam que a Shell é a maior gastadora em publicidade digital entre as empresas de combustíveis fósseis que eles rastrearam. A COMvergence, uma analista de gastos com mídia, estima que a Shell gastará US$ 270 milhões (R$ 1,329 bilhão) em mídia global em 2023, sendo que 58% disso será em mídia digital. A BP deve gastar US$ 219 milhões (R$ 1,078 bilhão), sendo que 58% também será em mídia digital, seguida pela ExxonMobil com US$ 96 milhões (R$ 473 milhões). A Sensor Tower, que rastreia publicidade digital nos Estados Unidos, estima que a Shell tenha gastado um total de US$ 3,8 milhões (R$ 19 milhões) no TikTok e no Twitch este ano, obtendo mais de 348 milhões de impressões (o número de vezes que seus anúncios foram carregados nas páginas dos usuários), de acordo com análise do grupo de pesquisa Media Matters. O TikTok não respondeu aos pedidos de comentário e não compartilha informações demográficas dos usuários. Mais de 70% dos espectadores no Twitch, onde a Shell gastou pouco menos de US$ 700 mil (R$ 3,447 milhões) este ano, de acordo com a Sensor Tower, têm entre 18 e 35 anos, mas não comentaram quantos estão abaixo da idade para dirigir. Outros grandes produtores de petróleo incluem um desafio no TikTok lançado no ano passado pela subsidiária asiática da Chevron, a Caltex, onde os usuários eram incentivados a fazer um rap incluindo a letra "assim que meu tanque atingir três quartos ou menos, vou abastecer no posto da Caltex". A Advertising Standards Agency, órgão regulador de publicidade do Reino Unido, proibiu anúncios recentes da Shell, do grupo energético espanhol Repsol e da Petronas da Malásia por não fornecerem contexto suficiente sobre o impacto de seus negócios como um todo ao fazerem alegações de sustentabilidade, enquanto os Estados Unidos e a União Europeia também estão fortalecendo sua posição contra a "lavagem verde". Desde o início do ano, o novo CEO da Shell, Wael Sawan, delineou planos para manter a produção de petróleo, expandir o negócio de gás e reduzir partes de seu portfólio de baixo carbono, ao mesmo tempo em que insiste em seu compromisso de se tornar uma empresa "multienergia" e reduzir as emissões. De acordo com a lei de proteção ao consumidor do Reino Unido que sustenta o Código de Alegações Verdes do órgão regulador da concorrência, as empresas devem ter cuidado para não explorar consumidores que possam ser vulneráveis devido à sua idade ou credulidade. Alguns desejam controles mais rigorosos. "Explorar a cultura jovem para anunciar combustíveis fósseis é uma tática cínica para envolver os jovens na destruição de seu próprio futuro", disse Veronica Wignall, co-diretora do grupo de campanha Adfree Cities, que pediu uma proibição total de publicidade por empresas poluentes. No entanto, Geraint Lloyd-Taylor, sócio da equipe de publicidade e marketing do escritório de advocacia Lewis Silkin, sediado em Londres, afirmou que a publicidade não parece apresentar riscos legais específicos. "O ponto de equilíbrio é extremamente relevante, porque todos concordam que não se pode simplesmente eliminar os combustíveis fósseis. Todas essas empresas têm planos de neutralidade de carbono até 2050, então não sei que problema seria resolvido ao proibi-las de se promoverem." No entanto, ele reconheceu que o equilíbrio pode mudar. "Embora fosse aceitável há vários anos que redes de fast-food promovessem suas marcas para os jovens, as atitudes agora se tornaram mais rígidas a favor de proibições. Pode ser que no futuro o clima em torno das empresas de energia seja o mesmo."

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ANP vai à Justiça para evitar concorrência desleal no gás de cozinha

A ANP (Agência Nacional de Petróleo) foi à Justiça para fazer valer decisão contra a Tankgás, empresa paranaense flagrada pela fiscalização da agência federal, envasando botijões de gás (GLP) concorrentes. A prática é controlada pela agência, que impõe severas restrições. De acordo com a agência, a prática confere à empresa vantagem econômica indevida sobre suas concorrentes, já que estaria lucrando por meio de investimentos feitos por terceiros. No entanto, a Tankgás foi à Justiça e obteve uma liminar favorável sob a alegação de uma lei estadual do Paraná libera a reutilização do produto, inclusive por empresas concorrentes. A agência recorreu em outubro deste ano, mas ainda não houve decisão. Os fiscais da ANP reportaram ter encontrado 272 botijões de gás de outras marcas cheios. Também foram identificados, em quantidade menor, botijões ou cilindros vazios de outras marcas, com defeito ou na esteira para envase. Para a agência, a decisão judicial serve de desestímulo para que outros agentes invistam em botijões próprios. Procurado, o advogado da Tankgás, Paulo Petrocini, disse que cabe à ANP, somente, a fiscalização do gás vendido pelas empresas, não do recipiente. Para ele, a movimentação do órgão regulador protege grandes companhias do mercado e desprivilegia as menores, que, segundo o advogado, não têm condições de locar ou adquirir botijões próprios. "A resolução da ANP é completamente protecionista para quem tem o poder financeiro de ter esses botijões. [A reutilização] acarreta numa redução de custo para o consumidor final em 20%", disse Petrocini. A ANP disse não comentar processos judiciais em andamento.

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