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Preço do diesel S-10 sobe 0,79% na 1ª quinzena do mês, diz Ticket Log

O preço do diesel S-10 subiu 0,79% na primeira quinzena de novembro, para R$ 6,40 o litro em média, enquanto o diesel comum avançou 0,98%, para R$ 6,21 o litro, segundo o Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). Entre as regiões brasileiras, apenas o Nordeste registrou redução no preço dos dois tipos em relação ao final de outubro, de 0,48% para o comum e 0,94% para o S-10. eldquo;O diesel ficou mais caro na maioria dos Estados brasileiros. Destaco o aumento de 10,78% identificado para o comum no Alagoas, a alta mais expressiva do país para o período. Apenas cinco Estados registraram redução no preço do litro neste início de mêserdquo;, disse o diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, Douglas Pina, em nota. Segundo o IPTL, índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log, Roraima fechou a quinzena com o tipo comum a R$ 7,10 o litro, maior preço médio do país. Já a menor média para o combustível foi identificada nos postos de abastecimento do Rio Grande do Sul, com R$ 5,98/litro. A redução mais expressiva, de 3,53%, foi registrada nas bombas de abastecimento da Bahia, onde o litro fechou a R$ 6,02. (Reuters)

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Etanol é caminho mais direto para Brasil cumprir meta ambiental, diz setor

O Brasil tem uma posição única no presente e no futuro da sustentabilidade energética, defendem especialistas. Com uma frota superior a 40 milhões de veículos flex que suportam etanol, o país não precisa esperar uma revolução da oferta de veículos elétricos para estar na vanguarda da descarbonização. Para avançar na agenda da redução de emissão de gases do efeito estufa, contudo, falta o país ampliar sua produção de álcool nos próximos anos. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de etanol, atrás dos EUA. A média anual de produção do país é de 30 bilhões de litros, com potencial para aumentar no mínimo 50%. eldquo;A expectativa oficial da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) indica crescimento dessa produção para até 46 bilhões de litros em dez anos. Há potencial significativo de expansão da oferta de etanol. Trata-se de um produto agroindustrial, e havendo interesse e demanda por um mercado mais amplo do etanol, há alternativas para o produtor agrícola e para os grupos industriais responderem a esse sinalerdquo;, introduzem a professora Suani Coelho e o doutorando Danilo Perecin, do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP). A estimativa da EPE é factível e depende somente de mais investimentos, avalia o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas (Siamig), Mário Campos. Só com a capacidade atual das indústrias brasileiras, o volume poderia aumentar 20%, se houver demanda dos consumidores, diz. eldquo;Para que tenhamos mais incentivos à produção e ao consumo, precisamos sair da questão econômica e ir para o lado ambientalerdquo;, pontua. Campos lembra que a Petrobras é a maior empresa do Brasil, com expertise acumulada por décadas, portanto não há margem para que os combustíveis fósseis sejam abandonados abruptamente. Ao mesmo tempo, a produção em escala de veículos elétricos no Brasil não é viável rapidamente. Nesse cenário, ele coloca os biocombustíveis no cerne da sustentabilidade no país: eldquo;aliada a questões econômicas e a manter a industrialização do Brasil, a tendência de ter os biocombustíveis no centro da descarbonização na área de mobilidade é muito grandeerdquo;. O diretor presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Evandro Gussi, também pondera que o etanol não é a única ferramenta para o Brasil atingir suas metas de descarbonização emdash; pelo Acordo de Paris, de redução de 43% das emissões até 2030, em relação às de 2005. Mas a realidade brasileira precisa ser respeitada, sublinha Gussi: eldquo;enquanto política pública, o Brasil não pode fazer escolhas equivocadas e muito menos que copiem a de outras nações. Os veículos elétricos terão sua penetração no mercado, não há dúvida. Agora, o etanol é uma maneira de o consumidor descarbonizar economizandoerdquo;. O etanol é uma aposta para a descarbonização porque, em primeiro lugar, a substituição da gasolina pela alternativa reduz de 70% até 90% a emissão de gases de efeito estufa. Ele é fundamental porque as plantações absorvem o CO² emitido pelo combustível. O uso de etanol nos veículos flex, somado à mistura obrigatória de 27% do álcool à gasolina, reduziu as emissões de gases do efeito estufa brasileiras em 630 milhões de toneladas entre 2003 (lançamento dos flex) e 2022, segundo estimativa da Unica. Isto é equivalente à soma das emissões totais da Coreia do Sul, que tem mais de 51 milhões de habitantes. Ao mesmo tempo, o etanol é uma opção mais viável para o bolso dos brasileiros, lembra Gussi, da Unica. eldquo;Em várias praças do Brasil, é muito mais barato usar etanol do que gasolina, além da vantagem para o meio ambiente e para a saúde pública, pois o etanol é muito melhor para a qualidade do arerdquo;. Em Minas Gerais, por exemplo, o preço médio do etanol é R$ 3,48, cerca de 63,3% do valor da gasolina, R$ 5,50. A ampliação da oferta de etanol no país depende de estímulos ao desenvolvimento de tecnologias, defende Gussi. eldquo;É necessário fazer uma produção maior nas mesmas áreas, como novas variedades de cana que entregam mais produtividade, incremento de etanol de milho para áreas de segunda safra e novas técnicas de plantio. O Brasil já tem índices extremamente relevantes de redução de emissão, mas a grande beleza disso é que ele pode ir além com ganho de produtividadeerdquo;, continua o representante da Unica. Tramita no Congresso o Projeto de Lei (PL) 4516/23, o eldquo;Projeto Combustível do Futuroerdquo;. Ele define eixos de incentivo a combustíveis verdes no Brasil, em consonância com outras metas de sustentabilidade do país, como o Rota2030, programa do governo federal de incentivo à inovação na indústria. eldquo;Vamos sair desse sobe e desce, de incentivos esporádicos, para algo mais concreto, com previsibilidade. Naturalmente, o setor privado responde a esse estímulos de forma rápidaerdquo;, conclui Mário Campos, da Siamig. Montadoras investem em etanol para descarbonizar Com a infraestrutura da indústria do etanol consolidada no Brasil, montadoras apostam no combustível para suas estratégias de descarbonização no país. A Stellantis, por exemplo, tem um plano de investimento de R$ 8,5 bilhões em seu complexo em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, até 2025. O objetivo é reduzir emissões de gases de efeitos estufa e acelerar a descarbonização. O etanol está no centro desse projeto. A empresa lançou a plataforma Bio-Electro, que pesquisa e desenvolve alternativas mais limpas de mobilidade. A realidade brasileira, avalia a empresa, ainda não comporta a produção em escala de veículos 100% elétricos. Mas ela desenvolve um tipo de motor que alia etanol e propulsão elétrica. A Toyota também estuda a possibilidade de descarbonização com etanol no Brasil. Em parceria com a Shell e com a Universidade de São Paulo (USP), ela testa o uso de hidrogênio verde à base de etanol no Toyota Mirai. O hidrogênio verde tem esse nome porque é obtido a partir de fontes renováveis emdash; habitualmente, a origem é fóssil. Geralmente, ele é obtido por meio de energia solar ou eólica, mas, com a tecnologia testada, o etanol é a fonte.

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Petrobras assina acordo de e-metanol com European Energy

A Petrobras assinou, nesta quinta-feira (16/11), memorando de entendimentos com a empresa dinamarquesa European Energy para avaliação de oportunidades de e-metanol no Brasil. O acordo, de caráter não vinculante, prevê o estudo de oportunidades de negócios para desenvolvimento de projeto de uma unidade de produção no país. A assinatura do acordo aconteceu, na Dinamarca, na sede da European Energy, que atua nas áreas de geração solar e eólica e hidrogênio verde (Power-to-X). A empresa está presente em diversos países e tem ativos em operação e projetos em desenvolvimento no Nordeste do Brasil. O e-metanol é produzido por meio da junção do hidrogênio verde, obtido a partir de fontes renováveis, como solar e eólica, e do dióxido de carbono de origem biogênica. É um combustível de baixo carbono com aplicações em processos industriais ou usado como combustível, especialmente no transporte marítimo. eldquo;A Petrobras está focada em ter bons parceiros como a European Energy. Empresas sólidas e consolidadas, que têm robustez para entrar conosco em projetos de larga escala. Há um benefício mútuo com essa parceria. Podemos compartilhar conhecimento e promover uma aproximação importante para as duas empresas e os dois paíseserdquo;, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em comunicado distribuído pela empresa A European Energy é uma empresa dinamarquesa que desenvolve, constrói e opera ativos de energia renovável incluindo projetos de geração solar e eólica, bem como soluções à base de hidrogênio verde (Power-to-X).

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Transformar óleo e gás em vilões não resolve problema das emissões, diz CEO da Exxon

O CEO da ExxonMobil, Darren Woods, afirmou nesta quarta-feira (16/11) que as empresas de petróleo e gás devem ter um papel central na transição energética para uma economia de baixo carbono e que considerar o setor como eldquo;vilãoerdquo; não contribui para a redução das emissões globais. eldquo;Empresas de petróleo e gás fornecem de forma confiável produtos acessíveis essenciais à vida moderna. Torná-las vilãs é fácil. Mas isso não faz nada endash; absolutamente nada endash; para alcançar o objetivo de reduzir emissões. Na verdade, isso coloca em risco o fornecimento confiável de energiaehellip; desestabilizando economias globais, degradando o padrão de vida das pessoas e, como vimos na Europa, na verdade aumentando as emissõeserdquo;, disse o executivo durante o evento APEC CEO Summit, em São Francisco, Califórnia (EUA). Woods afirmou que políticas baseadas em subsídios e na redução da produção de energias fósseis não são eficientes e defendeu o foco na redução de emissões e em mecanismos de mercado. O executivo defendeu que a indústria deve apostar em soluções além de eólica, solar e veículos elétricos e ressaltou o investimento de US$ 17 bilhões da Exxon em captura de carbono, hidrogênio, biocombustível e lítio. Recentemente, a companhia começou a explorar lítio e anunciou planos de se tornar uma das líderes de mercado. Este ano, comprou a empresa de captura de carbono Danbury e anunciou acordos com três clientes para transportar e armazenar cinco milhões de toneladas de CO2 por ano endash; o equivalente a substituir aproximadamente 2 milhões de carros movidos a gasolina por veículos elétricos. eldquo;Não podemos substituir da noite para o dia um sistema energético que levou 150 anos para ser construído. O tamanho e a complexidade são simplesmente muito vastos. Aqueles que querem desmantelar o sistema energético existente estão com a definição errada do problema. O problema não é o petróleo e o gás. São as emissões.erdquo;

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Por que usinas manterão aposta no açúcar, mesmo com o consumo de etanol em alta

Nos últimos meses, o consumo de etanol no mercado interno mostrou reação. Ainda assim, o aumento da demanda não deve ser suficiente para mudar o foco das usinas, que apostaram em um mix mais açucareiro nesta safra devido aos preços favoráveis e devem manter a estratégia na próxima temporada. As vendas de etanol hidratado totalizaram 1,7 bilhão de litros em outubro, volume 29% maior que o de outubro de 2022, conforme dados da União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (Unica) divulgados na última semana. Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na semana que se encerrou em 4/11, o etanol hidratado foi mais atrativo ao consumidor do que a gasolina em cidades que respondem por 63% do consumo nacional de combustíveis. A demanda permaneceu baixa durante todo o primeiro semestre. Já se esperava recuperação desde a metade do ano, quando o governo federal retomou a cobrança de PIS e Cofins sobre a gasolina e o etanol, uma decisão que elevou a competitividade do biocombustível. Recuperação do consumo de etanol eldquo;A gente vê, sim, uma recuperação do consumo, e ela está atrelada à retomada da tributação, que fez com que a paridade ficasse abaixo de 70%erdquo;, disse Filipi Cardoso, especialista de inteligência de mercado na área de açúcar e etanol da StoneX. Mas, os preços do biocombustível não tiveram espaço para novos aumentos pois a grande oferta segue pressionando as cotações. Segundo Cardoso, o volume de cana da safra 2023/24 é maior que o da anterior, e os níveis de produtividade do atua ciclo são muito elevados. eldquo;Então, mesmo com as usinas aumentando o mix para o açúcar, a oferta de etanol está altaerdquo;, disse. A ascensão do etanol de milho é outro fator que tem elevado os estoques. Açúcar mais vantajoso No acumulado do ciclo agrícola até 1º de novembro, a fabricação do biocombustível no Centro-Sul cresceu 10%, para 26,98 bilhões de litros, segundo a Unica. Nesse cenário, o açúcar tem oferecido rendimento maior às usinas, o que explica por que o mix deve continuar açucareiro na próxima safra. eldquo;Para o etanol ficar mais competitivo, seria preciso haver espaço para os preços para as distribuidoras subirem muito. Para isso, o preço da gasolina teria que avançar muito, o que também não é um cenário provável neste momentoerdquo;, disse. Para Arnaldo Luiz Correa, diretor da Archer Consulting, eldquo;a prioridade das usinas é açúcar até o limite da armazenagemerdquo;. Na entressafra, o mix pode pender um pouco mais para o etanol, já que as usinas têm que cumprir obrigações legais de manter estoques do produto nesse período. eldquo;A moagem deverá retornar com força total em março, e voltada para o açúcar", estimou Cardoso, da StoneX. Na avaliação do Rabobank, os preços internacionais do açúcar continuarão positivos em 2024 e até em 2025. eldquo;Enquanto o Centro-Sul enfrenta uma safra enorme, a Índia e a Tailândia, que são exportadores relevantes, têm sofrido impactos negativos do clima com a volta do El Niño. As projeções de queda da produção na Índia e na Tailândia contribuíram para o déficit de 1,9 milhão de toneladas no balanço global previsto pelo Rabobank para 2023/24 (outubro/setembro)erdquo;, escreveu em relatório. Moagem em 2024/25 A moagem de cana da próxima temporada no Centro-Sul, que começa oficialmente em abril de 2024, pode diminuir, mas o volume ainda deverá ser robusto. O Rabobank estima processamento de 610 milhões de toneladas na safra 2024/25. No ciclo atual, a moagem deverá ficar entre 620 milhões e 635 milhões de toneladas. Mesmo com um processamento menor, as usinas do Centro-Sul, pensando no cenário favorável ao açúcar, investem na ampliação da capacidade. O resultado deve ser uma produção de 40,9 milhões de toneladas na próxima safra, projetou o banco emdash; para a safra atual, a estimativa é de 40,4 milhões. Para o etanol, a projeção inicial é de 31,7 bilhões de litros em 2024/25, abaixo dos 32,4 bilhões previstos para a safra atual.

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'Brasil deixou de ser queridinho de exploração de petróleo', diz IBP

Ainda que a geologia brasileira tenha sido beneficiada por grandes campos produtores de petróleo, o país precisa oferecer bons fundamentos e segurança jurídica para garantir a sustentabilidade dos investimentos. É o que diz Julio Moreira, diretor de exploração e produção do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP).eldquo;O Brasil deixou de ser o queridinho no mundo da exploração de petróleoerdquo;, diz o especialista. eldquo;O aumento das atividades em países vizinhos, como Guiana e Suriname, além de outros com formações geológicas semelhantes às do Brasil, como os do continente africano, passaram a representar uma maior competição.erdquo; Segundo o especialista, o modelo regulatório do Brasil é transparente e conhecido, e a qualidade dos ativos também contribui para a busca por investidores. eldquo;Mas ainda assim existe preocupação de alertar o governo sobre possíveis situações que causem estresse, como o que ocorreu quando instituíram o imposto sobre exportação, em março.erdquo; Para ler esta notícia, clique aqui.

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