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Associações rebatem críticas das distribuidoras de combustíveis ao programa RenovaBio

A Bioenergia Brasil (antes conhecida como Fórum Nacional Sucroenergético), entidade que reúne 16 associações do setor de bioenergia, emitiu uma nota lamentando a postura das distribuidoras de combustíveis, que afirmaram que o programa RenovaBio fracassou e não atingiu seus objetivos. Segundo a entidade, ao criticar o RenovaBio em defesa de eldquo;interesses puramente comerciaiserdquo;, as distribuidoras não apenas distorcem a verdade, mas também prejudicam os interesses nacionais com uma desonestidade intelectual reprovável. A polêmica teve início nesta segunda-feira (20), quando Ipiranga, Vibra e Brasilcom foram ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para pressionar por uma reformulação do programa, alegando que o RenovaBio não atendeu aos seus objetivos. Isso ocorreu porque o programa transferiu R$ 16,7 bilhões para o setor por meio de certificados de descarbonização (CBIOs), enquanto o volume de produção de etanol diminuiu em 5,7 bilhões de litros entre 2019 e 2022. Clique aqui para ler a notícia completa.

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Custo do RenovaBio deve ser assumido pelas refinarias, defendem distribuidoras

Um grupo formado pelas maiores distribuidoras do país retomou oficialmente a agenda de mudanças do RenovaBio, programa de descarbonização do setor de combustíveis. A proposta é transferir a obrigação de compra de CBIOs para as refinarias e mudar a natureza dos créditos. Na prática, o objetivo é reformar o RenovaBio, ao ponto de torná-lo um mercado regulado de carbono compatível com outros setores. A proposta foi entregue nesta segunda (20/11) ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) pela frente batizada de Movimento + Bio, formada por Vibra, Ipiranga, e a Brasilcom, federação que representa mais de 40 empresas com atuação regional. A mensagem levada ao governo é que o RenovaBio falhou em elevar a oferta de biocombustíveis no país e representa um peso nos consumidores de gasolina e diesel. As propostas foram entregues a Uallace Moreira Lima, secretário de Desenvolvimento Industrial, Comércio, Serviços e Inovação. E foram discutidas no fim do governo de Jair Bolsonaro, quando o ex-ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida apoiou a iniciativa e tentou editar uma medida provisória para reforma do programa RenovaBio. Ele enfrentou resistência do agronegócio e a ideia foi engavetada com a eleição de Lula. Poluidor-pagador: custo deve recair sobre refino eldquo;O pedido das distribuidoras é muito simples: transferência do mandato para o produtor, seguindo o princípio do poluidor-pagador, ou seja, quem polui, mitigaerdquo;, afirma Aurélio Amaral, citando o princípio que norteia políticas ambientais brasileiras. Aurélio Cesar Nogueira Amaral é consultor do Movimento + Bio e foi o diretor da ANP, responsável pela regulamentação do programa. Deixou a agência em 2020. O RenovaBio completou quatro anos em julho, desde a primeira negociação de CBIO. Pelo programa, as distribuidoras de combustíveis são obrigadas a comprar os créditos até atingir metas anuais, rateadas de acordo com a venda de derivados fósseis. Os créditos são emitidos por produtores de biocombustíveis, principalmente etanol e biodiesel. Apenas a Vibra (maior do país) e a Ipiranga (terceira) são responsáveis por cerca de 40% das aquisições. A Raízen (segunda), que não integra o grupo, precisa adquirir 18% dos CBIOs necessários para atingir a meta de 2023, de 41 milhões de créditos. Raízen, do grupo Cosan, é verticalizada na produção de etanol, o que também amplia a participação do biocombustível no seu portfólio. O RenovaBio difere, portanto, de um sistema de comércio de emissões em que agentes regulados, com obrigações de reduzir a pegada de carbono, são remunerados pelo atingimento de metas e podem recorrer a outros mecanismos, como a remoção certificada de gases do efeito estufa. Mercado regulado de carbono Os CBIOs, segundo o grupo, deveriam ser convertidos em um crédito do tipo, com a chamada fungibilidade, a capacidade de ser transacionado em um sistema de compensação de emissões. eldquo;[O CBIO] não é um crédito de carbono stricto sensu porque ele não consegue passar nos critérios de adicionalidadeerdquo;, explica Aurélio. eldquo;O RenovaBio está remunerando uma produção de biocombustível já existenteerdquo;. No Congresso Nacional, por iniciativa conjunta com o governo federal, tramita um projeto de lei para criar um sistema de cap-and-trade, no qual quem emite abaixo da meta, tem o direito de vender a diferença para indústrias que emitem acima dos limites. Ao MDIC, o grupo afirmou que a oferta de biocombustíveis está estagnada, por mais que os produtores tenham recebido R$ 16,7 bilhões nesses quase quatro anos. eldquo;Embora os produtores de etanol recebam 85% dos recursos do RenovaBio, além de outros subsídios, à produção de cana segue estagnada há mais de 10 anoserdquo;, diz o documento apresentado ontem. Eles criticam a produção e a produtividade da cana, que segue em um patamar próximo de 600 milhões de toneladas por ano e de 10 a 11 ATR por hectare, indicador que mede a quantidade total de açúcares da produção. Quanto maior, mais derivados são produzidos. Revisão das metas Com a sucessão de crises, a pandemia e os choques inflacionários que sucederam e foram agravados pela invasão da Ucrânia em 2022, o Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu revisar a meta decenal do programa, no ciclo 2024-2033. As metas do programa vinham sendo revisadas ano a ano. Nesse período, de 2020 a 2022, o governo Bolsonaro interrompeu o aumento da mistura de biodiesel, estabelecendo um teto de 10%. E, por força de mudanças no Congresso, a carga tributária da gasolina também foi reduzida. Originalmente, a ambição era atingir um patamar próximo de 100 milhões de CBIOs no fim da década. Na proposta atual, o volume é de 71 milhões em 2033.

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Preço do petróleo sobe mais de 2% sob expectativa de novos cortes na produção

O petróleo fechou em alta forte e estendeu os ganhos de 4%, na sexta-feira passada, à medida que o mercado aguarda pela reunião dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) no próximo fim de semana. O foco estará principalmente sobre a decisão da Arábia Saudita, principal liderança do grupo, de estender, ou não, a redução na produção de 1 milhão de barris por dia (bpd) ao mês. O barril do petróleo WTI - referência americana - com entrega prevista para janeiro fechou em alta de 2,35%, a US$ 77,83. O barril do Brent - referência global de preços - para o mesmo mês subiu 2,12%, a US$ 82,32. A forte alta nas duas últimas sessões procede de um movimento negativo que levou o petróleo às mínimas desde julho na semana passada. A recente fraqueza da commodity energética aumentou o ruído no mercado sobre uma potencial extensão dos cortes sauditas, dizem Warren Patterson e Ewa Manthey, analistas do ING. Adotado ainda no primeiro semestre de 2023, o corte mensal de 1 milhão de bpd da Arábia Saudita, a princípio, tem prazo para acabar no fim do ano. eldquo;Continuamos a esperar que a Arábia Saudita e a Rússia transfiram seus cortes voluntários adicionais para o início de 2024. Entretanto, o que está menos claro é se o grupo mais amplo da Opep+ fará novos cortes", apontam os analistas. "Na sexta-feira, houve relatos de que o grupo poderia considerar um corte de até 1 milhão de bpd. Um corte mais profundo do grupo, combinado com a prorrogação do corte voluntário dos sauditas e russos, seria mais do que suficiente para garantir que o excedente [de oferta] atualmente esperado para o primeiro trimestre de 2024 desaparecesse." Segundo o vice-presidente-sênior da Rystad Energy, Jorge Leon, o barril do Brent pode chegar à média de US$ 96 caso a Arábia Saudita siga reduzindo sua produção até abril de 2024, retirando os cortes gradualmente nos meses seguintes. eldquo;Nossa análise sugere que os sauditas precisarão continuar cedendo participação de mercado, pelo menos até junho de 2024, para atingir esse nível de preçoerdquo;, diz.

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Pix: quais 'evoluções' são esperadas para o futuro da ferramenta

Se a previsão do Banco Central se cumprir, a partir do segundo semestre do ano que vem será possível realizar uma nova modalidade do Pix: a versão agendada. A determinação para o lançamento da funcionalidade foi anunciada em uma transmissão ao vivo exibida na semana passada pelo banco, em celebração aos três anos de lançamento da plataforma de pagamento. A versão agendada, que era inicialmente esperada para ainda este ano, conforme anúncios realizados em meados de 2022, será uma prioridade para atualizar a funcionalidade de pagamento instantâneo emdash; que até dezembro passado promoveu a inclusão financeira de 71,5 milhões de brasileiros em localidades com difícil acesso a agências bancárias. Com dia marcado O Pix agendado funcionará em formato parecido ao débito automático, para o pagamento de contas recorrentes e assinaturas. A inovação, portanto, aumentará a carteira de instituições financeiras que estarão disponíveis para programar pagamentos com dia marcado. Embora não tenham sido anunciadas datas para o lançamento de mais funcionalidades, os representantes do BC citaram a intenção de lançar o Pix internacional, que consiste na possibilidade de fazer transferências e compras no exterior com o mesmo sistema. Também foi lembrada a atualização para pagamento por meio de aproximação, como ocorre hoje com os cartões de crédito e celulares, além do Pix offline, um projeto especialmente desejado pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto. Nessa modalidade, seria possível usar o serviço sem conexão com a internet emdash; neste momento ainda fundamental para conectar-se aos programas que fazem as transferências. A ideia é que esse tipo de Pix funcione por meio de aplicativos para celular adaptados, para a transferência manual ou por meio de aproximação. O projeto está na pasta do Banco Central, mas não foi detalhado. Pix parcelado Embora também esteja previsto na agenda de inovações, o Pix parcelado já é realidade para bancos e fintechs que decidiram se antecipar à funcionalidade. Com essa opção, é possível parcelar as compras em até 24 vezes, mas sempre com o acréscimo de juros. O modelo oferecido por essas instituições é semelhante a um parcelamento com juros no cartão. Em alguns casos a operação é vinculada ao limite do próprio cartão e, em outros, relacionada a um tipo de empréstimo que o banco ofereça. No futuro, é possível que essa modalidade parcelada no Pix se sobreponha à existência do cartão de crédito, acredita o presidente do Banco Central. Perguntado sobre essa possibilidade pela plateia durante os debates do eldquo;E Agora, Brasil?erdquo;, Campos Neto citou esse como um cenário possível no futuro: emdash; Entendemos que com a evolução do Pix há uma tendência dos bancos quererem fazer financiamentos e compras parceladas dentro da trilha do Pix. Pode haver um efeito de substituição (com o cartão de crédito) emdash; pontuou Campos Neto. Todas as novas funcionalidades do Pix são atualizadas na plataforma com o serviço em andamento, sem pausas. emdash; O Pix não tem um botão de pare. Toda manutenção e atualização, inclusive as que são necessárias para desenvolver novos serviços, porque o Pix tem uma agenda evolutiva, é feita com ele funcionando emdash; explicou recentemente Rogério Lucca, chefe do departamento de operações bancárias e de sistemas de pagamentos do BC, durante uma live da instituição. Segurança Na ala da segurança do serviço, porém, não há nenhuma nova ferramenta específica no horizonte a ser lançada pelo Banco Central. Porém, no que diz respeito às fraudes, está em desenvolvimento um rastreio mais robusto para identificar contas envolvidas em esquemas criminosos. A ideia é que todo o eldquo;caminhoerdquo; feito de conta em conta pelo dinheiro adquirido por meio de fraude seja identificado pelo BC.

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Plano estratégico é pano de fundo em impasse entre ministro e Petrobras

A disputa entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sobre a política de preços de combustíveis praticada pela companhia ganhou novo eldquo;rounderdquo; com declarações dos dois entre sexta-feira (17) e sábado (18). Como pano de fundo desse enfrentamento, está o novo plano estratégico da estatal para o período 2024-2028, que deve ser apreciado pelo conselho de administração da empresa na quinta-feira (23), com divulgação no mesmo dia, após o fechamento do mercado. Fontes informam que o valor total a ser investido pela Petrobras nos próximos cinco anos deve girar em torno de US$ 100 bilhões, ante os US$ 78 bilhões do atual plano. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Empresa americana realiza primeiro voo transatlântico do mundo com combustível 100% sustentável

A fabricante americana de jatos executivos Gulfstream Aerospace anunciou nesta segunda-feira (20) que realizou o primeiro voo transatlântico do mundo usando combustível de aviação 100% sustentável (SAF, na sigla em inglês). O voo foi realizado nesta segunda-feira (19), na aeronave Gulfstream G600, com duração de 6h56. O avião partiu da sede da empresa, em Savannah, na Geórgia (EUA), e pousou no aeroporto de Farnborough, na Inglaterra. Segundo a empresa, a missão mostra o potencial para o uso futuro de combustíveis renováveis e#8203;e#8203;na aviação, que apresentam menor teor de carbono, enxofre e aromáticos. Os dados coletados no voo ajudarão a Gulfstream e seus fornecedores a avaliar a compatibilidade das aeronaves com futuros combustíveis renováveis e#8203;e#8203;de baixo teor de aromáticos, especialmente sob temperaturas frias para voos de longa duração. eldquo;Uma das chaves para alcançar as metas de descarbonização de longo prazo da aviação executiva é o amplo uso de SAF em vez de combustível de aviação de base fóssil. A conclusão deste voo de classe mundial ajuda a avançar a missão abrangente de sustentabilidade da aviação executiva e a criar impactos ambientais positivos para as gerações futuraserdquo;, afirmou Mark Burns, presidente da Gulfstream. O SAF utilizado no voo era composto 100% de ésteres e ácidos graxos hidroprocessados, com 70% menos emissões de gás carbônico (CO2) no ciclo de vida do que o combustível de aviação de base fóssil, ajudando a reduzir o impacto da aviação no clima. Além disso, segundo a empresa, o combustível com zero adição de aromáticos tem um impacto reduzido na qualidade do ar local e um teor de enxofre muito baixo, o que pode reduzir os impactos ambientais não relacionados com o CO2.

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