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Bahia corre risco de ficar sem gasolina e gás de cozinha, diz sindicato

O Sindicato dos petroleiros e petroleiras da Bahia (Sindipetro-Ba) informou que algumas unidades da Refinaria de Mataripe, administrada pela empresa Acelen, estão paradas ou apresentando problemas operacionais provocados pelas fortes chuvas que caem no estado. Em função disso, a refinaria não está operando com plena capacidade e já apresenta baixo estoque de gasolina e gás de cozinha (GLP). "Esse estoque está bem abaixo do nível mínimo de segurança. Hoje, todo o gás e gasolina produzidos estão sendo direcionados para atender o mercado interno, de modo que a Acelen não está distribuindo para outros estados", disse o diretor de comunicação do Sindipetro-Ba, Radiovaldo Costa. Segundo o sindicato, na tentativa de retomar a operação das unidades, um compressor da Unidade-39 (U-39) apresentou problemas, impossibilitando o retorno do craqueamento do petróleo (um processo químico que transforma frações de cadeias carbônicas maiores em frações com cadeias carbônicas menores). A Acelen teria chamado de volta um navio que foi carregado com GLP para que devolvesse o produto. A preocupação é o impacto no abastecimento das distribuidoras, pois a previsão para a volta do craqueamento na U-39 seria de 10 dias, correndo risco de faltar os produtos no mercado baiano. Segundo Radiovaldo, os problemas operacionais são resultado de demissões que vêm sendo feitas nos últimos meses, de funcionários experientes, que atuavam na empresa antes da privatização. "Muitos demitidos eram ex-trabalhadores da Petrobras, e a gente acredita que os mais novos ainda têm dificuldade na operação, porque a transmissão de conhecimento não foi feita como deveria", afirmou. Reação em cadeia Pelo fato da Acelen atender também outros estados e, neste momento, ter que priorizar o fornecimento dos consumidores baianos, Radiovaldo acredita que o preço dos derivados de petróleo fora da Bahia também deve aumentar. Além disso, o aumento do barril do petróleo, que gerou o reajuste das gasolina na Bahia na última semana, também deve contribuir para uma nova escalada de preços. "Se o mercado perceber que o produto está escasso, o preço sobe", disse. Para se manter em operação plena, a Refinaria de Mataripe consome, diariamente, 300 mil barris de petróleo. Em nota, a Acelen informou que as unidades responsáveis pela produção de gasolina e GLP da Refinaria de Mataripe, encontram-se em manutenção não-programada, o que reduziu a capacidade produtiva da refinaria. "A empresa está adotando todas as medidas possíveis com vistas a reduzir a possibilidade de impacto no fornecimento dos produtos ao mercado, o que inclui compra de carga extra de GLP para reforçar os estoques e suprir o fornecimento durante a parada não-programada". A companhia disse ainda que, em dois anos, investiu mais de R$ 2 bilhões na revitalização e recuperação da Refinaria de Mataripe. "Foi implementado o maior programa de modernização da sua história, com foco na segurança, na eficiência do parque industrial, na redução da pegada ambiental das operações e na sua automação, com a transformação digital que está sendo realizada". A empresa informou também que, graças ao seu CIM-Centro de Manutenção Integrada, por meio de IA, já está sendo possível responder a esta ocorrência de maneira ágil e assertiva, pois permitiu diagnósticos mais precisos e seguros para atuação das equipes de manutenção, que preveem normalização da operação em nove dias.

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Governo se divide entre defesa da transição energética e exploração de petróleo

O governo enfrenta um dilema quando se trata da política energética. Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se apresenta como um líder contra a crise climática global, ao mesmo tempo, continua investindo e incentivando a exploração de combustíveis fósseis, especialmente o petróleo. No início do mês, a Petrobras anunciou que descobriu petróleo em águas ultra profundas da Bacia Potiguar, no poço exploratório Anhangá. O reservatório fica próximo à divisa entre o Ceará e o Rio Grande do Norte, a cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal, a 2.196 metros de profundidade, na Margem Equatorial brasileira. A Petrobras é a principal interessada no petróleo da região, que é uma área com mais de 2,2 mil km de litoral, e planeja investir US$ 7,5 bilhões em exploração até 2028, sendo US$ 3,1 bilhões na Margem Equatorial. Ao mesmo tempo, o governo faz a propaganda dos programas focados em transição energética. No final do ano passado, a Câmara dos Deputados aprovou três projetos de lei relacionados à transição ecológica, e o Planalto tem pressionado o Senado para que as propostas avancem. Os textos tratam dos combustíveis do futuro, da criação de um mercado de carbono e da regulamentação da exploração de energia eólica em alto mar. Quando o assunto é petróleo, o governo defende que investir na exploração pode financiar novas fontes de energia. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, tem comentado que a exploração na margem equatorial pode servir para impulsionar a economia regional e garantir recursos para a transição energética do Brasil. De acordo com um estudo realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), a produção de petróleo e gás na região tem o potencial de gerar 326 mil empregos formais no Brasil. Caso as expectativas em relação às reservas se confirmem, estima-se um acréscimo de R$ 65 bilhões ao PIB (Produto Interno Bruto) da região anualmente. A transição energética é um processo gradual e complexo, onde o petróleo ainda tem relevância, na avaliação do advogado especializado em direito ambiental Alessandro Azzoni. Ele destaca que as reservas petrolíferas também são estratégicas para o Brasil, porque podem diminuir a dependência do país do mercado externo. eldquo;A transição energética ocorrerá gradualmente, não de forma imediata. A maioria das matrizes energéticas ainda depende de derivados de petróleo e combustíveis fósseis, o que indica um amplo mercado para esses recursos. Realizar essa transição é um processo lento e complexo de implementação. Portanto, considero que duas coisas são essenciais: o mundo ainda depende do consumo de combustíveis fósseis, e as reservas de petróleo brasileiras podem ajudar a reduzir nossa dependência externa.erdquo; - (ALESSANDRO AZZONI, ADVOGADO ESPECIALIZADO EM DIREITO AMBIENTAL) No entanto, o especialista ressalta a necessidade de novas tecnologias e uma licença ambiental rigorosa da Petrobras, além de uma fiscalização eficaz. Ele acredita que essa possibilidade da exploração existe, mas é fundamental que o governo exija que a estatal cumpra com essas exigências, e que os lucros gerados pela operação sejam investidos em energias renováveis. eldquo;É muito importante garantir uma forte condição ambiental para proteger especialmente uma região tão vasta como a Amazônia. Acredito que essa possibilidade [da exploração na Foz do Amazonas] existe, mas cabe ao governo impulsioná-la, exigindo que a Petrobras cumpra com esses requisitos. Além disso, os lucros gerados pela operação devem ser direcionados para investimentos em energias renováveiserdquo;, completa. João Victor Basilio de Barros, jurista especializado em projetos de infraestrutura, afirma que, na prática, o Brasil tem mantido um equilíbrio entre a exploração de petróleo e gás e o desenvolvimento de energias limpas ao longo das últimas décadas. Ele cita que enquanto se tornava um dos maiores exportadores de petróleo do mundo, o país também alcançou o sexto lugar no ranking global de capacidade instalada de energia. As instituições deveriam atuar de modo efetivo visando solucionar tal antagonismo quanto antes. A disputa é totalmente legítima, em razão dos aspectos ambientais, sociais e políticos envolvidos e, também, considerando a dinâmica inerente a um regime democrático. Contudo, não podemos desconsiderar que as discussões sobre a exploração de recursos naturais e o chamado elsquo;desenvolvimento sustentávelersquo; já estão bastante avançadas no país e no mundo. São inúmeros os exemplos de exploração e produção de petróleo e gás em territórios marítimos pelo planeta, tais como o Mar do Norte, o Golfo do México e até mesmo a Guiana, ao lado. - (JOÃO VICTOR BASILIO DE BARROS, JURISTA ESPECIALISTA EM PROJETOS DE INFRAESTRUTURA) O especialista opina que o governo e a Petrobras estão seguindo na direção certa ao adotar uma estratégia de transição energética, alinhada com o movimento global. Isso porque, segundo ele, é importante pontuar que as fontes de energia renovável ainda não conseguem suprir totalmente a demanda por combustíveis fósseis no Brasil, um grande exportador de petróleo bruto. eldquo;O Brasil é hoje um grande exportador de petróleo bruto, tendo o petróleo sido o 2º produto da pauta exportadora brasileira, em 2023, e, portanto, o país precisará de mais tempo para substituir sua necessidade atual por divisas internacionais e arrecadação de tributos e royalties, por exemplo, oriundas da produção de petróleo e gás natural. Não há, assim, uma contradição. Inclusive, é possível pensar em um futuro em que parte da cadeia produtiva e das infraestruturas construídas para projetos de petróleo e gás natural, tais como portos, estaleiros, dutos e indústrias, possam ser adaptadas para empreendimentos da transição energética, tais como biometano e eólicas offshoreerdquo;, completa. eldquo;Transição energética é urgenteerdquo; A ex-presidente do Ibama e coordenadora de Políticas Públicas do Observatório do Clima, Suely Araújo, destaca que a posição do governo brasileiro na área de energia contradiz a proposta de liderar em questões ambientais globalmente. eldquo;O governo fala bastante em transição energética, mas a prática nesse tema tem sido a priorização dos combustíveis fósseis. Não dá para ser um exemplo para o mundo em política ambiental e, ao mesmo tempo, membro da Opep+. O Brasil é o nono maior produtor de petróleo do mundo, produzimos mais do que o suficiente para nossa demanda interna.erdquo; - (SUELY ARAÚJO, EX-PRESIDENTE DO IBAMA E COORDENADORA DE POLÍTICAS PÚBLICAS DO OBSERVATÓRIO DO CLIMA) A especialista aponta uma discrepância entre os cronogramas da exploração de petróleo e a urgência da transição para fontes de energia renovável. Mesmo que o Ibama conceda licenças para perfuração e a Petrobras encontre petróleo em quantidades viáveis, o processo de produção pode levar de 6 a 10 anos para começar. Além disso, muitos blocos na mesma bacia sedimentar estão em estágios iniciais ou ainda não foram leiloados, o que significa que a produção real está a uma década ou mais de distância. eldquo;Estamos falando em produção para daqui a 10 ou 15 anos, até mais, em alguns casos. Se tivermos de esperar até 2040 para financiar fontes renováveis no país, morreremos tostados ou cozidos. Para mim, esse discurso lembra o dos líderes que defendem financiar a guerra para conseguir a paz.erdquo; - (SUELY ARAÚJO, EX-PRESIDENTE DO IBAMA E COORDENADORA DE POLÍTICAS PÚBLICAS DO OBSERVATÓRIO DO CLIMA) Na mesma linha, o presidente do Observatório Internacional da Juventude (OIJ), Daniel Calarco, destaca que o dilema em torno da exploração de petróleo e os consequentes riscos ambientais são reflexos da complexidade das decisões governamentais, que devem conciliar interesses econômicos imediatos com a proteção ambiental a longo prazo. eldquo;O desafio vai além da técnica. Em um momento de arrochos financeiros e de crises no Palácio do Planalto, é normal que seus ministros lutem pelo espaço, protagonismo e recurso necessário para entregar nas suas pastas. De um lado, o Ministério de Minas e Energias não pode ignorar uma das maiores reservas de pressão encontradas na modernidade, enquanto a ministra Marina Silva, símbolo mundial da preservação ambiental, não pode aceitar que esse processo seja feito de qualquer maneira, colocando em risco todos os ganhos da sua política de proteção ambiental e de ação climáticaerdquo;, analisa. eldquo;É uma disputa grande, que cada vez se torna mais complexa, que recentemente envolveu, inclusive, a Advocacia-Geral da União e o presidente da Petrobras, que também figuram em polos opostos sobre como, quando e se o petróleo será explorado naquela regiãoerdquo;, conclui. Margem Equatorial pode ter reservas de 30 bilhões de barris A disputa também é grandiosa em números. Segundo projeções da Petrobras, a Margem Equatorial pode ter reservas de 30 bilhões de barris de petróleo. O que poderia elevar a produção em 1,106 mil barris por dia a partir de 2029. eldquo;Se todo esse petróleo for realmente queimado, estamos falando de uma emissão que vai variar entre 4 e 13 bilhões de toneladas de gás carbônico, o gás CO2, que é um dos principais gases de efeito estufa. É um volume que se assemelha com a quantidade de emissão de países como os Estados Unidos e a China, que emitem isso em um ano, sendo os maiores poluentes do mundoerdquo;, completa Calarco. eldquo;Quando falamos sobre transição energética, falamos também sobre o futuro do planeta. Não temos chances para errar. Então, é importante que o Brasil determine métodos, processos, fatores e autoridades que nós possamos cobrar e construir juntos um sistema que garanta que a nossa população e o nosso planeta estejam no centro da agenda de desenvolvimento.erdquo; - (DANIEL CALARCO, PRESIDENTE DO OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL DA JUVENTUDE)

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Petróleo fecha em queda com menor tensão no Oriente Médio

O preço do petróleo caiu nesta segunda-feira, 22, conforme cresce a convicção no mercado de que as rusgas entre Irã e Israel não vão escalar para um conflito regional. Pela manhã, a commodity chegou a recuar perto de 1%, mas devolveu parte das perdas após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmar que intensificará esforços militares contra o Hamas. O WTI para junho fechou em queda de 0,39% (US$ 0,32), a US$ 81,90 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês recuou 0,33% (US$ 0,29), a US$ 87,00 o barril, na Intercontinental Exchange. O Rittersbuch escreve que a queda do petróleo vista recentemente também tem relação com uma deterioração na demanda, enquanto os estoques da commodity seguem fortemente abastecidos nos Estados Unidos, com número elevado de plataformas e poços de perfuração em atividade, o que não descarta até mesmo uma produção recorde no país. O RBC Capital, por sua vez, afirma que enquanto os conflitos forem entre Irã e Israel, os ganhos do petróleo tendem a ser limitados, porque a relação iraniana com outros players fundamentais ao setor endash; Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos endash; continua no mesmo patamar. Na Europa, o alto representante da União Europeia (UE), Josep Borrell, anunciou que o bloco chegou a um acordo político para expandir suas sanções aos drones do Irã, cobrindo mísseis e a sua potencial transferência para a Rússia. Diante da ainda existente chances de escalada de tensões, que poderia levar a uma nova rodada de valorização do petróleo, Louis Navellier, da gestora Navellier, recomendou, em nota a investidores, que as carteiras de seus clientes mantenham posições nos futuros da commodity. Além disso, o governo do Iraque alertou para novos atrasos na retomada das exportações de petróleo do Curdistão para a Turquia, através de um oleoduto que ficou fechado por mais de um ano. (Estadão Conteúdo)

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Preço do etanol sobe em 18 estados e no Distrito Federal, mostra ANP

Os preços médios do etanol hidratado subiram em 18 estados e no Distrito Federal, caíram em seis e ficaram estáveis em outros dois estados na semana passada. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e foram compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol subiu 1,87% ante a semana anterior, de R$ 3,74 para R$ 3,81 o litro. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média subiu no período de R$ 3,57 para R$ 3,67. A maior alta percentual na semana, de 6,86%, foi registrada no Distrito Federal, onde o litro passou de R$ 3,79 para R$ 4,05. A maior queda percentual, de 2,65%, ocorreu no Rio Grande do Norte, com o litro passando de R$ 4,90 para R$ 4,77. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 2,99 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 5,99, foi registrado no Rio Grande do Sul. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,60, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado no Amapá, de R$ 4,99 o litro. Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País subiu 6,72%. A maior alta no período, de 16,63%, foi registrada no Rio Grande do Norte. A maior queda no mês foi observada em Rondônia, de 1,04%.

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Demanda por diesel sobe 8,7% no primeiro bimestre, aponta EPE

O primeiro bimestre de 2024 registrou uma demanda sazonal recorde de óleo diesel, informa a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em um estudo sobre as perspectivas para o mercado brasileiro de combustíveis no curto prazo. No entanto, o restante do semestre deve ser impactado por uma safra de 2023/24 menor do que a do ano passado, destaca o documento. De acordo com a EPE, o consumo de diesel em janeiro e fevereiro cresceu 8,7% em comparação com o mesmo período do ano passado, impulsionado pela expansão do volume exportado de soja. Mesmo com a previsão de uma safra menor da oleaginosa este ano, a estimativa é de que no primeiro semestre a demanda por óleo diesel suba 1,6% contra o primeiro semestre de 2023. Segundo o estudo, a demanda brasileira de combustíveis líquidos continuará crescendo em 2024. Estima-se um crescimento de 1,3%, ou 2 bilhões de litros, este ano, depois de três anos consecutivos crescendo mais de 4% ao ano, o que representa um incremento anual médio de 6,4 bilhões de litros entre 2021 e 2023. "O consumo dos combustíveis do ciclo Otto continua em patamares elevados, com o etanol hidratado aumentando a sua participação, devido à relação de preços mais favorável quando comparado com a gasolina C", informou a autarquia. Segundo a EPE, o crescimento da economia, a amenização dos efeitos do El Niño sobre o clima, a normalização da safra 2024/25, políticas de transferência de renda e programas governamentais, com destaque para o novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), deverão contribuir para o crescimento do consumo de combustíveis ao longo de 2024 e especialmente em 2025, ano em que se projeta um crescimento de 3,3%, ou 4,6 bilhões de litros, para a demanda brasileira de combustíveis líquidos. O consumo de diesel S10, o menos poluente, deve subir 3,8% este ano, para 44,3 bilhões de litros, dando um salto de 7,1% em 2025, para 47,4 bilhões de litros, de acordo com o estudo da EPE. Já o consumo de gasolina C emdash; comercializada nos postos de abastecimento já com a mistura de etanol emdash;, registrou queda de 8% no primeiro bimestre, quando comparada ao mesmo período do ano passado, depois do preço ter subido 3% em fevereiro contra janeiro deste ano. A expectativa, porém, é que a demanda pelo combustível suba 1,5% este ano, para 46,7 bilhões de litros, e 3,3% em 2025, para 48,3 bilhões de litros. Para o etanol hidratado, a previsão é de aumento de 2,2% no consumo este ano, para 18,4 bilhões de litros, com previsão de um crescimento de 6,6% em 2025, para 19,6 bilhões de litros. "A relação entre o preço do etanol hidratado e o preço da gasolina C está favorável ao biocombustível na maioria dos estados brasileiros, mesmo no período da entressafra, resultando no aumento do consumo, o que deve continuar ao longo de 2024", explicou a EPE.

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Sindiposto Goiás comemora aprovação de projeto de lei da TCFA em Comissão da Câmara

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Combustíveis no Estado de Goiás (SINDIPOSTO) e a Fecombustíveis informam que o projeto de lei 10273/2018, que altera a cobrança da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA), foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Há cerca de seis anos, as Entidades tem atuado pela aprovação deste projeto e a expectativa é de que, neste ano, a matéria seja finalizada com decisão favorável ao setor. Para os postos revendedores, a mudança da cobrança representa um passo rumo à evolução, já que se pretende implementar um critério mais justo e equilibrado, proporcional ao risco ambiental do negócio. Atualmente, pelo critério adotado, um posto de combustível de porte pequeno paga o mesmo valor de uma distribuidora ou refinaria de petróleo. O texto, de autoria do ex-deputado Jerônimo Goergen (PP/RS), também propõe restringir as circunstâncias em que a taxa pode ser cobrada, vinculando-a apenas à realização de atividades potencialmente poluentes ou que façam uso de recursos ambientais sujeitos a licenciamento ou autorização ambiental federal. Em relação à arrecadação de recursos, o projeto não afetará o compromisso ambiental do Ibama em relação às suas atividades, porém corrige distorções de cobranças exacerbadas para setores com menor potencial poluidor. A próxima etapa da votação deverá ser a avaliação pelo Senado e posteriormente retorna novamente para a Câmara. Tanto o Sindiposto como a Fecombustíveis acompanharão o tema e almeja, com a aprovação do projeto, que acabe, de uma vez por todas, com uma das maiores injustiças do setor.  

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