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Carros elétricos e híbridos já são mais da metade dos carros novos vendidos na Europa

As vendas de carros novos cresceram em outubro na Europa, puxados pela demanda na França, Itália e Espanha, bem como por um salto no consumo de veículos elétricos. Os registros de carros novos, que refletem as vendas, avançaram 14,6%, na comparação com igual mês do ano passado, a 855.484 unidades em outubro deste ano, informou a Associação de Montadoras de Automóveis Europeia (ACEA), nesta terça-feira, 21. As vendas de carros totalmente elétricos avançaram 36,3% em outubro na comparação anual, enquanto as de híbridos avançaram 38,6% e as de híbrido plug-in caíram 5%. Já as vendas de carros a gasolina subiram 8,1%, e as de carros a diesel caíram 13,2%. No mês, a fatia de mercado de carros elétricos subiu para 14,2%, enquanto a de carros híbridos foi de 29% e a de híbridos plug-in diminuiu, para 8,4% - totalizando mais de 51%. Os carros a gasolina mantiveram a liderança, embora tenham diminuído para 33,4% em outubro. Automóveis a diesel tiveram uma fatia de 12%. Entre as cinco maiores montadoras da UE, a Renault teve maior crescimento nas vendas em outubro, com alta de 24% na comparação anual. A Volkswagen teve alta de 9,9%, Stellantis avançou 11%, Mercedes-Benz teve ganho de 12%, enquanto BMW cresceu 18%. (COM DOW JONES NEWSWIRES)

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As empresas de maquininhas vão sobreviver ao avanço da tecnologia? A Stone dá sua receita

É consenso entre analistas do setor de pagamentos que as empresas que antes eram conhecidas pelas maquininhas de cartão terão de ir além delas para sobreviver e sustentar a rentabilidade no futuro. Nesse caminho, a Stone, uma das maiores empresas do setor, tem planos ambiciosos para dobrar o lucro até 2027. O salto, segundo a companhia, virá daquilo que faz além dos pagamentos. No primeiro Stone Day de sua história, a empresa divulgou a expectativa de chegar a R$ 4,3 bilhões em lucro líquido ajustado daqui a quatro anos. Uma das apostas vem da captura de transações na casa dos R$ 600 bilhões no segmento de micro, pequenas e médias empresas. As comissões com esses clientes devem chegar a 2,7%. O volume de depósitos nas contas digitais deve aumentar para R$ 14 bilhões, e a carteira de crédito, a R$ 5,5 bilhões. Por trás da expectativa de maior rentabilidade, está a ambição da empresa de aumentar a venda de produtos financeiros e de software para os clientes das maquininhas. eldquo;A contribuição de outros produtos, fora pagamentos, vai aumentarerdquo;, afirma ao Estadão/Broadcast o vice-presidente de Finanças e diretor de Relações com Investidores da empresa, Mateus Schwening. Outro pedaço desse foco é o da eficiência. eldquo;O último pilar está muito centrado no aumento de eficiência operacional para crescer com baixo investimento incrementalerdquo;, diz o CEO da Stone, Pedro Zinner. A crença da companhia é que, após dez anos de operação, a estrutura está preparada para crescer sem a necessidade de grandes ampliações. A apresentação de perspectivas de longo prazo animou o mercado. Na Nasdaq, bolsa americana em que a Stone é listada, os papéis subiam da empresa subiram neste mês 39,21%. Além do Stone Day, a companhia informou há duas semanas um lucro líquido ajustado de R$ 435 milhões no terceiro trimestre, alta de quatro vezes em um ano e também anunciou um novo plano de recompra de ações que pode chegar a R$ 1 bilhão. Integração A Stone espera ampliar as receitas através da maior integração entre os serviços financeiros e os de software, em que os principais ativos vieram da Linx, adquirida em 2021. Essa integração, que começa a ganhar força agora, terá um foco mais estrito: os segmentos de varejo, postos de gasolina, alimentação e farmácias serão prioritários na oferta combinada. A diretora de Estratégia e Marketing da Stone, Lia Matos, afirma que os demais setores não serão deixados de lado. Entretanto, a Stone detectou que esses quatro são os que mais oferecem espaço de crescimento da oferta de serviços financeiros para micro, pequenas e médias empresas, que são a prioridade de negócio da Stone. eldquo;Nessas áreas prioritárias, vamos ter uma ênfase em integração de canal, de produto e alinhamento de incentivoserdquo;, afirma. eldquo;Nas outras áreas do nosso negócio de software, vamos continuar muito mais similares ao que somos hoje, mas com um foco muito grande em eficiência.erdquo; Essa integração está mais avançada nos postos de gasolina. A Stone integrou a maquininha às bombas de combustíveis. Em geral, nos postos, esses dois equipamentos estão separados, o que abre margem para fraudes na cobrança de clientes que pagam com cartão. Com o novo sistema, a bomba eldquo;comunicaerdquo; à maquininha exatamente quanto o cliente tem de pagar. Sem a integração, era necessário que esse valor fosse informado por um funcionário ou pelo próprio cliente, o que abria margem para fraudes. Na conexão desenhada pela empresa, a operação inclusive tem o CPF do frentista cadastrado, para identificar todo o processo. Segundo a Stone, as áreas prioritárias representam 76% do potencial de receitas em serviços financeiros. A ideia da companhia é focar a venda desses produtos a segmentos que hoje são menos atendidos. É um desafio: os bancos que controlam adquirentes, como o Itaú (dono da Rede) e Bradesco e Banco do Brasil (que controlam a Cielo), também estão de olho nesse público. Racional A concorrência é forte, mas é diferente daquela vista na eldquo;guerra das maquininhaserdquo;, que movimentou o setor na segunda metade da década passada. Matos diz que o mercado tem mostrado maior racionalidade, sem abrir mão de margem para manter ou conquistar clientes. É um discurso que outras companhias, como a própria Cielo, têm adotado. eldquo;A principal métrica para nós é a capacidade de continuar ganhando clientes e crescer acima do mercado, naturalmente de forma rentávelerdquo;, afirma ela. eldquo;Esse rouba-monte (de clientes) não tem como alavanca uma guerra de preços, necessariamente. Vemos um mercado bem mais racional.erdquo;

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Governo reduz projeção de alta do PIB em 2023 a 3,0% e vê inflação maior em 2024

A SPE (Secretaria de Política Econômica) do Ministério da Fazenda revisou para baixo sua projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2023, a 3,0%, ao mesmo tempo que piorou ligeiramente a conta para 2024 e passou a enxergar uma pressão de preços maior no próximo ano. O crescimento esperado pela pasta para este ano está abaixo dos 3,2% estimados em setembro, mostrou o mais recente boletim macrofiscal, publicado nesta terça-feira (21). "A mudança repercute, principalmente, revisão para a estimativa de variação do PIB no terceiro trimestre, de 0,1% para 0,0% na margem, além do menor dinamismo previsto para a atividade em serviços", informou a SPE no documento. Em setembro, a pasta havia elevado sua perspectiva para a expansão econômica deste ano em 0,7 ponto percentual, na esteira de dois trimestres consecutivos de surpresas positivas no resultado do PIB brasileiro. No entanto, economistas têm alertado para grandes chances de desaceleração do ímpeto econômico nas leituras do segundo semestre deste ano. Para 2024, a projeção do governo para a expansão do PIB também recuou ligeiramente, a 2,2%, ante os 2,3% de antes. "A mudança reflete o aumento das incertezas no ambiente externo em função da eclosão de conflitos geopolíticos; dos riscos relacionados à desaceleração do crescimento chinês; e da perspectiva de manutenção dos juros americanos em alto patamar por mais tempo", explicou a SPE no boletim, citando ainda perspectiva menos favorável para a safra do próximo ano. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse nesta terça-feira (21) em coletiva de imprensa que as projeções para crescimento deste ano e do próximo permanecem "razoavelmente estáveis", sem se alarmar com as revisões para baixo. As previsões do governo para a atividade ainda estão melhores do que as expectativas do mercado, que apontam para crescimento de 2,85% em 2023 e 1,50% em 2024, segundo o mais recente boletim Focus do Banco Central. Em relação à inflação, a SPE passou a ver alta de 4,66% do IPCA este ano, contra previsão de 4,85% no último boletim, argumentando que o processo de desinflação vem ocorrendo "com velocidade maior do que a projetada até meados do ano". A nova estimativa está agora dentro do teto da meta de 4,75% de 2023. "Este ano, tudo indica, já fecharemos o ano dentro da banda superior da meta de inflação e, no ano que vem, nós iniciaremos um processo de convergência para aproximar a inflação verificada do centro da meta, estabelecido em 3%", afirmou Mello. No entanto, a alta dos preços em 2024 passou a ser calculada pela SPE em 3,55%, significativamente acima dos 3,40% de antes, ainda que de fato siga abaixo do teto de 4,50% para o período. O ajuste foi justificado pela pasta com menções a "mudanças marginais" em projeções para o câmbio e para os preços de commodities, bem como reajustes anunciados do ICMS sobre gasolina, diesel e GLP, além de impactos esperados do El Niño sobre os preços de alimentos, energia e combustíveis. Falando sobre outras variáveis macroeconômicas, Mello destacou na coletiva de imprensa um mercado de trabalho ainda "resiliente", com taxa de desemprego em nível "historicamente baixo", ao mesmo tempo que citou "melhora significativa" no mercado de crédito. Segundo o secretário, até meados deste ano a pasta via trajetória "preocupante" do setor de crédito devido a empecilhos internacionais e efeitos defasados do ciclo de aumento da taxa Selic, mas comemorou uma "retomada" recente nas concessões, destacando ainda aceleração na tendência de crescimento da emissão de debêntures. Os dados mais recentes do Banco Central, referentes a setembro, mostraram alta do estoque total de crédito de 0,8% no período, a R$ 5,576 trilhões, com as concessões de financiamentos com recursos livres, nos quais as condições dos empréstimos são livremente negociadas entre bancos e tomadores, subindo 2,1% em relação ao mês anterior. Mello também disse que a pasta está vendo resultados do programa Desenrola de renegociação de dívidas, criado pelo governo, citando redução da inadimplência das famílias. A taxa Selic emdash;que influencia tanto o ímpeto de crescimento da economia quanto a oferta de crédito e o ritmo da inflaçãoemdash; está atualmente em 12,25%, depois de três reduções consecutivas de 0,50 ponto percentual pelo Banco Central, que tiraram os juros básicos do nível elevado de 13,75% em que permaneceram por cerca de um ano até o início de agosto. (Reuters)

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Funcionários da Petrobras dizem que estatal sofre pressões de políticos que buscam poder

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa diversos sindicatos de funcionários da Petrobras, afirmou em nota nesta terça-feira (21) que a atual administração da petroleira está sofrendo pressões, enquanto um bloco parlamentar busca ampliar seu poder. A federação, que é ligada ao PT, afirmou ver o movimento com "preocupação" e indicou que isso é "prejudicial à própria empresa, aos trabalhadores, ao governo e sobretudo ao povo brasileiro". Na véspera, a Reuters publicou que integrantes do governo brasileiro têm conversado sobre uma possível substituição do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já que estariam descontentes com os rumos da empresa, segundo fontes com conhecimento do assunto. O Palácio do Planalto negou que exista tal movimento. A nota da FUP não aponta qual seria o bloco político que gostaria de tomar o controle da Petrobras. No comunicado, o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, disse que a federação tem lutado para que sejam feitas alterações na representação do conselho de administração da Petrobras. "Os seis conselheiros indicados pelo governo deveriam ser da total confiança do presidente Lula", afirmou Bacelar. A administração de Prates já foi alvo diversas vezes de críticas diretas do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), desde o início de sua gestão, relacionadas a preços de combustíveis, exploração na Margem Equatorial, preços do gás natural, dentre outros temas. Em julho, Prates chegou a publicar que sua gestão havia sofrido uma "campanha de desestabilização". Na semana passada, Silveira cobrou publicamente uma redução de preços de combustíveis pela Petrobras, em especial do diesel, afirmando que "já esperava" uma manifestação da estatal desde o último reajuste realizado há mais de 30 dias. Em resposta, Prates publicou nas redes sociais durante o fim de semana que, para que o ministério possa orientar a Petrobras a baixar os preços de combustíveis diretamente, será necessário seguir regras da Constituição e do estatuto da empresa, cumprindo diversas etapas, incluindo a assinatura de um contrato que pode levar a empresa a ser compensada pela União. Nesta tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve receber Prates, assim como os ministros da Casa Civil, Rui Costa, Fernando Haddad (Fazenda), além de Silveira. O plano de investimento da Petrobras, que está em elaboração com previsão de ser divulgado ainda este mês, pode ser um dos temas do encontro em Brasília. Lula mostrou descontentamento em relação a alguns pontos de um esboço do plano e quer mais contratações no Brasil para a construção de embarcações que serão usadas pela Petrobras, para que a empresa colabore com uma maior geração de empregos no país, segundo fontes ouvidas pela Reuters. (Reuters)

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Petróleo cai por cautela antes de reunião da Opep+

Os preços do petróleo deram uma trégua, nesta terça-feira (21), depois de subirem por duas sessões seguidas, com os investidores cautelosos antes da reunião agendada pela Opep+ para domingo, quando o grupo de produtores poderá discutir o aprofundamento dos cortes de oferta devido à desaceleração do crescimento econômico global. Os futuros do petróleo West Texas Intermediate dos EUA caíram US$ 0,06, para US$ 77,77 o barril. Os futuros do petróleo Brent subiram US$ 0,13, a US$ 82,45 o barril. Os preços reduziram as perdas no final do dia, com apenas mais uma sessão antes do feriado de Ação de Graças nos EUA, na quinta-feira, o que normalmente resulta em volumes mais baixos de negociação de petróleo. Na segunda-feira, ambos os contratos subiram cerca de 2% depois que três fontes da Opep+ disseram à Reuters que o grupo, composto pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e produtores aliados, deveria considerar cortes adicionais na oferta de petróleo quando se reunir em 26 de novembro. A Opep+ deverá prolongar ou mesmo aprofundar os cortes na oferta de petróleo até ao próximo ano, previram oito analistas. (Reuters)

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Agência internacional prevê excedente de oferta de petróleo em 2024 e minimiza cortes da Opep+

O chefe da divisão de mercados e indústria de petróleo da AIE (Agência Internacional de Energia), Toril Bosoni, afirmou nesta terça-feira (21) que o mercado global de petróleo terá um leve excedente de oferta em 2024, mesmo que as nações da Opep+ estendam seus cortes até o próximo ano. No momento, no entanto, o mercado de petróleo está em déficit e os estoques estão diminuindo "em um ritmo acelerado", avaliou Bosoni. "Os estoques globais de petróleo estão em níveis baixos, o que significa que você corre o risco de aumentar a volatilidade se houver surpresas tanto do lado da demanda quanto do lado da oferta", acrescentou. Nessa segunda-feira (20), os futuros do petróleo bruto Brent subiam 2,1%, e fecharam a US$ 82,32 o barril. (Reuters)

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