Ano:
Mês:
article

Petróleo fecha em queda, com efeitos de guerra, Opep e China nos fundamentos do mercado

O petróleo fechou em queda na sessão desta segunda-feira, 27. Notícias de extensão no cessar-fogo entre Israel e Hamas, de divergências entre membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de desaceleração econômica na China fazem investidores ajustarem expectativas sobre até que ponto a oferta ficará apertada. O petróleo WTI para janeiro de 2024 fechou em queda de 0,90% (US$ 0,68), a US$ 74,86 o barril. O Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), 0,75% (US$ 0,61), a US$ 79,87 o barril. A commodity chegou a testar recuperação em alguns momentos do dia, mas o sinal negativo predominou ao final do pregão. Israel e o Hamas concordaram em estender por dois dias a trégua humanitária no conflito em curso na Faixa de Gaza, anunciou o Catar, mediador do acordo. A amenização das tensões geopolíticas no Oriente Médio tende a favorecer uma baixa no preço do petróleo, à medida que dissolve temores de que haja interrupções na oferta de países vizinhos e aliados. Além disso, há relatos de que a Arábia Saudita estaria pedindo a outras nações da Opep+ que reduzam as suas cotas de produção de petróleo, mas que alguns membros estariam resistindo, segundo reportou a Bloomberg. A perspectiva de menos restrição de produção também exerce uma pressão baixista no preço. O analista Craig Erlam, da Oanda, apontou que a decisão do grupo de adiar a sua reunião desse domingo, 26, para quarta-feira, 30, deixa evidente que há alguma discordância dentro aliança. eldquo;O grupo sempre encontrou uma maneira de chegar a um acordo, mesmo que isso significasse que os maiores produtores assumam mais compromissos adicionais endash; então provavelmente é seguro dizer que algo semelhante será alcançado nesta semana. Mas a questão é até onde eles irão, dada a tendência recente de queda dos preços do petróleo e as preocupações crescentes em torno do crescimento globalerdquo;, comentou ele. O analista Peter Cardillo, chefe de Mercados da Spartan Capital, disse acreditar que o encontro da Opep+ resultará em preços ainda menores de petróleo, à medida que o grupo permanece eldquo;fragmentadoerdquo;. Na China, dados mostraram desaceleração no lucro industrial, o que alimenta preocupações com a saúde da segunda maior economia do mundo. No setor financeiro, funcionários da gigante de crédito Zhongzhi Enterprise foram alvo de ação da polícia de Pequim, em um esforço para conter problemas do sistema bancário paralelo chinês (shadow banking). Por outro lado, autoridades chinesas anunciaram novas medidas de estímulo econômico ao setor privado endash; o que pode potencialmente melhorar a perspectiva dos investidores. (Estadão Conteúdo)

article

Fecombustíveis participa do Encontro dos Revendedores do Norte do país

O 18o Encontro de Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniência do Norte do Brasil, realizado nos dias 23 e 24 de novembro, em Manaus - AM, reuniu líderes, autoridades locais e revendedores de todo o país. Na cerimônia de abertura, Eraldo de Souza Teles Filho, anfitrião e presidente do Sindicombustíveis - AM, destacou que trabalha em prol da revenda em busca de um mercado competitivo saudável. "Devemos criar em torno do sindicato um símbolo de luta, sustentado pela referência que devemos ser para o mercado, para a sociedade e para os formadores de opinião", disse. James Thorp Neto, presidente da Fecombustíveis, mostrou a relevância dos postos de combustíveis para uma cidade, que contribui com o seu papel de abastecimento da comunidade local e auxilia no desenvolvimento dos municípios, no entanto, o posto continua sendo criticado quando há aumentos de preços dos combustíveis. "Para que todos saibam e não se assustem, no início do ano, vai aumentar o ICMS (gasolina)", alertou. "Temos, hoje, R$ 1,22 por litro de tributo estadual, mais R$ 0,69 de tributo federal para a gasolina. Trabalhamos com percentual apertado de margens para pagar todas as despesas do posto, que inclui salários dos funcionários, encargos, taxas e licenças. Muitas vezes, somos crucificados por aumentos dos quais não temos responsabilidade, que fazem parte da composição de preços", disse. Confira na próxima edição da revista Combustíveis eamp; Conveniência a cobertura completa deste evento.

article

Eneva e Vibra, ex-BR Distribuidora, negociam fusão para criar gigante de R$ 47 bilhões

A empresa de energia Eneva e a Vibra Energia, ex-BR Distribuidora, negociam uma fusão que pode criar uma gigante da energia no Brasil. A proposta de fusão foi enviada pela Eneva na noite deste domingo, 26, segundo comunicado da empresa. Segundo a proposta, inicialmente válida por 15 dias, a companhia combinada seria a maior distribuidora de combustíveis do Brasil, a maior plataforma de geração termoelétrica e a terceira maior empresa listada de energia do Brasil com valor de mercado, potencialmente levando a um crescimento significativo da liquidez de ações, com a expectativa de que seja superior a R$ 300 milhões por dia. A proposta contempla a incorporação de ações da sociedade Eneva pela Vibra ou outra estrutura a ser estabelecida de comum acordo pelas companhias, de forma que o conjunto de acionistas de cada companhia, ao término do processo, passe a deter 50% do total das ações da companhia combinada. Na sexta-feira, o valor de mercado da Eneva era de R$ 20,7 bilhões, enquanto a Vibra estava avaliada em R$ 25,88 bilhões. eldquo;A Eneva entende que uma fusão de iguais com Vibra representa uma oportunidade ímpar para as empresas e seus acionistas, tendo um sólido racional estratégico considerando, inclusive, a complementaridade dos negócios das companhias , e, se efetivada, poderá implicar em ganhos significativos de eficiência e de alocação de capitalerdquo;, diz a companhia. Ainda segundo a Eneva, será proposta uma estrutura de governança robusta e equilibrada, com contribuições de lado a lado, de forma que a estrutura corporativa e administrativa da companhia combinada garanta a adequada integração das atividades da Eneva e da Vibra, a maximização das sinergias, a valorização dos colaboradores e o melhor aproveitamento das forças e dos talentos das companhias, resultando em uma eldquo;empresa vitoriosaerdquo;. A companhia também ressalta que, até o momento, inexiste qualquer acordo assinado relativo à operação proposta. Além disso, a potencial operação com a Vibra não implicará em direito de recesso para os acionistas da Eneva, caso seja implementada nos termos da proposta. Portfólio de ativos de geração térmica Ainda segundo a proposta, o BTG Pactual comunicou ao conselho de administração da Eneva que, caso a combinação de negócios nos termos aqui previstos seja bem-sucedida, possui a intenção de concentrar seus investimentos em geração de energia na companhia combinada. eldquo;Desta forma, uma vez concluída a combinação de negócios, o BTG Pactual tem a intenção de ofertar seu portfólio de ativos de geração térmica, para ser potencialmente incorporado pela companhia combinadaerdquo;, diz a Eneva.

article

Golpe que leva cliente a inserir cartão na máquina mira shoppings e postos de gasolina

Originário do Brasil, o primeiro golpe no mundo a permitir o desvio de pagamentos por aproximação mira sobretudo lojas de shopping e postos de gasolina. A informação foi divulgada em evento da Kaspersky no último dia 21. Para driblar o protocolo de segurança usado no pagamento por aproximação, os criminosos bloqueiam a comunicação da maquininha e exibem esta mensagem, com falhas de acentuação e de digitação: "ERRO APROXIMACAO INSIRA O CARTAO." Assim, induzem o comprador a recorrer à forma tradicional, com inserção do cartão e digitação da senha. Nesse momento, segundo a Kaspersky, o vírus cria uma conexão falsa: em vez de o sistema de pagamento se comunicar com a instituição financeira, envia as informações diretamente para os criminosos e faz uma compra fantasma. Um indício do golpe são pagamentos duplicados na fatura. Procurada pela Folha, a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) não se pronunciou até a publicação desta reportagem. Em janeiro, a entidade havia declarado não ter detectado evidência desse malware em ação. "[A associação] continuará monitorando e buscando informações junto ao mercado sobre o suposto golpe para impedir o pagamento por aproximação, uma modalidade de pagamento extremamente segura", disse. A Abranet (Associação Brasileira de Internet), que representa empresas de pagamento, não respondeu ao pedido de informação da reportagem. O esquema foi revelado pela Folha em janeiro e está em prática desde novembro do ano passado, mas não havia detalhes sobre as vítimas. O responsável pela fraude é a gangue de cibercriminosos chamada Prilex. A Kaspersky afirma que foi a primeira vez em que alguém deu um nó nesse formato de transação. Outra novidade descoberta pelos pesquisadores da Kaspersky foi que o golpe afeta apenas maquininhas com fio, já que a invasão ocorre no computador, onde há mais vulnerabilidades do que no sistema da maquininha, segundo os especialistas. O golpe começa com a visita de um cibercriminoso ao estabelecimento. Para agendá-la, o estelionatário se passa por um representante da empresa de maquininhas ou de outra prestadora de serviços. Nessa ocasião, o criminoso checa se o computador tem antivírus de baixa qualidade, programas desatualizados ou piratas e outras vulnerabilidades. Caso sim, instala, na máquina, o malware que executa o golpe. Esse é um dos motivos pelos quais a gangue Prilex visa lojas de shoppings e postos de gasolina. As pequenas e médias empresas têm menos orçamento para construir defesas robustas e tendem a recorrer mais a programas gratuitos ou piratas, segundo Fabio Assolini, chefe de pesquisa da Kaspersky na América Latina. A outra razão é que, nesses estabelecimentos, circula mais dinheiro do que em outros negócios como padarias, onde as compras ficam em poucos reais. Em janeiro, ainda havia poucas detecções do vírus que bloqueava o pagamento por aproximação, o que poderia indicar que a tecnologia estava em fase de testes. Desde então, o número subiu e a Kaspersky detectou outras seis versões do malware. A empresa ainda não concluiu o que mudou desde então. Uma possibilidade é a exibição de uma nova mensagem na tela da maquininha, no lugar de: "ERRO APROXIMACAO INSIRA O CARTAO." Assolini diz que o golpe não é capaz de burlar a criptografia dos pagamentos por aproximação, feitos a partir de sinais NFC. Nessa modalidade, cada transação tem um código criptografado exclusivo. Por isso, os criminosos precisam induzir a vítima a inserir o cartão e infectar o computador, não a maquininha. Se a maquininha estiver conectada a um sistema infectado, os criminosos conseguem capturar os dados reais do cartão usado no pagamento tradicional, de acordo com o pesquisador de cibersegurança. Essas informações permitem que os criminosos realizem outras transações. A versão do vírus do Prilex descoberta em janeiro também é capaz de filtrar os dados roubados, selecionando apenas bandeiras ou segmentos específicos, por exemplo. Nesse caso, é possível capturar informações só de cartões "black" e corporativos, que normalmente têm limites maiores. Com isso, o grupo consegue fazer bancos de cartões mais valiosos para vender para outros criminosos. A Kaspersky diz que o golpe é inédito e que o Prilex deve tentar exportar esse vírus a outros países em breve. Antes de bloquear pagamentos por aproximação, o vírus Prilex era conhecido por exibir mensagens de erro e levar o comprador a executar mais de uma compra emdash;uma transação com destino ao dono do estabelecimento e outra para os criminosos. Esse esquema ficou conhecido como "compra fantasma." PROTEÇÃO Se o consumidor detectar um gasto indevido no cartão, deve procurar o banco para contestar a compra e fazer boletim de ocorrência. Os clientes também devem ficar atentos à mensagem de erro exibida pela máquina. "Aí o que o usuário pode fazer é insistir no pagamento por aproximação. Se não tiver nenhum jeito, melhor tentar pagar de outra forma", afirma Assolini. HISTÓRICO O Prilex é um dos grupos locais que buscam destaque no exterior com fraudes bancárias, enquanto as principais gangues do mundo dirigem seu foco a práticas de ransomware (bloqueio de informações mediante resgate), tidas como ainda mais lucrativas. Sua atuação é rastreada pelo menos desde 2014, e já chegou à América do Norte e Europa.

article

José Firmo será o novo CEO da PetroReconcavo

José Firmo será o novo CEO da PetroReconcavo a partir de 1º de janeiro de 2024, informou a companhia nesta sexta-feira (24/11). Ele substituirá Marcelo Magalhães, que deixará a empresa para um período sabático e realizar outros projetos pessoais. Firmo é diretor-presidente do Porto do Açu, subsidiária da Prumo, desde 2019. Com mais de 30 anos de atuação na indústria de petróleo, o executivo foi presidente da Schlumberger no Brasil e vice-presidente sênior da Seadrill no Hemisfério Ocidental, além de ter comandado o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (Abespetro). eldquo;Estou bastante entusiasmado com meu novo desafio. Encontrei na PetroReconcavo uma cesta de oportunidades extraordinárias: a companhia vem registrando ano após ano forte crescimento orgânico endash; ao mesmo tempo em que gera caixa para pagar dividendos aos acionistas, tem mantido a alavancagem saudável e possui ativos de petróleo e gás de alta qualidade endash; com grande capacidade de incremento de produçãoerdquo;, disse Firmo. eldquo;Além disso, a empresa conta com um corpo técnico extraordinário e relevante vantagem competitiva, que é a estrutura verticalizada que oferece maior autonomia, produtividade e baixo custo. Vejo um potencial enorme na PetroReconcavo e vamos trabalhar para delinear um futuro ainda mais ambicioso comparativamente ao estágio atual. Queremos levar a Companhia a outro patamar.erdquo; Despedida após 15 anos Marcelo Magalhães esteve à frente da PetroReconcavo por 15 anos, período em que comandou a expansão da empresa. eldquo;Ao longo da trajetória de quase 15 anos à frente da gestão da companhia, Marcelo contribuiu para o forte crescimento e transformação da empresa, tornando-a uma das mais relevantes produtoras independentes de óleo e gás onshoreerdquo;, disse a companhia em nota. eldquo;O executivo liderou um processo de estruturação, aquisições, IPO e follow-on, gerando enorme valor aos acionistas e à sociedade, sobretudo nos municípios do interior do Nordeste brasileiro. Marcelo apoiará o novo CEO em uma transição gradual nas próximas semanas.erdquo; O executivo publicou uma mensagem de despedida na rede social Linkedin. eldquo;É com a sensação de dever cumprido que anunciei hoje a minha intenção de deixar a posição de CEO da PetroReconcavo. Durante quase 15 anos, tive a honra de liderar uma das operadoras independentes de Óleo e Gás mais relevantes do setor, que cresceu exponencialmente e conquistou um espaço importante no mercado. Juntamente com um excelente time, qualificado e engajado, conseguimos transformar o setor de óleo e gás onshore brasileiroerdquo;, afirmou. Fundada há 23 anos, a PetroReconcavo opera um total de 56 concessões de petróleo e gás natural nas Bacias Potiguar, Recôncavo e Sergipe-Alagoas, mais 6 blocos exploratórios (5 na Bacia do Recôncavo e 1 na Bacia Potiguar), e detém participação em 2 concessões operadas por terceiros.

article

Petrobras avalia recomprar Refinaria de Mataripe, diz Prates

A Petrobras está em conversas com a Mubadala sobre uma possível recompra da Refinaria de Mataripe, na Bahia, segundo o presidente da estatal, Jean Paul Prates. eldquo;É uma possibilidade. Mas é mais um dos assuntos que não podemos sair comentando, por causa das negociações. Conversamos com a Mubadala várias coisas, isso também está nesse processo, mas não é o principalerdquo;, disse a jornalistas na manhã desta sexta-feira (24/11) após coletiva de imprensa para detalhamento do plano estratégico da empresa. A Refinaria de Mataripe é a antiga Landulpho Alves (Rlam), primeiro projeto de refino vendido no processo de desinvestimento da Petrobras durante o governo de Jair Bolsonaro. A unidade hoje é operada pela Acelen, do Mubadala, o fundo soberano de Abu Dhabi, que assumiu a operação em dezembro de 2021 depois de desembolsar US$ 1,8 bilhão. O plano estratégico da Petrobras para o período de 2024 a 2028 prevê US$ 5 bilhões de investimentos para projetos ainda em avaliação na carteira nas áreas de refino, transporte e comercialização, o que pode incluir eventuais aquisições. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem defendido a recompra das unidades de refino privatizadas pela estatal nos últimos anos. eldquo;A Petrobras deve avaliar recomprar a Rlam. É um ativo histórico e que fez parte da estratégia de desmonte do Sistema Petrobras e nunca deveria ter sido vendidoerdquo;, disse em nota divulgada em setembro. A venda de oito refinarias foi um compromisso firmado pela Petrobras com a Cade em 2019, para a abertura do mercado de refino. Além da Rlam, foram vendidas também a Reman, no Amazonas, para o grupo Atem, além da Lubnor no Ceará, para a Grepar, e a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX) no Paraná, para a Feamp;M Resources. A Refinaria Clara Camarão, no Rio Grande do Norte, não fazia parte do acordo, mas também foi vendida, para a 3R Petroleum. A Petrobras teve dificuldades para se desfazer dos demais ativos de refino postos à venda. Executivos do Cade e da Petrobras já afirmaram que o acordo pode ser renegociado.

Como posso te ajudar?