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Ministério ataca política de preços da Petrobras para o diesel

Em mais uma frente de ataque à nova política de preços da Petrobras, o Ministério de Minas e Energia agora defende a recompra da refinaria de Mataripe, na Bahia, como forma de baixar os preços do diesel vendido pela estatal no estado. Um monitoramento feito pela pasta mostra que a Petrobras está vendendo o combustível acima do preço paritário internacional, o que provocou uma inversão no cenário local. A Acelen, que antes comercializava o combustível mais caro do país na Bahia, agora vende mais barato do que a Petrobras. De acordo com dados da pasta, o litro do diesel vendido pela Petrobras está, em média, R$ 0,22 acima do preço da Acelen. Em novembro, o litro do combustível da Acelen caiu R$ 0,30, permanecendo inalterado na Petrobras. Em Ipojuca, por exemplo, a estatal vende o litro por R$ 3,95 e sua concorrente, por R$ 3,85. A Acelen comprou da Petrobras a refinaria e assumiu as operações em dezembro de 2021, em meio a protestos de sindicatos e da oposição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que defendiam a reestatização da unidade. A companhia é controlada pelo bilionário fundo árabe Mubadala e chegou a vender o combustível mais caro do país diante da dificuldade de comprar insumos da Petrobras a preços de mercado endash;situação que foi denunciada ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Por trás desse embate reside uma campanha do governo Lula para baixar os preços dos combustíveis, itens que pesam sobremaneira na inflação. Assessores no Planalto afirmam que o presidente determinou mudanças para "abrasileirar" os preços dos combustíveis. Ou seja, descolar a formação de preços locais do PPI (Preço Paritário Internacional), que repassava as variações dos insumos automaticamente.

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Petrobras aprova retomada de obras de refinaria no antigo Comperj

A Petrobras aprovou em seu novo plano estratégico a retomada dos investimentos em refino no antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), projeto que foi alvo da Operação Lava Jato e havia sido desidratado pelas gestões anteriores, com foco na produção de diesel. Segundo o diretor de Refino, Transporte e Comercialização da companhia, Claudio Schlosser, as novas unidades de refino do complexo em Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, só entram em operação após 2028. Vão produzir diesel a partir do petróleo e a partir de matérias-primas vegetais, uma das apostas da estatal para reduzir sua pegada de carbono nos próximos anos. A empresa não detalhou, porém, qual é o valor do investimento previsto. A Petrobras já havia anunciado estudos para retomar o refino no Comperj, que foi rebatizado de GasLub no governo Jair Bolsonaro. Nesta segunda-feira (27), porém, confirmou que os projetos fazem parte do orçamento de cerca de R$ 500 bilhões aprovado para os próximos cinco anos. A área de refino da Petrobras terá quase R$ 85 bilhões no período, alta de 77% em relação ao último plano de negócios aprovado sob Bolsonaro. Os investimentos em ampliação da capacidade de produção de combustíveis devem receber R$ 45 bilhões. O objetivo é ampliar em 290 mil barris por dia a capacidade de produção de diesel S-10, além de produzir 34 mil barris por dia de combustíveis com base em matérias-primas renováveis. Outro projeto ícone da Lava Jato, a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, também contribuirá para esse aumento. Na região do antigo Comperj há hoje obras para a conclusão da unidade de tratamento de gás que receberá a produção dos maiores campos do pré-sal através de um sistema de gasodutos batizado de Rota 3, com início de operações previsto para 2024. As obras da refinaria estão paradas desde 2015 e o polo petroquímico nunca saiu do papel. O projeto foi lançado com estardalhaço no segundo governo Lula, em 2008, com previsão de início de operações em 2012 e gastos de US$ 6,5 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões, ao câmbio da época). Os planos da estatal para o antigo Comperj preveem ainda a construção de uma usina térmica, para transformar em energia o gás do pré-sal que chegará ao complexo a partir de 2024. A retomada dos investimentos na área ajuda a cumprir promessa de campanha de Lula, que suspendeu as vendas de ativos da Petrobras e quer ampliar a capacidade nacional de produção de combustíveis. Nesta segunda, Schlosser defendeu que o atendimento ao mercado brasileiro é a melhor maneira de monetizar a produção de petróleo da Petrobras. "Manter a Petrobras integrada é um imperativo forte do plano [de investimentos]", afirmou. A empresa projeta que o consumo de diesel no país continuará subindo até 2030. Já o mercado de gasolina tende a se estabilizar, com a substituição do derivado de petróleo pelo etanol. Esse cenário, diz o executivo, libera frações de petróleo da gasolina para uso na indústria petroquímica. Em teleconferência com analistas para detalhar o novo plano de investimentos, a direção da Petrobras disse que todos os investimentos programados têm retorno econômico. Na área de refino, por exemplo, a taxa interna de retorno é de 14%. Na exploração e produção, seu principal negócio, é de 23%. O plano de negócios da Petrobras prevê ainda elevar em quatro vezes a produção de biocombustíveis, outro segmento abandonado em gestões anteriores, como parte da retomada dos investimentos em energias renováveis. A área de transição energética da empresa terá cerca de R$ 56 bilhões nos próximos cinco anos. Deste total, R$ 27 bilhões serão destinados a geração de energia renovável em parques eólicos ou solares e produção de hidrogênio.

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Petrobras diz que rescindiu o contrato para venda da refinaria Lubnor

A Petrobras informou nesta segunda-feira (27) que o contrato para a venda da refinaria Lubnor (Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste) e seus ativos logísticos foi rescindido. O cancelamento ocorreu pela ausência de cumprimento de condições precedentes no prazo definido, "em que pesem os melhores esforços empreendidos pela Petrobras para conclusão da transação", disse a estatal em comunicado. Localizada em Fortaleza, a Lubnor possui capacidade de processamento autorizada de 8,2 mil barris/dia, é uma das líderes nacionais em produção de asfalto, e a única unidade de refino no país a produzir lubrificantes naftênicos, disse a Petrobras. Um acordo para a venda da refinaria havia sido asssinado com a Grepar. "A Petrobras reforça o seu compromisso com a continuidade operacional da Lubnor, com a confiabilidade e disponibilidade de suas unidades", afirmou a empresa. (Reuters)

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Preços médios da gasolina e do etanol voltam a cair nos postos, mostra ANP

Os preços médios do litro da gasolina e do etanol voltaram a cair nos postos de combustíveis do país. É o que mostram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgados nesta segunda-feira (27). A pesquisa é referente à semana de 19 a 25 de novembro. Gasolina: O combustível foi comercializado, em média, a R$ 5,62 na última semana. O valor representa uma queda de 0,18% em relação aos R$ 5,63 da semana anterior. O preço máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 7,70, segundo a ANP. Etanol: O preço médio do etanol, por sua vez, caiu para R$ 3,55. O valor representa um recuo de 0,56% de frente aos R$ 3,57 da semana anterior. O preço mais alto identificado pela ANP foi de R$ 6,60. Diesel: O litro do diesel também recuou, encontrado, em média, a R$ 6,06. O valor representa uma queda de de 0,49% de frente aos R$ 6,09 da semana anterior. O preço mais alto identificado pela ANP foi de R$ 7,95.

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Programa que estimula combustível sustentável deve ser votado na Câmara ainda em 2023, diz relator

O deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) afirmou em evento realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta segunda-feira (27) que o programa Combustível do Futuro deve ser votado na Câmara ainda em 2023. eldquo;Apresentarei o meu relatório na próxima semana e queremos votá-lo ainda neste ano. Estamos imaginando a possibilidade de votá-lo por volta de 12 ou 13 de dezembro, o Combustível do Futuroerdquo;, disse. Relatado por Jardim, o projeto foi enviado ao Congresso pelo governo federal e propõe medidas que favorecem a descarbonização da matriz energética. Entre as iniciativas está a elevação do limite legal, dos atuais 27,5% para 30%, da mistura do etanol à gasolina. Outro ponto de destaque é o uso progressivo do combustível sustentável de aviação emdash; conhecido pela sigla em inglês SAF. De acordo com o Ministério de Minas e Energia, o programa Combustível do Futuro consiste em cinco eixos: Novos limites de mistura de etanol anidro à gasolina Captura e estocagem geológica de CO2 Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV) Programa Nacional do Diesel Verde (PNDV) Regulamentação dos combustíveis sintéticos

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Gasolina e alimentos devem equilibrar inflação de novembro; veja o que esperar do IPCA-15

As recentes leituras da inflação têm sido benignas e, em novembro, não deve ser diferente. O mercado espera que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) deste mês mostre mais uma alta moderada. A prévia da inflação deve ficar relativamente estável devido à queda dos preços dos combustíveis, e equilibrada pelo aumento dos preços dos alimentos, avaliam especialistas. Segundo o consultor da Remessa Online, André Galhardo, o encarecimento dos alimentos é sazonal, pois envolve itens que são sensíveis às elevações das temperaturas emdash; verão e as ondas de calor. A estrategista da Warren Investimentos, Andréa Angelo, por sua vez, espera que a alimentação no domicílio apresente alta de 0,88%, ante -0,52% no mês passado. eldquo;Alimentos in natura e carnes tornaram o cenário deflacionário e esperamos que apresentem alta de 5,39% e 2,0%erdquo;, pontua. Já em relação à gasolina, Angelo prevê variação de -1,70%, após -0,56%. eldquo;Lembrando que a partir do dia 21/10 os postos de gasolina puderam reajustar os preços após a Petrobras anunciar, no dia 19/10, um reajuste de -4% na refinaria. Na leitura de novembro, a deflação se mostra inteiraerdquo;, diz. As principais dúvidas para novembro ficam com passagens aéreas e higiene pessoal. eldquo;Estamos considerando que uma parte do desconto de Black Friday em itens de cuidados pessoais já poderá apresentar algum efeito. E sobre avião, esperamos alta de 13% em passagem aéreaerdquo;, afirma. A estrategista vê alta de 0,27% no IPCA de novembro e variação de 4,77% em 12 meses. Os dados serão divulgados na terça-feira (27), às 09h.

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