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Azul faz 15 anos, anuncia compra de aviões e critica preço dos combustíveis

A Azul anunciou nesta sexta-feira (15) a compra de mais sete aeronaves Airbus A330neo, para ampliar seus voos internacionais, no evento de comemoração dos seus 15 anos. Os executivos também reiteraram a expectativa de receber mais 19 aviões em 2024, para poder ampliar a demanda, apesar dos reiterados atrasos das fabricantes. O evento em Alphaville foi marcado pelas duras críticas da companhia ao preço do combustível de aviação (QAV) no Brasil, que reiteradas vezes foi classificado como eldquo;o mais caro do mundoerdquo;, e pelas muitas perguntas de jornalistas sobre os preços das passagens aéreas. Os modelos A330neo vão chegar entre 2026 e 2028 e têm preço de lista de cerca de US$ 250 milhões cada um (o que leva o pedido total a US$ 1,75 bilhão, ou mais de R$ 8,5 bilhões na cotação atual). Eles vão substituir parte da frota atual e reforçar a expansão internacional da empresa, que já tem voos próprios para os Estados Unidos e a Europa, entre outras localidades. O CFO Alexandre Malfitani afirmou que a empresa vai definir eldquo;mais para frenteerdquo; o modelo do financiamento. eldquo;As aeronaves começam a chegar, na prática, em 2026, então temos um tempo ainda. Tanto o arrendamento financeiro quanto o operacional têm vantagens e desvantagens, e a escolha vai depender das condições financeiraserdquo; (a pergunta é relevante pois a Azul concluiu em outubro a renegociação das suas dívidas). O setor aéreo enfrenta o desafio de ter receitas em reais e custos em dólar (não só do combustível, mas também das aeronaves). Além disso, as companhias aéreas enfrentaram nos últimos anos uma tempestade perfeita: a pandemia fez com que a demanda despencasse do dia para a noite, e as empresas tiveram de renegociar suas pesadas dívidas a juros muito mais altos. Na retomada, elas estão tendo que operar com um custo de QAV bem mais elevado, por causa da desvalorização do real e da alta do petróleo, e com reiterados atrasos nas entregas das aeronaves. Atraso nas entregas O CEO John Rodgerson diz que a Airbus tem atrasado suas entregas em cerca de 6 meses e a Embraer, entre 2 a 3 meses. Diz também que, das 19 aeronaves que a Azul prevê receber em 2024, entre 5 e 6 deveriam ter sido entregues, na verdade, neste ano. O executivo pondera, no entanto, que a culpa é das fornecedoras de motores, que não estão conseguindo atender à demanda e que, ainda por cima, produziram novos modelos que estão exigindo manutenção muito antes do planejado. eldquo;Está faltando motor no mundo inteiroerdquo;. Os novos motores são muito mais eficientes e econômicos, o que ajuda a companhia a reduzir custos (principalmente de combustível). Mas têm causado dor de cabeça porque um avião novo deveria voar cerca de 60 meses sem manutenção, mas hoje está parando de operar com 15 meses endash; e que as fabricantes das peças não estão conseguindo fornecer motores reservas para os aviões não ficarem parados. Custo do combustível A demanda pós-pandemia continua forte e resiliente, mesmo com o preço das passagens elevado, e a solução natural seria ampliar a oferta. Mas a Azul diz que essa alternativa está limitada não só pelo atraso nas entregas e pela maior manutenção dos novos modelos, mas também pelo combustível. Isso porque o preço atual a impede de voar por mais horas com o mesmo avião, já que os modelos antigos consomem mais. O CEO afirma que uma aeronave antiga, que hoje voa entre 8 ou 9 horas por dia, poderia estar voando 12 ou 13 horas para ampliar a oferta, mas o custo não compensa. Rodgerson dá como exemplo os voos noturnos para o Nordeste, que tinham passagens baratas e atualmente não são viáveis. eldquo;Novas aeronaves são mais rentáveis e consomem menos combustíveis, então poderíamos aumentar a oferta voando mais horas. Com o preço do combustível atual e as aeronaves antigas não dá para fazererdquo;, afirma. eldquo;Com um preço menor [do QAV] daria para voar mais. Ainda não voltamos à utilização das aeronaves porque o custo está mais caroerdquo;. Os executivos da Azul chamaram reiteradas vezes combustível de aviação brasileiro de eldquo;o mais caro do mundoerdquo; e apontaram diversas distorções. Uma delas é que o preço inclui o preço de frete do Oriente Médio, sendo que mais de 90% do SAF é extraído e refinado aqui no país, e que os voos internacionais não têm cobrança de ICMS. eldquo;O governo está subsidiando o preço da passagem para quem viaja para o exterior. E, mesmo assim, o custo do combustível nos Estados Unidos é 40% mais barato que o daqui sem o ICMSerdquo;, afirma Rodgerson. Melhora operacional Mesmo com o cenário adverso, o CFO Alex Malfitani afirma que a empresa eldquo;já começou a tirar o nariz para fora da águaerdquo;. As margens estão melhorando, com a demanda resiliente e os preços das passagens elevados, e o objetivo é voltar a gerar caixa em 2024 para pagar as dívidas. eldquo;No ano que vem a gente deve finalmente gerar caixa, depois de 3 anos e meio, e finalmente vamos começar a amortizar a nossa dívidaerdquo;. O CFO diz que a equação não passa por aumentar endash; ainda mais endash; o preço das passagens. eldquo;Todos os esforços são para reduzir custos e diluir nosso custo fixo, com mais oferta no mercado. Tanto é que vamos aumentar nossa demanda em 11% no ano que vemerdquo;, diz o executivo. eldquo;Não precisamos de tarifas mais altas por causa de tudo o que estamos fazendoerdquo;. Malfitani, no entanto, dá a entender que os preços também não devem cair. eldquo;Mesmo com essas tarifas atuais, não conseguimos chegar na margem de 2019. Ela ainda não está pagando o custo do aluguel e do financiamento das aeronaveserdquo;, afirma o CFO. eldquo;Uma margem de 32%, que era boa em 2019, em 2024 ainda não vai nos levar a gerar caixaerdquo;. Rodgerson dá como exemplo a explosão no custo do capital das empresas. eldquo;Antes da pandemia, a Azul estava financiando aeronaves a 6% ao ano em dólar, sem garantia. Agora, é o dobro endash; e com garantias. É um custo adicional que a gente não tinha antes e que entra no custo da passagemerdquo;. Preço das passagens A festa de 15 anos da Azul foi marcada foi marcada não só pelas críticas ao preço do combustível de aviação, mas também por outro assunto indigesto: o preço das passagens aéreas. eldquo;Ninguém está feliz com o preço atual das passagenserdquo;, afirmou Rodgerson em uma das ocasiões em que foi perguntado sobre o assunto. eldquo;O potencial do mercado brasileiro é limitado com a tarifa alta, pois o brasileiro médio não consegue viajar com o preço atual. Então eu também não estou feliz com as tarifaserdquo;. O CEO diz estar trabalhando com o governo federal para tratar da questão e diz que a solução é atacar os custos das companhias. eldquo;A demanda está muito forte no Brasil, e toda semana eu sou chamado em Brasília para falar do preço das passagens. A forma [de reduzir o preço] é trazer mais oferta, por isso vamos trazer 19 aeronaves que são mais econômicas em 2024erdquo;. Questionado se uma maior oferta levará a uma redução nos preços das passagens, o CFO afirma que a tarifa não é só uma questão de custo, mas também de demanda. eldquo;Se a demanda continuar forte, o preço vai continuar no patamar atualerdquo;.

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Cesta básica, combustível, serviços: o que muda com reforma tributária

Aprovada na sexta-feira (15) após 30 anos de discussão, a reforma tributária simplificará a tributação sobre o consumo e provocará mudança na vida dos brasileiros na hora de comprar produtos e serviços. Cesta básica, remédios, combustíveis, serviços de internet em streaming, os produtos são diversos. Com uma longa lista de exceções e de alíquotas especiais, o novo sistema tributário terá impactos variados conforme o setor da economia. Paralelamente, pela primeira vez na história, haverá medidas que garantam a progressividade na tributação de alguns tipos de patrimônio, como veículos, e na transmissão de heranças. Ao longo do próximo ano, o Congresso terá de votar leis complementares para regulamentar a reforma tributária. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os projetos serão enviados nas primeiras semanas de 2024. Também no próximo ano, o governo poderá dar início à reforma do Imposto de Renda, com mudanças como a taxação de dividendos (parcela de lucros das empresas distribuídos aos acionistas). Nesse caso, porém, as mudanças ocorrerão por meio de projeto de lei, com quórum menor de votação. Confira como a reforma tributária mudará o dia a dia do consumidor: Cesta básica Um dos itens que mais gerou polêmica na reforma foi a tributação da cesta básica. O Senado havia criado duas listas de produtos. A primeira com a cesta básica nacional, destinada ao enfrentamento da fome. Essa cesta terá alíquota zero e poderá ter os itens regionalizados por lei complementar. Os senadores haviam criado uma segunda lista, chamada de cesta básica estendida, com alíquota reduzida para 40% da alíquota-padrão e mecanismo de cashback (devolução parcial de tributos) a famílias de baixa renda. O relator da reforma na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), no entanto, retirou essa lista, sob o argumento de que boa parte dos alimentos é beneficiada pela alíquota reduzida para insumos agropecuários. O impacto final sobre os preços, no entanto, ainda é desconhecido. No fim de junho, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) apresentou um relatório segundo o qual a cesta básica poderia subir 59,83% em média com a redação anterior da reforma tributária, que reduzia pela metade a alíquota do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) dual. O estudo, no entanto, foi contestado por economistas, parlamentares e membros do próprio governo. Na época, o secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, disse que o novo sistema baratearia a cesta básica. O relator da reforma na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentou um estudo do Banco Mundial, segundo o qual a carga tributária sobre a cesta básica cairia 1,7%, em média, com a alíquota de IVA dual reduzida em 50%. A disparidade nas estimativas ocorre porque atualmente muitos produtos da cesta básica são tributados em cascata, com os tributos incidindo sobre o preço na etapa anterior da cadeia, antes de chegarem aos supermercados. A isenção atual de tributos federais sobre os produtos da cesta barateia os produtos por um lado, mas por outro lado impede o aproveitamento de créditos tributários, devoluções de tributos pagos nas etapas anteriores da cadeia produtiva. No sistema de IVA dual, a devolução dos créditos tributários, segundo o governo, compensaria a cobrança de impostos. A alíquota do IVA dual só será definida após a reforma tributária. O relatório da Abras usou uma alíquota de IVA de 12,5%, pouco menos da metade da provável alíquota cheia de 27,5% estimada por economistas, para justificar um eventual encarecimento da cesta básica. O novo redutor de 60% e a futura alíquota zero deverão baratear os produtos da cesta básica, mas o cálculo sobre o impacto final só poderá ser feito quando a reforma tributária entrar em vigor. Itens mais industrializados, com cadeia produtiva mais longa, deverão ter redução maior de preços. Alimentos in natura ou pouco processados deverão ter leve redução ou até leve aumento porque terão poucos créditos tributários. Remédios O texto aprovado prevê a alíquota reduzida em 60% para medicamentos e produtos de cuidados básicos à saúde menstrual. O Senado incluiu na lista de alíquota reduzida produtos de nutrição enteral e parenteral, que previnem ou tratam complicações da desnutrição. Segundo especialistas, a reforma não deverá trazer grandes impactos sobre o preço dos medicamentos. Isso ocorre por dois motivos. Primeiramente, os medicamentos genéricos estão submetidos a uma legislação específica. Além disso, a Lei 10.047, de 2000, estabelece um regime tributário especial a medicamentos listados pelo Ministério da Saúde. O Senado também incluiu na isenção de IVA a compra de medicamentos e dispositivos médicos pela administração pública e por entidades de assistência social sem fins lucrativos. A Câmara dos Deputados tinha zerado a alíquota para medicamentos usados para o tratamento de doenças graves, como câncer. Combustíveis A reforma tributária estabelece um regime de tratamento diferenciado para combustíveis e lubrificantes. O IVA dual, com alíquota única em todo o território nacional e variando conforme o tipo de produto, será cobrado apenas uma vez na cadeia produtiva, no refino ou na importação. A mudança segue uma reforma proposta em 1992. Durante a tramitação no Senado, no entanto, foi incluída a possibilidade de cobrança do Imposto Seletivo, tributo sobre produtos que gerem danos à saúde e ao meio ambiente, sobre combustíveis e petróleo (para a extração de petróleo e de minérios, haveria alíquota de 1%). Durante a votação na Câmara nesta sexta-feira, o PSOL tentou elevar essa alíquota, mas os deputados derrubaram o destaque. Segundo o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o imposto seletivo deve gerar R$ 9 bilhões em arrecadação, considerando apenas a exploração de petróleo, sem os demais minérios. Segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o regime diferenciado levará a uma forte alta do preço final aos consumidores. Especialistas, no entanto, afirmam que o impacto é incerto porque muitos pontos do regime diferenciado para os combustíveis serão definidos por lei complementar e a reforma prevê a possibilidade de concessão de créditos tributários. Além disso, o impacto só será conhecido após a definição da alíquota cheia do IVA dual. Veículos A cobrança de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) passará a incidir sobre veículos aquáticos e aéreos, como jatos, helicópteros, iates e jet ski. A reforma também estabelece que o imposto passará a ser progressivo conforme o impacto ambiental do veículo. Veículos movidos a combustíveis fósseis pagam mais. Veículos movidos a etanol, biodiesel e biogás e os carros elétricos pagarão menos IPVA. O Senado acatou uma emenda da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) e incluiu a compra de automóveis por taxistas e pessoas com deficiência e autismo entre os itens com alíquota zero. O benefício existe atualmente e seria extinto com a reforma tributária. Em julho, durante a primeira votação na Câmara, os deputados criaram uma lista de exceção para evitar a cobrança sobre veículos usados para a agricultura e para serviços. A relação abrange os seguintes tipos de veículos: aeronaves agrícolas e certificadas para prestar serviços aéreos a terceiros; embarcações de pessoa jurídica com outorga de serviços de transporte aquaviário; embarcações de pessoa física ou jurídica que pratique pesca industrial, artesanal, científica ou de subsistência; plataformas que se locomovam na água sem reboques (como navio-sonda ou navio-plataforma); e tratores e máquinas agrícolas. No Senado, a prorrogação, até 2032, de um incentivo para montadoras das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste elevou as tensões. Na primeira votação, em julho, a Câmara havia derrubado a prorrogação desse incentivo. Na primeira versão do relatório no Senado, o incentivo foi prorrogado apenas para a produção de carros elétricos, mas a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa estendeu o benefício a montadoras de veículos movidos a biodiesel e a veículos híbridos movidos a biodiesel e a gasolina. Isso gerou mal-estar entre os governadores do Sul e do Sudeste, que alegaram desigualdade de condições com as montadoras instaladas nas duas regiões. Na sexta-feira, o relator Aguinaldo Ribeiro concordou em manter o benefício no texto-base, mas destacar esse ponto. Diferentemente da primeira votação na Câmara, onde o incentivo obteve 307 votos, um a menos que os 308 necessários, os deputados mantiveram o benefício por 341 votos a favor, 153 contra e quatro abstenções.

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Petrobras assina aditivo de compra de gás de estatal da Bolívia

A Petrobras informou que celebrou novo aditivo ao contrato de compra de gás natural com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), estatal boliviana que atua na área de exploração, produção de venda de petróleo e derivados. Segundo a companhia brasileira, o contrato foi assinado após o cumprimento de trâmites internos de governança. O aditivo altera o perfil de entregas do volume total de gás contratado pela Petrobras, em função da disponibilidade de gás para exportação pela YPFB. Volume máximo O contrato prevê a manutenção do volume máximo de 20 milhões de m³ por dia, com maior flexibilização dos compromissos firmes de entrega e recebimento de acordo com a sazonalidade e a disponibilidade da oferta. Segundo a Petrobras informou na noite dessa sexta-feira (15), os termos garantem eldquo;o fornecimento em equilíbrio contratual para as empresas e a possibilidade de venda adicional de gás pela YPFB para outros importadores brasileiros. Além disso, [há] maior segurança e previsibilidade de suprimento de gás ao mercado atendido pela Petrobraserdquo;. (Agência Brasil)

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Misturar gasolina com etanol faz o combustível render mais? Entenda

Vinte anos se passaram desde o lançamento do primeiro carro flex no Brasil. De lá para cá a frota só aumentou, e hoje já contamos com uma frota de mais de 40 milhões de veículos flex. De 2003 para cá muita coisa mudou nesses veículos, que ficaram cada vez mais eficientes e tecnológicos, mas apesar de tantos anos e muitas melhorias, muitos motoristas ainda têm dúvidas sobre o funcionamento dos motores flex. eldquo;Os carros flex são uma presença comum nas ruas e estradas brasileiras, oferecendo aos motoristas a flexibilidade de escolher entre gasolina e etanol como fonte de energia. Esse sistema permite uma adaptação dinâmica às flutuações nos preços desses combustíveis e às preferências individuais dos condutoreserdquo;, diz a especialista em mecânica de automóveis e gestora da Na Oficina, Luciana Félix. eldquo;Para entendermos a dinâmica da mistura, é crucial compreender as características internas da gasolina e do etanolerdquo;, afirma Luciana. eldquo;Enquanto a gasolina oferece maior desempenho do motor, o etanol possui uma taxa de octanagem mais elevada, o que pode impactar no desempenho do motor. A eficiência de cada combustível varia, influenciando diretamente o consumo e a potência do veículoerdquo;, explica. Luciana também falou sobre usar a mistura de etanol e gasolina, uma dúvida de muitos motoristas e proprietários de carros flex. eldquo;Muitos motoristas ficam com essa dúvida e qual a proporção ideal de gasolina e etanol para otimizar o rendimentoerdquo;, diz. eldquo;Segundo a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, os veículos flex podem ser abastecidos com gasolina ou etanol, ou qualquer mistura destes dois combustíveis. Mas, na prática, é preciso atenção por existir um tempo de leitura deste combustível pela injeção eletrônicaerdquo;, afirma Luciana. Segundo Luciana, misturar os dois combustíveis não faz com que seu abastecimento renda mais. Isso porque no Brasil a gasolina vendida nos postos tem um percentual de etanol de até 27%, conforme a legislação vigente. eldquo;Misturar os dois combustíveis pode, dependo das circunstâncias, gerar alguma economia em termos financeiros na hora de abastecer, mas não tendo um ganho real em termos de rendimento do motor e economia de combustívelerdquo;, afirma Luciana. eldquo;Na verdade, haverá uma média entre eles, não sendo significativa. Com isso, busca pelo equilíbrio entre desempenho e economia continua a ser um desafio constante para os condutores que buscam carros flex no Brasilerdquo;, finaliza Luciana. (Redação Guida do Carro)

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Veículos movidos a etanol, biodiesel e biogás e os carros elétricos pagarão menos IPVA

Após 30 anos de discussão, foi aprovada na sexta-feira (15), a reforma tributária que promete simplificar a tributação sobre o consumo e provocar mudança na vida dos brasileiros na hora de comprar produtos e serviços. O novo sistema tributário terá impactos variados conforme o setor da economia, pois tem uma longa lista de exceções e de alíquotas especiais. Paralelamente, pela primeira vez na história, haverá medidas que garantam a progressividade na tributação de alguns tipos de patrimônio, como veículos, e na transmissão de heranças. Ao longo do próximo ano, o Congresso terá de votar leis complementares para regulamentar a reforma tributária. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os projetos serão enviados nas primeiras semanas de 2024. Também no próximo ano, o governo poderá dar início à reforma do Imposto de Renda, com mudanças como a taxação de dividendos (parcela de lucros das empresas distribuídos aos acionistas). Nesse caso, porém, as mudanças ocorrerão por meio de projeto de lei, com quórum menor de votação, explica a Agência Brasil. A reforma tributária estabelece um regime de tratamento diferenciado para combustíveis e lubrificantes. O IVA dual, com alíquota única em todo o território nacional e variando conforme o tipo de produto, será cobrado apenas uma vez na cadeia produtiva, no refino ou na importação. A mudança segue uma reforma proposta em 1992. Durante a tramitação no Senado, no entanto, foi incluída a possibilidade de cobrança do Imposto Seletivo, tributo sobre produtos que gerem danos à saúde e ao meio ambiente, sobre combustíveis e petróleo (para a extração de petróleo e de minérios, haveria alíquota de 1%). Durante a votação na Câmara nesta sexta-feira, o PSOL tentou elevar essa alíquota, mas os deputados derrubaram o destaque. De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o imposto seletivo deve gerar R$ 9 bilhões em arrecadação, considerando apenas a exploração de petróleo, sem os demais minérios. Segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o regime diferenciado levará a uma forte alta do preço final aos consumidores. Especialistas, no entanto, afirmam que o impacto é incerto porque muitos pontos do regime diferenciado para os combustíveis serão definidos por lei complementar e a reforma prevê a possibilidade de concessão de créditos tributários. Além disso, o impacto só será conhecido após a definição da alíquota cheia do IVA dual. Veículos A cobrança de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) passará a incidir sobre veículos aquáticos e aéreos, como jatos, helicópteros, iates e jet ski. A reforma também estabelece que o imposto passará a ser progressivo conforme o impacto ambiental do veículo. Veículos movidos a combustíveis fósseis pagam mais. O Senado acatou uma emenda da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) e incluiu a compra de automóveis por taxistas e pessoas com deficiência e autismo entre os itens com alíquota zero. O benefício existe atualmente e seria extinto com a reforma tributária. Em julho, durante a primeira votação na Câmara, os deputados criaram uma lista de exceção para evitar a cobrança sobre veículos usados para a agricultura e para serviços. A relação abrange os seguintes tipos de veículos: aeronaves agrícolas e certificadas para prestar serviços aéreos a terceiros; embarcações de pessoa jurídica com outorga de serviços de transporte aquaviário; embarcações de pessoa física ou jurídica que pratique pesca industrial, artesanal, científica ou de subsistência; plataformas que se locomovam na água sem reboques (como navio-sonda ou navio-plataforma); e tratores e máquinas agrícolas. No Senado, a prorrogação, até 2032, de um incentivo para montadoras das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste elevou as tensões. Na primeira votação, em julho, a Câmara havia derrubado a prorrogação desse incentivo. Na primeira versão do relatório no Senado, o incentivo foi prorrogado apenas para a produção de carros elétricos, mas a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa estendeu o benefício a montadoras de veículos movidos a biodiesel e a veículos híbridos movidos a biodiesel e a gasolina. Isso gerou mal-estar entre os governadores do Sul e do Sudeste, que alegaram desigualdade de condições com as montadoras instaladas nas duas regiões. Na sexta-feira, o relator Aguinaldo Ribeiro concordou em manter o benefício no texto-base, mas destacar esse ponto. Diferentemente da primeira votação na Câmara, onde o incentivo obteve 307 votos, um a menos que os 308 necessários, os deputados mantiveram o benefício por 341 votos a favor, 153 contra e quatro abstenções.

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Posicionamento BRASILCOM sobre o RenovaBio

O Renovabio deve e precisa ser aperfeiçoado para que cumpra com seu objetivo, gerando ganhos ambientais e sociais para o Brasil, trazendo equilíbrio, regras claras e isonômicas, para se transformar, de fato, em uma ferramenta transformadora da transição energética nacional. A agressividade e latente tentativa de intimidação do mercado distribuidor por parte daqueles que se sub-rogam no pretenso direito de serem os eldquo;únicoserdquo; titulares e responsáveis pela transição energética do mercado de combustíveis só demonstra e comprova que o programa RenovaBio precisa e deve ser reformulado para que, de fato, se torne uma verdadeira ferramenta de fomento à transição energética e deixe de ser um mero instrumento de transferência de renda utilizado como uma verdadeira cortina de fumaça em face de poderosos interesses econômicos. Ao final a BRASILCOM, na salvaguarda de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, base irrenunciável de um mercado de energia eficiente e saudável, sem desequilíbrio e transtornos a toda sociedade, mais uma vez ressalta e declara o seu incondicional apoio à transição energética e ao RenovaBio. Para ler a nota completa, clique aqui. Link para os estudos, clique aqui.

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