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Petróleo fecha em leve baixa, após altas recentes, mas avança 3% na semana

O petróleo fechou em leve baixa nesta sexta-feira, 15, em realização de lucros depois das últimas duas sessões de valorização robusta. A correção não apagou os ganhos no acumulado da semana, que foram impulsionados pelos ataques da Ucrânia contra refinaria russas e pelas expectativas de maior aperto no mercado. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em baixa de 0,27% (US$ 0,22), a US$ 81,04 o barril, enquanto o Brent para maio caiu 0,09% (US$ 0,08), a US$ 85,34 o barril. No acumulado da semana, o WTI valorizou 3,88% e o Brent, 3,97%. O analista Matt Zeller, da StoneX, atribuiu o movimento a uma realização de lucros depois que os preços bateram os maiores patamares do ano na quinta-feira. eldquo;Os preços do petróleo subiram cerca de 3% depois de a Agência Internacional de Energia (AIE) ter revisto as suas projeções para apontar um mercado petrolífero mais restritivo, e na sequência dos ataques da Ucrânia às refinarias de petróleo da Rússiaerdquo;, resumiu a Capital Economics. A Oxford Economics identificou, em levantamento, que as preocupações das empresas sobre as tensões no Oriente Médio diminuíram neste mês, ao passo que os temores sobre a guerra Rússia-Ucrânia foram amplificados. O Commerzbank cita, em relatório, que números da China sugerem demanda forte na segunda maior economia do mundo. Somado às previsões da AIE e de outras agências de energia de baixa oferta neste primeiro trimestre, isso tem mantido os preços do petróleo bem apoiados, afirmou o banco alemão. (Estadão Conteúdo)

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Mês do Consumidor: ANP intensifica fiscalização em todas as unidades da federação

Como parte da programação do Mês do Consumidor, a ANP fez uma ação especial de fiscalização, de 4 a 14 de março, em todas as unidades da federação. Os fiscais da Agência vistoriaram mais de 1200 agentes econômicos, em sua maioria postos de combustíveis e revendas de GLP (gás de botijão), em 242 municípios. Parte das ações foram conduzidas com a participação de órgãos parceiros como PROCONs, IPEMs, INMETRO, Ministério Público e Polícias. Nas ações, os fiscais verificaram a qualidade dos combustíveis, o fornecimento do volume correto pelas bombas medidoras, a adequação dos equipamentos e dos instrumentos necessários ao correto manuseio dos produtos, bem como as documentações de autorização de funcionamento das empresas e as relativas às movimentações dos combustíveis. Centro-Oeste Ao todo, 102 agentes foram fiscalizados nos três estados e no Distrito Federal, em 24 municípios. A ação resultou em 27 autuações, das quais sete também motivaram interdições como medida cautelar. As irregularidades que motivaram as interdições foram a venda de combustível fora das especificações e bomba fornecendo volume diferente do registrado. Durante a operação, foram apreendidos, em Goiás, 11.058 litros de óleos lubrificantes sem registro na ANP. Na região, foram conduzidas ações com PROCON/DF, PROCON /MS, PROCONs Municipais de Rio Verde/GO, Itumbiara/ GO e Anápolis/GO, além de Delegacia do Consumidor de MS (DECON/MS) e Delegacia de Polícia Civil de Jaraguari/MS. Nordeste Os fiscais estiveram em 246 agentes econômicos endash; como postos de gasolina, revendas de GLP, além de um ponto de abastecimento e uma revenda de combustível de aviação endash; localizados em 44 municípios, em todos os nove estados da região. Foram emitidos 117 autos de infração, dos quais 17 também resultaram em interdições, como medida cautelar, por motivos como: venda de combustíveis fora da especificação, bomba abastecedora fornecendo combustível em volume menor ao registrado, equipamentos em más condições e não atendimento a normas de segurança. Na região, foram conduzidas ações com PROCON/BA, PROCON/PE, PROCON/SE, Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (IBAMETRO), Ministério Público do Estado de Sergipe (MPSE), Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial do Maranhão (Inmeq/MA), Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz-BA), além do Departamento de Polícia Técnica da Bahia (DPT), Polícia Civil de Sergipe, DECON-CE (MP-CE), Polícia Militar do Ceará e Polícia Civil do Maranhão. Norte Nos sete estados da Região, foram fiscalizados 141 agentes econômicos, em 16 municípios. Foram emitidos 25 autos de infração por motivos diversos como falta de informações ao consumidor, falta de segurança e outras irregularidades, sendo que 2 ações também resultaram em interdições por falta de segurança em instalações de revenda de GLP e 2 ações resultaram em interdição por bomba baixa. Um posto revendedor marítimo foi autuado por comercializar óleo diesel B S500 (rodoviário) como sendo do tipo marítimo. Um posto foi autuado por abastecer 1.620L em galões irregulares. Na região, foram conduzidas ações com PROCON-AC, PROCON-AM, PROCON-AP, PROCON-RO e PROCON Municipal de Altamira/PA. Sudeste Na Região, a que concentra o maior número de agentes econômicos do mercado de combustíveis, em relação às demais, foram fiscalizados 578 postos de combustíveis e revendas de gás de botijão, em 108 municípios. Foram feitas 53 autuações (autos de infração emitidos), sendo que 11 também motivaram interdições como medida cautelar motivadas por: venda de combustível fora das especificações, bomba fornecendo volume diferente do registrado, falta de autorização da ANP para funcionamento, falta de segurança nas instalações, falta de equipamentos e bico de GNV à pressão máxima de abastecimento superior à permitida. Na região, foram conduzidas ações com Instituto de Pesos e Medidas de São Paulo (IPEM-SP), Instituto de Metrologia e Qualidade do Estado de MG (IPEM-MG), PROCONs Municipais de Viana/ES e Uberlândia/MG, além das Polícia Civil de São Paulo/SP (DPPC), Polícia Civil de Indaiatuba/SP e Delegacia do Consumidor (DECON) em Viana /ES. Sul Ao todo, 186 postos de combustíveis e revendas de GLP, em 47 municípios, foram fiscalizados nos três estados da região. Houve 58 autos de infração emitidos, dos quais 25 também resultaram em interdições cautelares, devido a bicos de bombas com defeito, bombas fornecendo volumes diferentes dos registrados, rompimento de lacres de interdição colocados em fiscalizações anteriores e venda de combustível fora das especificações. Na região, foram conduzidas ações com INMETRO, PROCONs Municipais de Rio Grande/RS, Alvorada/RS, Joinville/SC, Caxias do Sul/RS, Gravataí/RS, Pelotas/RS, Cachoeirinha/RS, Jaraguá do Sul/SC, Arroio Grande/RS, Viamão/RS, Blumenau/SC, Garibaldi/RS, Bento Gonçalves/RS, Porto Alegre/RS, São José/SC, Santa Cruz do Sul/RS, Canoas/RS, São Sebastião do Cai/RS, Florianópolis/SC, Santa Maria/RS, São Leopoldo/RS, Estância Velha/RS e Itapema/SC. Como a ANP planeja as ações de fiscalização As ações de fiscalização da ANP são planejadas a partir de diversos vetores de inteligência, como informações da Ouvidoria da ANP com manifestações dos consumidores, dados do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis (PMQC) da Agência, informações de outros órgãos e da área de Inteligência da ANP, entre outros. Dessa forma, as ações são focadas nas regiões e agentes econômicos com indícios de irregularidades. Consulte os resultados das ações de fiscalização Para acompanhar todas as ações de fiscalização da ANP, acesse o Boletim Fiscalização do Abastecimento em Notícias ou o Painel Dinâmico da Fiscalização do Abastecimento. O Boletim sintetiza os principais resultados das ações de fiscalização realizadas. Já o Painel tem sua base de dados atualizada mensalmente, com prazo de dois meses entre o mês da fiscalização e o mês da publicação, devido ao atendimento de exigências legais e aspectos operacionais. O que acontece com os estabelecimentos autuados Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 5 mil a R$ 5 milhões. As sanções são aplicadas somente após processo administrativo, durante o qual o agente econômico tem direito à ampla defesa e ao contraditório, conforme definido em lei. Como denunciar Denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser enviadas à ANP por meio do Fale Conosco ou do telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita).

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Governo e montadoras debatem produção de carros bioelétricos no Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu um grupo de empresários do setor automotivo e do segmento de produção de etanol e gás para conversar sobre investimentos no Brasil. O encontro, no Palácio do Planalto, foi na tarde desta quinta-feira (14/3), em Brasília, e contou com as presenças do Vice-Presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT). Nas redes sociais, Lula destacou o potencial brasileiro, que inclui a produção de veículos híbridos flex, como o carro bioelétrico. Trata-se de uma tecnologia exclusiva do Brasil e combina a possibilidade do uso de etanol em carros elétricos, reduzindo a utilização de combustíveis fósseis. eldquo;Já são mais de R$ 117 bilhões anunciados pelas montadoras até 2028 gerando empregos e crescimento econômico. Acreditamos no Brasil e no seu potencial na transição energética. O país abandonou o discurso do passado e está investindo no futuroerdquo;, escreveu Lula. Presenças Além de Lula, Alckmin e Rui Costa, a reunião contou com as presenças dos seguintes empresários e especialistas: Luciano Coutinho (economista e professor da Unicamp); Emanuele Capellano (presidente da Stellantis para a América do Sul); Ciro Possobom (CEO da Volkswagen do Brasil); Evandro Maggio (presidente da Toyota do Brasil); Christopher Podgorski (CEO e presidente da Scania para a América Latina); Stella Li (vice-presidente global da BYD); Tyler Li (CEO da BYD Brasil); Alexandre Baldy (presidente do Conselho da BYD Brasil); Aroaldo Oliveira (presidente da Industriall-Brasil e diretor-executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista); Evandro Gussi (diretor-presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia endash; Unica); Mário Campos (presidente da Bioenergia Brasil); Carlos Ubiratan Garms (conselheiro da Associação Brasileira do Biogás endash; ABiogás e diretor da Cocal); Bruno Moretti (secretário especial da Casa Civil/PR); Roberto Matarazzo Braun (Toyota); Gustavo Bonini (Scania). (Agência Brasil)

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ANP espera resolver temas da agenda regulatória do GLP em 2024, diz diretor

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) espera resolver ainda este ano os principais temas regulatórios do mercado de gás liquefeito de petróleo (GLP), disse o diretor Daniel Maia, nesta quinta-feira (14/3). eldquo;Nós temos a missão e o objetivo de encerrar essa agenda regulatória, concluindo esse rito regulatório, agora no ano de 2024erdquo;, disse Maia em entrevista ao estúdio epbr, durante o 37º Congresso da Associação Iberoamericana de Gás Liquefeito de Petróleo (AIGLP). Um dos assuntos pendentes é o enchimento fracionado do gás de cozinha. A ANP avalia, desde 2018, a permissão para a venda do botijão parcialmente cheio. eldquo;Nós não estamos, neste momento, abrindo uma nova discussão. Nós estamos, na verdade, querendo encerrar uma discussão que já está aberta desde 2018. Inclusive para dizer: elsquo;não, não vamos ter [venda fracionada]. Revisar não significa alterar necessariamente.erdquo; Os distribuidores resistem à venda fracionada alegando que os cilindros hoje não estão aptos a operar dessa forma e também citam preocupações com a segurança das operações. Do outro lado, está o caráter social da medida, ao reduzir o valor mínimo de aquisição para famílias de baixa renda. Um dos principais pleitos do setor é a liberação do gás liquefeito de petróleo para outras atividades além das permitidas atualmente, que são o uso residencial, em empilhadeiras e equipamentos industriais de limpeza. Desde 1991, por temor de escassez durante a Guerra do Golfo, é considerado crime o uso do GLP em motores, saunas, caldeiras e aquecimento de piscinas, ou para fins automotivos. O diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, disse ao estúdio epbr que o cenário mudou desde então e há espaço para discutir a liberação do uso. eldquo;O que a gente já percebe é que o cenário, hoje, é muito diferente daquele da época em que essa limitação foi imposta. Então, por que não discutir se essa restrição legal deixar de existir, por que não discutir essa possibilidade?erdquo;, afirmou Saboia. A agência, no entanto, afirma que trata o tema com cuidado e que a liberação deve ocorrer de forma parcial, caso seja realizada. Em 2023, a ANP deu aval para um projeto de pesquisa da Copa Energia, das marcas Copagaz e Liquigás, e Aggreko, em parceria com a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), para geração de energia com GLP em geradores.

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Empresários do setor de transportes de cargas reagem ao aumento do biodiesel no diesel

A reação dos empresários do transporte a decisão da câmara sobre o aumento dos biocombustíveis no diesel, foi quase imediata. Na recente Conferência Nacional dos Estudos em Transporte, Tarifas e Mercado (CONETeamp;Intersindical), realizada no último mês pela Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTCeamp;Logística), um dos temas centrais do debate foi exatamente a adição de biodiesel e seus impactos no transporte rodoviário de cargas (TRC). Empresários do setor tiveram a oportunidade de expressar com os palestrantes convidados, suas crescentes preocupações em relação ao aumento do percentual de biodiesel no diesel. O debate adquiriu destaque especialmente diante das mudanças em vigor desde 1º de março, quando a mistura de biodiesel no diesel passou para 14%. Essa alteração causou considerável agitação em setores que dependem desse combustível, como é o caso do TRC. Estudos técnicos realizados pela CNT por meio da Universidade Federal de Brasília (UnB) indicaram um impacto negativo expressivo em termos financeiros e ambientais quando há elevação do percentual da mistura. José Alberto Panzan, diretor da Anacirema Transportes e presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Campinas e Região (Sindicamp), destaca os principais impactos que as empresas de transporte rodoviário de cargas podem enfrentar com essa mudança. eldquo;Atualmente, não podemos afirmar que temos um biodiesel de boa qualidade. Com o aumento da mistura para 14%, será necessário avaliar diversos pontos, como o sistema de filtragem de combustível dos veículos, e com isso prevê-se um aumento no número de paradas para trocas, causando uma diminuição da produtividade e disponibilidade operacionalerdquo;. A proposta desse aumento tem como objetivo acelerar a descarbonização da frota, além disso, aprovou-se na Câmara que, até 2025, será acrescentado 1 ponto percentual de mistura anualmente, até atingir 20% em março de 2030, segundo metas propostas. A CNT advoga pela manutenção de uma proporção inferior a 7% na mistura, alinhando-se à prática adotada por nações europeias. A confederação argumenta que, dessa maneira, seria possível alcançar um equilíbrio mais eficaz entre os aspectos econômicos e ambientais. Do ponto de vista da indústria de caminhões, não há oposição à inclusão de misturas contanto que não excedam 15%. Com essa divergência entre apoiadores da mistura e setores com receio, o executivo compartilha as estratégias sendo adotadas em sua empresa: eldquo;De acordo com testes em campo apresentados no CONET, montadoras de veículos de carga e transportadores concordam que o sistema de injeção de combustível é mais sensível a danos causados pela formação de borra e ao aumento do teor de água na mistura que são oferecidos com essa mistura. Na Anacirema, ajustamos os intervalos de troca de filtros e reexaminamos o sistema de filtragem entre o tanque e a bomba de abastecimento para enfrentar essas questõeseldquo; Diante desses desafios, transportadores como José Alberto Panzan acreditam na necessidade de reavaliar o teor atualmente implementado, razão pela qual o apoio de entidades de classe do setor é essencial para uma discussão mais ampla com os órgãos reguladores. eldquo;As entidades do setor, representando os principais usuários do combustível que são os transportadores, não foram consultadas sobre essa mudança. A CNT conduziu um estudo prático sobre os impactos do aumento na mistura, propondo alternativas, como o biodiesel do Uruguai, com menor impacto nos motores. Os sindicatos aconselham a revisão das políticas de filtragem e de injeção dos veículos, instruindo a comunicação dos impactos dessa alteração na misturaeldquo;, afirmou o executivo. Em meio às incertezas e aos desafios apresentados pela alteração na mistura de biodiesel, a promoção de discussões abertas e inclusivas se tornam necessárias, priorizando alternativas que se atentem aos impactos financeiros e ambientais e visando ao equilíbrio entre a descarbonização da frota e a eficiência operacional das empresas de transporte rodoviário de cargas.

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Como a mistura de 35% do etanol na gasolina pode afetar o seu carro

A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que busca aumentar a mistura de etanol na gasolina dos 22% atuais para 27%, chamado de "combustíveis do futuro". Dessa forma, a proporção do derivado de cana-de-açúcar na gasolina pode alcançar até 35% do total. A proposta agora segue para análise do Senado. Aumentar a proporção de etanol terá consequências tanto para donos de carros com motores flex quanto movidos apenas a gasolina. É o que diz Rogério Gonçalves, diretor de combustíveis da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA). eldquo;O governo propôs um estudo e nomeou representantes que vão avaliar a viabilidade técnica deste aumento [da proporção de etanol]erdquo;, disse o especialista. eldquo;A medida será aprovada apenas se os testes forem conclusivoserdquo;. O corpo técnico formado pelo governo inclui a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural (ANP), empresas de pesquisa energética e ministérios. As consequências de mais etanol na gasolina No caso dos donos de carros flex, o motorista vai sentir o impacto apenas no bolso. No caso de carros somente a gasolina, problemas mecânicos também podem surgir. eldquo;Para o flex, o consumo de combustível vai aumentar, considerando que o poder calorífico do etanol é menorerdquo;, afirmou Gonçalves. Em outras palavras, o proprietário de um carro flex que enche o tanque com gasolina vai notar uma redução na autonomia total. Porém, a situação é mais complicada para carros a gasolina, especialmente os mais antigos. No caso dos donos de carros flex, o motorista vai sentir o impacto apenas no bolso. No caso de carros somente a gasolina, problemas mecânicos também podem surgir. eldquo;Para o flex, o consumo de combustível vai aumentar, considerando que o poder calorífico do etanol é menorerdquo;, afirmou Gonçalves. Em outras palavras, o proprietário de um carro flex que enche o tanque com gasolina vai notar uma redução na autonomia total. Porém, a situação é mais complicada para carros a gasolina, especialmente os mais antigos. O especialista lembrou que muitos veículos antigos foram calibrados para rodar com 22% de etanol na mistura da gasolina. Elevar a proporção a 35% vai exigir cautela, até mesmo sobre emissões. eldquo;A solução seria disponibilizar aos donos de carros antigos um combustível com mais gasolina na misturaerdquo;, analisou Gonçalves. eldquo;O problema é que a gasolina premium é mais caraerdquo;. O grupo responsável pela análise terá 90 dias válidos a partir da aprovação do projeto de lei, no dia 13 de março, para responder ao governo sobre a viabilidade de aumentar a quantidade de etanol na mistura. Por que mudar a mistura? A medida faz parte do processo de transição energética que visa reduzir as emissões de carbono no Brasil. O etanol brasileiro é apontado como uma das melhores alternativas para a descarbonização mundial, inclusive em comparação com veículos elétricos europeus. Ademais, o Brasil é o segundo maior produtor deste biocombustível no mundo, fator que levantou o interesse em pesquisas mais profundas. Fabricantes como Toyota e Hyundai estudam o uso do combustível de cana-de-açúcar na geração do hidrogênio "verde", recurso que pode ser alternativa para futuros carros elétricos.

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