Ano:
Mês:
article

Brasil deve ficar sem leilão de petróleo pela primeira vez desde 2017

A indústria de petróleo tem enfrentado uma lista de entraves neste ano e pode ter que lidar com mais um: a falta de leilão de exploração em 2024. Entre debates sobre a Margem Equatorial, greve dos agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), proximidade da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas - a COP30, programada para certame por parte da agência reguladora. Segundo a ANP, a expectativa mais conservadora é que a publicação de novos editais de leilões ocorra no começo de 2025. Isso acontece porque, em dezembro do ano passado, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabeleceu novas diretrizes para definição de regras de conteúdo local nos próximos ciclos de licitações sob os regimes de concessão e de partilha dentro da oferta permanente. Nessa modalidade, as empresas não precisam esperar a rodada eldquo;tradicionalerdquo; de leilões, ficando permanentemente aptas para arrematar blocos de petróleo. Procurada, a ANP diz que aproveitou a mudança do CNPE para revisar instrumentos licitatórios: eldquo;Trata-se de uma oportunidade de implementar melhorias no edital.erdquo; Para ler esta notícia, clique aqui.

article

Participação do milho na produção de etanol cresce no Brasil

A produção de etanol a partir do milho aumentou no último ano, alcançando 16% de participação na produção do biocombustível, tanto no etanol anidro como no hidratado. Os números estão no Balanço Energético Nacional (BEN) 2024 endash; elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME) endash;, divulgado nesta semana. Os dados refletem os esforços contínuos para diversificar a matriz energética e aumentar a sustentabilidade do setor. eldquo;O etanol é um insumo importante que gera desenvolvimento, emprego e renda para a nossa população em muitas atividades econômicas do país. Ver o aumento da produção de etanol a partir do milho só confirma que estamos avançando nas políticas públicas para o fomento dos biocombustíveis, na agenda de sustentabilidade e na geração de emprego e oportunidades a partir da transição energéticaerdquo;, ressaltou o ministro Alexandre Silveira. A mudança é resultado de investimentos estratégicos e políticas públicas direcionadas para o desenvolvimento de fontes de energia renováveis, bem como da crescente demanda por biocombustíveis no mercado nacional. O aumento da produção do grão, dedicando a segunda safra principalmente para a produção de etanol, tem favorecido esse crescimento. O milho, como matéria-prima, apresenta vantagens significativas, incluindo a possibilidade de produção em regiões que não são tradicionais produtoras de cana-de-açúcar, além de ter capacidade para ser produzido durante o ano todo, já que pode ser armazenado. Mais informações sobre o BEN O Balanço Energético Nacional divulga, anualmente, uma extensa pesquisa e a contabilidade de dados relativos à oferta e consumo de energia no Brasil, levantados pela EPE. O relatório contempla as atividades de extração de recursos energéticos primários, sua conversão em formas secundárias, a importação e exportação, a distribuição e o uso final da energia.

article

Preço médio do frete por quilômetro rodado registra leve alta em maio ante abril

A mais recente análise do Índice de Frete Edenred Repom (IFR) revelou que o preço médio do frete por quilômetro rodado ficou mais caro em maio, fechando o mês com a média de R$ 6,20, um acréscimo de quase 0,5% quando comparado a abril. Esse é o primeiro aumento registrado desde janeiro deste ano, quando o preço do frete apresentou alta de 2%, ante dezembro de 2023. O preço médio do frete por quilômetro rodado obteve um aumento sutil em maio, ante abril, que não foi maior devido ao cenário de estabilidade no valor médio do litro do diesel. De acordo com dados do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), o preço médio do litro do diesel comum fechou maio a R$ 5,99 e o S-10 a R$ 6,09, ambos estáveis em relação a abril. Segundo a Edenred Repom, a queda na produção de grãos e das exportações de soja foram compensadas pelas demandas do setor industrial e de construção civil, principalmente ligadas ao cimento. eldquo;Estamos prestes a fechar o primeiro semestre do ano e a previsão para os próximos meses é de estabilidade no valor do frete, não apenas pelo comportamento de preço dos combustíveis, mas também devido ao desempenho de alguns setores da economia. Outro fator que pode influenciar nessa trajetória é sobre o reflexo das enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul que ainda resultam em problemas logísticos para o escoamento de cargaserdquo;, comenta Vinicios Fernandes, diretor da Edenred Repom.

article

Anfavea pede retorno integral e imediato da taxa de importação para veículos eletrificados

A Anfavea apresentou ao governo um pedido formal para elevar imediatamente para 35% a alíquota de importação de veículos híbridos e elétricos. Seria uma mudança sobre o que foi publicado em novembro de 2023. Na época, foi definido um escalonamento do tributo, que só atingiria a tarifa máxima em janeiro de 2026. O objetivo é estabelecer uma proteção comercial mediante à entrada em larga escala de automóveis eletrificados vindos do exterior, em sua maioria da China, informou nesta quinta-feira (27) a associação de fabricantes. O pedido já havia sido apresentado na semana passada ao governo e ao Ministério da Fazenda e foi detalhado, nesta quarta-feira (26), ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Bens e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, e sua equipe técnica, segundo a Anfavea. O Mdic confirmou, por meio de sua assessora de imprensa, ter recebido o pedido da Anfavea. A pasta também informou ter recebido uma solicitação contrária por parte dos importadores para que não haja mudanças, e disse que dará início a uma análise técnica "sem que haja pré-julgamentos". A alíquota escalonada para importação de veículos está prevista no programa Mover (Mobilidade Verde e Sustentabilidade), do governo federal, podendo chegar aos 35% em um prazo de dois anos. A princípio, a nova fase do escalonamento passa a vigorar a partir de segunda-feira (1º), da seguinte forma: 18% para carros 100% elétricos, 24% para os híbridos plug-in (também podem ser recarregados na tomada) e 25% para os demais híbridos. No entanto, diante das atuais condições do mercado nacional, com exportações mais lentas e crescimento forte das importações, a antecipação desse prazo seria muito pertinente, disse uma fonte da Anfavea, que falou sob anonimato. "O mercado nacional está sendo abastecido por importados e a produção anda de lado", disse a fonte. "O volume de veículos importados está muito acima do que era uma expectativa e afeta diretamente empregos no Brasil, uma vez que não são vendas adicionais, mas substitutivas". Uma parte expressiva dos elétricos e híbridos é produzida na China, e mercados como Europa e Estados Unidos já têm questionado eventuais subsídios e vêm adotando medidas protetivas aos seus mercados locais. Entretanto, ao propor a mudança no escalonamento que está definido hoje, a Anfavea contraria um dos principais pontos defendidos no Mover: a previsibilidade das regras. O diretor de marketing da BYD no Brasil, Pablo Toledo, disse à Reuters que a demanda das montadoras "tradicionais" mostra que os elétricos estão incomodando o mercado. "Está muito claro como a BYD está incomodando; amanhã completa um ano do nosso carro 100% elétrico abaixo de R$ 150 mil", afirmou. "O jogo é pesado, mas pergunte ao consumidor o que ele acharia se houvesse um aumento de 35% no valor do veículo?" Em nota, a Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores) diz que o aumento imediato do imposto de importação é uma política protecionista que não traz benefícios ao Brasil. "Nos anos 1990, não fossem a abertura do mercado interno para veículos importados, o país não teria o parque industrial de hoje com algumas dezenas de fabricantes", diz o comunicado. CONHEÇA A DIFERENÇA ENTRE CARROS HÍBRIDOS: PHEV (Plug-in Hybrid Electric Vehicle) endash; a sigla se refere aos veículos híbridos que possuem um plugue externo para recarga, além da possibilidade do uso de gasolina emdash;ou etanol, se for flex. É possível selecionar o modo elétrico e, a depender da capacidade das baterias, rodar por algo entre 30 km e 150 km sem queimar combustível. HEV (Hybrid Electric Vehicle) endash; São os híbridos plenos, a exemplo de Toyota Corolla Hybrid Flex, Honda Civic e:HEV e Kia Niro. Cada um desses carros tem seu sistema próprio, cujo objetivo é gerenciar os motores elétricos e a combustão para escolher a forma mais eficiente de rodar. MHEV (Mild Hybrid Electric Vehicle) endash; São os chamados híbridos leves ou micro-híbridos. Nesse caso, a eletricidade ajuda a reduzir a queima de combustível nas partidas e fornece torque extra nas arrancadas, entre outros recursos. Com Reuters

article

Serviços puxam criação de 131 mil vagas de emprego com carteira assinada em maio, aponta Caged

O mercado de trabalho formal registrou um saldo positivo de 131.811 carteiras assinadas em maio, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 27, pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que também compartilhou dados revisados de abril (239.201 vagas criadas). As 131 mil vagas são abaixo do piso da pesquisa Projeções Broadcast, de 164 mil (a mediana era de 200 mil). A criação de vagas em maio foi puxada pelo setor de serviços, com 69.309 postos formais, seguido pela agropecuária, com 19.836. Os números são revelados no mesmo dia em que o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) traz o aumento da projeção de crescimento do setor de serviços de 2,0% para 2,4% em 2024. Já a construção civil gerou 18.149 vagas em maio, enquanto houve um saldo de 18.145 contratações na indústria. O comércio registrou abertura de 6.375 vagas no mês. No quinto mês do ano, 26 das 27 unidades da federação obtiveram resultado positivo no Caged. O melhor desempenho entre os Estados foi registrado em São Paulo, com a abertura de 42.325 postos de trabalho. Já o pior desempenho foi do Rio Grande do Sul, que registrou o fechamento de 22.180 vagas no mês em que foi atingido por enchentes. Apesar da surpresa para baixo com o resultado do Caged em maio, permanece o diagnóstico de que o mercado de trabalho segue resiliente, avalia o economista da LCA Consultores Bruno Imaizumi. Ele entende que os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul respondem por uma parte da desaceleração observada no mês. O economista também chama atenção para o desempenho do setor de serviços. eldquo;Postos de trabalho ligados à volta de empresas em sistema presencial, como segurança e porteiro, têm sustentado a criação de vagas do setor em nível elevadoerdquo;, diz. O ministro Luiz Marinho disse esperar que o Rio Grande do Sul volte a registrar um saldo líquido positivo na criação de vagas de emprego formal eldquo;talvezerdquo; em agosto, a partir das ações dedicadas à reconstrução do Estado. eldquo;A hora que iniciar os canteiros de obra para a retomada, reconstrução, a tendência é a economia voltar a girar no Estado e voltarmos a ter números positivos, talvez a partir de agostoerdquo;, disse, em coletiva de imprensa sobre os dados do Caged. Marinho destacou que, se não fosse o fechamento de vagas registrado no Estado, de 22.180 postos, o saldo de empregos no País registrado em maio ficaria em linha com o resultado do mesmo mês em 2023, quando foram geradas 155.704 vagas. Marinho também disse que estaria eldquo;garantidoerdquo; o Brasil alcançar um saldo positivo de 2 milhões de vagas de emprego formal em 2024. No acumulado de janeiro a maio, foram criados 1.088.955 postos. No ano de 2023, esse patamar ficou positivo em 1.460.109 vagas. Remuneração O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada foi de R$ 2.132,64 em maio. Comparado ao mês anterior, houve uma redução real de R$ 3,31 no salário médio de admissão, uma variação em torno de -0,15%. O resultado de criação de vagas formais do quinto mês de 2024 decorreu de 2.116.326 admissões e 1.984.515 demissões. Em maio de 2023, houve abertura de 155.704 vagas com carteira assinada, na série ajustada.

article

Petrobras fecha acordo para encerrar pendência de R$ 45 bi com PGFN e Receita

O Ministério da Fazenda informou nesta quinta-feira, 27, que houve a formalização de acordo com a Petrobras para encerrar pendências fiscais e tributárias na ordem de R$ 45 bilhões. A companhia aderiu na quinta-feira passada a um edital da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e da Receita Federal publicado em maio, com regras para adesão à transação no contencioso tributário. Na prática, a medida vai ajudar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a chegar mais perto do déficit zero, e vem no momento em que o crescimento das despesas coloca em xeque o ajuste fiscal do governo Lula. Do valor total do acordo, cerca de R$ 35 bilhões são pendências com a PGFN e aproximadamente R$ 10 bilhões com a Receita. Os débitos estão na esfera administrativa e judicial. Estava em discussão a incidência de IRRF, Cide, PIS e Cofins sobre remessas ao exterior. Mais especificamente sobre afretamento de plataformas para exploração de petróleo. O acordo firmado envolve tanto créditos inscritos na Dívida Ativa da União quanto no contencioso administrativo fiscal, no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). O acordo prevê, conforme o edital, desconto de até 65% do saldo devido, excluindo os valores em garantia e após a compensação tributária. O montante será pago em sete parcelas, informa a Fazenda em nota. Parcelamento Na semana passada, a Petrobras havia informado que seu conselho de administração aprovou, por 10 votos a favor, que iria aderir ao edital, conforme antecipou a Coluna do Estadão. Segundo o comunicado da companhia, o valor total da transação, considerado o desconto de 65% concedido no edital, é de R$ 19,80 bilhões, sendo R$ 6,65 bilhões pagos com os depósitos judiciais já realizados nos processos e R$ 1,29 bilhão, com créditos de prejuízos fiscais de subsidiárias. Dos R$ 11,85 bilhões restantes, já haveria uma entrada de R$ 3,57 bilhões em 30 de junho de 2024 e o restante em seis parcelas mensais e sucessivas, de aproximadamente de R$ 1,38 bilhão. (Estadão Conteúdo)

Como posso te ajudar?