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Os 10 estados com a gasolina mais cara do Brasil no 1º semestre de 2024

O preço médio da gasolina chegou a R$ 7,04 no Acre, de acordo com o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), referente a semana entre 23 e 29 de junho, a última completa do primeiro semestre. A média no valor do combustível no Brasil foi de R$ 5,86. Veja os dez estados com o litro mais caro do país. O que chama atenção é que os três estados com os maiores valores médios ficam na Região Norte e todos com preço acima dos R$ 6,30. São eles: Acre, Rondônia e Amazonas emdash; empatado com Roraima. Outro fato curioso é que dois estados entre os dez têm o valor do litro abaixo dos R$ 6,00. Veja a tabela: Preço médio da gasolina Estado Preço médio 1) Acre R$ 7,04 2) Rondônia R$ 6,40 3) Amazonas R$ 6,32 4) Roraima R$ 6,32 5) Sergipe R$ 6,21 6) Tocantins R$ 6,17 7) Bahia R$ 6,10 8) Pará R$ 6,01 9) Alagoas R$ 5,98 10) Espirito Santo R$ 5,93 Fonte: ANP Na comparação com o inicio do ano, todos os índices subiram. O preço médio do Brasil na primeira semana de janeiro foi de R$ 5,56, portanto, exatos R$ 0,20 a menos do que no fechamento deste primeiro semestre emdash; o período teve alta de 5,4%. Falando especificamente do Acre, na primeira semana de 2024 o valor médio do estado foi de R$ 6,77 emdash; agora está R$ 0,27 (4%) mais caro. A explicação para o aumento dos preços está na alta dos impostos. ICMS O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da gasolina aumentou R$ 0,15 (12,3%), saindo de R$ 1,22 para R$ 1,37, no dia 1º de fevereiro. A alíquota de ICMS sempre variou de acordo com o estado, porém, desde o início de junho de 2023, o valor foi fixado em R$ 1,22. Isso aconteceu porque em junho de 2022, o governo do então presidente, Jair Bolsonaro, fez um decreto para o imposto estadual ficar com teto de 18% em todo o território nacional emdash; que representava média de R$ 0,90 a R$ 1,00, dependendo da região. A medida foi tomada para minimizar alguns efeitos da pandemia. Mas, o principal motivo foi a crise gerada pela guerra entre Rússia e Ucrânia. Esse teto na cobrança do imposto permaneceu por anos. Então os estados e o Distrito Federal se queixaram de prejuízos bilionários, uma vez que o ICMS é uma das principais fontes de arrecadação das unidades federativas. O Supremo Tribunal Federal (STF) fez um acordo para elevar o imposto e deixar com o teto de R$ 1,22 igual para todos a partir do dia 1º de junho de 2023. Em 30 de outubro do ano passado, o governo federal anunciou que o imposto subiria R$ 0,15 a partir de fevereiro emdash; totalizando os atuais R$ 1,37. A decisão foi do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e o decreto foi publicado no Diário Oficial da União. Composição do preço da gasolina O Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que são os impostos federais sobre a gasolina, totalizam R$ 0,69 em cada litro que você paga nos postos. Somado aos R$ 1,37 de ICMS, o total de impostos em cada litro é de R$ 2,06. Composição do preço da gasolina Categoria Percentual Preço Distribuição e Revenda 17,2% R$ 1,01 Custo Etanol Anidro 12,6% R$ 0,74 Imposto Estadual (ICMS) 23,4% R$ 1,37 Impostos Federais 11,8% R$ 0,69 Parcela Petrobras 35% R$ 2,05 Total 100% R$ 5,86 Fonte: Petrobras

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Pão de Açúcar termina venda de postos de gasolina e se encaminha para fase de mudança

O Grupo Pão de Açúcar (GPA) encerrou, com a venda de seus postos de gasolina, a promessa de venda de ativos que não eram essenciais ao negócio. A empresa se encaminha para uma nova fase, com mudanças relevantes inclusive em seu quadro societário que já se refletem nos assentos do Conselho de Administração. Ao todo, a venda de ativos somou, nas contas do Itaú BBA, R$ 1,9 bilhão. Ao longo de 2023, a companhia completou a separação do Grupo Exito, vendeu imóveis dos quais passou a ser locatária e se desfez dos postos de gasolina. O último movimento, a venda de 49 postos de combustíveis localizados no Estado de São Paulo, na semana passada, levantou R$ 200 milhões. O processo é visto pelos analistas do Itaú BBA como fundamental para a reorganização da companhia. eldquo;Conforme escrevemos em nosso relatório de reinício da cobertura, melhorar a estrutura de capital da empresa foi um pilar fundamental do plano de recuperação do GPAerdquo;, diz o relatório. No mesmo caminho, o Bradesco BBI avalia que a última venda caracterizou mais um anúncio estratégico positivo, após a monetização imobiliária e a negociação de contingências fiscais estaduais da companhia. Para os analistas Felipe Cassimiro, Pedro Pinto, Renan Sartorio e João Andrade, os R$ 138 milhões a serem recebidos em 2024 devem ajudar a empresa a compensar as despesas financeiras, principalmente no novo cenário brasileiro de taxas de juros mais altas, em 10,50%, afirmam em relatório. eldquo;Em suma, temos uma visão positiva sobre o desinvestimento de ativos não essenciais, uma vez que a empresa irá concentrar a sua força e atenção de gestão totalmente no seu principal varejo alimentarerdquo;, conclui o Bradesco BBI. Quadro societário Do outro lado, o GPA vive um processo de saída do ex-controlador francês, Grupo Casino. Em março deste ano, a oferta de ações (follow-on) do GPA sacramentou a saída do Casino do controle da varejista brasileira. Os franceses passaram a ter 22,5% da companhia após o aumento de capital de R$ 704 milhões. Anteriormente, a participação era de 40,9%. No processo, um dos maiores compradores individuais do papel foi o executivo Ronaldo Iabrudi, que já foi presidente do GPA e também participou no conselho do grupo. Ele alcançou 5,48% do total de ações da mesma classe. Como consequência, na quinta-feira, 27, o Conselho de Administração da companhia decidiu, com base na recomendação do Comitê de Gestão, Pessoas e Sustentabilidade, pela eleição de Iabrudi para a posição de vice-presidente do Conselho. Cadeiras no colegiado são miradas por outros investidores que buscam posições relevantes na nova fase da varejista. Entre os que montaram posições mais recentemente está a gestora SPX. No último trimestre, a empresa apresentou redução de R$ 700 milhões da dívida líquida com diminuição de 0,8x da alavancagem em relação ao trimestre imediatamente anterior. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da rede, por sua vez, foi de R$ 404 milhões, com alta de 39% (considerando só a operação brasileira, sem impactos internacionais) e um prejuízo líquido de R$ 87 milhões (nas operações que se mantêm), com melhora de 68% no resultado negativo de um ano antes.

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ANP reduz pesquisa de preço dos combustíveis por corte no orçamento

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) cortou o número de postos e de cidades visitadas em sua pesquisa semanal de preços dos combustíveis, alegando falta de recursos após corte no orçamento. A pesquisa é feita semanalmente e acompanha a evolução dos preços da gasolina, diesel, etanol, botijão de gás e GNV (gás natural veicular) pelo país. É usada para identificar suspeitas de fraudes e de crimes contra a concorrência. Em nota divulgada nesta segunda-feira (1º), a ANP informou que assinou aditivo contratual com a empresa responsável pela coleta, reduzindo o número de cidades visitadas de 459 para 358. O número de postos cairá de 10.920 para 6.255, corte de 43%. "A decisão sobre localidades que deixarão de receber o levantamento considerou alguns critérios, buscando minimizar os impactos negativos decorrentes das perdas de unidades amostrais e localidades pesquisadas", disse a agência. As capitais foram mantidas e, para os demais locais, o corte considerou os volumes de venda dos combustíveis, com o objetivo de tentar manter a representatividade da coleta. O contrato prevê restabelecimento parcial da pesquisa em 2025, com 417 cidades e 8.988 coletas. A possibilidade de corte da pesquisa havia sido antecipada à Folha pelo diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, em entrevista publicada em maio, segundo quem a agência chegou a uma situação onde é necessário "amputar os primeiros dedos". "O orçamento que temos hoje é um terço do que tínhamos há dez anos, sem contar a inflação. Se corrigirmos, vai a um quinto", reclamou. "Isso teve efeito devastador em nosso planejamento de contratos que já tinham sido assumidos." Saboia levantou também a possibilidade de cortes no programa de monitoramento da qualidade dos combustíveis, que também tem cobertura nacional, mas ainda não houve anúncios nesse sentido. Esse programa é importante para a fiscalização sobre adulteração ou fraudes em bombas, por exemplo. "Controle de combustível é assunto extremamente importante. Monitoramos um mercado muito sensível e muito exposto a interesses fraudulentos", afirmou o diretor-geral da ANP, na entrevista à Folha em maio. A ANP vem perdendo também servidores ao longo dos anos. Ao fim de 2023, eram 638, queda de 7,5% em relação a dez anos antes. Saboia diz que vem pedindo, sem sucesso, a abertura de concurso, principalmente diante da necessidade regulamentar o novo mercado de gás. Diante dos cortes orçamentários, trabalhadores ligados a agências reguladoras decidiram na sexta-feira (28) fazer uma paralisação no próximo dia 4 de julho. O indicativo foi aprovado por 95% da categoria em assembleia. A paralisação é uma maneira de pressionar o governo. Há uma negociação com o Ministério da Gestão marcada para 11 de julho. O sindicato reclama de um processo de sucateamento e desvalorização das agências reguladoras.

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Petróleo fecha em queda, mas avança 11% no primeiro semestre

O petróleo fechou o último pregão do mês emdash; e do semestre emdash; em queda, com preocupações sobre a demanda e a despeito do enfraquecimento do dólar após dados de inflação em linha com o esperado nos Estados Unidos (EUA). Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, com vencimento em setembro, terminaram o dia com baixa de 0,30%, a US$ 85,00 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI), para agosto, caíram 0,24%, a US$ 81,54 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos EUA. Durante o pregão, os futuros do WTI atingiram a máxima intraday de US$ 82,72 o barril, o maior nível desde 30 de abril. Apesar da queda, os saldos semanais e mensais foram positivos. O Brent subiu 0,79% nos últimos cinco dias e o WTI teve avanço de 1% na semana e alta de 5,98% em junho. Petróleo no semestre Os preços da commodity acumularam ganhos de mais de 10% nos primeiros seis meses de 2024. Os riscos geopolíticos com os conflitos entre Israel e o grupo extremista Hamas, além da guerra entre Ucrânia e Rússia, elevaram o valor do óleo em meio à fraqueza da demanda global. Vale lembrar que no começo de junho, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) decidiu pela continuidade dos cortes na produção do petróleo. Porém, foi adicionada uma data de validade para a medida: a partir de outubro deste ano, o grupo liderado pela Rússia prevê o retorno gradual à produção de 2,2 milhões de barris por dia, processo que deve durar até setembro de 2025. A decisão do cartel reduziu os ganhos do semestre já que a expectativa, com o fim dos cortes voluntários, é de que a oferta do petróleo tenha aumento considerável a partir do quatro trimestre emdash; mesmo com os sinais de recuo na demanda global. Apesar disso, o petróleo Brent acumulou alta de 12,28% nos primeiros seis meses deste ano. Já os futuros do WTI avançaram 13,89% entre janeiro e julho.

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Vazamento de petróleo contamina rio e afeta populações na Amazônia

Um derramamento de petróleo não quantificado contaminou o caudaloso rio Napo, um dos afluentes do Amazonas, e está afetando populações na Amazônia equatoriana, informou a estatal Petroecuador nesta quinta-feira. Sem detalhar quando, a estatal assinalou que, no bloco 16, situado na província de Orellana, no leste do Equador, ocorreu a ruptura de uma tubulação que causou o vazamento de petróleo. Nesta quarta-feira, "houve uma forte chuva na região, o que fez com que parte do hidrocarboneto contido nas barreiras fosse arrastada para o rio Napo", acrescentou. A empresa indicou que "atualmente estão sendo instaladas barreiras adicionais para evitar o avanço de vestígios de hidrocarbonetos em corpos fluviais e assim minimizar os impactos resultados das chuvas", e acrescentou que "mantém comunicação direta com as comunidades afetadas", sem dar mais detalhes. A Petroecuador também informou que, após o vazamento, foram instaladas barreiras preventivas para "proteger os corpos hídricos no entorno do rio Napo" como parte das ações para conseguir controlar a situação, mas que a chuva torrencial resultou em um impacto neste importante afluente do rio Amazonas, que atravessa Peru, Colômbia e Brasil. "Novo desastre ambiental por hidrocarbonetos no #RioNapo", escreveu na rede social X o advogado Pablo Fajardo, defensor dos direitos humanos e representante dos atingidos pela atividade petrolífera, acrescentando que "isso é o que denunciam os moradores das comunidades da freguesia #Pañacocha [na província vizinha de] Sucumbíos". O ativista difundiu um vídeo que mostra um curso de#39;água com manchas de óleo. "Neste momento, não dá nem para pescar", diz uma pessoa. O Equador, que extrai petróleo na floresta amazônica, registra vazamentos ocasionais. Em fevereiro de 2022, o rompimento de um oleoduto causou o derramamento de 6.300 barris no Parque Nacional Cayambe-Coca, uma área protegida que abriga grande variedade de fauna e uma reserva de água. Naquela ocasião, o vazamento afetou os rios Quijos e Coca. Este último foi cenário de outro derramamento em 2020, quando 15.000 barris alcançaram o curso de#39;água. O petróleo é o principal produto tradicional de exportação do Equador, que extraiu 475 mil barris por dia em 2023, dos quais exportou cerca de 66%. Entre janeiro e abril de 2024, o Equador já extraiu 485 mil barris por dia, com cerca de 73% destinados ao comércio exterior.

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IBP diz que impacto da greve do Ibama reduz produção de petróleo em 200 mil barris por dia

Os impactos da greve de trabalhadores do Ibama na produção de petróleo do Brasil se ampliaram, e o país registra perda de 200 mil barris por dia (bpd), causando uma queda de arrecadação de milhões de dólares, afirmou Júlio Moreira, diretor do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo), nesta sexta-feira (28). O número representa crescimento expressivo ante os cerca de 80 mil barris por dia de impactos relatados em 17 de junho pelo órgão que representa as petroleiras no Brasil, como Petrobras, Shell e TotalEnergies. Desde janeiro, o Ibama vem atrasando a emissão de licenças no Brasil como parte de uma disputa contínua com o governo sobre salários e condições de trabalho. Neste mês, os trabalhadores do instituto convocaram uma greve a partir da última segunda-feira (24), que foi aprovada em pelo menos 14 Estados. "Estamos falando em uma perda de arrecadação de milhões de dólares por mês", disse Moreira. "Você tem de um lado o Estado que precisa arrecadar e de outro uma greve de seis meses do Ibama", adicionou em evento do Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças). Os impactos da greve alcançam o desenvolvimento de importantes campos do Brasil, como Mero e Búzios, que estão entre os três maiores produtores, perdendo apenas para o campo de Tupi, segundo a Reuters publicou nesta semana com informações da Petrobras, operadora dos ativos. Mero e Búzios, ambos no pré-sal da Bacia de Santos, receberam novas plataformas no ano passado e dependem de avais do Ibama para avançar. "Somente em Mero são três poços para serem conectados para produzir 120 mil barris dia", disse Moreira nesta sexta-feira, que apontou também impactos para petroleiras independentes. Considerando petróleo e gás, o campo de Búzios produziu, em abril, uma média de 837 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), ante 732 mil boed no mesmo mês de 2023, enquanto Mero produziu 220 mil boe/d em abril, ante 185 mil boe/d na mesma comparação, segundo os dados mais recentes da reguladora ANP. (Reuters)

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