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Mercado livre de energia abre a pequenas empresas em janeiro e 13 mil pedem migração

A partir de 1º de janeiro, mais de 165 mil empresas conectadas à alta e média tensão (grupo A) poderão escolher o seu próprio fornecedor de energia por meio do mercado livre de energia. Quase 13 mil consumidores já solicitaram a migração, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) junto às distribuidoras. Entre eles estão pequenas indústrias, padarias, hospitais, shoppings, redes de farmácias e supermercados, por exemplo. O número é considerável quando se considera que o mercado livre em janeiro de 2023 contava com cerca de 11 mil empresas e tem, atualmente, quase 38 mil consumidores. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Mercado livre de energia abre a pequenas empresas em janeiro e 13 mil pedem migração

A partir de 1º de janeiro, mais de 165 mil empresas conectadas à alta e média tensão (grupo A) poderão escolher o seu próprio fornecedor de energia por meio do mercado livre de energia. Quase 13 mil consumidores já solicitaram a migração, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) junto às distribuidoras. Entre eles estão pequenas indústrias, padarias, hospitais, shoppings, redes de farmácias e supermercados, por exemplo. O número é considerável quando se considera que o mercado livre em janeiro de 2023 contava com cerca de 11 mil empresas e tem, atualmente, quase 38 mil consumidores. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Cartão de crédito: Teto dos juros no rotativo começa hoje

Começam a valer nesta terça-feira, primeiro dia útil do ano, novas regras que limitam os juros cobrados nas dívidas no cartão de crédito, os mais elevados do setor financeiro para as pessoas físicas. A regra foi estabelecida em dezembro, em decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN). A partir de agora, o juro no rotativo do cartão não poderá ultrapassar 100% do valor principal da dívida. Dessa forma, a dívida total de quem atrasa a fatura do cartão de crédito não poderá superar o dobro do débito original. Atualmente, os juros do rotativo estão na casa de 430% ao ano. Quais linhas terão o limite? O limite definido pelo CMN vale para o crédito rotativo do cartão de crédito, hoje a linha de crédito mais cara do mercado para pessoa física. Essa modalidade é oferecida ao consumidor quando ele não paga o total da fatura do cartão de crédito até a data do vencimento mensal. A partir dali o saldo devedor é acrescido de juros, e o total deve ser quitado na próxima fatura do cartão. O risco é o consumidor não conseguir honrar as dívidas no mês seguinte e a fatura se tornar uma bola de neve, já que os juros são muito elevados, apontam especialistas. Quanto é o juro do rotativo hoje? De acordo com dados do Banco Central (BC), a taxa média de juros do cartão de crédito rotativo para pessoas físicas ficou em 14,94% ao mês, ou 431,58% ao ano, em outubro de 2023, o dado mais recente disponível. Desde meados de 2022, essa taxa oscila em torno desse nível. Atualmente, a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, estabelecida pelo BC, está em 11,75% ao ano. Antes do período iniciado em meados de 2022, a última vez que a taxa média dessa modalidade ficou acima do patamar de 400% foi entre os anos de 2015 e 2017, quando o país ainda enfrentava os efeitos da forte recessão de 2014 a 2016. O que significa um juro de 400% ao ano? Em tese, com os juros atuais, uma pessoa que deixe de pagar uma fatura de cartão de crédito de R$ 1 mil no dia do vencimento e passe um ano inteiro inadimplente vai chegar ao décimo segundo mês com uma dívida total de R$ 5.310. Com o teto dos juros em 100% do valor original do débito, limitando a dívida total ao dobro do que deixou de ser pago, essa divida será de R$ 2 mil. O que dizem os bancos? A lei que criou o Desenrola, programa de renegociação de dívidas, sancionada em outubro, deu 90 dias para que o mercado apresentasse e o CMN aprovasse limites para as taxas de juros. Caso contrário, o total cobrado a título de juros e encargos financeiros não poderia ultrapassar o valor do principal da dívida. Como não houve consenso no setor financeiro sobre regras alternativas a esse limite colocado na lei, o CMN apenas detalhou o funcionamento do teto já previsto. Um dos motivos da resistência dos bancos à medida é o fato de que, segundo as instituições, a grande maioria dos consumidores não chega a completar um ano inadimplente para chegar a um juro anual tão alto. Segundo o Serasa, há 71,8 milhões de brasileiros hoje em situação de inadimplência, conforme apontam os dados de novembro. Desse total, 20,8 milhões (ou 28,97%) possuem pendências com bancos e cartões emdash; o segmento que mais concentra dívidas atrasadas. O que dizem os especialistas? Para analistas, o teto de 100% do valor da dívida para cobrança de juros pode ajudar a reduzir a inadimplência, mas o efeito não é garantido. Além disso, a medida pode ter efeito negativo no médio prazo no mercado de crédito brasileiro. emdash; Qualquer medida que venha para regular o sistema bancário com taxação é um pouco arriscado porque os bancos podem acabar travando mais a oferta de crédito emdash; ressalta Isabela Tavares, analista da Tendências Consultoria. A partir de agora, o juro no rotativo do cartão não poderá ultrapassar 100% do valor principal da dívida. Dessa forma, a dívida total de quem atrasa a fatura do cartão de crédito não poderá superar o dobro do débito original. Atualmente, os juros do rotativo estão na casa de 430% ao ano. Entenda, abaixo, o que muda: Quais linhas terão o limite? O limite definido pelo CMN vale para o crédito rotativo do cartão de crédito, hoje a linha de crédito mais cara do mercado para pessoa física. Essa modalidade é oferecida ao consumidor quando ele não paga o total da fatura do cartão de crédito até a data do vencimento mensal. Mais caro: Preços do diesel voltam a ter cobrança integral de PIS/Cofins a partir desta segunda-feira A partir dali o saldo devedor é acrescido de juros, e o total deve ser quitado na próxima fatura do cartão. O risco é o consumidor não conseguir honrar as dívidas no mês seguinte e a fatura se tornar uma bola de neve, já que os juros são muito elevados, apontam especialistas. Quanto é o juro do rotativo hoje? De acordo com dados do Banco Central (BC), a taxa média de juros do cartão de crédito rotativo para pessoas físicas ficou em 14,94% ao mês, ou 431,58% ao ano, em outubro de 2023, o dado mais recente disponível. Desde meados de 2022, essa taxa oscila em torno desse nível. Atualmente, a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, estabelecida pelo BC, está em 11,75% ao ano. Fim do mal-estar? Campos Neto é convidado e vai participar de churrasco do presidente Lula com ministros Antes do período iniciado em meados de 2022, a última vez que a taxa média dessa modalidade ficou acima do patamar de 400% foi entre os anos de 2015 e 2017, quando o país ainda enfrentava os efeitos da forte recessão de 2014 a 2016. O que significa um juro de 400% ao ano? Em tese, com os juros atuais, uma pessoa que deixe de pagar uma fatura de cartão de crédito de R$ 1 mil no dia do vencimento e passe um ano inteiro inadimplente vai chegar ao décimo segundo mês com uma dívida total de R$ 5.310. Com o teto dos juros em 100% do valor original do débito, limitando a dívida total ao dobro do que deixou de ser pago, essa divida será de R$ 2 mil. O que dizem os bancos? A lei que criou o Desenrola, programa de renegociação de dívidas, sancionada em outubro, deu 90 dias para que o mercado apresentasse e o CMN aprovasse limites para as taxas de juros. Caso contrário, o total cobrado a título de juros e encargos financeiros não poderia ultrapassar o valor do principal da dívida. Como não houve consenso no setor financeiro sobre regras alternativas a esse limite colocado na lei, o CMN apenas detalhou o funcionamento do teto já previsto. Um dos motivos da resistência dos bancos à medida é o fato de que, segundo as instituições, a grande maioria dos consumidores não chega a completar um ano inadimplente para chegar a um juro anual tão alto. Segundo o Serasa, há 71,8 milhões de brasileiros hoje em situação de inadimplência, conforme apontam os dados de novembro. Desse total, 20,8 milhões (ou 28,97%) possuem pendências com bancos e cartões emdash; o segmento que mais concentra dívidas atrasadas. O que dizem os especialistas? Para analistas, o teto de 100% do valor da dívida para cobrança de juros pode ajudar a reduzir a inadimplência, mas o efeito não é garantido. Além disso, a medida pode ter efeito negativo no médio prazo no mercado de crédito brasileiro. emdash; Qualquer medida que venha para regular o sistema bancário com taxação é um pouco arriscado porque os bancos podem acabar travando mais a oferta de crédito emdash; ressalta Isabela Tavares, analista da Tendências Consultoria. Para a economista, a redução dos juros do rotativo pode ajudar a queda do número de inadimplentes, mas este recuo da taxa não seria natural, uma reação ao ciclo de baixa na taxa Selic, ao cenário econômico ou a aspectos relacionados aos riscos de crédito do mercado brasileiro. Por isso, a medida inclui alguns riscos: emdash; A gente já tem um cenário de que a inadimplência vai cair por conta da Selic e a expectativa de que as renegociações de dívidas vão bater no Desenrola. Isso agora pode ser um fator adicional. Mas pode ser prejudicial por travar a oferta de crédito e de cartões, além de prejudicar pessoas que já tenham maior risco. Ou seja, pode acabar tendo uma contrapartida para os bancos não saírem como perdedores. Fernanda Melo, planejadora financeira CFP pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), avalia que não há uma correlação entre limite dos juros no rotativo e redução da inadimplência. Segundo ela, os dois principais fatores que impactam esse indicador são a inflação e o desemprego. emdash; A gente precisaria ver resultados melhores nesses aspectos de emprego, aumento do custo de vida e poder de compra dos salários para ver diferenças na inadimplência emdash; explica. O parcelamento sem juros no cartão acabará? Não, embora, ao longo do debate sobre os juros do cartão de crédito, por causa da lei do Desenrola, os bancos tenham demandado a limitação do parcelado sem juros. Para o setor financeiro, a dinâmica atual do parcelamento sem juros traz desequilíbrios ao sistema, com os riscos sendo assumidos apenas pelos emissores, mas, na decisão de dezembro, o CMN não propôs mudanças sobre isso. Segundo Fernanda, essa modalidade tem a ver com o perfil brasileiro, que não necessariamente tem o dinheiro total para uma compra no momento, mas consegue garantir que terá o dinheiro para pagamento ao longo do tempo. Ou seja, muitos conseguem pagar dentro do prazo e quitar a fatura sem juros. Bolsa em alta: Após alta de 22,28% em 2023, Ibovespa vai subir mais em 2024? Onde investir? Veja a recomendação dos analistas Tendo em vista que este canal de consumo se tornou comum no país, a medida do parcelamento sem juros também facilita o acesso do consumidor a determinados produtos bancários, lembra ela. Se fosse modificada, poderia ter um impacto positivo se levar a uma redução no custo do rotativo. Por outro lado, teria um efeito geral ruim sobre a economia: emdash; Podemos ver alguma redução na atividade econômica pelo fato das pessoas não terem condições de pagar o preço cheio. As pessoas podem acabar preferindo juntar o dinheiro para comprar sem juros e isso pode diminuir um pouco a atividade. O CMN, que tomou a decisão em dezembro, é formado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto.

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Cartão de crédito: Teto dos juros no rotativo começa hoje

Começam a valer nesta terça-feira, primeiro dia útil do ano, novas regras que limitam os juros cobrados nas dívidas no cartão de crédito, os mais elevados do setor financeiro para as pessoas físicas. A regra foi estabelecida em dezembro, em decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN). A partir de agora, o juro no rotativo do cartão não poderá ultrapassar 100% do valor principal da dívida. Dessa forma, a dívida total de quem atrasa a fatura do cartão de crédito não poderá superar o dobro do débito original. Atualmente, os juros do rotativo estão na casa de 430% ao ano. Quais linhas terão o limite? O limite definido pelo CMN vale para o crédito rotativo do cartão de crédito, hoje a linha de crédito mais cara do mercado para pessoa física. Essa modalidade é oferecida ao consumidor quando ele não paga o total da fatura do cartão de crédito até a data do vencimento mensal. A partir dali o saldo devedor é acrescido de juros, e o total deve ser quitado na próxima fatura do cartão. O risco é o consumidor não conseguir honrar as dívidas no mês seguinte e a fatura se tornar uma bola de neve, já que os juros são muito elevados, apontam especialistas. Quanto é o juro do rotativo hoje? De acordo com dados do Banco Central (BC), a taxa média de juros do cartão de crédito rotativo para pessoas físicas ficou em 14,94% ao mês, ou 431,58% ao ano, em outubro de 2023, o dado mais recente disponível. Desde meados de 2022, essa taxa oscila em torno desse nível. Atualmente, a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, estabelecida pelo BC, está em 11,75% ao ano. Antes do período iniciado em meados de 2022, a última vez que a taxa média dessa modalidade ficou acima do patamar de 400% foi entre os anos de 2015 e 2017, quando o país ainda enfrentava os efeitos da forte recessão de 2014 a 2016. O que significa um juro de 400% ao ano? Em tese, com os juros atuais, uma pessoa que deixe de pagar uma fatura de cartão de crédito de R$ 1 mil no dia do vencimento e passe um ano inteiro inadimplente vai chegar ao décimo segundo mês com uma dívida total de R$ 5.310. Com o teto dos juros em 100% do valor original do débito, limitando a dívida total ao dobro do que deixou de ser pago, essa divida será de R$ 2 mil. O que dizem os bancos? A lei que criou o Desenrola, programa de renegociação de dívidas, sancionada em outubro, deu 90 dias para que o mercado apresentasse e o CMN aprovasse limites para as taxas de juros. Caso contrário, o total cobrado a título de juros e encargos financeiros não poderia ultrapassar o valor do principal da dívida. Como não houve consenso no setor financeiro sobre regras alternativas a esse limite colocado na lei, o CMN apenas detalhou o funcionamento do teto já previsto. Um dos motivos da resistência dos bancos à medida é o fato de que, segundo as instituições, a grande maioria dos consumidores não chega a completar um ano inadimplente para chegar a um juro anual tão alto. Segundo o Serasa, há 71,8 milhões de brasileiros hoje em situação de inadimplência, conforme apontam os dados de novembro. Desse total, 20,8 milhões (ou 28,97%) possuem pendências com bancos e cartões emdash; o segmento que mais concentra dívidas atrasadas. O que dizem os especialistas? Para analistas, o teto de 100% do valor da dívida para cobrança de juros pode ajudar a reduzir a inadimplência, mas o efeito não é garantido. Além disso, a medida pode ter efeito negativo no médio prazo no mercado de crédito brasileiro. emdash; Qualquer medida que venha para regular o sistema bancário com taxação é um pouco arriscado porque os bancos podem acabar travando mais a oferta de crédito emdash; ressalta Isabela Tavares, analista da Tendências Consultoria. A partir de agora, o juro no rotativo do cartão não poderá ultrapassar 100% do valor principal da dívida. Dessa forma, a dívida total de quem atrasa a fatura do cartão de crédito não poderá superar o dobro do débito original. Atualmente, os juros do rotativo estão na casa de 430% ao ano. Entenda, abaixo, o que muda: Quais linhas terão o limite? O limite definido pelo CMN vale para o crédito rotativo do cartão de crédito, hoje a linha de crédito mais cara do mercado para pessoa física. Essa modalidade é oferecida ao consumidor quando ele não paga o total da fatura do cartão de crédito até a data do vencimento mensal. Mais caro: Preços do diesel voltam a ter cobrança integral de PIS/Cofins a partir desta segunda-feira A partir dali o saldo devedor é acrescido de juros, e o total deve ser quitado na próxima fatura do cartão. O risco é o consumidor não conseguir honrar as dívidas no mês seguinte e a fatura se tornar uma bola de neve, já que os juros são muito elevados, apontam especialistas. Quanto é o juro do rotativo hoje? De acordo com dados do Banco Central (BC), a taxa média de juros do cartão de crédito rotativo para pessoas físicas ficou em 14,94% ao mês, ou 431,58% ao ano, em outubro de 2023, o dado mais recente disponível. Desde meados de 2022, essa taxa oscila em torno desse nível. Atualmente, a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, estabelecida pelo BC, está em 11,75% ao ano. Fim do mal-estar? Campos Neto é convidado e vai participar de churrasco do presidente Lula com ministros Antes do período iniciado em meados de 2022, a última vez que a taxa média dessa modalidade ficou acima do patamar de 400% foi entre os anos de 2015 e 2017, quando o país ainda enfrentava os efeitos da forte recessão de 2014 a 2016. O que significa um juro de 400% ao ano? Em tese, com os juros atuais, uma pessoa que deixe de pagar uma fatura de cartão de crédito de R$ 1 mil no dia do vencimento e passe um ano inteiro inadimplente vai chegar ao décimo segundo mês com uma dívida total de R$ 5.310. Com o teto dos juros em 100% do valor original do débito, limitando a dívida total ao dobro do que deixou de ser pago, essa divida será de R$ 2 mil. O que dizem os bancos? A lei que criou o Desenrola, programa de renegociação de dívidas, sancionada em outubro, deu 90 dias para que o mercado apresentasse e o CMN aprovasse limites para as taxas de juros. Caso contrário, o total cobrado a título de juros e encargos financeiros não poderia ultrapassar o valor do principal da dívida. Como não houve consenso no setor financeiro sobre regras alternativas a esse limite colocado na lei, o CMN apenas detalhou o funcionamento do teto já previsto. Um dos motivos da resistência dos bancos à medida é o fato de que, segundo as instituições, a grande maioria dos consumidores não chega a completar um ano inadimplente para chegar a um juro anual tão alto. Segundo o Serasa, há 71,8 milhões de brasileiros hoje em situação de inadimplência, conforme apontam os dados de novembro. Desse total, 20,8 milhões (ou 28,97%) possuem pendências com bancos e cartões emdash; o segmento que mais concentra dívidas atrasadas. O que dizem os especialistas? Para analistas, o teto de 100% do valor da dívida para cobrança de juros pode ajudar a reduzir a inadimplência, mas o efeito não é garantido. Além disso, a medida pode ter efeito negativo no médio prazo no mercado de crédito brasileiro. emdash; Qualquer medida que venha para regular o sistema bancário com taxação é um pouco arriscado porque os bancos podem acabar travando mais a oferta de crédito emdash; ressalta Isabela Tavares, analista da Tendências Consultoria. Para a economista, a redução dos juros do rotativo pode ajudar a queda do número de inadimplentes, mas este recuo da taxa não seria natural, uma reação ao ciclo de baixa na taxa Selic, ao cenário econômico ou a aspectos relacionados aos riscos de crédito do mercado brasileiro. Por isso, a medida inclui alguns riscos: emdash; A gente já tem um cenário de que a inadimplência vai cair por conta da Selic e a expectativa de que as renegociações de dívidas vão bater no Desenrola. Isso agora pode ser um fator adicional. Mas pode ser prejudicial por travar a oferta de crédito e de cartões, além de prejudicar pessoas que já tenham maior risco. Ou seja, pode acabar tendo uma contrapartida para os bancos não saírem como perdedores. Fernanda Melo, planejadora financeira CFP pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), avalia que não há uma correlação entre limite dos juros no rotativo e redução da inadimplência. Segundo ela, os dois principais fatores que impactam esse indicador são a inflação e o desemprego. emdash; A gente precisaria ver resultados melhores nesses aspectos de emprego, aumento do custo de vida e poder de compra dos salários para ver diferenças na inadimplência emdash; explica. O parcelamento sem juros no cartão acabará? Não, embora, ao longo do debate sobre os juros do cartão de crédito, por causa da lei do Desenrola, os bancos tenham demandado a limitação do parcelado sem juros. Para o setor financeiro, a dinâmica atual do parcelamento sem juros traz desequilíbrios ao sistema, com os riscos sendo assumidos apenas pelos emissores, mas, na decisão de dezembro, o CMN não propôs mudanças sobre isso. Segundo Fernanda, essa modalidade tem a ver com o perfil brasileiro, que não necessariamente tem o dinheiro total para uma compra no momento, mas consegue garantir que terá o dinheiro para pagamento ao longo do tempo. Ou seja, muitos conseguem pagar dentro do prazo e quitar a fatura sem juros. Bolsa em alta: Após alta de 22,28% em 2023, Ibovespa vai subir mais em 2024? Onde investir? Veja a recomendação dos analistas Tendo em vista que este canal de consumo se tornou comum no país, a medida do parcelamento sem juros também facilita o acesso do consumidor a determinados produtos bancários, lembra ela. Se fosse modificada, poderia ter um impacto positivo se levar a uma redução no custo do rotativo. Por outro lado, teria um efeito geral ruim sobre a economia: emdash; Podemos ver alguma redução na atividade econômica pelo fato das pessoas não terem condições de pagar o preço cheio. As pessoas podem acabar preferindo juntar o dinheiro para comprar sem juros e isso pode diminuir um pouco a atividade. O CMN, que tomou a decisão em dezembro, é formado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto.

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Governo Lula inicia 2024 com os louros da reforma tributária, mas precisa colocá-la em prática

Em 2023, o Brasil presenciou uma mudança na política econômica com a entrada de um novo governo e equipe econômica, sob a condução do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Logo nos primeiros meses do ano, foram anunciadas uma série de medidas que buscavam implementar para ajudar na arredacação e desenvolvimento do país. Em 365 dias de trabalho, um dos maiores avanços foi a aprovação histórica da reforma tributária, que era esperada havia mais de 30 anos. Contudo, a conquista é controversa. Por um lado, é considerada por analistas o ponto alto do primeiro ano do Lula 3. Após quase 40 anos de discussões sobre novos modelos tributários, o governo finalmente conseguiu aprovar a primeira mudança do sistema de tributação feita no regime democrático. Apesar disso, o feito contou com forte influência de parlamentares do Congresso Nacional. Por outro, com alto impacto no bolso da população brasileira, o texto da reforma tributária não agradou a alguns setores da economia, que temem um aumento da tributação. Analistas consultados pela Jovem Pan avaliam os dois lados da medida que, para o bem ou para o mal, é a com maior impacto na economia brasileira e conduzirá a política econômica durante o primeiro ano do terceiro mandato de Lula. Para o economista e professor de economia na Strong Business School Valter Palmieri Júnior, é sempre importante avaliar a política econômica do governo diante do contexto econômico, possibilidades e desafios concretos da política. eldquo;Nesse sentido, a reforma tributária é uma enorme conquista, mesmo que com inúmeros problemas. O governo conseguiu fazer a economia crescer mais que o esperado. O mercado avaliava que o PIB cresceria 0,8% em 2024, e crescerá quase quatro vezes mais, diminuindo a quantidade de desemprego e estimulando um maior otimismo econômico. Além da reforma tributaria, um grande acerto foi uma recuperação da imagem brasileira no cenário internacional. Isso beneficia a vinda de investimento e eleva o otimismo econômico, tão necessário para o crescimentoerdquo;, pondera. Contudo, a medida considerada o maior acerto do governo é altamente criticada por alguns analistas. O tributarista David Andrade Silva, sócio da Andrade Silva Advogados, considera que a condução da política fiscal e tributária no primeiro ano do governo Lula foi permeada por uma série de desacertos, incluindo o texto da reforma tributária. eldquo;Do começo ao fim, erraram em tudo. Produziram um dos maiores déficits fiscais da história, saindo de um superávit de 1.2% do PIB para R$ 1,7 bilhão de déficit, que deverá se repetir no ano que vem. Até aqui, só conseguiram anunciar medidas de aumento da carga tributária. Criaram a pior reforma tributária que poderia ser criada, produzindo o maior IVA do mundo, cumulativo em vários aspectos e que irá penalizar, severamente, o setor de serviços. Enfim, iremos sofrer durante muitos anos por esse conjunto absurdo de erros, que sempre fizeram parte da cartilha do PTerdquo;, opina. O principal erro da política monetária durante o ano, para o economista Valter Palmieri Júnior, foi a manutenção dos juros muito elevados. Contudo, ele ressalta que a responsabilidade não é do governo, mas, sim, do Banco Central, que foi extremamente conservador. Valter também afirma que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, agradou ao mercado financeiro devido ao discurso e medidas neoliberais. eldquo;Isso nem sempre é positivo, pois agradar ao mercado financeiro nem sempre é bom para a sociedade. O Haddad busca o desafio aliar os interesses do mercado com políticas que gerem desenvolvimento econômico-social, mas essa conciliação nem sempre é possívelerdquo;, ressalva. David Silva considera que pronunciamentos de Haddad são sempre direcionados à criminalização do empreendedor e que o governo teve pouca preocupação com a contenção da máquina estatal. eldquo;Vejam, como exemplo, a última entrevista coletiva do ministro, quando ele anuncia, sem sequer se ruborizar, um verdadeiro calote tributário, limitando as compensações de créditos detidos pelas empresas por decisões judiciais definitivas. Este tem sido um governo expansionista e populista, que não se importa com a qualidade do gasto público ou com a contenção da máquina estatal. Um desastre completo, sob qualquer ângulo de análiseerdquo;, pontua. Para o próximo ano, o advogado estima que o governo continuará com altos níveis de gasto e que isso, segundo, sua avaliação, irá penalizar o setor produtivo com eldquo;uma verdadeira derrama tributáriaerdquo;. Já Valter indica que, para 2024, um assunto que provavelmente deve ocupar menos espaço no debate público é a inflação, o que abre espaço para outras discussões. eldquo;Uma das pautas que ganharão cada vez maior protagonismo é a questão ambiental. Hoje em dia é crucial repensar o desenvolvimento econômico em conjunto com a pauta ambiental, saúde pública e demais questões sociais. A desigualdade social se ampliou no governo anterior, sendo necessário ações mais robustas para seu enfrentamentoerdquo;, complementa. Na retrospectiva da economia de 2023, a Jovem Pan mostrou que algumas iniciativas reverberaram positivamente na economia. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o indicador oficial da inflação no Brasil, começou o ano em alta, mas conseguiu desacelerar durante o curso de 2023, convergindo para o intervalo da meta inflacionário. Outro movimento marcante foi o início dos cortes da Selic, taxa básica de juros da economia, que esteve no maior percentual desde janeiro de 2017, mas diminuiu em dois pontos percentuais. Entre flutuações e incertezas, o Brasil segue como uma das dez maiores economias mundiais.

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Governo Lula inicia 2024 com os louros da reforma tributária, mas precisa colocá-la em prática

Em 2023, o Brasil presenciou uma mudança na política econômica com a entrada de um novo governo e equipe econômica, sob a condução do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Logo nos primeiros meses do ano, foram anunciadas uma série de medidas que buscavam implementar para ajudar na arredacação e desenvolvimento do país. Em 365 dias de trabalho, um dos maiores avanços foi a aprovação histórica da reforma tributária, que era esperada havia mais de 30 anos. Contudo, a conquista é controversa. Por um lado, é considerada por analistas o ponto alto do primeiro ano do Lula 3. Após quase 40 anos de discussões sobre novos modelos tributários, o governo finalmente conseguiu aprovar a primeira mudança do sistema de tributação feita no regime democrático. Apesar disso, o feito contou com forte influência de parlamentares do Congresso Nacional. Por outro, com alto impacto no bolso da população brasileira, o texto da reforma tributária não agradou a alguns setores da economia, que temem um aumento da tributação. Analistas consultados pela Jovem Pan avaliam os dois lados da medida que, para o bem ou para o mal, é a com maior impacto na economia brasileira e conduzirá a política econômica durante o primeiro ano do terceiro mandato de Lula. Para o economista e professor de economia na Strong Business School Valter Palmieri Júnior, é sempre importante avaliar a política econômica do governo diante do contexto econômico, possibilidades e desafios concretos da política. eldquo;Nesse sentido, a reforma tributária é uma enorme conquista, mesmo que com inúmeros problemas. O governo conseguiu fazer a economia crescer mais que o esperado. O mercado avaliava que o PIB cresceria 0,8% em 2024, e crescerá quase quatro vezes mais, diminuindo a quantidade de desemprego e estimulando um maior otimismo econômico. Além da reforma tributaria, um grande acerto foi uma recuperação da imagem brasileira no cenário internacional. Isso beneficia a vinda de investimento e eleva o otimismo econômico, tão necessário para o crescimentoerdquo;, pondera. Contudo, a medida considerada o maior acerto do governo é altamente criticada por alguns analistas. O tributarista David Andrade Silva, sócio da Andrade Silva Advogados, considera que a condução da política fiscal e tributária no primeiro ano do governo Lula foi permeada por uma série de desacertos, incluindo o texto da reforma tributária. eldquo;Do começo ao fim, erraram em tudo. Produziram um dos maiores déficits fiscais da história, saindo de um superávit de 1.2% do PIB para R$ 1,7 bilhão de déficit, que deverá se repetir no ano que vem. Até aqui, só conseguiram anunciar medidas de aumento da carga tributária. Criaram a pior reforma tributária que poderia ser criada, produzindo o maior IVA do mundo, cumulativo em vários aspectos e que irá penalizar, severamente, o setor de serviços. Enfim, iremos sofrer durante muitos anos por esse conjunto absurdo de erros, que sempre fizeram parte da cartilha do PTerdquo;, opina. O principal erro da política monetária durante o ano, para o economista Valter Palmieri Júnior, foi a manutenção dos juros muito elevados. Contudo, ele ressalta que a responsabilidade não é do governo, mas, sim, do Banco Central, que foi extremamente conservador. Valter também afirma que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, agradou ao mercado financeiro devido ao discurso e medidas neoliberais. eldquo;Isso nem sempre é positivo, pois agradar ao mercado financeiro nem sempre é bom para a sociedade. O Haddad busca o desafio aliar os interesses do mercado com políticas que gerem desenvolvimento econômico-social, mas essa conciliação nem sempre é possívelerdquo;, ressalva. David Silva considera que pronunciamentos de Haddad são sempre direcionados à criminalização do empreendedor e que o governo teve pouca preocupação com a contenção da máquina estatal. eldquo;Vejam, como exemplo, a última entrevista coletiva do ministro, quando ele anuncia, sem sequer se ruborizar, um verdadeiro calote tributário, limitando as compensações de créditos detidos pelas empresas por decisões judiciais definitivas. Este tem sido um governo expansionista e populista, que não se importa com a qualidade do gasto público ou com a contenção da máquina estatal. Um desastre completo, sob qualquer ângulo de análiseerdquo;, pontua. Para o próximo ano, o advogado estima que o governo continuará com altos níveis de gasto e que isso, segundo, sua avaliação, irá penalizar o setor produtivo com eldquo;uma verdadeira derrama tributáriaerdquo;. Já Valter indica que, para 2024, um assunto que provavelmente deve ocupar menos espaço no debate público é a inflação, o que abre espaço para outras discussões. eldquo;Uma das pautas que ganharão cada vez maior protagonismo é a questão ambiental. Hoje em dia é crucial repensar o desenvolvimento econômico em conjunto com a pauta ambiental, saúde pública e demais questões sociais. A desigualdade social se ampliou no governo anterior, sendo necessário ações mais robustas para seu enfrentamentoerdquo;, complementa. Na retrospectiva da economia de 2023, a Jovem Pan mostrou que algumas iniciativas reverberaram positivamente na economia. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o indicador oficial da inflação no Brasil, começou o ano em alta, mas conseguiu desacelerar durante o curso de 2023, convergindo para o intervalo da meta inflacionário. Outro movimento marcante foi o início dos cortes da Selic, taxa básica de juros da economia, que esteve no maior percentual desde janeiro de 2017, mas diminuiu em dois pontos percentuais. Entre flutuações e incertezas, o Brasil segue como uma das dez maiores economias mundiais.

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