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Petróleo avança com aumento da demanda

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta firme nesta segunda-feira (07), a despeito do aumento de produção acima do esperado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) no fim de semana. O aperto no mercado físico e a alta da demanda pela commodity compensaram o incremento na produção de barris pelo cartel. Na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent para setembro fechou em alta de 1,87%, a US$ 69,58 por barril. Já na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em agosto avançou 1,39%, a US$ 67,93 por barril. "A queda na contagem de sondas nos EUA e os preços mais baixos praticados pela Arábia Saudita para os barris de agosto deram confiança aos investidores mais otimistas", afirmam Helge Andre Martinsen e Tobias Ingebrigtsen, do DNB. No entanto, "acreditamos que estamos à beira de uma maior fraqueza estrutural nos próximos meses", acrescentaram. Mesmo com o aumento na produção pela Opep+ e o aperto no mercado físico, os economistas do Goldman Sachs mantiveram sua projeção de preço para o Brent em US$ 59 no quarto trimestre de 2025 e US$ 56 em 2026.

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ANP suspende primeiro período exploratório da Petrobras em seis blocos da Foz do Amazonas

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) suspendeu o período exploratório dos contratos da Petrobras em seis blocos na bacia da Foz do Amazonas, até que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) conceda a autorização para perfuração no bloco FZA-M-59. A decisão unânime foi tomada pelos diretores em circuito deliberativo na semana passada, sob a relatoria da diretora Mariana Cavadinha. A suspensão vale para os blocos FZA-M-57, FZA-M-59, FZA-M-86, FZA-M-88, FZA-M-125 e FZA-M-127, que representam mais de 50% dos blocos com fase de exploração em andamento na bacia. Eles foram arrematados na 11ª Rodada de licitações, em 2013. Durante esta semana, três equipes do Ibama realizarão vistorias nas embarcações e instalações envolvidas na atividade de perfuração do bloco FZA-M-59, em Belém e em Curuçá (PA). A suspensão do período exploratório dos contratos ocorreu a pedido da Petrobras, sob o argumento de que houve atraso no licenciamento ambiental do bloco. Também ressaltou que há interdependência geológica das oportunidades mapeadas nas concessões e a importância da logística integrada. A campanha exploratória da estatal na região prevê, no mínimo, a perfuração de oito poços na bacia, segundo a Superintendência de Exploração (SEP). Antes da suspensão, o prazo para conclusão do primeiro período exploratório dos blocos encerraria em janeiro de 2026. No 5º Ciclo de Oferta Permanente de Concessões da ANP, realizado em junho, o consórcio entre Petrobras e ExxonMobil arrematou outros dez blocos na bacia, sem concorrência por eles. Já o consórcio Chevron/CNPC levou nove blocos, após desbancar a concorrência de Petrobras/ExxonMobil em sete deles. Ao todo, as petroleiras pagaram R$ 845 milhões em bônus de assinatura pelas concessões dos 19 blocos. O leilão de novos blocos na Foz do Amazonas ocorreu em meio a protestos de ambientalistas que tentaram evitar a abertura de novas fronteiras exploratórias para óleo e gás através de ações para barrar o leilão.

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Transportadoras tentam frear distribuidoras enquanto ANP debate regulação de gasodutos

As transportadoras de gás natural tentam pôr um freio em alguns novos projetos de expansão das distribuidoras, enquanto a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) discute a regulamentação para classificação de gasodutos endash; em consulta pública até 21 de julho. Em São Paulo, a ATGás pediu à Arsesp (o regulador estadual) que os planos de negócios da Comgás e da Necta sejam reavaliados. A associação, que representa as transportadoras, questiona, em especial, os projetos de interligação das redes das concessionárias, cujos planos de investimentos passaram recentemente por consulta pública no processo de revisão tarifária das companhias. A ideia é evitar que os investimentos sejam aprovados e incorporados às tarifas dos consumidores locais antes que o assunto esteja pacificado endash; e impedir, assim, um novo caso Subida da Serra. O gasoduto da Comgás, aprovado em 2019 pela Arsesp, foi posteriormente classificado pela ANP como um ativo de transporte e o conflito federativo pela regulação do empreendimento está, hoje, no Supremo Tribunal Federal (STF). E não é só em São Paulo. Em Alagoas, também, há um conflito posto envolvendo projetos da Algás, a concessionária local, e a Transportadora Associada de Gás (TAG). As distribuidoras, por sua vez, veem na proposta de regulamentação da ANP um caso de invasão à competência estadual. A seguir, a gas week se debruça sobre o assunto. Transportadoras veem duplicidade na rede A ATGás pediu mais detalhes sobre os projetos da Comgás e Necta. Quer entender se as características técnicas de diâmetro e pressão conflitam com os limites propostos pela ANP (veja a minuta de resolução na íntegra, em .pdf). A Comgás planeja investir em novos gasodutos para interconectar as redes da companhia com as das demais concessionárias de gás do estado (Necta e Naturgy) endash; um compromisso previsto na renovação da concessão em 2021. Os projetos inicialmente mapeados são: Porto Ferreira-Araras (interligação com a Necta) Campinas-Salto (interligação com a Naturgy) São investimentos de R$ 543 milhões que permitirão a troca operacional (swap) do gás, por meio do fluxo físico da molécula e não somente pelo fluxo comercial, entre as diferentes áreas de concessão no estado. Na prática, permite que o gás importado pela Edge (do mesmo grupo Compass) pelo Terminal de Regaseificação de São Paulo (TRSP) chegue aos consumidores da Necta e Naturgy pela malha da Comgás. A ATGás teme que os novos investimentos criem duplicidade com as redes da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) e Nova Transportadora do Sudeste (NTS) endash; comprometendo, assim, a eficiência econômica do sistema de transporte, com impactos negativos sobre as tarifas. A associação alega também que alguns dos projetos consideram indevidamente a plena operação do Subida da Serra, sem que o assunto esteja pacificado na esfera judicial. Ou seja, os investimentos seriam incorporados às tarifas dos consumidores paulistas de forma legalmente duvidosa. A Arsesp ainda analisa as contribuições dos agentes. eldquo;Existem gasodutos de transporte que cortam o estado de São Paulo e alimentam as redes das concessionárias locais. Os sistemas precisam ser complementares, não concorrentes, porque estamos falando de uma indústria de rede que depende de escalaerdquo; eldquo;E, no fim, todo mundo perde se deixarmos a infraestrutura de gás se desenvolver de forma ineficienteerdquo;, argumenta o presidente da ATGás, Rogério Manso. Em tempo. O conflito federativo em torno do Subida da Serra segue no Supremo, depois das tentativas frustradas de acordo entre ANP, Arsesp e o governo de São Paulo no Núcleo de Solução Consensual de Conflitos no STF. Caberá ao ministro relator, Edson Fachin, julgar liminarmente o pedido da Arsesp e do governo de São Paulo para que a operação do gasoduto seja mantida sob regulação estadual até o julgamento final da ação; e que a ANP seja impedida de adotar quaisquer medidas para interditar a operação do ativo. Distribuidoras veem invasão de competências As distribuidoras, representadas pela Abegás, veem na proposta de regulamentação da ANP um caso de invasão à competência estadual endash; alegam, nesse sentido, que não existe hierarquia da regulação federal em relação à estadual, pela própria definição constitucional. Segundo a associação, a discussão aberta pelo regulador federal está contaminando a revisão tarifária das concessionárias e pode paralisar investimentos. A Abegás entende que o debate ainda está pouco maduro e pede o adiamento, por 30 dias, dos prazos da consulta pública da ANP, devido à complexidade do assunto. O diretor técnico comercial da Abegás, Marcelo Mendonça, defende um eldquo;freio de arrumaçãoerdquo; no debate: eldquo;Hoje, do jeito que está, a regulamentação da ANP inviabiliza investimentos das distribuidoraserdquo;. As distribuidoras alegam que a Análise de Impacto Regulatório (AIR) não se aprofunda no impacto econômico sobre a atividade de distribuição; e questionam a eficiência do sistema. Nesse ponto, especificamente, a Abegás argumenta que, nos termos do desenho regulatório proposto pela ANP, será preciso ampliar a construção de city-gates (onde ocorre a transferência de custódia do gás para as distribuidoras) endash; o que tende a encarecer a expansão da infraestrutura. Cada ponto de entrega custa cerca de R$ 50 milhões. Além disso, corre-se o risco de que sejam propagadas malhas de transporte desconectadas entre si, no interior dos estados. A Abegás pontua, ainda, que o segmento de transporte opera com ritos mais complexos de aprovação e prazos para implantação de projetos. Uma das diretrizes da minuta da ANP, para classificação de gasodutos, é o conceito da eficiência global das redes, mas falta, na visão de diferentes agentes, justamente, um aprofundamento sobre o conceito na minuta. As críticas à minuta proposta pela agência estão detalhadas no artigo de opinião eldquo;Proposta da ANP para regulação de gasodutos representa ameaça de conflito federativoerdquo;, escrito pelo sócio-diretor da Zenergas Consultoria, Zevi Kann. TAG e Algás disputam projeto de 1 km Em Alagoas, a TAG questiona um projeto da Algás em Pilar: um gasoduto em aço carbono de 1,5 quilômetro de extensão que, segundo a concessionária estadual, está associado à realocação do ponto de entrega Marechal Deodoro das instalações da Origem Energia para a rede da transportadora. A TAG alega que o ramal já está contemplado nas obras de instalação do novo Ponto de Saída Marechal Deodoro II e que há duplicidade nos projetos. A transportadora defende que o seu projeto valoriza a conexão da rede da Algás à malha de transporte e que permitirá maior precisão na medição dos fluxos destinados à futura instalação de estocagem subterrânea de gás natural de Pilar (uma parceria entre TAG e Origem). A Algás justifica, em seu plano de investimentos, que o seu novo ramal é necessário para a a expansão planejada da rede local e visa manter a estabilidade operacional do sistema. A Arsal, o regulador estadual, não acatou os questionamentos da TAG, na aprovação do projeto, mas recomendou na ocasião a articulação com a ANP para aprofundamento da análise. Procurada, a TAG esclareceu, em nota, que suas contribuições são eldquo;pautadas na defesa do benefício coletivo dos usuários da cadeia de gáserdquo; e que o planejamento integrado das redes é o eldquo;caminho necessárioerdquo; para o dinamismo de mercado e aumento da competitividade do gás. A Algás, por sua vez, destacou, em nota, que o eldquo;planejamento integrado entre os entes federativos constitui instrumento essencial para o desenvolvimento infraestrutura de transporte e distribuição de gás natural no país de forma eficienteerdquo;. E que ele deve respeitar a competência e independência dos entes federativos. Caso contrário, poderá resultar em eldquo;custos com judicialização e redução de investimentos, comprometendo, assim, o próprio desenvolvimento da infraestrutura do paíserdquo;. Na Bahia, assunto esfria A TAG também chegou a formalizar em março, na ANP, questionamentos sobre a operação de um gasoduto da PetroReconcavo na Bahia, que interliga a UTG São Roque diretamente à rede da Bahiagás. O assunto, porém, esfriou. O gasoduto, aliás, não se enquadraria como de transporte, com base nos próprios limites técnicos de diâmetro e pressão recém-propostos pela ANP. Em 2024, a área técnica da agência indicou que o gasoduto se tratava de um ativo integrante da instalação produtora e sujeito ao acesso negociado e não discriminatório de terceiros endash; posição chancelada pela Procuradoria Federal junto à ANP. A TAG, por sua vez, alegou que, pelas características técnicas e sua finalidade, trata-se de um caso de eldquo;indevido bypasserdquo; ao sistema de transporte, e pediu, na ocasião, que a ANP se abstivesse de autorizar a construção do gasoduto eldquo;até que esgotados todos os debates técnicos, jurídicos e econômicos necessárioserdquo;. O ativo, porém, já está operacional desde o ano passado. Como o gasoduto se encontra integralmente dentro da concessão de Mata de São João, a petroleira entende que ele se caracteriza como de seu interesse específico. Na ocasião do questionamento, a TAG citou que o pedido de acesso às informações do processo tinha como objetivo esclarecer a interpretação do regulador quanto à classificação de dutos e que não se tratava, portanto, de uma questão específica endash; e, sim, visa evitar uma interpretação que gere um precedente com efeitos danosos aos usuários do mercadoerdquo;.

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Queda do preço do barril do petróleo pode provocar novas reduções nos combustíveis

Os preços da gasolina e do diesel podem ter novas quedas nos próximos dias, caso a cotação do petróleo Brent continue em baixa, afirmou nesta segunda-feira (7) o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A declaração foi dada durante a Cúpula do Brics, no Rio de Janeiro. eldquo;O que eu disse é que com a queda do Brent, se ela se mantiver como está hoje, há uma real possibilidade de nas próximas semanas a gente ter mais diminuição no preço da gasolina e do diesel. Nós estávamos muito apreensivos, naturalmente, com essa guerra entre Israel e Irã. A tensão diminuiu. Esperamos que termine." Ele acrescentou que os preços dos combustíveis estão mais baixos hoje do que em dezembro de 2022. "O Ministério de Minas e Energia trabalhou todos esses dois anos e meio de forma muito vigorosa para que a gente tivesse o menor preço de combustível na bomba do consumidor brasileiro. E isso é fato. Nós temos hoje gasolina e diesel mais barato que dezembro de 2022. É importante que se diga isso." Silveira citou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende a paz global nos fóruns internacionais para promover prosperidade, inclusão, geração de empregos e enfrentar desigualdades nos países do Sul Global. O ministro disse que o governo tem reforçado as medidas para combater a adulteração de combustíveis e práticas comerciais abusivas no setor. Segundo ele, tem sido realizadas reuniões frequentes com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), a Polícia Federal e o Ministério da Justiça para fiscalizar e coibir irregularidades no mercado, especialmente práticas de concentração que estão sob a alçada do Cade. "O presidente Lula vem cobrando isso de forma reiterada para que na bomba de combustível chegue as reduções feitas pela Petrobras. Nós estamos trabalhando de forma fiscalizatória, esse é o papel do governo, para que a gente tenha realmente o resultado desse esforço que é feito nas políticas públicas para poder construir justiça tarifária no país."

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Fósseis com bioenergia embalam 'transição justa' do Brics

Conservadora para uns, perturbadora para outros, a declaração final da 17ª Cúpula dos Brics, divulgada neste domingo (6/7), no Rio de Janeiro, entregou para a transição energética o que estava prometido desde o início: apoio aos fósseis e apelo ao financiamento climático. O argumento do grupo é a transição energética justa, que leve em conta as diferentes realidades dos países em desenvolvimento. Antecipa os debates da COP30, marcada para novembro em Belém, com evoluções da declaração conjunta do G20, presidida pelo Brasil no ano passado. Formado por onze grandes economias em desenvolvimento, incluindo os países fundadores emdash; Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul emdash; e os novos integrantes Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã, o bloco é relevante na produção de petróleo. De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), 44% das reservas de óleo estão nos membros do Brics, assim como 53% das reservas de gás natural e 70% da produção de carvão mineral no mundo. E na visão do governo brasileiro, que presidiu o bloco este ano, a responsabilidade é dos ricos. Em discurso na última sessão da cúpula do Brics no domingo, o presidente Lula (PT), criticou os incentivos dados pelo mercado à produção de petróleo e gás. Segundo Lula, no ano passado, os 65 maiores bancos do mundo concederam 869 bilhões de dólares em financiamentos ao setor. eldquo;Oitenta por cento das emissões de carbono são produzidas por menos de 60 empresas. A maioria atua nos setores de petróleo, gás e cimento. Os incentivos dados pelo mercado vão na contramão da sustentabilidadeerdquo;, discursou. (Agência Brasil) De grão em grão... O fórum de países emergentes também tem em comum a agenda da bioenergia e seu papel na transição global. Desde a presidência do G20 de 2024, o governo brasileiro tem insistido na necessidade de uma nova metodologia para reconhecer a contribuição dos biocombustíveis para descarbonizar a matriz de transportes. É um debate que tem ganhado cada vez mais relevância diante de metas das indústrias de aviação e navegação para substituir os combustíveis fósseis. Como eletrificar ainda não é uma opção, combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) e marítimo surgem como um novo mercado a ser explorado. Os países do Brics com vocação para o agronegócio querem sua fatia. Neste domingo, eles anunciaram a adoção dos eldquo;Princípios para a Contabilidade de Carbono Justa, Inclusiva e Transparenteerdquo;, uma das evoluções da declaração conjunta do G20. A medida visa orientar metodologias equilibradas para avaliar emissões e apoiar marcos regulatórios mais justos, inclusive em setores específicos, o que pode incluir biocombustíveis. Também reconheceram a importância do SAF e dos combustíveis de baixo carbono (LCAF), como parte da solução para reduzir as emissões do setor aéreo internacional e propuseram a cooperação tecnológica entre os membros para desenvolver e implantar essas alternativas. Dispostos a superar contradições? No domingo (6/7), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), voltou a defender planejamento para a transição energética. A jornalistas, a ministra bateu na tecla de que as eldquo;contradições existem no mundo inteiro, não só no Brasilerdquo;, mas afirmou que há disposição para superá-las. eldquo;Nós vivemos um momento de muitas contradições, e o importante é que estamos dispostos a superar essas contradiçõeserdquo;. A fala ocorreu em resposta a questionamento sobre os planos do governo Lula (PT) e da Petrobras para expandir suas fronteiras exploratórias de óleo e gás. Hoje, os blocos na Margem Equatorial do Brasil emdash; extensa área marítima que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá e onde o Rio Amazonas deságua no Oceano Atlântico emdash; são uma das principais quedas de braço entre a ala ambiental e a desenvolvimentista da gestão petista. Segundo Marina, o compromisso está posto desde 2023, quando na COP28, de Dubai, quase 200 países concordaram com a transição para o fim emdash; ou para o afastamento, como traduz o presidente da COP30 emdash; dos combustíveis fósseis. Agora, caberia aos países ricos liderarem essa corrida, com países em desenvolvimento vindo em seguida. (Agência Brasil)

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Siemens Energy e Seatrium fecham acordo de R$ 2 bi para plataformas para a Petrobras

A Siemens Energy assinou um contrato para fornecer uma solução de eficiência energética para dois novos navios-plataforma (FPSO) que serão construídos pela Seatrium para a Petrobras, afirmou a empresa alemã à Reuters. O acordo é avaliado em cerca de R$ 2 bilhões e envolve o fornecimento de sistemas de compressão acionados por motor elétrico para as plataformas P-84 e P-85, que estão previstas pela Petrobras para entrar em operação em 2029 e a partir de 2030, respectivamente. Segundo a Siemens Energy, a utilização dos compressores de acionamento elétrico marca a "estreia de uma geração mais sustentável" de plataformas para a Petrobras, uma vez que esses equipamentos entram para substituir turbinas a gás. "A solução ajudará a reduzir substancialmente a intensidade de emissão de gases de efeito estufa (GEE) em torno de 25% por barril de óleo equivalente (boe), apoiando estrategicamente a Petrobras em sua transição para uma economia de baixo carbono", apontou a Siemens. Os compressores para as embarcações serão produzidos na Alemanha, enquanto na fábrica de Santa Bárbara de#39;Oeste (SP) a Siemens fará tubulação, spools e sistemas auxiliares. As entregas estão previstas para 2026 no caso da P-84 e 2027 para a P-85. Cada plataforma contará com um total de 12 sistemas de compressão elétrica: três compressores principais de gás, quatro compressores de gás de exportação, dois de injeção e três compressores de CO2. Os FPSOs são plataformas que são usadas para produzir, armazenar e fabricar petróleo e gás. As embarcações que serão fornecidas pela Siemens Energy terão, cada um, capacidade de produção de 225 milbarris de petróleo por dia e processamento de 10 milhões de metros cúbicos de gás, com implantação nos campos de Atapu e Sépia, na Bacia de Santos. (Reuters)

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