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ANP fará consulta prévia sobre estudo relativo a emissões de metano

A Diretoria da ANP aprovou, nesta quinta-feira (18/9), a abertura de uma consulta prévia, de 45 dia, para receber contribuições da sociedade sobre o estudo preliminar, realizado pela Agência, para a regulamentação das emissões de metano na indústria do petróleo e do gás natural. O estudo preliminar buscou sistematizar o conhecimento técnico e institucional necessário para a elaboração de uma norma equilibrada e eficaz sobre o tema. Além disso, o documento visa promover o nivelamento de informações dentro da Agência e entre os agentes econômicos do setor. A consulta prévia tem como objetivo coletar subsídios para a elaboração de uma Análise de Impacto Regulatório (AIR) e da futura minuta de resolução. A participação do público está focada em nove temas estratégicos: (i) Escopo e abrangência da futura norma; (ii) Tipos de abordagens regulatórias; (iii) Estratégias para mitigação de emissões; (iv) Detecção e reparo de vazamentos; (v) Sistemas de medição, monitoramento, reporte e verificação; (vi) Controle de queima e ventilação; (vii) Critérios para planos de desenvolvimento; (viii) Gestão de poços abandonados; e (ix) Aplicação de penalidades. As contribuições serão coletadas a partir de formulário eletrônico, a ser disponibilizado na página da Consulta Prévia, após sua publicação no Diário Oficial da União. A proposta de regulamentação das emissões de metano integra a Agenda Regulatória 2025-2026 da ANP, e está alinhada à Resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) nº 8/2024, que estabelece diretrizes para a promoção da descarbonização das atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural. Após a análise das contribuições, a ANP dará sequência ao processo com a elaboração da AIR e da minuta da resolução, que serão submetidas a consulta e audiência públicas. A previsão é que essa segunda etapa de participação social tenha início até maio de 2026, com o objetivo de publicar a regulação final até dezembro de 2026.

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Cade condena em 1,7 milhão Sindicato de Transportadores de Combustíveis de MG

Na sessão de julgamento desta quarta-feira (17/9), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica condenou o Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Minas Gerais (Sindtanque/MG) e duas pessoas físicas por práticas que prejudicaram a concorrência no setor de transporte de combustíveis. Envolvidos na conduta deverão pagar mais de R$ 1,8 milhão em multa. Segundo a investigação, a entidade teria imposto reajustes de preços aos transportadores de combustíveis no estado e promovido mobilizações para pressionar distribuidoras, configurando influência na adoção de conduta comercial uniforme. Dessa forma, buscava que as distribuidoras atuassem de forma uniforme, com todas realizando o mesmo repasse de taxas, impedindo a negociação pró-competitiva pelos agentes econômicos. Além disso, o Sindtanque/MG já havia sido condenado anteriormente pelo Cade, em 2014, por práticas semelhantes, o que caracteriza reincidência. Em seu voto, o conselheiro José Levi, relator do caso, destacou que o sindicato, utilizou prerrogativa sindical de forma indevida para pressionar agentes econômicos a adotarem conduta comercial uniforme, incluindo bloqueios físicos de transportadoras e envio de comunicações exigindo reajustes lineares de frete. De acordo com o conselheiro, o sindicato tem legitimidade para pleitear mudanças de condições comerciais em favor de seus representados, no entanto estipular estritamente o valor de repasse ultrapassa essa capacidade. eldquo;Na prática, isso inviabiliza a negociação individual pelas distribuidoras, que poderiam oferecer condições comerciais capazes de impactar positivamente os custos das empresaserdquo;, destacou. Ainda segundo Levi, tais ações tiveram o potencial de prejudicar a livre concorrência no setor de transporte de combustíveis em Minas Gerais. Seguindo o relator, o plenário determinou a condenação dos representados ao pagamento de multa no valor total de R$ 1.858.336,60 e à proibição de exercer atividades comerciais pelo prazo de cinco anos. O Tribunal também determinou o envio de ofício aos Ministérios Públicos Estadual e Federal de Minas Gerais, para ciência da decisão e eventual adoção de medidas de ressarcimento de danos à coletividade.

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Petróleo cai com preocupações econômicas dos EUA

Os preços do petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira, já que os comerciantes continuaram preocupados com as perspectivas econômicas dos Estados Unidos, um dia depois que o Federal Reserve cortou as taxas de juros pela primeira vez este ano. Os contratos futuros do petróleo Brent caíram 0,8%, para fechar a US$67,44. O petróleo West Texas Intermediate dos EUA (WTI) caiu 0,8%, para fechar a US$63,57. O Fed cortou sua taxa de juros em um quarto de ponto percentual na quarta-feira e indicou que reduzirá constantemente os custos de empréstimos durante o resto do ano, em resposta aos sinais de fraqueza no mercado de trabalho. Os custos de empréstimos mais baixos normalmente aumentam a demanda por petróleo e elevam os preços. eldquo;Eles fizeram isso agora porque claramente a economia está desacelerandoerdquo;, disse Jorge Montepeque, diretor administrativo do Onyx Capital Group. eldquo;O Federal Reserve está tentando restaurar o crescimento.erdquo; O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada, revertendo o salto da semana anterior, mas o mercado de trabalho se abrandou, já que tanto a demanda quanto a oferta de trabalhadores diminuíram. A construção de casas unifamiliares nos EUA caiu para uma mínima de quase dois anos e meio em agosto, em meio a um excesso de casas novas não vendidas, sugerindo que o mercado imobiliário pode continuar a ser um obstáculo econômico. O excesso de oferta persistente e a baixa demanda de combustível nos EUA, o maior consumidor de petróleo do mundo, também pesaram sobre o mercado. Os estoques de petróleo dos EUA caíram acentuadamente na semana passada, com as importações líquidas caindo para um nível recorde de baixa, enquanto as exportações saltaram para um nível quase recorde em dois anos, mostraram dados da Administração de Informações sobre Energia na quarta-feira. Um aumento nos estoques de refinados dos EUA de 4 milhões de barris, no entanto, contra as expectativas do mercado de um ganho de 1 milhão de barris, aumentou as preocupações sobre a demanda no principal consumidor de petróleo do mundo e pressionou os preços. (Reuters)

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"Nenhum país está pronto para abrir mão de petróleo", diz Lula sobre Margem Equatorial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou em entrevista à BBC News Brasil, concedida na quarta-feira (17), que ainda não chegou o momento de o mundo abrir mão do petróleo. Questionado sobre a prospecção de combustíveis fósseis na Margem Equatorial ele argumentou que nenhum país está preparado para uma transição energética capaz de prescindir do uso de petróleo. eldquo;Eu quero saber qual é o país do planeta que está preparado para ter uma transição energética capaz de abdicar do combustível fóssilerdquo;, afirmou Lula, ao defender a iniciativa da Petrobras de perfurar um poço exploratório em águas profundas no Amapá. O presidente frisou que apoia totalmente a transição energética, mas destacou que é necessário levar em conta a realidade de cada nação. Petrobras e defesa da exploração A Petrobras sustenta que a exploração da Margem Equatorial pode abrir uma nova fronteira energética no Brasil e contribuir para uma transição eldquo;justa, segura e sustentávelerdquo;. Segundo a estatal, o plano de prevenção já foi aprovado pelo Ibama, embora o processo de licenciamento ainda dependa de testes que simulam possíveis emergências. Lula afirmou que governo e empresa cumprem rigorosamente a legislação: eldquo;Se nós tivermos um problema, nós seremos responsáveis para cuidar desse problemaerdquo;, disse, ressaltando que a Petrobras tem a eldquo;melhor tecnologia de prospecção em águas profundaserdquo; e que eldquo;nunca teve um incidenteerdquo;. COP30 e liderança climática O presidente também foi questionado sobre o impacto de sua defesa da exploração na imagem do Brasil diante da COP30, que será realizada em novembro em Belém (PA). Para Lula, não há contradição, já que o país possui uma matriz elétrica composta em quase 90% por fontes renováveis, com forte potencial para expandir o uso de energia solar, eólica e de biomassa. eldquo;Nós estamos fazendo a maior revolução na transição energética que algum país está fazendoerdquo;, declarou, reafirmando seu compromisso com a realização da COP30 na Amazônia. Segundo ele, a escolha de Belém foi estratégica: eldquo;A COP foi escolhida para ser feita na Amazônia porque eu quero que o mundo, ao invés de falar sobre a Amazônia, conheça a Amazônia. É muito fácil fazer uma COP em Paris, em Dubaierdquo;.

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Setembro começa com etanol mais caro e gasolina em queda, de acordo com Edenred Ticket Log

O preço médio da gasolina nos postos brasileiros registrou leve recuo de 0,16% na primeira quinzena de setembro em relação ao mesmo período de agosto, chegando a R$ 6,33. O etanol, por outro lado, ficou mais caro para os motoristas brasileiros, com preço médio de R$ 4,39, aumento de 0,92% na mesma comparação. Os dados são da última análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, trazendo uma média precisa. eldquo;A gasolina seguiu em queda no início de setembro, dando continuidade ao movimento já registrado em agosto. Essa trajetória ajuda a aliviar um pouco os custos de abastecimento para os motoristas. O etanol, por sua vez, apresentou alta no mesmo período, o que diminui sua competitividade em várias regiões. Esse contraste reforça como o mercado de combustíveis pode variar em direções opostas a depender do produto, mesmo sem a ocorrência de reajustes oficiaiserdquo;, comenta Renato Mascarenhas, Diretor de Rede de Abastecimento da Edenred Mobilidade. Nas análises regionais do mesmo período, o IPTL registrou que a maioria das regiões acompanharam a tendência nacional de leve queda para a gasolina, com destaque para o Centro-Oeste, que registrou a maior redução do período, de 1,09% (R$ 6,36). O Sudeste foi a exceção, registrando estabilidade na primeira quinzena de setembro. Mesmo assim, mais uma vez, a região teve a gasolina mais barata, com preço médio de R$ 6,19. O Norte seguiu registrando a média mais cara: R$ 6,82(-0,29%). O etanol também apresentou seu maior recuo entre regiões no Centro-Oeste, de 0,69%, com preço médio de R$ 4,34. O Sudeste foi a única região do País a apresentar alta para o biocombustível, de 1,42%, registrando preço médio no período de R$ 4,28, ainda o menor do Brasil. Já o maior preço entre regiões do etanol seguiu sendo o do Norte: R$ 5,19 (-0,19%l). Estados Considerando as médias por estados, a maior alta para a gasolina foi verificada em Pernambuco, onde o combustível chegou a R$ 6,53 após aumento de 2,51%. Já a unidade federativa com maior redução no preço médio da gasolina foi o Distrito Federal, onde o combustível foi comercializado em média por R$ 6,32, após queda de 3,51%. O preço médio mais em conta para o bolso do consumidor nesta primeira quinzena de setembro para a gasolina foi o do Rio de Janeiro, de R$ 6,12 (estável). A gasolina com o maior preço médio do País foi registrada, novamente, no Acre: de R$ 7,42, após recuo de 0,93%. Para o etanol, a maior alta do País também ocorreu em Mato Grosso, de 1,87%, alcançando o preço médio de R$ 4,36. Já a maior redução do biocombustível foi registrada no Distrito Federal, de 3,98%, que fez com que o preço médio da capital nacional recuasse a R$ 4,58. O etanol mais caro do País na primeira quinzena de setembro foi o do Amazonas, com preço médio de R$ 5,47, após o estado registrar aumento de 0,55%. São Paulo foi o estado com o etanol mais barato: R$ 4,15, um aumento de 1,47% em relação à primeira quinzena de agosto, de acordo com o IPTL. eldquo;Atualmente, o IPTL mostra que, em 10 estados brasileiros, o etanol se apresenta como a opção mais vantajosa financeiramente em relação à gasolina, com destaque para os estados do Centro-Oeste. Além do custo, vale lembrar que o etanol também traz ganhos ambientais: por emitir menos poluentes, contribui para reduzir a pegada de carbono e impulsionar uma mobilidade mais sustentávelerdquo;, acrescenta Mascarenhas. O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log, com uma robusta estrutura de data science que consolida o comportamento de preços das transações nos postos, trazendo uma média precisa, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: mais de 1 milhão, com uma média de oito transações por segundo. A Edenred Ticket Log, marca da linha de negócios de Mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários. (Edenred Ticket Log)

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Diesel brasileiro: cenário internacional afeta preços

O mercado de diesel no Brasil passa por mudanças relevantes em 2025, com uma inversão no perfil dos principais fornecedores do combustível. Entre janeiro e junho, a Rússia respondeu por 53% das importações, enquanto os Estados Unidos participaram com 19,5%. Em julho, os EUA se tornaram o principal fornecedor, com 45% do total, contra 35% da Rússia. O movimento reforça a dependência externa do país e aumenta a exposição a fatores geopolíticos. O aumento do fluxo vindo dos Estados Unidos tende a se consolidar nos próximos meses, dependendo do preço, da disponibilidade e do frete. O revezamento de fornecedores deve ser analisado sob a ótica de risco: ao reduzir a participação russa, o Brasil fica mais exposto a decisões políticas e comerciais americanas, que podem alterar custos e preços de forma rápida. eldquo;Ao buscar mais contratos com fornecedores americanos, o Brasil reduz a dependência russa no curto prazo; por outro lado, aumenta sua sensibilidade a decisões políticas e comerciais dos Estados Unidos, que podem alterar rapidamente o custo de importação e a previsibilidade de preçoserdquo;, comenta Vitor Sabag, do Gasola. A preocupação não é teórica. Em agosto, os EUA dobraram tarifas de importação sobre a Índia em resposta às compras de petróleo russo, mostrando como ajustes diplomáticos podem gerar impactos imediatos no mercado global. No caso brasileiro, eventuais sanções ou tarifas sobre o comércio de diesel atingiriam diretamente o transporte de cargas, a logística e o preço de mercadorias básicas, mesmo com o preço interno do combustível estável há quatro meses.

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