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Arrecadação do governo tem alta de 12% em fevereiro e bate recorde

A arrecadação do governo federal teve alta real de 12,3% em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, somando R$ 186,5 bilhões, com ganhos em contribuições previdenciárias e taxação de combustíveis, além de impulso gerado pela nova tributação de fundos exclusivos. Os dados foram divulgados pela Receita Federal nesta quinta-feira (21). O número de fevereiro representa o melhor resultado já registrado para o mês na série histórica da Receita, iniciada em 1995. Nos dois primeiros meses do ano, a arrecadação total acumula uma alta ajustada pela inflação de 8,82%, na comparação com o mesmo período de 2023, atingindo R$ 467,158 bilhões, recorde para o período. Os recursos administrados apenas pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, tiveram alta real de 11,95% em fevereiro sobre o mesmo mês de 2023, atingindo R$ 179,021 bilhões. No acumulado do ano houve alta ajustada pelo IPCA de 8,98%, a R$ 441,896 bilhões, informou o órgão. Já as receitas administradas por outros órgãos, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, tiveram uma alta real acentuada no mês passado, de 20,41%, a 7,5 bilhões de reais, acumulando nos primeiros meses do ano alta de 6,11%, a R$ 25,263 bilhões. Os dados da Receita mostram que R$ 4 bilhões entraram no caixa do governo em fevereiro com a tributação de fundos exclusivos. No ano passado, o Congresso aprovou a taxação periódica desses fundos usados por investidores de alta renda e autorizou pagamentos antecipados com desconto. Nos dois primeiros meses do ano, o ganho acumulado nessa conta soma R$ 8,1 bilhões. O fisco argumentou que o comportamento positivo da arrecadação também se deve a indicadores macroeconômicos, com ganhos em produção industrial e vendas de bens e serviços. Também houve aumento na massa salarial, que acaba impulsionando as contribuições previdenciárias. Em fevereiro, elas aumentaram 4,74% acima da inflação, um ganho de R$ 2,278 bilhões em relação ao mesmo mês de 2023. O maior ganho nominal no mês ficou com a arrecadação de Pis/Cofins, uma alta de 21,37%, ou R$ 6,9 bilhões de reais, desempenho impulsionado pela reoneração de combustíveis implementada em 2023. (Reuters)

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Petróleo será tão 'repudiado' quanto o cigarro, afirma ministro de Minas e Energia

Os combustíveis fósseis serão tão "repudiados" quanto os cigarros, disse o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que defende uma descarbonização global mais rápida, porém equitativa, para os países em desenvolvimento. "A transição energética se dará de um jeito ou do outro, mas ela se dará também por outro fator que é a questão cultural. As novas gerações já começam a repudiar os combustíveis fósseis, como repudiaram [o tabaco] nos últimos 20 anos: uma mudança cultural no mundo muito forte com relação à indústria do cigarro", disse Silveira em entrevista à AFP na quarta-feira (20) em Houston, no estado americano do Texas. "As petroleiras têm que reconhecer isso até pela própria sustentabilidade no médio prazo", acrescentou o ministro, que participa no fórum global de Energia CeraWeek nesta cidade. Silveira usou o exemplo do tabaco ao lembrar que houve uma "consciência política" dos malefícios que o cigarro causa à saúde pública, o que gera custos para os países. "O mesmo vai acontecer com o petróleo", insistiu. No entanto, o processo é lento, e os países industrializados devem ajudar a criar "uma governança global que possa fazer uma interlocução mais justa e mais equitativa entre os países do sul global com os países desenvolvidos" sobre este assunto. Se não, "vamos chegar em 2030 com tantos compromissos descumpridos pelos países ricos (ehellip;) que a discussão vai ser o adiamento do acordo (climático) de Paris, que nós não queremos porque nós estamos cumprindo nosso dever de casa", acrescentou Silveira. Segundo o acordo da cúpula climática COP28, as emissões globais de gases com efeito estufa devem ser reduzidas em 43% até 2030, em comparação com 2019. Liderança ambiental vs. produção de petróleo O Brasil, que aderiu em janeiro à aliança Opep+, que reúne as nações da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e uma dezena de aliados, espera convencer os parceiros a utilizarem os recursos do petróleo para financiar a descarbonização. O país busca se posicionar novamente entre os líderes do debate global sobre a mudança climática e sediará a reunião de cúpula do G20 neste ano e a conferência do clima COP30. Com 1,4 milhão de barris de petróleo exportados por dia, o Brasil está entre os principais produtores de petróleo do mundo. Mas, garante Silveira, 88% de sua matriz energética é "limpa e renovável" e possui uma "pluralidade" de fontes de energia refletida em sua indústria de etanol e na geração elétrica por fontes eólica e solar. O ministro não vê contradição na produção de mais petróleo pelo Brasil e na sua tentativa de liderar o debate climático. Os combustíveis são "uma fonte de financiamento tanto no nosso caso da educação, da saúde, através do fundo social", mas também são "uma fonte de financiamento muito importante para a transição energética", observou. "Essa é uma demanda mundial e uma sinalização péssima dos países importadores. Estamos em 2024 e ainda sem um comprometimento mais vigoroso dos países ricos (...), o que sinaliza que a transição é mais lenta do que deveria ser. Quando a demanda é maior e faz com que a exploração ainda seja atrativa para as petroleiras, sinaliza de forma clara que nós precisamos acelerar a transição", resumiu. Para Silveira, a guerra entre Rússia e Ucrânia, que diminuiu a oferta de combustíveis, "deu uma sinalização clara para a União Europeia da necessidade" de garantir seu abastecimento. "Os países vão buscar de forma mais vigorosa essa segurança e as matrizes energéticas. Espero que essa busca seja racionalizada e compartilhada em políticas públicas globais que possam ser convergentes com a limpeza da matriz", afirmou. Se isso for respeitado, haverá celeridade na transição, considerou. Caso contrário, o debate será estéril e se concentrará apenas em cobrar "as barreiras tarifárias dos países em desenvolvimento". Sem pressão à Petrobras Silveira negou que o governo Lula tenha pressionado a Petrobras para evitar o pagamento de dividendos extraordinários, decisão que fez com que as ações da empresa caíssem há poucos dias. Com este dinheiro, foi criado um fundo de reserva que "não deveria ter gerado nenhum barulho", explicou. Este fundo "só pode ser utilizado para pagamento de dividendos quando os conselheiros entenderem que é o momento adequado (...) O conselho pode, deve e vai decidir [pagar]. Não precisa ser dentro desse ano, mas pode ser", detalhou. (AFP)

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Petrobras estuda três rotas para importar gás da Argentina

A Petrobras avalia três possíveis rotas para importar gás natural de um dos maiores campos do mundo, Vaca Muerta, na Argentina, disse Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, em entrevista exclusiva ao estúdio epbr durante a CERAWeek, da Seamp;P Global, no Texas (EUA). A primeira opção avaliada pela estatal é trazer o gás por meio do gasoduto Bolívia-Brasil, revertendo o fluxo atual do gasoduto Norte, na Argentina. Com a produção boliviana em queda, a tendência é que fique vazio ao fim desta década. Para isso, será necessário chegar a um consenso entre os três vizinhos. eldquo;A vida não é tão fácil assim, porque não tem acordos entre os argentinos, os bolivianos. O argentino gostaria de passar o gás pelo gasoduto da Bolívia, os bolivianos querem comprar o gás da Argentina e vender ao Brasil. Mas eu acho que nada que a gente não possa sentar os três países e tentar pensar uma soluçãoerdquo;, explicou Tolmasquim. Caso não haja um acordo, uma opção é enviar o gás para a região Sul por meio de uma extensão do gasoduto Presidente Néstor Kirchner, que tem hoje um trecho concluído, de Vaca Muerta até Buenos Aires. Para chegar ao Brasil, teria que ser construírda a segunda etapa, de 467 km, até a província de Santa Fé endash; que ainda não foi licitada endash; e mais um terceiro trecho ligando os dois países. A outra alternativa é liquefazer o gás natural na Argentina e enviar o gás natural liquefeito (GNL) por navio até terminais na costa brasileira. eldquo;Acho que a gente tem que seguir uma escala de tentativas endash; da mais barata para a mais cara, da mais fácil para a mais difícil endash; até a gente conseguir convergirerdquo;, disse Tolmasquim. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu na última terça-feira (19/3), em entrevista exclusiva ao estúdio epbr, a importação de gás da Argentina como maneira de garantir a segurança energética brasileira. eldquo;Porque nós precisamos nos tornar autossuficientes. A guerra da Rússia com a Ucrânia acendeu, e não foi a luz amarela, foi a luz vermelha para o mundo. Quando a Rússia cortou o gás da Europa é que começou a se fazer o grande debate da sustentabilidade e da soberania dos países na questão energéticaerdquo;, disse.

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Petróleo prolonga queda com correção de máxima em 5 meses e diante de alta do dólar

O petróleo fechou em queda nesta quinta-feira, 21, prolongando as perdas para a segunda sessão, à medida que o dólar se valoriza com reações à sinalização sobre o rumo da taxa de juros nos Estados Unidos. O desempenho ocorre após os contratos do WTI e Brent terem renovado, na terça-feira, as máximas intradiárias desde novembro de 2023. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio fechou em queda de 0,25% (US$ 0,20), a US$ 81,07 o barril, enquanto o Brent para maio recuou 0,20% (US$ 0,17), a US$ 85,78 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). O dólar era cotado em alta nesta quinta-feira. Esse fortalecimento torna a commodity, negociada com base na moeda americana, mais cara para os detentores de outras divisas. Na véspera, o dólar recuou sob impacto das declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, e da manutenção da projeção de três cortes de juros pelo BC americano neste ano. O petróleo retrocede, mas mantém uma tendência de alta para o curto prazo, escreveu em nota o analista de mercados da ActivTrades, Alexander Londoño. eldquo;A zona de US$ 80,00 poderia atuar como suporte para o petróleo WTIerdquo;, disse Londoño. O Brent poderia encontrar um suporte nos US$ 84 por barril, completou. Esse nível era considerado como uma resistência, mas agora pode ter mudado para a função para suporte. (Estadão Conteúdo)

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Shell fecha 1.000 postos de gasolina e amplia pontos de carregamento

Em uma jogada ousada em direção à energia sustentável, a Shell está sacudindo suas operações de varejo, fazendo uma aposta estratégica em estações de carregamento de veículos elétricos (EVs). Essa mudança ambiciosa, delineada no relatório Estratégia de Transição Energética 2024 da Shell, sublinha seu compromisso em atender às preferências dos consumidores em evolução e à mudança global em direção à eletrificação. O gigante da energia planeja desativar aproximadamente 1.000 locais de propriedade da Shell e de joint ventures anualmente em 2024 e 2025, reduzindo sua presença de varejo em 2,1% em relação ao seu total atual de 47.000 locais em todo o mundo. Esse movimento sinaliza a dedicação da Shell em redefinir sua rede de varejo para se alinhar com a acelerada transição energética, conforme relatado pela Bloomberg News. A mudança da Shell envolve uma expansão substancial de suas capacidades de carregamento de VE, com foco em instalações de carregamento público. Reconhecendo a necessidade crucial de soluções de carregamento público acessíveis, especialmente em regiões como a América do Norte, onde o carregamento residencial é prevalente, a Shell pretende aumentar seus investimentos em infraestrutura de carregamento público. Essa iniciativa reflete a capacidade de resposta da gigante do petróleo às mudanças de mercado, com o objetivo de aprimorar sua rede de varejo com opções de carregamento de VE expandidas e serviços de conveniência aprimorados. Até 2030, a Shell visa aumentar seus pontos de carregamento de 54.000 para um impressionante número de 200.000, demonstrando um investimento significativo na mobilidade elétrica. Mirando mercados na China e na Europa, onde a demanda por estações de carregamento público de veículos elétricos é alta, o foco estratégico da Shell permanece afiado. Apesar dos recentes abrandamentos no mercado de VE dos EUA, a Shell permanece otimista, citando investimentos estratégicos na base industrial de VE da China como movimentos cruciais. A abordagem da Shell integra o carregamento de VE com ofertas de varejo de conveniência, fornecendo aos clientes comodidades como café e alimentos durante sua experiência de carregamento. Esse modelo de serviço integrado visa melhorar a satisfação e a fidelidade do cliente, ao mesmo tempo em que projeta um forte retorno financeiro sobre o investimento. No Brasil, a Raízen Power, licenciada da marca Shell Recharge, adquiriu recentemente toda a rede de recarga de veículos elétricos da startup Tupinambá. O acordo entre as empresas contempla 204 carregadores de corrente alternada (AC) e tem potencial de expandir para mais de 600 pontos adicionais de 7,4 a 22 kW de potência. Com esta aquisição, a Shell Recharge entrou no mercado de carregadores de menor potência, lembrando que até então a empresa atuava com carregadores rápidos (DC).

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Não é só o Brasil: Biden aprova projeto para barrar carros a gasolina e diesel

Após a notícia da Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado estar próxima de votar um projeto de lei que propõe a proibição da venda de veículos novos movidos a combustíveis fósseis, o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou novas regras para reduzir as emissões de carbono para carros de passeios e caminhões de leves. A medida parece uma tentativa para acelerar a transição para carros elétricos. A nova regulamentação exigiria que as montadoras do país elevassem suas vendas de veículos elétricos, ao passo que reduziriam as emissões de carbono dos carros movidos a gasolina. Segundo comunicado da EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos), a meta é que, até 2032, a maioria dos carros e caminhonetes vendidos nos EUA sejam veículos de emissão zero. Diferente da regra aprovada em 2023, as montadoras não teriam uma pressão tão grande para aumentar as vendas de elétricos após 2030. O setor de transportes é o maior emissor de gases do efeito estufa nos EUA, responsável por 29% dos poluentes. Dentro da categoria, veículos leves são a fonte de 58% das emissões.

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