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Petróleo fecha em queda, mas ainda mantém possíveis choques de oferta no radar

O petróleo recuou na sessão desta terça-feira, 26, enquanto o dólar se valorizava contra divisas desenvolvidas. As perdas desta terça vêm após o avanço de mais de 1% registrado na segunda-feira, e analistas apontam que a tendência continua sendo altista, enquanto os ânimos entre Rússia e Ucrânia permanecem elevados e ameaçam a oferta global. O WTI para maio fechou em queda de 0,40% (US$ 0,33), a US$ 81,62 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho recuou 0,52% (US$ 0,45), a US$ 85,63 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Analistas do Citi afirmam que há condições técnicas para o Brent testar os US$ 90 por barril no curto prazo. eldquo;Esperamos uma forte resistência em US$ 95 endash; um nível que não é violado desde 2022 endash; mas atribuímos uma probabilidade moderada de escalar entre US$ 88 e US$ 90 caso o impulso de alta persista no segundo trimestreerdquo;, disse o banco em nota a clientes. De acordo com o Goldman Sachs, os recentes ataques da Ucrânia à infraestrutura energética russa resultaram na redução da capacidade produtiva de cerca de 900 mil barris por dia, o que poderá durar semanas até ser corrigido. O City Index avalia que os preços do petróleo têm se sustentado bem em patamar elevado, após as altas recentes, mantendo estes possíveis choques de oferta no radar, e também de olho nos dados da inflação do PCE dos EUA, que saem ainda nesta semana. O analista de Macroeconomia e Grãos da hEDGEpoint Global Markets Alef Dias destaca também que investidores mantém as eleições americanas no radar, visto que uma vitória do possível candidato republicano Donald Trump significaria um retrocesso das medidas de combate às mudanças climáticas propostas pelo atual presidente Joe Biden. eldquo;Embora alguns programas de crédito fiscal para biocombustíveis sejam tradicionalmente bipartidários, o grande desafio de Biden e outras políticas de biocombustíveis podem estar em risco em um cenário de vitória de Trump. Durante o primeiro mandato de Trump, isso foi ilustrado por uma série de isenções concedidas às refinarias, dispensando-as do cumprimento do padrão de combustível renovávelerdquo;, disse Dias. (Estadão Conteúdo)

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O que interessa é que as montadoras invistam em descarbonização, diz secretário do MDIC

À frente do Mover, o novo programa de estímulo à indústria automotiva, o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do Ministério da Indústria e Comércio (MDIC), Uallace Moreira, afirma que o governo não tem preferência por investimentos em carros híbridos flex ou elétricos. Os fabricantes de veículos que apostam nas novas tecnologias travam uma disputa nos bastidores pelos incentivos tributários do programa. Neste ano, o governo reservou R$ 3,5 bilhões do Orçamento para oferecer renúncias tributárias à indústria automotiva. Até 2028, serão R$ 19,3 bilhões para esta finalidade. eldquo;Enquanto governo, nosso papel é estimular o investimento em rotas que promovem a descarbonização. O Mover tem uma neutralidade quanto à rota tecnológica. Cabe às empresas decidir; não é o governo que vai dizer: elsquo;produza (carros a) etanolersquo;. O governo promove todas as rotas tecnológicas, as empresas que avaliam as possibilidades de mercadoerdquo;, afirmou Moreira, em entrevista exclusiva ao Estadão. Ele afirma que a avaliação sobre a concessão de créditos pela instalação de unidades fabris no Brasil não levará em conta se os carros são de uma tecnologia ou de outra, mas admite que haverá diferenciação no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). No Mover, o governo afirma que pretende tributar mais os carros que poluem mais endash; porém, a fixação de cinco variáveis para quantificar isso está causando dúvidas no mercado. Moreira afirma que a produção dos híbridos flex emite menos CO2, o que lhes daria vantagem comparativa. Mas ele também admite que os elétricos terão vantagem no curto prazo, quando ainda não entrará no cálculo o nível de poluição para a fabricação dos componentes dos veículos. Esse tema, porém, deve ser objeto de um round futuro. Nesta terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, anunciam as primeiras regras do Mover, e a expectativa é que o governo se concentre nas contrapartidas em investimentos em pesquisa e desenvolvimento (Peamp;D) e na implantação de fábricas no Brasil. Em 2021, dado mais recente com que trabalha o MDIC, as montadoras aplicaram 2,43% em pesquisa e desenvolvimento. Desta vez, a expectativa da indústria é que haja um porcentual mínimo de 0,6% para automóveis de passeio e de 0,3% para ônibus e caminhões para todos os fabricantes, com pelo menos mais 1% para ter acesso ao benefício tributário. Esse número será elevado ano a ano até atingir 1,8% em 2028. Moreira não adianta quais serão os porcentuais, mas afirma que a preocupação do governo é garantir o investimento e, ao mesmo, abrir a via para um novo ciclo de investimentos do setor no próximo mandato presidencial, a partir de 2026. Veja a seguir os principais trechos da entrevista. O governo vai elevar a exigência para as empresas do setor automotivo investirem em pesquisa e desenvolvimento (Peamp;D)? Temos dialogado com o setor sobre a regulamentação. A ideia é chegar numa portaria que promova o investimento. Será gradual: começa em 2024 e fazemos uma escadinha até 2028. Tem que ter certo cuidado, porque o que se investe hoje, dependendo do ciclo tecnológico, não precisa investir nos próximos um ou dois anos. Então, quando a gente estabelece um porcentual, tem que ter cuidado para não comprometer as decisões de investimento e apertar muito o ciclo. Outra coisa que temos que diferenciar é o que são montadoras e o que são autopeças. Neste segundo setor, boa parte são pequenas e médias empresas. A gente não pode pegar um porcentual que a gente determina para montadora e fazer para o setor de autopeças. O ciclo é bem diferente também para ônibus e caminhões. Mas o intuito do governo é subir o porcentual de Peamp;D, hoje perto de 1% do faturamento? O intuito do governo é estimular o investimento. A gente vai chegar num ponto em que a gente tenha clareza de que está tendo investimento em pesquisa e desenvolvimento de forma efetiva. As montadoras já estavam fazendo mais do que 2%. Pedir menos não é pouco? Já decidimos que haverá uma escadinha, uma progressão. No Rota 2030, começava com 0,5% e chegava a 0,9%. Onde serão usados esses recursos? A ideia é que seja nas novas rotas tecnológicas que promovam a descarbonização. Pode ser para processo, produto ou organizacional. Basicamente, estamos identificando (o interesse em) investimentos em novas tecnologias, como desenvolver o carro híbrido flex (elétrico e à combustão, com gasolina e etanol). Hoje, só tem uma empresa que fabrica o híbrido flex (Toyota). As demais têm híbrido a gasolina. Eles vão possivelmente investir porque o Brasil tem um mercado específico. O carro híbrido flex, os estudos técnicos mostram que ele tem uma pegada de descarbonização do poço à roda maior do que um carro elétrico que tenha a bateria fabricada fora do País, por causa da fonte energética. Pode explicar melhor? O que é o poço à roda? É você pegar (a emissão de gases) da origem, da fonte energética, até o final. Se você pegar uma bateria elétrica que é fabricada com a fonte energética do carvão, ele já sai em desvantagem quando você compara com o carro flex e híbrido a etanol. Há a possibilidade de se fabricar baterias no Brasil? Tem empresas projetando fabricar, mas eu não posso dar garantia a vocês, é uma decisão do setor privado. Tem empresas que afirmam que vão verticalizar, que vão produzir. Agora, se vão, aí é uma decisão da empresa. Mas se você pega a mensuração, a partir de 2027, do poço à roda, se é uma bateria fabricada fora do Brasil que usa uma matriz energética não limpa, essa bateria tem um impacto ambiental maior do que o carro híbrido flex. Então, os investimentos dessas empresas vão estourar. Eu já ouvi do presidente da GWM, por exemplo, que eles vão desenvolver o carro híbrido flex no Brasil. Os estudos técnicos mostram que o híbrido flex, quando ele aciona o motor com etanol, a emissão de CO2 é muito mais baixa. Isso explica por que o Mover dará vantagem tributária ao híbrido flex em relação ao elétrico? O que vai diferenciar os dois será o IPI verde. No crédito financeiro, não fazemos diferenciação. Neste quesito, o que vale é a agregação de valor. Quanto mais você intensifica a produção no Brasil, mais você tem acesso a crédito financeiro. A gente não tem prioridade em nenhuma rota tecnológica; quem tem que escolher qual é a melhor rota tecnológica são as empresas. Por exemplo: tem empresa que fala que não vai investir agora no híbrido plug-in (que tem tomada para abastecimento), só no full (a bateria é carregada pelo motor à combustão), devido à questão territorial do Brasil. Porque, no plug-in, é preciso ter um lugar para recarregar; o full, não. Então, a decisão é das empresas; o importante é que estimule investimentos em novas rotas tecnológicas, como tem sido anunciado, nesse valor de R$ 93,6 bilhões. Tem outra questão que está contemplada no Mover que é um maior estímulo à inserção nas cadeias globais de valor. Isso é importante, as empresas têm que avaliar se a rota tecnológica que elas escolhem têm espaço no mercado internacional para exportar mais. Se exportar ganha pontos? Sim, tem uma cumulatividade para o crédito financeiro. Maior inserção nas cadeias globais de valor e maior agregação de valor gera uma cumulatividade de crédito, e é isso que será regulamentado. Mas não vai ser difícil atender às duas coisas? O Brasil é um mercado único na escala de consumo de etanol. Especialistas afirmam que há potencialidade para inserção em mercados externos. Os Estados Unidos estão aumentando a produção do etanol, a Índia também está expandindo, a América do Sul... É uma aposta, caberá às empresas. Mas muitos especialistas afirmam que existe esse mercado. O que vai dar mais pontuação? Ser mais verde, como o híbrido a etanol, ou ter maior inserção nas cadeias globais? Tem ponderações, por isso sairão na portaria os pesos de cada um. O que é mais importante para o governo? Tudo é importante para o governo. O mais importante para o governo é descarbonizar, gerar produção e empregos no País. Se para as empresas é importante ter maior inserção nas cadeias globais de valor, porque vai diminuir a dependência do mercado interno e vai manter o nível de atividade elevado, para a gente está ótimo. O importante é as empresas expandirem a sua capacidade de produção. Nenhuma empresa sobrevive por muito tempo com baixo nível de atividade, de 50%, 60%. Então, se essas empresas avaliarem que, para não correr esse risco, diante do volume de investimento que eles estão fazendo, é melhor buscar o mercado internacional, para a gente está ótimo. Mesmo que não seja de veículos híbridos flex? É uma escolha deles. O que nos deixa confortáveis é observar que o Mover tem tido impacto positivo nos investimentos. O Mover e a recomposição tarifária estimularam os investimentos. Recomposição do imposto sobre carros importados? Sim, porque isso deu previsibilidade, uma cota e mostra que em 2026, quando o imposto (de importação) chegar a 35%, vai ser importante produzir no Brasil. Como o Brasil é um dos maiores mercados do mundo, é uma sinalização importante. Vocês pensam em ampliar a cota para importadoras que estejam investindo em novas plantas no Brasil? Não há discussão sobre isso. No IPI verde, como será a diferenciação para quem produzir híbridos ou elétricos? Todos serão contemplados no IPI verde. Você leva em conta o consumo, mas também a eficiência, a potência, a reciclabilidadeehellip; Então, quando você soma esses fatores, você tem um IPI diferenciado. Os carros que descarbonizam mais vão ter um bônus. A ideia é estimular carros, caminhões e ônibus que promovam a descarbonização. Algumas empresas se queixam de que são cinco variáveis para o cálculo do IPI verde, o que cria complexidade - algumas alegam que não sabem quanto efetivamente pagarão em imposto. Como o sr. vê o problema? A decisão foi tomada em diálogo com o setor. O que ainda está sendo discutido internamente são as ponderações. Isso está sendo discutido com a Fazenda, porque (a renúncia do) IPI vai passar por lá. Temos várias simulações para saber o impacto, quais são os carros que descarbonizam mais. Temos trabalhado de forma criteriosa. Mas há empresas alegando que carros praticamente iguais podem acabar pagando IPI diferente. Um carro a diesel é óbvio que vai pagar mais. E o híbrido flex vai pagar menos IPI do que o elétrico? Vai ter que ver, porque o híbrido flex a etanol polui menos do que um elétrico; mas isso não significa dizer que o elétrico vai pagar mais ou menos imposto. Isso é que está sendo ponderado. Porque tem vários critérios, tem o consumo, a reciclabilidade. Então, não é um fator só que vai determinar o IPI, são as combinações. Empresas afirmam que é possível chegar a 1.092 combinações... Isso quem fala são eles. Não acho que seja complexo. Acho que é um sistema muito bem formulado, que estimula carros que descarbonizam. Mas é certo que um carro a diesel vai pagar mais IPI do que um carro a gasolina? Depende da potência do motor, depende do índice de reciclabilidade. Tem que ver as ponderações. Um carro flex com etanol paga hoje menos IPI. Ele não vai continuar pagando menos no IPI verde? Se pegar todos os critérios, a tendência é que um flex pague menos. Você tem que fazer a comparação dentro dos modelos dos carros. Eu não posso pegar um carro com a potência de 300 cavalos e comparar com um carro 1.0. Segundo ponto: qual é a fonte energética desse carro e a reciclabilidade? Um carro fabricado no Brasil, feito com a matriz brasileira (mais limpa) pagará menos IPI do que um importado? Um importado elétrico, por exemplo. Carro elétrico vai poluir menos do que um carro a gasolina, independentemente se ele produz aqui no Brasil ou não. Qualquer carro importado elétrico vai emitir menos do que um carro movido a gasolina, fabricado no Brasil ou não. E o peso da matriz energética? O conceito do poço à roda (que leva em conta o nível de poluição para a fabricação dos componentes, e não só do veículo pronto) só será considerado a partir de 2027. Neste momento, é só do tanque à roda. Então, os elétricos ganham vantagem no curto prazo? É bem possível, tem que ver pegar os dados de consumo energético que são publicados pelo Inmetro. O sr. não teme uma invasão de carro elétrico importado? Quem sabe disso é o mercado. Se for o carro que as pessoas acharem melhor para se consumir e o preço for acessívelehellip; Eu não tenho dinheiro para comprar um carro de R$ 150 mil. Por que a previsão do poço à roda só a partir de 2027? A partir de 2027, teremos uma visão do ciclo completo da descarbonização. Saberemos melhor qual é o impacto ambiental do carro na vida das pessoas. É (um conceito) muito diferente do tanque à roda, em que você abastece o carro e vê como rodou. Mas de onde saiu essa fonte energética? Eu quero saber se a produção da bateria foi com fonte energética limpa. Se não foi, o carro elétrico compromete em parte a descarbonização, porque ele está usando carvão. Estamos amadurecendo e discutindo métricas. O Brasil é o primeiro do mundo a fazer isso. Apesar do anúncio oficial, ainda há ceticismo no mercado quanto à instalação da BYD no Brasil. O sr. tem garantias de que ela vai construir a unidade na Bahia? No Mover, a partir do momento em que as empresas não cumprirem com os objetivos, elas estão desabilitadas. Ninguém vai usufruir de dinheiro público e não responder ao que está sendo proposto. Eles apresentam um programa de investimento e, a partir do momento que eles apresentarem, a gente segue aquilo ali. Não apresentou o resultado, a gente suspende a habilitação. O princípio do IPI verde é ser neutro em termos arrecadatórios? O objetivo não é fiscal, nosso objetivo é estimular a descarbonização através do princípio de bônus-malus (recompensa/penalização). Como o sr. imagina o mercado automotivo brasileiro em 2026? Minha avaliação é que a gente vai ter um ciclo de investimentos, uma fronteira tecnológica das estruturas produtivas muito mais avançada. E, com a retomada do mercado interno endash; e isso é muito importante porque hoje, em média, 80% desse setor depende fundamentalmente do mercado interno endash;, haverá uma recomposição do nível da capacidade instalada. Ao mesmo tempo, ter maior inserção nas cadeias globais de valor. Se isso acontecer, teremos um novo ciclo de investimentos pesado no setor. Isso é bem possível. Com que tipo de automóvel? O híbrido flex? A minha grande esperança é que o Brasil desenvolva a cadeia produtiva do hidrogênio. Não tem País no mundo com potencial de desenvolver hidrogênio verde como o Brasil, porque temos uma matriz energética limpa como poucos países têm. É uma tecnologia disruptiva. Se o Brasil conseguir desenvolver isso e desenvolver a cadeia produtiva, eu acho que é um instrumento de catch up tecnológico que poucos países tiveram na história. As empresas informaram se vão fabricar carros híbridos flex? Acho que todas estão investindo nisso, muitas têm dito que vão desenvolver o híbrido flex. A BYD acho que vai diversificar o seu mercado (a empresa fabrica elétricos). Muitas empresas se adaptam à realidade do mercado. É uma decisão da empresa, a gente não interfere. Não me interessa, o que me interessa é que eles invistam em descarbonização. Qual a rota tecnológica? Eu não tenho preferência, nem o Mover tem preferência. O Brasil tem preferência pelo híbrido flex, pela produção local de etanol? Muitos analistas e especialistas têm as suas preferências. Mas, enquanto governo, nosso papel é estimular o investimento em rotas que promovem a preferência. O Mover tem uma neutralidade quanto à rota tecnológica. Cabe às empresas decidir, não é o governo que vai dizer: elsquo;produza (carros a) etanolersquo;. O governo promove todas as rotas tecnológicas; as empresas que avaliam as possibilidades de mercado.

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Na disputa pelo consumidor, postos Ipiranga vão usar a marca KMV em programa de benefícios

Cada vez mais postos de gasolina oferecem descontos aos clientes que utilizam o aplicativo da rede na hora de pagar pelo combustível. É verdade que a guerra de preço entre eles costuma ser de centavos, mas não é só o valor que aparece na bomba que está em jogo. Em meio ao aumento da concorrência, a briga é também pela fidelização do consumidor. Nesse sentido, ter um diferencial pode garantir um faturamento maior emdash; e é exatamente nisso que a Ipiranga aposta. Com quase 6 mil postos no país, 13,2% a menos do que em 2022, a companhia que pertence ao grupo Ultrapar registrou queda de 13% na receita líquida no ano passado, para R$ 114,4 bilhões. Para tentar reverter esse quadro, a Ipiranga quer deixar claro que seus benefícios vão além de eldquo;cashbackerdquo;. Para continuar a leitura, clique aqui.

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Rússia lidera nas importações de diesel pelo Brasil, com US$ 818,7 milhões em vendas este ano

Após um ano marcado por recorde na importação brasileira do produto, o diesel russo segue predominante nas compras nacionais em 2024. Neste ano, a Rússia soma US$ 818,7 milhões em vendas de diesel ao Brasil, conforme os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). Em janeiro, as importações de diesel russo pelo Brasil somaram US$ 476,8 milhões, de acordo com o ministério. Em segundo lugar, vinham os Estados Unidos, que venderam US$ 147,5 milhões em diesel ao país no primeiro mês do ano. Em fevereiro, o Brasil comprou US$ 341,9 milhões em diesel russo. Naquele mês, os Emirados Árabes Unidos ocuparam a segunda posição, ao vender US$ 168,3 milhões em diesel ao Brasil. O ano de 2023 foi marcado por um recorde na importação brasileira de diesel da Rússia, um total de 6,1 milhões de toneladas, que totalizaram US$ 4,5 bilhões. Para efeito de comparação, em 2022, foram US$ 95 milhões em importação de diesel russo. Com a guerra entre Rússia e Ucrânia, os países da União Europeia e os EUA impuseram sanções à venda de combustíveis russos, o que levou o país liderado por Vladimir Putin a buscar novos mercados e a reduzir os preços para se manter competitivo. Índia e China também se destacaram nas compras de produtos russos em 2023. Ao longo do ano passado, a Rússia chegou a impor medidas para controlar os preços, como quando proibiu a exportação de diesel e gasolina em setembro, no momento em que os preços do petróleo se aproximavam de US$ 100 por barril. A medida foi temporária, mas gerou preocupações globais sobre a instabilidade do fornecimento russo, que não costuma firmar contratos a prazos longos. Na visão do Citi, os volumes importados de diesel nos últimos três meses acendem um eldquo;alerta amareloerdquo; para as distribuidoras de combustíveis brasileiras, que têm estoques volumosos e podem sofrer com uma queda nas margens. Segundo relatório do banco assinado pelo analista Gabriel Barra, a visão para as distribuidoras é construtiva em 2024, com um ambiente de eldquo;concorrência saudávelerdquo;, mas o mês de março também deve ser de altos volumes de importação. eldquo;Atualmente, os preços do diesel no Brasil estão abaixo dos preços internacionais. Em termos de preço, as importações de diesel russo permaneceram com um desconto de 10% em relação às importações de diesel dos Estados Unidos em fevereiro de 2024erdquo;, diz o relatório do Citi. eldquo;Acreditamos que o Brasil reduziu o ritmo de suas importações de diesel em fevereiro após grandes importações em dezembro de 2023 e em janeiro deste ano devido a elsquo;playersersquo; que construíram estoques de diesel para aproveitar um efeito de estoque positivo do aumento/retomada de impostos cobrados sobre combustíveiserdquo;, justificou o analista. Em fevereiro, os preços da gasolina e do diesel ao consumidor no Brasil ficaram mais caros pela alteração das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A alteração na cobrança do imposto levou a um aumento médio de R$ 0,15 por litro para a gasolina e de R$ 0,12 por litro para o diesel. (Fonte: Valor Econômico /Extraído do Clipping da SCA)

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Etanol/Cepea: Preços voltam a subir neste final da safra 2023/24

Neste período final de safra 2023/24 de cana-de-açúcar na região Centro-Sul, os preços dos etanóis hidratado e anidro voltaram a subir com certa força no estado de São Paulo. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso aos valores dos biocombustíveis veio sobretudo da demanda. Distribuidoras consultadas pelo Cepea estiveram mais ativas no spot paulista ao longo da semana passada, mas a oferta nas usinas não aumentou na mesma proporção. Do lado vendedor, boa parte seguiu firme nos valores pedidos em novas negociações. Entre 18 e 22 de março, o Indicador CEPEAE/SALQ do etanol hidratado fechou em R$ 2,1684/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 5,04% frente ao período anterior. No caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 2,4075/litro (líquido de PIS/Cofins), avanço de 1,86%.

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Lula publicará decreto sobre estudo ambiental para perfuração na Foz do Amazonas, diz Ibama

Rodrigo Agostinho, diretor do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), diz que o presidente Lula (PT) publicará um decreto presidencial "nos próximos dias" sobre a necessidade de realizar o estudo chamado AAAS (Avaliação Ambiental de Área Sedimentar) em locais ambientalmente sensíveis para a exploração de petróleo, como a bacia Foz do Amazonas. A AAAS, que é uma responsabilidade conjunta do MME (Ministério de Minas e Energia) e do MMA (Ministério do Meio Ambiente), avalia o impacto de toda a cadeia de combustíveis fósseis em uma área ambientalmente sensível. No ano passado, o estudo esteve no centro do debate sobre a exploração de petróleo na margem equatorial, após o Ibama negar à Petrobras uma licença para pesquisar petróleo no bloco 59 da bacia Foz do Amazonas. No seu parecer, o órgão ambiental citou a ausência da AAAS como uma das razões para a negativa à estatal. Embora a AAAS não seja um pré-requisito legal para autorizar uma perfuração no Brasil, ela "é um instrumento importante que mede a viabilidade ambiental de um projeto", diz Agostinho. elsquo;ersquo;É um estudo que não olha exclusivamente para a área de perfuração. Ele avalia o conjunto.ersquo;ersquo; A AAAS foi instituída no Brasil em uma portaria interministerial de 2012, segundo a qual esse tipo de estudo deveria ser apresentado para licenciamentos ambientais. A regra, porém, não virou prática no Brasil. Ainda pela portaria, quem realiza este estudo é o Ministério de Minas e Energia em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente. O decreto a ser publicado por Lula se aplicará não apenas à Foz do Amazonas, diz Agostinho, e ajudará a "regulamentar as avaliações ambientais estratégicas para todo o Brasil". A Petrobras aposta na margem equatorial, região que estende pela costa norte do país, do Amapá ao Rio Grande do Norte, como a nova fronteira petrolífera. A empresa prevê investimento de mais de R$ 15 bilhões na região, quase metade de seu orçamento até 2028. No início deste ano, a Petrobras perfurou seu primeiro poço exploratório na margem equatorial, próximo ao Rio Grande do Norte. No ano passado, o licenciamento do bloco 59 emdash;que está de 160 km a 179 km da costa do Amapá, na direção da cidade de Oiapoqueemdash; gerou tensão entre os setores ambiental e de energia do governo Lula. O decreto instituindo a necessidade de realização da AAAS pode, dessa forma, servir como um ponto de inflexão na disputa entre MME e MMA. Em meio à crise entre as alas, a ministra Marina Silva reiterou que as decisões de licenciamento do Ibama são técnicas, não políticas. "A Petrobras hoje é a principal cliente do Ibama", reforça Agostinho. Embora, em muitos casos, o Ibama conceda as licenças à Petrobras, às vezes, por motivos técnicos, precisa negá-las, diz também. "Mas no ano passado a Petrobras ainda foi a campeã das licenças emitidas pelo próprio Ibama." Do outro lado, o MME, liderado pelo ministro Alexandre Silveira, e a Petrobras argumentam que o plano apresentado pela estatal é seguro e que o Brasil não deve ficar para trás na exploração da região, que já fez da Guiana uma potência petrolífera. Depois que o Ibama negou a licença para o bloco 59, a Petrobras apresentou imediatamente um novo pedido para a mesma área na Foz do Amazonas. Enquanto o Ibama analisava a nova solicitação, tanto o MME quanto a Petrobras tentaram aumentar a pressão sobre o órgão ambiental no ano passado. Em agosto, Silveira solicitou à AGU (Advocacia-Geral da União) um parecer jurídico sobre o caso. A AGU concluiu que a ausência de uma AAAS não poderia impedir a realização de licenciamentos. Em reação à posição da AGU, Marina Silva afirmou, à época, que "o Ibama nunca disse que era [condicionante]". "Disse que é uma ferramenta de planejamento que com certeza ajuda nos processos de licenciamento. Posso fazer com uma lente ampliada, olhando para os empreendimentos da bacia [da Foz do Amazonas]", comentou também. Em outubro, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou em evento no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que espera poder perfurar a região em 2024. "Nós temos toda a expectativa legítima de, ainda no primeiro semestre do 2024, ou o mais tardar ao longo do ano, ir rumo ao Amapá para perfurar a margem equatorial." "Nós recebemos muita pressão de todos as formas, político, técnico, tudo", diz Agostinho. "Uma decisão presidencial ajuda que todos tenham o mesmo entendimento", avalia, sobre o decreto esperado para breve. Questionado sobre o porquê de o decreto sair neste momento, Agostinho afirma que "as coisas levam um certo tempo de amadurecimento". Para ele, a complexidade da região foi entendida pelo governo. Lula, que defende a exploração da margem equatorial, tem a pauta ambiental como uma das principais bandeiras do Brasil na diplomacia. Nesta terça-feira (26), o presidente receberá o mandatário da França, Emmanuel Macron, em visita a Belém.

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