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Porsche admite que demanda por carros a gasolina segue alta

Em uma conferência sobre vendas na Europa, o diretor financeiro da Porsche Lutz Meschke disse que eldquo;Há uma clara tendência dos clientes do segmento premium ou luxuoso voltado para os carros a combustão. O comentário reacendeu as discussões em torno da eletrificação especialmente neste segmento tão disputado. O diretor admitiu que eldquo;as coisas não estão indo como planejadoerdquo; e que também o crescimento do mercado chinês que lidera a transição para os elétricos é uma situação desafiadora. A Porsche havia admitido que faria uma transição elétrica com até 80% do volume de vendas para híbridos e elétricos até 2030. Mas de 2022 para cá muita coisa mudou. A demanda pelo elétrico Taycan arrefeceu, modelos como o 718 Cayman que terá uma nova geração elétrica em 2025 viram sua demanda nas lojas crescendo como nunca e há resistências para clientes do Macan elétrico. Os modelos a gasolina vendem como nunca já que os clientes apostam em uma última geração e esportivos e isso acende o alerta sobretudo para quem lida com finanças. Soma-se a esse cenário o fato da Volvo admitir que a transição para os elétricos será longa, a Mercedes admitiu que irá voltar a investir em modelos a combustão e até mesmo a Audi que está apostando mais em modelos híbridos e o Q8 não terá uma nova geração. Além da baixa demanda na Europa o fator China está preocupando executivos da Porsche. Marcas como Geely em subdivisões como Linkeamp;Co e Zeekr, Li Auto, NIO, sem mencionar a Tesla estão à frente e no Oriente já avançaram muito mais do que Audi, Porsche, Mercedes e a própria Volvo, por exemplolo.

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Vibra investe para ganhar mercados em combustíveis no agro, anuncia novo diesel

A Vibra, maior distribuidora de combustíveis do Brasil, afirmou nesta quarta-feira que está investindo para ser também a "principal fornecedora" de "soluções energéticas" para o agronegócio do Brasil, e anunciou o início da comercialização de um diesel que promete garantir maior eficiência para os caminhões e máquinas agrícolas. Somente em infraestrutura, já foram investidos 500 milhões de reais, principalmente para a construção de bases no Centro-Oeste e Arco Norte do país, segundo a companhia, que não deu detalhes sobre investimentos futuros para elevar a sua participação de mercado, durante um evento com jornalistas. O agronegócio responde por um volume de vendas da Vibra de 3 bilhões de litros de diesel ao ano no segmento B2B (direto aos clientes, excluindo postos), considerando o transporte de produtos do setor e também atividades dentro da fazenda. Isso representa cerca de 25% das vendas totais do combustível da companhia, disseram executivos da distribuidora nesta quarta-feira, que veem espaço para crescer nos volumes e na participação, considerando que o agronegócio é um dos principais motores da economia e o país segue em expansão com sua safra. No caso do lubrificantes, as vendas para o setor (B2B) somam cerca 120 milhões de litros ao ano de lubrificantes, pouco menos da metade do total comercializado pela distribuidora, acrescentaram os diretores. "Queremos adquirir mais clientes... e, ampliando, queremos ampliar a oferta para aquele cliente, queremos ter mais produtos para aquele cliente", afirmou o vice-presidente executivo de Comercial B2B e Aviação, Juliano Prado, citando que a Vibra busca também ofertar outros produtos aos agricultores, como energia elétrica. Do total da receita da companhia de que tem variado nos últimos anos de 165 bilhões a 180 bilhões de reais, o B2B para todos os segmentos responde por aproximadamente 65 bilhões ao ano. Já as vendas totais para o agronegócio representam mais de 30 bilhões de reais, disse ele. Em nota, a empresa reafirmou que projeta elevar sua participação de mercado de diesel para transporte de mercadorias do setor a 25,6% do total, até 2030. No mercado de diesel consumido por colheitadeiras e tratores em fazendas (de grãos), a companhia projeta elevar sua participação de mercado para 10% até 2030. Em lubrificantes para o setor do agro, a meta é ter fatia de 12,3% no mesmo prazo. A companhia não divulgou quais são suas atuais parcelas de mercado nesses segmentos. "Não tem como a Vibra ficar fora (do agronegócio), a Vibra avança cada dia mais como a distribuidora do agro", disse ele, lembrando que a companhia conta com uma equipe especializada no segmento para atuar neste ano já em seis novas áreas de vendas, que serão ampliadas para 13 no início de 2025. Para alavancar mais negócio, a empresa já fechou parcerias com duas montadoras de veículos, disse a vice-presidente de Negócios e Marketing da Vibra, Vanessa Gordilho. Essa estratégia também inclui clientes estratégicos, como tradings e cooperativas. NOVO DIESEL Durante o evento, a Vibra anunciou o lançamento do diesel Vibra Agritop, que estará disponível apenas para clientes do mercado B2B, excluindo postos. O Agritop, que conta com uma combinação exclusiva de aditivos, permite combustão mais eficiente, proporcionando até 5% de economia de combustível, além de mais potência, disse a distribuidora. O combustível também oferece mais estabilidade em relação ao diesel comum, prevenindo a formação de borras e consequentemente falhas no sistema de combustão e aumentando a vida útil dos filtros. A companhia não deu detalhes sobre o preço do Agritop, mas ressaltou que ele traz custo-benefício favorável ao produtor. Além disso, o Agritop proporciona menos emissões de gases poluentes. "O mais importante do que o preço é o valor gerado, quando fala que vai ter mais economia, menos manutenção da máquina...", disse a executiva. (Reuters)

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Petróleo fecha em alta com produção da Opep+ e estoques no radar

O petróleo fechou em alta nesta quarta-feira, 30, respaldado por relatos de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) estuda atrasar a retomada na produção do óleo e após os estoques do produto nos Estados Unidos recuarem, contrariando expectativas. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 2,08% (US$ 1,40), a US$ 68,61 o barril, enquanto o Brent para janeiro de 2025, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve ganhos de 2,02% (US$ 1,43), a US$ 72,16 o barril. Depois de iniciar a semana com perdas importantes, diante dos desdobramentos do ataque seletivo de Israel ao Irã, o petróleo voltou a subir nesta quarta, apoiado por relatos de que a Opep+ estuda adiar sua retomada de produção de óleo, marcada inicialmente para dezembro, em pelo menos um mês. Também ajudou o sentimento o dado semanal de estoques de petróleo nos EUA. Isso porque o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) divulgou que houve queda de 515 mil barris, a 425,509 milhões de barris na semana encerrada em 25 de outubro, contrariando expectativa de aumento de 1 milhão de barris no período. Dados de estoque eldquo;provavelmente se tornarão mais importantes com um Oriente Médio mais tranquilo, pois nos dão uma indicação de oferta e demanda para 2025erdquo;, diz Scott Shelton, analista da TP ICAP. eldquo;Acho que os investidores estarão muito mais dispostos a negociar com base nos dados agora, pois as chances de ocorrer algo que geraria uma interrupção no fornecimento são muito menores.erdquo; *Com informações da Dow Jones Newswires (Estadão Conteúdo)

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MP e TCU questionam dividendos extraordinários da Petrobras e pedem mais recursos para renováveis

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) questionou a alteração do plano estratégico da Petrobras. Em representação à corte, o MPTCU pediu a adoção de medidas quanto à distribuição de dividendos a acionistas, em detrimento de investimentos na área de energias renováveis. A representação, assinada nesta quarta (30/10) pelo subprocurador geral, Lucas Furtado, cita possível afronta a dispositivos da Lei das Estatais (lei nº 13.303/16) no que diz respeito à adoção de práticas de sustentabilidade ambiental e responsabilidade social corporativa compatível com o mercado em que a empresa atua. Na representação, o subprocurador-geral considera que a conduta da Petrobras pode incorrer na prática de greenwashing endash; termo em inglês que indica a apropriação enganosa de virtudes ambientais para atrair o público preocupado com a preservação do meio ambiente. A representação inclui matérias veiculadas na imprensa sobre o aumento do pagamento de dividendos extraordinários e eventual redução de investimentos em renováveis, que poderia cair de US$ 21 bilhões para US$ 17 bilhões, no período entre 2025 e 2029. eldquo;Não se pode olvidar que, como acionista majoritário, essa prática beneficia o próprio governo federal que, por sua vez, tem o controle das políticas empresariais da petrolífera, situação que reforça a necessidade de uma maior atenção do controle externo sobre esses movimentos de alteração do plano estratégico da companhiaerdquo;, diz o texto. Para o MPTCU, ao privilegiar a distribuição extraordinária de dividendos, a Petrobras incorre em eldquo;flagrante ofensaerdquo; a essa modalidade de distribuição, que é isenta de imposto de renda. Também acusa a companhia de ofensa às práticas de sustentabilidade, na medida em que os recursos destinados a essa distribuição são drenados de investimentos em renováveis. O subprocurador incluiu matéria institucional, publicada no site da estatal, sobre o Plano Estratégico 2024-2028, o qual previa US$ 102 bilhões em cinco anos e crescimento de 31% em relação ao ciclo anterior. eldquo;No campo da publicidade e do anúncio para a sociedade, a Petrobras se compromete a fazer a transição energética em atenção à segurança e respeito ao meio ambiente, mas, na prática, altera sub-repticiamente sua política para privilegiar os acionistas em detrimento de investimentos consistentes que garantiriam a propalada transição para fontes renováveis de energia, essa empresa está, a meu ver, incorrendo em clara prática de greenwashing, o que compromete a sua imagem e reputação, situação que não pode ser ignorada pelo controle externo, pois afronta o princípio da moralidade públicaerdquo;, pontuou o MPTCU. A representação também aponta os planos da Petrobras para expandir a produção de combustíveis fósseis, citando como exemplo os projetos na margem equatorial.

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Hidrogênio verde pode adicionar R$ 61,5 bi ao PIB brasileiro em 2050, aponta estudo

Estudo elaborado pela Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ), em parceria com Ministério de Minas e Energia (MME), revela que a transição para o hidrogênio verde no Brasil tem potencial de incrementar o Produto Interno Bruto (PIB) em R$ 61,5 bilhões em 2050 emdash; representando 0,3% do PIB projetado daquele ano emdash; e criar cerca de 177 mil empregos no mesmo período. O relatório ainda não publicado enxerga alto potencial nas indústrias de combustível sustentável de aviação (SAF) e siderurgia, que responderiam por 80% do uso do energético em meados do século. São considerados dois cenários, com hidrogênio verde (cenário A) e sem (cenário referência), traçando projeções para os anos de 2030, 2040 e 2050. A introdução do gás obtido a partir da eletrólise com renováveis é vista como uma oportunidade de neoindustrialização do Brasil. Markus Franke, diretor do Programa H2Brasil da GIZ, aponta que o país tem potencial para se tornar um líder global na produção de produtos derivados, como fertilizantes, aço verde e SAF. eldquo;Não é só um setor novo, porque quando falamos de hidrogênio verde, falamos de muitos produtos, metanol verde, fertilizante verde, e muitos outros. É uma possibilidade para a neoindustrialização do Brasilerdquo;, afirmou à agência eixos. Franke ainda destaca que há uma grande oportunidade para o desenvolvimento do Nordeste do país, com impactos socioeconômicos positivos. Em 2023, a proporção de pessoas em situação de pobreza na região foi estimada em aproximadamente 47,4%, o que corresponde a mais de 27,5 milhões de pessoas. Esse valor é equivalente a 45% da população em situação de pobreza no Brasil. Como a exportação direta do hidrogênio verde é cercada de desafios, as recomendações são para que o Brasil utilize o energético para produzir aço e fertilizantes verdes, por exemplo, e comercializar commodities de maior valor agregado no mercado internacional. Franke avalia que esse modelo poderia impulsionar a competitividade internacional do país, além de beneficiar diretamente o agronegócio brasileiro, que já está de olho em fertilizantes sustentáveis. Adaptação da indústria Apesar do incremento, serão necessários altos investimentos na indústria para mudar suas tecnologias de produção de forma a incorporar o hidrogênio em suas atividades, o que, em um cenário amplo, pode ter um impacto negativo de R$ 3,1 bilhões no PIB, o que representa uma queda de 0,016%, calcula a GIZ. Os especialistas destacam que essa perda é compensada, no entanto, pela criação de empregos e pela mitigação dos impactos ambientais. Além disso, a manutenção do consumo de fontes fósseis poderia resultar em uma contração do PIB em 2050 muito superior. eldquo;Se não fizermos essas adaptações [adoção do hidrogênio verde] teríamos externalidades negativas para o clima também, como vemos agora, como chuvas no Rio Grande do Sul, seca na Amazônia, ou chuvas mais intensas na cidade de São Paulo. Isso também tem um custo e levaria a uma contração do PIBerdquo;, explica Luciano da Silva, consultor técnico da GIZ. Vale dizer que não foram consideradas possíveis penalizações a produtos brasileiros que não reduzirem sua pegada de carbono, a exemplo do aço, cimento entre outros, que estarão sujeitos ao mecanismo de ajuste de fronteira de carbono (CBAM, em inglês), da União Europeia endash; um imposto para precificar as emissões dos produtos importados pelo bloco. Desafios ambientais e sociais A produção de hidrogênio verde depende da eletrólise, um processo que utiliza grandes volumes de água e energia renovável. Os pesquisadores estimam que, até 2050, o Brasil precisará de 22 bilhões de litros de água para os projetos que entrarão em operação. Fatores como a expansão da geração de energia solar e eólica poderiam ter impactos significativos no uso da terra e nas comunidades locais, especialmente no Nordeste do Brasil, que concentra o maior número de anúncios de projetos de eletrólise. A ocupação de áreas para a construção de parques eólicos e solares também poderia gerar conflitos e restringir o acesso a locais turísticos e impactar atividades extrativistas. eldquo;Tais impactos reforçam a importância de inclusão das comunidades locais nas etapas de licenciamento e construção das plantas no sentido de mitigar os impactos e aumentar a aceitação socialerdquo;, diz o estudo. eldquo;Quanto à implementação de plantas de produção de H2V, os dados levantados mostram que o maior potencial de geração de empregos ocorre na fase de construção dos complexos, mas esse montante é consideravelmente reduzido na fase de operaçãoerdquo;, completa. Além disso, a pesquisa aponta que o uso de água de reuso e a dessalinização seriam alternativas para reduzir o impacto ambiental da eletrólise.

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Ultra vai voltar com os postos Texaco, uma aposta no público

O Grupo Ultra está trazendo de volta os postos Texaco ao Brasil, uma aposta da dona da Ipiranga numa marca que tem apelo junto ao público A e que pode ter uma penetração maior que o mercado na venda dos aditivados. O primeiro posto Texaco vai abrir as portas amanhã na cidade de Palhoça, em Santa Catarina. Até o fim do ano, a companhia deve abrir pelo menos outros dois postos no estado e depois pretende entrar no Rio de Janeiro e em São Paulo. A Ipiranga fechou um contrato de licenciamento de marca com a Chevron, com quem já tem um relacionamento próximo desde 2018 emdash; quando as duas companhias criaram uma JV para vender os lubrificantes da Texaco no Brasil. A Iconic emdash; o nome da JV emdash; é líder no seu segmento, com 20,1% de market share, e os bons resultados fizeram as duas empresas começarem a conversar sobre outras potenciais parcerias. As negociações para abrir os postos Texaco começaram em janeiro do ano passado, e o contrato de licenciamento foi assinado em maio deste ano. eldquo;Fizemos estudos não-estimulados e estimulados e ficamos surpresos que a Texaco é a quarta marca de postos mais lembrada pelos brasileiros, atrás apenas da Ipiranga, Shell e BR,erdquo; Bárbara Miranda, a vp de marketing e desenvolvimento de negócios da Ipiranga, disse ao Brazil Journal. A Texaco entrou no Brasil em 1915, abriu seu primeiro posto em 1950, e decidiu sair do País em 2008, quando tinha 2 mil postos em operação. Na saída, vendeu seus postos para o Ultra, que fez o rebranding de todos para a marca Ipiranga. Segundo Bárbara, há uma complementaridade clara entre as marcas Ipiranga e Texaco. Enquanto a Ipiranga é uma marca com eldquo;DNA brasileiro, próxima e calorosa,erdquo; a Texaco é vista como uma eldquo;marca internacional, com especialização e reconhecida pela performance e tecnologia.erdquo; Barbara disse ainda que a ideia com os postos Texaco é atrair o consumidor ligado ao mercado internacional e que já conhece a marca de fora endash; além de ser um cliente que busca performance e tem mais propensão a abastecer com combustível aditivado. eldquo;A Texaco é muito conhecida pelo seu aditivo Techron, que é muito focado na limpeza e na lubrificação do motor,erdquo; disse ela. eldquo;Nossa expectativa é que o share dos aditivados no consumo de gasolina dos postos Texaco seja superior à média do Brasil.erdquo; Hoje o share de aditivados gira em torno de 20% no Brasil emdash; o mesmo patamar dos postos Ipiranga. Dado esse mix de consumo, a expectativa do Ultra é que os postos Texaco possam entregar uma rentabilidade maior que os postos Ipiranga emdash; mesmo com os royalties que ela terá que pagar. eldquo;É claro que para extrair essa maior rentabilidade, o posto precisa estar na localização correta, numa região que tenha esse perfil de público.erdquo; O primeiro posto Texaco está sendo aberto pela rede Galo, um revendedor que hoje tem 30 postos: 24 da Ipiranga e 6 de bandeira branca. Para a expansão da Texaco, o Ultra adotou um modelo inédito, fechando uma exclusividade regional com os revendedores. Para ler a notícia completa, clique aqui.

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