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BC aumenta projeção de alta no PIB deste ano de 2,3% para 3,2%

Em seu relatório de inflação trimestral, divulgado nesta quinta-feira (26), o Banco Central melhorou sua projeção de crescimento para o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil neste ano, de 2,3% para 3,2%. A mudança vem em linha com a expectativa do mercado. Segundo a pesquisa Focus, a expansão da economia deve ser de 3% em 2024. "A revisão da projeção de crescimento anual em 2024 foi fortemente influenciada pela surpresa positiva no resultado do PIB do segundo trimestre", diz a autoridade no relatório. Segundo o BC, haverá uma redução no ritmo de crescimento no segundo semestre de 2024 e ao longo de 2025, dada a expectativa de menor impulso fiscal, alta de juros, a ociosidade dos fatores de produção, e a ausência de forte impulso externo. Assim, para o próximo ano, a projeção inicial do BC é de crescimento de 2% do PIB. A expectativa de inflação para este ano também subiu. De 3,96%, no último relatório, ela foi para 4,31% emdash;abaixo dos 4,37% esperados pelo Focus. O BC cita como fatores por trás da alta a possível restrição de oferta de produtos devido ao clima seco e o encarecimento de preços de bens industriais, influenciados pelo avanço dos preços ao produtor, pela depreciação cambial e pelo aumento do imposto sobre o cigarro. "Além disso, a seca em várias regiões do Brasil afeta as culturas permanentes e semipermanentes e pode atrasar o plantio da safra de verão, comprometendo o cultivo da safra de inverno no período ideal", diz o BC. "As chuvas abaixo do padrão e as temperaturas mais elevadas têm elevado a probabilidade de bandeiras mais restritivas até o final do ano. No curto prazo, permanece também a indefinição quanto à aplicação do Bônus de Itaipu", aponta o relatório. O cenário de referência considera a bandeira vermelha patamar 2 na cota de luz em outubro, vermelha patamar 1 em novembro e amarela em dezembro de 2024. Para 2025, a previsão é de bandeira verde entre os meses de janeiro e julho e bandeira amarela entre agosto e dezembro. Para a gasolina, o BC espera moderação nos preços, dada a queda no petróleo. Já para os preços de serviços, a aceleração deve vir com os aumentos sazonais em passagens aéreas, pontua a autoridade. A estimativa para as transações correntes de 2024 também melhorou, com redução em importações, de um saldo negativo de US$ 53 bilhões, previstos no relatório de junho, para US$ 51 bilhões negativos. "Porém, isso decorre da reclassificação das operações com criptoativos, da balança comercial para a conta capital", pontua o BC. Já a perspectiva para os investimentos diretos no país neste ano foi para US$ 70 bilhões, ante US$ 65 bilhões, com a recuperação nos fluxos de participação no capital, e, principalmente, entradas em operações intercompanhia. "Para os investimentos em carteira, a nova projeção mantém perspectiva anterior de entrada líquida para títulos, que tem se materializado nos dados, e incorpora perspectiva mais favorável para o componente de ações", diz o BC. A projeção de crescimento do crédito em 2024 teve pouca alteração, de 10,8% para 11,1%. Para 2025, a projeção é de crescimento de 10,3%, o que, segundo o BC, significa uma expansão similar à deste ano em termos reais, ou seja, considerando a inflação. "O mercado de crédito continuou mostrando dinamismo, com expansão das concessões do crédito livre e estabilidade da inadimplência. Esse desempenho se deu em cenário de flexibilização da política monetária até meados do segundo trimestre, forte crescimento econômico, mercado de trabalho aquecido e recuperação da renda das famílias", diz relatório do BC, que também cita as captações recordes do mercado de capitais, com cenário macroeconômico favorável. "No entanto, níveis de endividamento e comprometimento de renda das famílias ainda elevados e as mudanças no mercado de juros, com a inflexão da taxa básica e o aumento nos juros futuros, podem alterar essa tendência nos próximos meses", completa a autoridade monetária.

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Petrobras reduz preço do querosene de aviação em 9,1% e diz avaliar cenário para gasolina

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (26) corte de 9,1% no preço do QAV (querosene de aviação), já como resposta à queda das cotações internacionais do petróleo nas últimas semanas. A presidente da companhia, Magda Chambriard, disse que continua avaliando o cenário e que gasolina e diesel serão reduzidos "na hora que a gente entender que cabe". O mercado de petróleo vem derretendo nos últimos dias, em reação ao aumento dos estoques dos Estados Unidos em um cenário de pouca expectativa de crescimento da demanda. Por volta das 12h desta quinta, o barril do tipo Brent caía mais de 2%. "É um trabalho permanente [de avaliação dos preços]", afirmou Magda em entrevista no Rio de Janeiro. "Na hora em que a gente entender que cabe [redução], faremos." A estatal já vem operando há semanas com prêmios sobre as cotações internacionais da gasolina e do diesel, o que abre espaço para importação dos produtos por terceiros e gera no mercado expectativa de que os preços internos serão reduzidos em breve. Na abertura do mercado desta quinta, a gasolina era vendida pelas refinarias da estatal R$ 0,10 por litro mais cara do que a paridade de importação calculada pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). No diesel, o prêmio era de R$ 0,14 por litro. Magda afirmou que a Petrobras está atenta à competição com outras empresas e trabalhará para manter sua fatia de mercado. "Nós vamos ocupar todo o espaço que nos for possível", disse. " Se a gente enxergar espaço para redução [de preços], vamos reduzir." Cortes nos preços dos combustíveis ajudariam a reduzir a pressão inflacionária, hoje impulsionada pela alta na conta de luz para bancar térmicas e ajudar a poupar água nos reservatórios das hidrelétricas. A estatal defende, porém, que toma decisões técnicas e não baseadas em fatores externos. Na terça (24), o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, disse que a empresa ainda via grande volatilidade no mercado internacional de petróleo, em uma indicação de que a companhia não planejava mudanças nos preços dos combustíveis. Ele lembrou ainda que o preço do diesel costuma subir no mercado internacional no segundo semestre, com a formação de estoques para o inverno no Hemisfério Norte e a redução da oferta russa, com a safra naquele país. O corte no preço do QAV anunciado nesta quinta corresponde a uma redução aproximada de R$ 0,34 por litro, disse a estatal. Em 2024, a queda acumulada no preço do produto nas refinarias da empresa é de 16,4%, ou R$ 0,67 por litro.

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Petrobras avalia produção de etanol a partir de resíduos, diz Chambriard

No retorno dos investimentos da Petrobras em biocombustíveis, a companhia avalia até mesmo projetos de produção de etanol, disse Magda Chambriard, nesta quarta (25/9). A presidente da Petrobras mencionou um projeto em que é possível produzir biocombustíveis a partir de resíduos, mas com tecnologias de primeira geração. No futuro, e desde que sejam negócios rentáveis e tenham escala compatível com a companhia, faria sentido inclusive voltar a investir em outros elos da cadeia do biocombustível. eldquo;Vamos voltar para o etanol, vamos voltar para a diversidade de fontes de onde entendemos que nunca deveríamos ter saídoerdquo;, disse Magda Chambriard em entrevista exclusiva ao estúdio eixos, na ROG.e. (Assista na íntegra acima) Na década passada, a Petrobras saiu do mercado de etanol, liquidando participações que detinha em sociedade com produtores de açúcar e etanol. eldquo;Por exemplo, a gente tem um projeto, que estamos olhando, e que é um projeto genial: aproveitar melaço de cana, vinhoto de cana, para fazer etanol, não de segunda, mas de primeira geraçãoerdquo;, explicou. eldquo;Isso aí é economia circular na veia, é aproveitar resíduo para fazer um produto valioso, um energético valioso, que tem tudo a ver com esse momento de transição energéticaerdquo;, acrescentou. Questionada sobre investimentos na produção de cana-de-açúcar ou outras biomassas para produção do biocombustível, a executiva explicou que não há negócios em análise neste momento. eldquo;Por enquanto, [na biomassa] estamos falando em produção de energia. Produzir cana ainda não, mas se for bom negócioehellip;erdquo;.

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Brasil está 10 anos atrasado em exploração de águas profundas, diz CEO da Petrobras

A CEO da Petrobras, Magda Chambriard, fez nesta quinta-feira (26) uma avaliação do futuro da atividade exploratória no Brasil, e disse que o país está 10 anos atrasado na exploração de águas profundas. eldquo;A gente precisa ir para as águas profundas. A Guiana conheceu, no Suriname está acontecendo e no Brasil até agora, nada. Estamos apostando que o país vai acordar para isso.erdquo; A presidente da Petrobras citou que assim como ocorre no Sudeste brasileiro, a exploração de petróleo deveria acontecer na Margem Equatorial, região petrolífera que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte. Na Margem Equatorial, nenhum poço foi perfurado até agora, por razões ambientais. As áreas foram licitadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2013. eldquo;Os órgãos ambientais vão entender o tamanho do desafio que nós temos pela frente para ter o petróleo como o principal produto de exportação do Brasil. Não queremos voltar ao passado, de importação custosa de petróleoerdquo;, destacou Magda Chambriard. Ela mandou uma resposta aos críticos: eldquo;Podemos buscar uma transição energética e continuar a explorar petróleo e gás no país. Quem fala em contradição não conhece o país direitoerdquo;. A CEO participou da cerimônia de encerramento do ROG.e 24, o maior evento de petróleo e gás da América Latina, realizado de 23 a 26 de setembro no Boulevard Olímpico, no Rio de Janeiro.

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Petróleo tomba com perspectiva de aumento de produção pela Arábia Saudita e Opep+

O petróleo estendeu as perdas da véspera e fechou em nova queda com rumores de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) deve aumentar a produção da commodity em dezembro. A retomada de operações na Líbia e promessa de novos estímulos na China também repercutiram sobre o óleo bruto. Nesta quinta-feira (26), os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, para dezembro, terminaram a sessão com baixa de 2,48%, a US$ 71,09 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI) para novembro caíram 2,90%, a US$ 67,67 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos. O que mexeu com petróleo hoje? O petróleo é considerado um dos termômetros do humor dos investidores no mercado. Mas, nesta quinta-feira (26), as notícias sobre a commodity pesaram sobre o desempenho. Mesmo com as bolsas de Nova York e da Europa nas máximas intradia, o petróleo chegou a tombar mais de 3%. A commodity repercutiu a notícia de que a Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, abrirá mão de sua meta de preço do barril, de US$ 100, para aumentar a produção. As informações foram divulgadas pelo Financial Times. Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) deve prosseguir com o aumento na produção da commodity em dezembro, na tentativa de eldquo;compensarerdquo; os cortes voluntários na oferta de alguns membros do grupo. Segundo fontes à Reuters, a medida deve ter um impacto pequeno, mas elevou as preocupações sobre a demanda do petróleo em meio à desaceleração das principais economias do mundo emdash; como a China. Nos últimos meses, alguns membros da Opep, como a Rússia e a Arábia Saudita, têm realizado cortes na produção de petróleo para sustentar os preços. Além disso, a expectativa de retomada de produção do óleo pela Líbia pressiona o desempenho da commodity. Ontem (25), foram nomeados novos membros do Banco Central, em resolução ao conflito iniciado em agosto. No mês passado, o governo oriental da Líbia, em Benghazi, informou que a interrupção da produção e das exportações do óleo devido à disputa com o governo ocidental, reconhecido internacionalmente em Trípoli, sobre quem deveria liderar o BC. As exportações de petróleo bruto da Líbia atingiram uma média de cerca de 400.000 barris por dia (bpd) em setembro, abaixo dos mais de 1 milhão de bpd em agosto. A tensão com os conflitos no Oriente Médio também repercutem sobre o petróleo. Analistas do mercado de petróleo alertam há meses que uma guerra entre Israel e o Hezbollah, que até agora têm trocado disparos de foguetes, poderia forçar o Irã emdash; membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) emdash;, a intervir diretamente, aumentando o risco de interrupções no fornecimento de petróleo bruto no Oriente Médio. *Com informações de Reuters e Financial Times

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Abicom: Gasolina e diesel estão 4% mais caros no Brasil que no exterior

O preço da gasolina no Brasil permanece mais elevado que o praticado no mercado internacional, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). O litro do combustível está, em média, R$ 0,11 mais caro no mercado doméstico, 4% superior ao praticado no exterior, conforme relatório publicado nesta quinta-feira. "Os preços médios do Gasolina A operam acima ou na paridade em todos os polos analisados", frisou a Abicom. "O mercado internacional e o câmbio pressionam os preços domésticos." O Preço de Paridade de Importação (PPI) acumula uma redução de R$ 0,51 por litro desde o último reajuste nos preços da Petrobras, calculou a entidade. Já o preço do diesel está, em média, 4% mais caro internamente do que no Golfo do México, região usada como parâmetro para a comercialização desses combustíveis pelos importadores brasileiros. O resultado significa uma defasagem de R$ 0,13 por litro do diesel. Segundo a Abicom, os preços médios do óleo diesel A operam acima ou na paridade em todos os polos analisados. O Preço de Paridade de Importação acumula uma redução de R$ 0,39 por litro desde o último reajuste nos preços da Petrobras, apontou a entidade. Nos cinco polos da Petrobras, a gasolina estava, em média, 4% acima do preço internacional, R$ 0,10 a mais por litro, assim como o diesel A, 4% acima da paridade, o equivalente a R$ 0,14 a mais por litro. Já o polo Aratu, na Bahia, operado pela Acelen, vendia o diesel 1% mais caro que o preço do Golfo. A gasolina era comercializada com preço 4% superior ao patamar internacional. O Preço de Paridade de Importação (PPI) foi calculado pela Abicom usando como referência os valores do fechamento do mercado nesta última quarta-feira, 25. "Com a estabilidade no câmbio e a ligeira redução nos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional no fechamento do dia útil anterior, o cenário médio de preços está acima da paridade para o óleo diesel e para gasolina", concluiu a Abicom. (Estadão Conteúdo)

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