Ano:
Mês:
article

Vibra e gigante dos biocombustíveis avaliam parceria para entrar no metanol verde

Maior distribuidora de combustíveis do País, a Vibra assinou na quarta-feira, 10, um memorando de entendimento (MOU, na sigla em inglês) com a Inpasa Agroindustrial para o desenvolvimento de estudos de viabilidade da produção e comercialização de metanol verde. O combustível limpo pode ser comercializado como combustível marítimo. A Inpasa produz etanol de milho e outros biocombustíveis no Centro-Oeste brasileiro e no Paraguai. Ao Estadão/Broadcast, o presidente da Vibra, Ernesto Pousada, informou que as partes têm 180 dias para avaliar os detalhes do investimento, que visa a implantação de uma unidade com esse fim. Ele não citou valores potenciais, mas ressaltou que, se avançar, a parceria deve começar com uma fábrica piloto pequena de metanol verde. eldquo;Estamos bastante empolgados. É mais um projeto verde, e muito estratégicoerdquo;, diz Pousada, ao citar o aumento da demanda por metanol verde como combustível de navio, em substituição ao bunker, o tradicional óleo combustível marítimo, de origem fóssil. eldquo;Várias das grandes empresas de shipping já estão encomendando navios movidos a metanol. Esse é um movimento que está acontecendo de fato no mundo. São navios flex, que aceitam metanol ou bunkererdquo;, diz. Entre essas empresas está, por exemplo, o grupo de navegação dinamarquês Maersk. Método No caso, o metanol ou álcool metílico eldquo;verdeerdquo; (CHe#8323;OH) viria da síntese do dióxido de carbono (COe#8322;) restante da produção do etanol de milho com o hidrogênio verde (He#8322;), este gerado por meio da eletrólise da água com energia elétrica renovável. Como o processo é limpo e ainda usa carbono emitido em outro processo, Pousada fala em eldquo;emissão negativaerdquo;. O fato de o metanol verde ser um líquido leve à temperatura ambiente facilita o transporte e armazenamento, colocando-o como uma das mais promissoras aplicações do hidrogênio verde nos próximos anos. Sinergia A Inpasa é a maior produtora de etanol de milho do País, com unidades em Sinop (MT), Nova Mutum (MT) e Dourados (MS), além de atividades no Paraguai. Já a Vibra é a maior das distribuidoras de combustível brasileiras, com presença nos 26 Estados e no Distrito Federal. A sinergia favorável ao eventual novo negócio de metanol verde está, portanto, na capacidade de produção da Inpasa e na capilaridade e logística da Vibra.

article

Transição para os veículos elétricos esfria à medida que a demanda diminui

O esforço do governo Biden para incentivar mais americanos a comprar veículos elétricos está ficando aquém das expectativas, pois os consumidores se preocupam com os preços, a autonomia da bateria e a falta de estações de recarga. As vendas de carros totalmente elétricos nos EUA ainda estão crescendo em ritmo acelerado - aumentaram mais de 50% este ano em relação a 2022 - mas as montadoras dizem que o crescimento diminuiu nos últimos meses, o que as levou a reduzir seus planos de produção e a pausar alguns investimentos. eldquo;Os fabricantes de automóveis passaram do otimismo para a realidade porque a aceitação do consumidor cresceu mais lentamente. Portanto, eles estão procurando desacelerar sua implementaçãoerdquo;, disse Michelle Krebs, analista do setor da Cox Automotive. A transição para os veículos elétricos eldquo;não será linear e haverá muitos obstáculos no caminhoerdquo;, acrescentou ela. Foram vendidos 869 mil veículos totalmente elétricos nos Estados Unidos nos primeiros 10 meses deste ano, um aumento de 56% em relação ao mesmo período de 2022, de acordo com o provedor de dados J.D. Power. Essa taxa de crescimento marcou uma desaceleração em relação aos dois anos anteriores e foi menor do que o previsto por algumas montadoras. eldquo;A narrativa de que os veículos elétricos não estão crescendo tomou conta. Eles estão crescendoerdquo;, disse o diretor financeiro da Ford, John Lawler, em outubro. eldquo;Estão apenas crescendo em um ritmo mais lento do que o esperado pelo setor e, francamente, por nós.erdquo; O governo Biden disse que quer que metade de todas as vendas de veículos novos até 2030 seja de veículos com emissão zero, que ele define como veículos totalmente elétricos e híbridos plug-in. No mês passado, esses modelos representavam 10,8% das vendas de veículos novos nos Estados Unidos, sendo a maior parte totalmente elétrica, de acordo com a J.D. Power. Especialistas em veículos elétricos afirmam que ainda é possível atingir a meta da Casa Branca se os consumidores virem progresso na disponibilidade de recarga - algo que deve acontecer quando os carregadores subsidiados pelo governo federal começarem a aparecer nos próximos meses. Mark Z. Jacobson, especialista em energia renovável e professor de engenharia da Universidade de Stanford, disse que os compradores também precisam de mais informações sobre a economia de custos da adoção da eletricidade. eldquo;Considerando que dirigir um veículo elétrico faz com que o motorista médio economize cerca de US$ 20 mil a US$ 30 mil em 15 anos somente em economia de combustível, acho que a única coisa que está impedindo a demanda do consumidor é a falta de informações sobre issoerdquo;, disse ele. O governo Biden afirma que as vendas de veículos elétricos triplicaram desde que o presidente Biden assumiu o cargo, e aponta para uma pesquisa que mostra que 51% dos americanos entrevistados estavam considerando comprar um veículo elétrico neste ano, em comparação com 38% dois anos antes. Com a ajuda de subsídios federais, o país está a caminho de adicionar 500 mil novos carregadores até 2026, segundo autoridades do governo. eldquo;Mais americanos estão comprando VEs todos os dias - com as vendas de VEs aumentando mais rapidamente do que as de carros tradicionais movidos a gasolina - já que a agenda Investing in America do presidente torna os VEs mais acessíveis, ajuda os americanos a economizar dinheiro ao dirigir e torna o carregamento de VEs acessível e convenienteerdquo;, disse o porta-voz da Casa Branca, Angelo Fernandez Hernandez, em um comunicado. No entanto, a Ford e a General Motors estão entre as montadoras que reduziram a produção de veículos elétricos e adiaram investimentos nas últimas semanas em meio ao arrefecimento das vendas. Em outubro, a GM disse que a eldquo;desaceleração do crescimento no curto prazoerdquo; estava levando a empresa a descartar sua meta de construir 400 mil veículos elétricos até meados do próximo ano e adiar o início da produção de caminhões elétricos em uma fábrica em Lake Orion, Michigan. A GM acrescentou que manterá sua fabricação flexível para produzir veículos elétricos ou movidos a gasolina, dependendo da demanda. Mary Barra, CEO da GM, enfatizou no mês passado a necessidade de uma rede de recarga mais robusta para superar as preocupações dos consumidores. Pesquisas realizadas pela J.D. Power mostraram que os motoristas estão frustrados com a falta de carregadores e com as estações frequentemente quebradas. Cerca de 1 em cada 5 tentativas de carregamento falham, e cerca de 1 em cada 3 compradores de EV não têm acesso a carregamento doméstico, de acordo com Elizabeth Krear, especialista em EV da J.D. Power. Em outubro, a Ford disse que cortaria a produção do Mustang Mach-E elétrico e adiaria investimentos de US$ 12 bilhões em fábricas de baterias e outras iniciativas de veículos elétricos. A Ford também disse que dará mais ênfase à produção de veículos híbridos, chamando-os de eldquo;ponteerdquo; para o mercado de veículos totalmente elétricos. Nas últimas semanas, a Ford disse a seus fornecedores que está reduzindo pela metade seu plano de produção para 2024 da picape elétrica F-150 Lightning, para cerca de 1.600 por semana, informou a Automotive News este mês. Um porta-voz da Ford não quis comentar a reportagem, além de dizer que a empresa eldquo;continuará a adequar a produção à demandaerdquo;. Até mesmo a Tesla, que domina as vendas de veículos elétricos nos Estados Unidos, desacelerou seus planos de abrir uma nova fábrica no México para abastecer o mercado americano, embora tenha culpado as altas taxas de juros e não algo específico dos veículos elétricos. eldquo;Acho que queremos apenas ter uma noção de como está a economia global antes de darmos o pontapé inicial na fábrica do México. Estou preocupado com o ambiente de altas taxas de juros em que nos encontramoserdquo;, disse o CEO da Tesla, Elon Musk, aos investidores em outubro. eldquo;Nunca é demais enfatizar que, para a grande maioria das pessoas, comprar um carro é uma questão de pagamento mensal.erdquo; O arrefecimento da demanda e a crescente concorrência levaram a mais cortes nos preços dos veículos elétricos, ajudando a reduzir a diferença de preços entre os veículos elétricos e os carros movidos a gasolina. O preço médio pago por um veículo elétrico novo nos EUA em novembro foi de US$ 52.345, cerca de 8,5% mais alto do que o preço médio do mercado total, de acordo com a Cox Automotive. Um ano atrás, o prêmio dos VEs era de mais de 30%. Melhorar a rede pública de recarga, que é escassa e muitas vezes defeituosa, é vital para ampliar o mercado de VEs para além dos compradores de alta renda e experientes em tecnologia, incluindo mais americanos de renda média que não estão dispostos a tolerar inconveniências apenas para se tornarem elétricos, dizem os especialistas. Os primeiros usuários eldquo;aceitam muito bem os defeitos das novas tecnologiaserdquo;, disse Nick Nigro, fundador da Atlas Public Policy, que realiza pesquisas sobre questões climáticas e tecnológicas. eldquo;As pessoas comuns não são assim. Se o carregador não funciona quando você o conecta, mesmo que o problema seja apenas ter de tentar novamente, isso não vai funcionar.erdquo; A lei de infraestrutura bipartidária, assinada por Biden há dois anos, forneceu US$ 7,5 bilhões aos governos estaduais e locais durante cinco anos para subsidiar a construção de carregadores, uma campanha que só agora está começando a levar à abertura de novas estações de recarga. Sam Abuelsamid, especialista em recarga da empresa de inteligência de mercado Guidehouse Insights, disse que esse tempo demorou porque os provedores de recarga precisam passar por muitos obstáculos para construir uma estação, inclusive trabalhar com as concessionárias locais para garantir a energia, receber licenças e comprar e instalar o hardware. eldquo;Dado o tempo necessário para implantar uma estação de recarga, não me surpreende que só estejamos recebendo as primeiras estações agoraerdquo;, disse ele. Por enquanto, a rede dos EUA depende em grande parte da Tesla. Há cerca de 35 mil portas públicas de carregamento rápido nos Estados Unidos, sendo boa parte pertencente à Tesla, de acordo com a Atlas Public Policy. A GM, a Honda, a Hyundai e várias outras montadoras disseram neste verão que estão se unindo para expandir significativamente a rede de carregamento rápido, instalando 30 mil novos carregadores na América do Norte. As primeiras estações são esperadas para o próximo verão. eldquo;Acho que, durante anos, as montadoras definiram seu produto como o carro... e cabe a diferentes fornecedores atender a esses carros, abastecer esses carroserdquo;, disse Jon McNeill, membro do conselho da GM e ex-alto executivo da Tesla, em uma entrevista. eldquo;Levou tempo para que os fabricantes entendessem ... que o produto não é apenas o carro, é a experiência ... é a experiência de carregamento também.erdquo; (The Washington Post)

article

O Brasil e as refinarias do futuro

Pela primeira vez, quase 300 países decidiram consensualmente, na Cúpula do Clima da ONU (COP-28), finalizada em dezembro nos Emirados Árabes Unidos, a colocar em marcha a transição entre combustíveis fósseis e combustíveis limpos. Não foi fixado nem prazo para essa transição nem mesmo punição para eventuais transgressões. No entanto, por toda a parte, por causa dos efeitos cada vez mais chocantes das mudanças climáticas, os movimentos ambientalistas ganharam força para pressionar seus respectivos governos para apressar o desmonte da indústria do petróleo. Este é fator irredutível que impõe importantes mudanças nos negócios das refinarias. Os parques atuais deverão ser submetidos a amplos processos de modernização, de maneira a consumir menos recursos energéticos e poder processar bioprodutos, entre eles os biocombustíveis endash; como aponta Marcelo Gauto, químico e especialista em petróleo, gás e energia. Enquanto a demanda por petróleo permanecer elevada, esses empreendimentos precisarão se adequar para reduzir e mitigar as emissões de carbono no processamento de petróleo bruto, até que se tornem unidades dedicadas de biorrefino. Além disso, para se preparar para o futuro, em que haverá menor demanda por combustíveis fósseis, as refinarias precisarão estar mais integradas com a indústria petroquímica para produzir, também, produtos como olefinas, aromáticos, hidrogênio e metanol, que continuarão a ter grande demanda. eldquo;O mercado do petróleo já está se adaptando em todo o mundo e as refinarias são elemento-chave nesse processo. Por aqui, a Petrobras já coprocessa óleo vegetal para produzir diesel com conteúdo renovável na refinaria do Paraná e está preparando outras três refinarias para essa finalidade. A transição acontecerá com aproveitamento e otimização dos recursos existenteserdquo;, explica Gauto. Setores do governo Lula e o lobby corporativo vêm pressionando contra a política de otimização e adaptação das atuais refinarias. Eles querem aumentar a capacidade de refino sob o argumento de que o Brasil está exportando petróleo bruto e não se beneficia com os melhores preços dos produtos refinados. O volume de petróleo (nacional e importado) processado nas refinarias brasileiras caiu 5,8% em quase 10 anos, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gas Natural e Biocombustíveis (ANP). Sem falar no alto volume de investimentos, refinarias convencionais levam entre 5 e 7 anos para serem construídas e mais de 30 para se pagarem. Muito antes disso, o mundo deverá enfrentar enormes capacidades ociosas em refinarias. eldquo;As condições econômicas e ambientais tornarão difícil construir novos parques de tamanha complexidade em outro local. Desse modo, muitos processos de refino existentes ainda estarão em uso provavelmente em uma das unidades ativas hoje, o conceito-base será o mesmo, mas as refinarias do futuro serão mais eficientes, sustentáveis e tecnologicamente avançadoserdquo;, adverte Gauto. Nesse campo, as questões ideológicas têm de ser deixadas de lado. A hora é de pragmatismo e de dançar a música que começa a ser tocada no mercado global.

article

Petróleo fecha em alta, com tensões geopolíticas elevadas após apreensão de navio pelo Irã

O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira, 11, apoiado por preocupações com os riscos à oferta associados a tensões geopolíticas crescentes. A apreensão de um navio no Mar Vermelho requentou temores de escalada de conflitos no Oriente Médio. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro de 2024 fechou com alta de 0,91% (+US$ 0,65), a US$ 72,02 o barril; enquanto o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 0,79% (+US$ 0,61), a US$ 77,41 por barril. A Marinha do Irã apreendeu nesta quinta um petroleiro de empresa grega no Golfo de Omã, segundo autoridades. A embarcação St. Nikolas, anteriormente chamada de Suez Rajan, já havia sido apreendida no passado pelos EUA, quando portava 1 milhão de barris de petróleo iraniano. A mídia estatal iraniana afirmou que eldquo;o petroleiro infrator Suez Rajan roubou petróleo iraniano e o levou aos americanoserdquo;. eldquo;Obviamente, esse é um incidente diplomático e parece estar desafiando sanções internacionais, motivo pelo qual os preços do petróleo subiram na sequência da apreensão e desvio do St. Nikolas para águas iranianaserdquo;, explicou a Navellier em comentário a clientes. A CMC Markets acrescentou que há ainda um nervosismo sobre a possibilidade de uma resposta dos EUA e do Reino Unido ao ataque dos Houthis na quarta-feira às suas respectivas forças navais. (Estadão Conteúdo)

article

Adições de capacidade eólica e solar devem dobrar no Brasil e outros países até 2028

As adições de energia solar fotovoltaica e eólica onshore devem mais que dobrar nos Estados Unidos, União Europeia, Índia e Brasil até 2028, em comparação com os últimos cinco anos, prevê a Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês). Em relatório (.pdf) publicado nesta quinta (11/1), a IEA analisa que ambientes políticos favoráveis e a crescente atratividade econômica das renováveis são os principais impulsionadores dessa aceleração. Em 2023, estima-se que 96% da capacidade de energia solar e eólica de grande escala recém-instalada tiveram custos de geração inferiores aos de novas usinas a carvão e gás natural. No caso da solar, os preços à vista dos módulos caíram quase 50% em relação ao ano anterior, com a capacidade de fabricação atingindo três vezes os níveis de 2021. Na União Europeia e no Brasil, a expectativa é que as instalações de painéis fotovoltaicos em telhados superem as de grandes usinas, com os consumidores residenciais e comerciais investindo na geração própria para reduzir suas contas de eletricidade. No Brasil, a geração própria de energia solar cresceu 40% em 2023. Nos Estados Unidos, a Lei de Redução da Inflação (IRA, em inglês) já mostra resultados na aceleração das adições de capacidade, apesar de problemas na cadeia de abastecimento e preocupações comerciais a curto prazo. Já a Índia tem um cronograma acelerado de leilões para energia eólica terrestre em grande escala e energia solar fotovoltaica, o que, juntamente com a melhoria da saúde financeira das distribuidoras, deve acelerar as instalações. Transformação no mix de energia Segundo a IEA, o mundo está a caminho de adicionar mais capacidade renovável nos próximos cinco anos do que foi instalado desde a construção da primeira usina comercial de energia renovável, há mais de 100 anos. No cenário principal do relatório, quase 3,7 terawatts (TW) de nova capacidade renovável entram em operação no período de 2023 a 2028, impulsionados por políticas de apoio em mais de 130 países, com solar e eólica representando 95% dessa expansão. Já em 2024, a agência vê eólica e solar fotovoltaica gerando juntas mais eletricidade do que as hidrelétricas. É esperado que as renováveis ultrapassem o carvão em 2025 e a nuclear entre 2025 e 2026. Até 2028, elas devem responder por mais de 42% da geração global de eletricidade, com a participação eólica e solar dobrando para 25%. No entanto, observa que ainda será necessário um esforço político para alcançar a meta da COP28 de triplicar a capacidade global de energia renovável até 2030, para 11 TW. eldquo;Sob as políticas e condições de mercado existentes, prevê-se que a capacidade global de energia renovável alcance 7,3 TW até 2028. Essa trajetória de crescimento veria a capacidade global aumentar para 2,5 vezes seu nível atual até 2030, ficando aquém da meta de triplicação. Os governos podem reduzir essa lacuna para ultrapassar 11 TW até 2030, superando desafios atuais e implementando políticas existentes mais rapidamenteerdquo;, observa o documento. Desafios para triplicar capacidade renovável As políticas necessárias para alcançar a meta coletiva de triplicar as energias renováveis até 2030 varia significativamente por país e região. De acordo com o relatório, os países do G20 respondem por quase 90% da capacidade global e, no cenário acelerado, que pressupõe uma implementação aprimorada de políticas e metas existentes, o bloco poderia triplicar essas instalações, No entanto, os investimentos precisam acelerar em outros países também, incluindo economias emergentes e em desenvolvimento fora do G20, algumas delas ainda sem metas e políticas de apoio. A agência divide os desafios em quatro categorias: incertezas políticas e respostas tardias às novas condições macroeconômicas; investimento insuficiente em infraestrutura de rede que impede uma expansão mais rápida das energias renováveis; barreiras administrativas complexas e procedimentos de autorização, bem como questões de aceitação social; financiamento insuficiente em economias emergentes e em desenvolvimento. Outros mercados em expansão Mesmo com a retirada gradual de subsídios entre 2020 e 2021, a China deve instalar quase 60% da nova capacidade renovável esperada para se tornar operacional globalmente até 2028. A previsão é que o país asiático alcance, em 2024, a meta nacional de instalações eólica onshore e fotovoltaica programada para 2030. Até o final da década, quase metade da geração de eletricidade chinesa virá de fontes renováveis. Outras regiões do mundo também começam a ver uma aceleração nas instalações, principalmente Oriente Médio e Norte da África, graças a incentivos políticos. Na África subsaariana, no entanto, a expansão ainda deve permanecer aquém do potencial e da demanda locais. Novas adições em 2023 As adições globais anuais de capacidade renovável aumentaram quase 50% para quase 510 gigawatts (GW) em 2023, a taxa de crescimento mais rápida nas últimas duas décadas. É o 22º ano consecutivo de recordes. Destaque para Europa, Estados Unidos e Brasil, onde essas instalações atingiram níveis recordes. Mas é a China que segue na liderança. Em 2023, o país comissionou tanta energia solar fotovoltaica quanto o mundo inteiro em 2022, aponta a IEA. Na eólica, o crescimento anual foi de cresceram 66%. Globalmente, a solar fotovoltaica representou três quartos das adições de capacidade renovável em todo o mundo.

article

Eletrobras aprova incorporação de Furnas

Os acionistas da Eletrobras aprovaram nesta quinta-feira (11/1) a incorporação de Furnas após uma briga judicial que adiou a Assembleia Geral Extraordinária que estava marcada inicialmente para 29 de dezembro. Uma decisão do ministro Alexandre de Morais, do Supremo Tribunal Federal, cassou as liminares de outras instâncias que impediam a realização da AGE. As ações contra a incorporação foram movidas pela Associação dos Empregados de Furnas (Asef). Pela proposta, feita em novembro, a Eletrobras vai assumir todos os ativos e funcionários de Furnas, que deixará de existir. Não haverá troca de ações nem aumento de capital, já que a holding é a única acionista. O objetivo, segundo a empresa, é melhorar a governança e reduzir os custos com a simplificação da estrutura da empresa. eldquo;Após a verificação das condições suspensivas, a incorporação ocorrerá na data a ser definida pelo Conselho de Administração da Eletrobras. A incorporação de Furnas representa marco importante à reorganização societária da Eletrobras e simplificação de sua estrutura conforme previsto no Plano Estratégicoerdquo;, informou a Eletrobras em comunicado ao mercado. Furnas vale R$ 45 bilhões, segundo avaliação contábil feita pela Impacto Consultores Associados. A companhia está presente em 15 estados e no DF e tem mais de 2 mil empregados. Veja a lista dos ativos de Furnas: 22 usinas hidrelétricas, com potência instalada de 17.794 MW 2 usinas termelétricas, com potência instalada de 375 MW 1 complexo eólico, composto de 5 parques, com potência instalada de 123 MW 18.292 MW de capacidade instalada de geração 75 subestações, com capacidade de transformação de 126.176 MVA 34.786,88 Km de linhas de transmissão

Como posso te ajudar?