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Biodiesel pode evitar emissão de 320 bilhões de toneladas de CO?, diz CEO da Binatural

Atualmente, o biodiesel representa 14% da mistura do diesel no Brasil. Um incremento nessa composição pode reduzir significativamente a emissão de dióxido de carbono (COe#8322;), de acordo com André Lavor, CEO da Binatural. eldquo;Com o potencial de aumentar a mistura de biodiesel no diesel para 25% até 2035, o Brasil pode deixar de emitir mais de 320 bilhões de toneladas de COe#8322; na próxima décadaerdquo;, disse Lavor, durante o painel Soluções Inovadoras para o Futuro dos Combustíveis, no Estadão Summit ESG 2024, nesta quinta-feira, 26, em São Paulo. Lavor comentou a importância do projeto de lei conhecido como eldquo;Combustíveis do Futuroerdquo;, aprovado no Congresso e programado para ser sancionado em outubro. eldquo;O projeto busca descarbonizar a matriz de transporte do Brasil, atualmente composta em sua maioria por caminhões. A proposta inclui a ampliação do uso de biocombustíveis, como o HVO (Hydrotreated Vegetable Oil) e o SAF (Sustainable Aviation Fuel), além de fortalecer setores como o etanol e o biodiesel, que já contribuem significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufaerdquo;, afirmou. O HVO é um biocombustível produzido a partir de óleos vegetais ou gorduras animais que passam por um processo de hidrogenação. Já o SAF é um combustível sustentável para aviação, produzido a partir de matérias-primas renováveis, como óleos vegetais, resíduos agrícolas e resíduos sólidos urbanos. No caso do biodiesel, que pode reduzir em até 90% essas emissões dependendo da matéria-prima utilizada, o setor tem utilizado óleos residuais, como o óleo de cozinha, para produção. De acordo com o executivo, em 2022, o setor de biodiesel consumiu cerca de 150 milhões de litros de óleo de fritura, evitando a contaminação de 3,8 trilhões de litros de água. Hidrogênio verde Outra importante alternativa para os combustíveis fósseis é o hidrogênio verde. Segundo Fernanda Delgado, diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Hidrogênio Verde (Abihv), a produção de hidrogênio verde tem o potencial de reduzir significativamente as emissões de carbono em diversos setores industriais, como siderurgia, química e agricultura, ao substituir combustíveis fósseis em processos produtivos. A executiva lembrou que o Brasil já assinou Memorandos de Entendimento (MOUs) para novos projetos, especialmente no Nordeste, e se estima que o impacto dessa indústria no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro até 2050 seja de R$ 7 trilhões. eldquo;O hidrogênio verde é parte de um portfólio de soluções sustentáveis que, além de contribuir para a descarbonização, fortalece a economia nacional ao alinhar a política industrial com a política ambientalerdquo;, disse. O hidrogênio é a molécula mais abundante no universo, mas sua produção a partir da eletrólise da água utilizando energia totalmente renovável é uma inovação recente. eldquo;Esse processo, conhecido como produção de hidrogênio verde, separa o hidrogênio da água por meio de fontes como energia eólica, hidráulica e solar, o que faz do Brasil um local estratégico para esse desenvolvimento, graças à sua matriz elétrica predominantemente renovável. Além disso, o país possui condições geopolíticas favoráveis e um arcabouço legal recém-aprovado, que impulsiona a atração de investimentos em hidrogênio verdeerdquo;, disse Fernanda. Eletrificação de veículos Há dois anos, a 99 adotou uma iniciativa voltada para a eletrificação no mercado de aplicativos, com a convicção de que esse é o futuro da indústria. eldquo;Nossa crença se baseia em três pilares. O primeiro é o impacto social para os motoristas, que podem economizar até 80% nos custos de condução, resultando em uma economia mensal de até R$ 3 mil. O segundo é o impacto ambiental, já que os carros elétricos reduzem significativamente a emissão de poluentes. E o terceiro é a governança, fundamental para estruturar essa transiçãoerdquo;, disse Thiago Hipolito, diretor sênior de Inovação na 99. Em 2022, a 99 fundou a Aliança pela Mobilidade Sustentável. eldquo;Ao perceber que a eletrificação é o caminho, também entendemos que sozinhos não alcançaríamos essa meta, pois a transformação exige a colaboração de vários setores. Hoje, após dois anos e meio, a Aliança conta com 19 empresas de diferentes setores, todas empenhadas em coordenar esforços para massificar a produção e o uso de carros elétricos no paíserdquo;, afirmou. Madeira para cozinhar David Zylbersztajn, professor e coordenador do Instituto de Energia da PUC Rio, trouxe uma estatística alarmante. mais de 20% da população brasileira ainda utiliza madeira para cozinhar. Segundo ele, essa prática, muitas vezes esquecida em discussões sobre energias renováveis e biocombustíveis avançados, reflete o atraso no uso da biomassa em muitas regiões. eldquo;Globalmente, a situação é ainda mais grave, sendo a terceira maior causa de morte entre mulheres e crianças a inalação de fumaça proveniente da queima de madeira para cozinhar. Estima-se que 4 milhões de pessoas morram todos os anos devido a complicações respiratórias causadas por essa práticaerdquo;, disse Zylbersztajn.

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Aracruz terá terminal portuário de R$ 2,7 bilhões a partir do próximo ano

Sob a liderança de Etore Selvatici Cavallieri, que trabalhou como torneiro mecânico da Aracruz Florestal, no Espírito Santo, o grupo Imetame, sediado na cidade de Aracruz, planeja colocar em operação até o fim do próximo ano a primeira fase de um projeto ambicioso endash; um terminal portuário multiúso. Na avaliação do investidor, o terminal poderá ser uma referência para o Espírito Santo, abrindo novas alternativas ao embarque de cargas na costa brasileira, em que o Porto de Santos tem amplo domínio. O projeto da Imetame, em fase de construção, prevê ao fim de alguns anos um terminal com capacidade para movimentar contêineres, cargas gerais, granéis sólidos e também granéis líquidos, como combustíveis e petróleo cru. O investimento total está avaliado hoje em R$ 2,7 bilhões e os recursos devem vir de capital próprio, financiamentos de bancos de fomento e da entrada de sócios estratégicos no empreendimento. Por estar na área da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o projeto conta com incentivos fiscais. Em 1980, ao deixar a empresa florestal, que era um braço da fabricante de celulose Aracruz endash; depois comprada pelo grupo Votorantim e, desde 2018, incorporada pela Suzano endash;, Cavallieri ergueu um conglomerado que atualmente fatura cerca de R$ 2 bilhões anuais. eldquo;Na época, ele identificou uma oportunidade de negócio nos serviços excedentes de usinagem e soldagem, que eram terceirizados e, em 17 de agosto de 1980, num pequeno galpão de 50 m², surgiu a Imetame Metalmecânica, a primeira empresa do grupoerdquo;, relata a empresa em seu portal. Cavallieri detém 96% do capital do grupo. O sócio minoritário, Gilson Pereira, que entrou em 1990, tem os 4% restantes. INFRAESTRUTURA. A localização do multiterminal, em Aracruz, fica a 85 km ao norte da capital Vitória, interligado a uma malha de rodovias federal e estaduais e a uma ferrovia, a Vitória-Minas, da Vale. Segundo a empresa, o governo do Estado já lançou licitações para melhorias de infraestrutura de acesso ao novo terminal, bem como ao Portocel, operado pela companhia de celulose e papel Suzano, e ao Estaleiro Jurong. O projeto prevê, em seu desenho, capacidade para movimentação anual de 1,6 milhão de TEUs (unidade padrão para contêiner), começando a operar com 300 mil TEUs. Pereira, que é diretor executivo do grupo e CEO da Imetame Porto Logística, disse ao Estadão que já negocia a entrada de um sócio no terminal de contêineres. A preferência é por um armador ou um operador logístico. Conforme o executivo, até o fim do ano deve ser definido o sócio do terminal, que ficará sob o guarda-chuva de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE). Outros investidores poderão vir a participar nos terminais de grãos e granéis. Pereira diz que o terminal tem uma localização privilegiada na costa do Atlântico, no norte do Espírito Santo, propícia às rotas de embarcações entre Brasil e China. eldquo;Em relação ao Porto de Santos, o terminal está 200 milhas náuticas mais próximo da China. Tem a condição para se transformar num hub para navios de contêinereserdquo;, diz. Os mercados mapeados para captação de cargas são Minas Gerais e parte do norte do Estado do Rio de Janeiro. TRÊS FASES. A Imetame Logística prevê iniciar a operação do porto no segundo semestre de 2025, com carga geral endash; produtos siderúrgicos, blocos de granito e outros. As operações de contêineres são previstas para o primeiro semestre de 2026. Para essas duas fases, estão previstos dois berços de atracação de embarcações. A terceira fase, de granéis sólidos e de líquidos (combustíveis e transbordo de óleo cru), terá berço próprio. eldquo;Em relação ao Porto de Santos, o terminal está 200 milhas náuticas mais próximo da China. Tem a condição para se transformar num hub para navios de contêinereserdquo; Gilson Pereira CEO da Imetame Porto Logística O terminal poderá receber navios de grande porte com dificuldade de carregamento completo em outros portos do País, mesmo em Santos. O calado (profundidade) dos berços do porto terá 16 metros, diz, com escavação de até 17 metros na área marítima, podendo atingir 23 metros. As obras de terraplenagem já têm avanço de 52%. eldquo;O desafio maior é fazer o quebra-mar, a dragagem e a construção do caiserdquo;, diz. O terminal será um dos três portos do País com operação de bunker para abastecimento de navios, e deve ter no futuro instalações para carregamento de navios movidos a energia elétrica.

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Fecombustíveis participa de painel sobre o mercado ilegal de combustíveis na ROGe

O Comércio Irregular no Segmento de Combustíveis foi tema de painel, ontem (26), na Rio Oil eamp; Gas (ROGe), que contou com a participação de James Thorp Neto, presidente da Fecombustíveis, juntamente com Mônica Barreto, superintendente adjunta da 7a Região Fiscal da Secretaria Especial, Fernando Moura, diretor da ANP, Leonardo Linden, presidente da Ipiranga, com mediação de Emerson Kapaz, Presidente do Instituto Combustível Legal (ICL). Thorp destacou o desequilíbrio tributário causado pelo regime especial de tributação de importação dos combustíveis do Amapá, que durou cinco meses, trazendo distorções de arrecadação para os estados, mas que foi contido pelo alerta dos agentes do setor. "A alíquota tributária do diesel (ICMS) de aproximadamente 18%, por uma brecha estava sendo recolhida somente 4%, o que serviu de benefício para os devedores contumazes, que se aproveitarem do momento Conseguimos num trabalho conjunto sensibilizar os estados, que estavam perdendo recursos com a falta de arrecadaçãoerdquo;, disse. A partir da união dos agentes do segmento, o Comsefaz revogou o decreto do Amapá. Após este episódio, o Maranhão também aprovou uma norma similar, que trazia benefício tributário aos importadores de combustíveis, porém, com a iniciativa dos agentes do segmento e agilidade dos órgãos responsáveis, houve revogação da regra em uma semana. "Juntos, de mãos dadas, com apoio da Receita Federal, ANP e demais agentes, buscamos cada vez mais, diminuir as irregularidades do setor", disse Thorp.

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Presidente da Petrobras confirma que pode baixar preço dos combustíveis, 'se houver espaço&apos

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse nesta quinta-feira (26) que a companhia pode reduzir preços dos combustíveis se enxergar espaço e anunciou um corte para o querosene de aviação (QAV). eldquo;Estamos reduzindo preço de QAV neste momento em quase 10% a partir do dia 1° de outubroerdquo;, pontuou. A Petrobras costuma revisar os preços do QAV no início de cada mês. A companhia anunciou na sequência a redução de 9,1% no QAV, um decréscimo aproximado de R$ 0,34 /litro. No ano, há redução acumulada de 16,4%, recuo médio de R$ 0,67 /litro em relação ao preço de dezembro de 2023. No comparativo desde dezembro de 2022, houve uma redução acumulada de 32,8%, o que equivale a um decréscimo de R$ 1,66 /litro. Questionada sobre os planos para o diesel e a gasolina, a executiva afirmou que ambos acumulam queda de cerca de 30% em comparação aos valores vigentes em dezembro de 2022, no governo anterior. eldquo;Olhamos o tempo todo para preços de combustíveis, é um trabalho permanente. Toda vez que entendermos que é possível reduzir preços, vamos fazererdquo;, afirma. eldquo;Isso prova que fazemos dinheiro respeitando e tendo empatia com a sociedade brasileiraerdquo;. Chambriard lembrou que, quando foi questionada sobre o assunto, no âmbito dos resultados do segundo trimestre no início de agosto, afirmou que a companhia estava perdendo fatia de mercado: eldquo;Se estávamos perdendo levemente preço de share, como íamos aumentar preço de combustível?erdquo;. Aumento de oferta de gás Chambriard voltou a falar sobre o compromisso de sua gestão em aumentar a oferta de gás ao mercado. Segundo a executiva, um poço no campo de Roncador, na Bacia de Campos, deve começar a produzir no ano que vem e a estimativa é de produção de 1,7 milhão de metros cúbicos de gás por dia. eldquo;Estamos rejuvenescendo o campo de Roncador. É um campo de petróleo, mas tem um único poço fechado que deve produzir 1,7 milhão de metros cúbicos de gás por dia. Essa é uma das iniciativas para buscarmos gás a curto prazoerdquo;, esclareceu. eldquo;Não há conflito entre avanço de descarbonização e exploração de petróleoerdquo;, acrescentou. Chambriard afirmou ainda que o próximo plano estratégico, 2025-2029, deve ser anunciado em novembro e que investimentos ainda não estão definidos.

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Reforma tributária: setor de combustíveis vai ganhar muito em termos de investimento

O vice-presidente Jurídico e de Relações Institucionais da Raízen, Rodrigo Caldas, avalia que a reforma tributária trará ganhos rápidos e imediatos para o setor de combustíveis, reduzindo a sonegação e abrindo espaço para empresas que queiram competir dentro da legalidade. O executivo do grupo Cosan, que também é conselheiro do CCiF (Centro de Cidadania Fiscal), participou nesta quinta-feira (26) de uma live no Portal da Reforma Tributária, com o professor da FGV e diretor do CCiF Eurico Santi. No setor de combustíveis, a reforma tributária traz um regime monofásico, que se aplicará também ao etanol. "Isso vai fazer com que, seja no refino, na importação, na distribuição, haja uma certeza maior de tributação, assegurando arrecadação para os entes públicos, a correta competitividade, e que todos vão pagar a mesma coisa", afirmou. Caldas elogiou o trabalho do senador Izalci Lucas (PL-DF) em relação às audiências públicas que têm sido realizadas pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado e apontou a reforma como uma vitória não só dos contribuintes, mas também de administrações tributárias que não aguentam mais conviver com os problemas trazidos pelo sistema atual. "A administração tributária fiscal brasileira não aguenta mais", afirmou. "Vi em vários estados dúvidas dos corpos técnicos sobre a concessão de certos benefícios. Se aquilo era melhor para o estado ou se era melhor para um governador que ia cortar uma faixa para uma empresa nova, e não necessariamente iria trazer benefícios para o estado." Ele afirmou também que o debate sobre a alíquota é legítimo, mas é necessário olhar para a carga tributária dos setores como algo mais amplo, que inclui também base de cálculo, acúmulo de créditos, penalização por erros e custo de compliance. "Mirar na alíquota pode enganar". O executivo disse ainda que alguns benefícios trazidos pela reforma dependem do processo de regulamentação e destacou a necessidade de uma transição que garanta a aceitação e bom uso dos créditos acumulados dos tributos que serão extintos, para que não se crie um contencioso desnecessário na entrada do novo sistema. "A reforma da tributação sobre o consumo será um novo marco de desenvolvimento para o Brasil. Ela vai endereçar alguns pontos que têm gerado um contencioso tributário de mais de R$ 5 trilhões."

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BC aumenta projeção de alta no PIB deste ano de 2,3% para 3,2%

Em seu relatório de inflação trimestral, divulgado nesta quinta-feira (26), o Banco Central melhorou sua projeção de crescimento para o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil neste ano, de 2,3% para 3,2%. A mudança vem em linha com a expectativa do mercado. Segundo a pesquisa Focus, a expansão da economia deve ser de 3% em 2024. "A revisão da projeção de crescimento anual em 2024 foi fortemente influenciada pela surpresa positiva no resultado do PIB do segundo trimestre", diz a autoridade no relatório. Segundo o BC, haverá uma redução no ritmo de crescimento no segundo semestre de 2024 e ao longo de 2025, dada a expectativa de menor impulso fiscal, alta de juros, a ociosidade dos fatores de produção, e a ausência de forte impulso externo. Assim, para o próximo ano, a projeção inicial do BC é de crescimento de 2% do PIB. A expectativa de inflação para este ano também subiu. De 3,96%, no último relatório, ela foi para 4,31% emdash;abaixo dos 4,37% esperados pelo Focus. O BC cita como fatores por trás da alta a possível restrição de oferta de produtos devido ao clima seco e o encarecimento de preços de bens industriais, influenciados pelo avanço dos preços ao produtor, pela depreciação cambial e pelo aumento do imposto sobre o cigarro. "Além disso, a seca em várias regiões do Brasil afeta as culturas permanentes e semipermanentes e pode atrasar o plantio da safra de verão, comprometendo o cultivo da safra de inverno no período ideal", diz o BC. "As chuvas abaixo do padrão e as temperaturas mais elevadas têm elevado a probabilidade de bandeiras mais restritivas até o final do ano. No curto prazo, permanece também a indefinição quanto à aplicação do Bônus de Itaipu", aponta o relatório. O cenário de referência considera a bandeira vermelha patamar 2 na cota de luz em outubro, vermelha patamar 1 em novembro e amarela em dezembro de 2024. Para 2025, a previsão é de bandeira verde entre os meses de janeiro e julho e bandeira amarela entre agosto e dezembro. Para a gasolina, o BC espera moderação nos preços, dada a queda no petróleo. Já para os preços de serviços, a aceleração deve vir com os aumentos sazonais em passagens aéreas, pontua a autoridade. A estimativa para as transações correntes de 2024 também melhorou, com redução em importações, de um saldo negativo de US$ 53 bilhões, previstos no relatório de junho, para US$ 51 bilhões negativos. "Porém, isso decorre da reclassificação das operações com criptoativos, da balança comercial para a conta capital", pontua o BC. Já a perspectiva para os investimentos diretos no país neste ano foi para US$ 70 bilhões, ante US$ 65 bilhões, com a recuperação nos fluxos de participação no capital, e, principalmente, entradas em operações intercompanhia. "Para os investimentos em carteira, a nova projeção mantém perspectiva anterior de entrada líquida para títulos, que tem se materializado nos dados, e incorpora perspectiva mais favorável para o componente de ações", diz o BC. A projeção de crescimento do crédito em 2024 teve pouca alteração, de 10,8% para 11,1%. Para 2025, a projeção é de crescimento de 10,3%, o que, segundo o BC, significa uma expansão similar à deste ano em termos reais, ou seja, considerando a inflação. "O mercado de crédito continuou mostrando dinamismo, com expansão das concessões do crédito livre e estabilidade da inadimplência. Esse desempenho se deu em cenário de flexibilização da política monetária até meados do segundo trimestre, forte crescimento econômico, mercado de trabalho aquecido e recuperação da renda das famílias", diz relatório do BC, que também cita as captações recordes do mercado de capitais, com cenário macroeconômico favorável. "No entanto, níveis de endividamento e comprometimento de renda das famílias ainda elevados e as mudanças no mercado de juros, com a inflexão da taxa básica e o aumento nos juros futuros, podem alterar essa tendência nos próximos meses", completa a autoridade monetária.

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