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Busca por carros elétricos usados sobe acima dos híbridos

A procura por carros elétricos usados cresceu 57% no Brasil no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, acima dos híbridos usados, que subiram 41%, mas se mantêm em primeiro lugar nas buscas entre os veículos eletrificados. Os dados são do Webmotors Autoinsights, que monitora as pesquisas por carros novos e usados na plataforma. O levantamento com eletrificados divide as buscas em quatro segmentos: elétricos usados, híbridos usados, elétricos 0KM e híbridos 0KM. Apesar do forte crescimento dos carros elétricos usados, eles ainda estão em terceiro lugar nas pesquisas nessa categoria. Em segundo lugar aparecem os híbridos 0KM, que cresceram 24% nas buscas no primeiro semestre, e, em quarto, os elétricos 0KM, que avançaram 17%. A alta maior na procura por usados na plataforma indica que os preços dos carros eletrificados ainda são um grande entrave no país. "Os dados mostram que os usados se tornaram uma porta de entrada para os brasileiros ao mundo dos eletrificados", diz Eduardo Jurcevic, CEO da Webmotors. BYD lidera em três segmentos A alta da busca por elétricos acontece em meio à cobrança de montadoras representadas pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) por mais incentivos aos híbridos e críticas à chegada desenfreada de importados da chinesa BYD. A marca foi líder de pesquisas na plataforma da Webmotors em três dos quatro segmentos de eletrificados no primeiro semestre. Entre os modelos 100% elétricos mais buscados no período, o BYD Dolphin Mini encabeça a lista dos 0KM, enquanto o BYD Seal lidera entre os usados. Do lado dos híbridos 0KM, o BYD King é o que mais recebeu visitas. Apenas no segmento dos híbridos usados a BYD não tem liderança, que ficou com o Toyota Corolla.

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Postos resistem a baixar gasolina um mês após corte nas refinarias da Petrobras

O preço da gasolina segue estável nos postos um mês após corte nas refinarias da Petrobras, em um sinal de que distribuidoras e postos absorveram parte da redução como margem. A falta de repasse vem sendo criticada pelo governo. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), a gasolina foi vendida na semana passada no país, em média, por R$ 6,23 por litro. É o mesmo valor das duas semanas anteriores e apenas R$ 0,04 por litro abaixo de antes da redução do preço da Petrobras. A estatal esperava um repasse de R$ 0,12 por litro, três vezes o verificado até agora pela pesquisa semanal de preços dos combustíveis da ANP. Outras pesquisas privadas também indicam que a redução ainda não chegou totalmente ao consumidor. A ValeCard, por exemplo, viu uma queda de R$ 0,05 por litro em junho, menos da metade do esperado pela Petrobras. Já o Índice de Preços Edenred Ticket Log captou queda média de R$ 0,06 por litro, a metade do estimado pela estatal. Nesta segunda-feira (7), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse já ver espaço para nova redução no preço da gasolina vendida pela Petrobras, caso as cotações internacionais se mantenham nos atuais patamares. De fato, a estatal vem vendendo o combustível com prêmio sobre o mercado internacional desde o dia 25 de junho, segundo estimativa da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Na abertura do mercado desta terça (9), o prêmio era de R$ 0,13 por litro. O governo, porém, ainda pressiona o setor a repassar o primeiro reajuste. Na semana passada, acionou a AGU (Advocacia Geral da União) para pedir a órgãos competentes que fiscalizem e investiguem os preços praticados nos postos. Na sexta, em evento patrocinado pela Petrobras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a falta de repasse de cortes nas refinarias faz o governo "ser tratado como imbecil". "É preciso fiscalizar para saber se os preços estão sendo justos ou se tem alguém tentando mais uma vez enganar o consumidor brasileiro", afirmou. "Se não, seremos tratados como bando de imbecis, porque decidimos uma coisa e ela não acontece na ponta." A partir do dia 1º de agosto, a gasolina vendida nos postos brasileiros passará a ter 30% de etanol, três pontos percentuais a mais do que a mistura atual, medida que, segundo o governo, pode ajudar a reduzir os preços. Segundo o setor, porém, o alívio é bem menor do que o estimado pelo governo e depende das políticas de compra de etanol por distribuidoras. O preço do biocombustível também tende a subir na entressafra. Na semana passada, o etanol hidratado teve leve queda nas bombas, de R$ 4,19 para R$ 4,16 por litro, segundo a ANP. A pesquisa da agência também captou estabilidade no preço do diesel S-10, que é vendido por R$ 6,05 por litro há duas semanas. Esse combustível sofreu três cortes nas refinarias da Petrobras em 2024, mas os repasses já chegaram integralmente ao consumidor.

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Senado cogita ir ao TCU por orçamento de agências reguladoras

O senador Marcos Rogério (PL-RO), presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, afirmou nesta 3ª feira (8.jul.2025), que a Casa poderá seguir duas alternativas possíveis para restaurar o orçamento das agências reguladoras no Brasil endash;que tiveram parte dos recursos de 2025 congelados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em maio. eldquo;Existem alguns caminhos, algumas variáveis que nós vamos buscar. Tentando, talvez, via TCU, uma interpretação que dê uma solução mais rápida do que uma inovação legislativa [ehellip;] fazer uma provocação ao TCU para revisitar o tema e dar o mesmo enquadramento às demais agênciaserdquo;, disse depois da sessão da comissão para debater os cortes orçamentários das agências. Neste caso, o Senado tentará estender para outras agências reguladoras uma decisão que o TCU já tomou anteriormente em favor da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). eldquo;Acabamos por verificar que já houve decisão do Tribunal de Contas da União reparando esse tipo de contingenciamento, no caso de uma única agência. Talvez seja o momento de se fazer uma provocação ao Tribunal de Contas da União para revisitar o tema e, de repente, em uma extensão maior, dar o mesmo enquadramento para as demais agênciaserdquo;, disse. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Sem orçamento, não há regulação

As agências reguladoras são pilares do Estado brasileiro. Criadas para atuarem com base técnica, autonomia e estabilidade institucional, exercem papel estratégico para a boa governança, prestação de serviços públicos essenciais e promoção de um ambiente seguro para investimentos. Essas instituições não pertencem a governos, mas ao Estado. Sua missão é regular, fiscalizar e garantir o equilíbrio entre qualidade, preço justo e retorno aos investidores, assegurando o interesse público em setores-chave para o desenvolvimento econômico e social brasileiro. Contudo, recorrentes medidas de contingenciamento orçamentário impõem riscos severos à atuação das agências. Os sucessivos cortes orçamentários dos últimos anos comprometem gravemente sua operação, fiscalização e capacidade técnica, levando a paralisia das instituições. Não é razoável que instituições técnicas, com receita própria e finalidade pública, sejam tratadas como órgãos discricionários do orçamento. Ao operar no limite de sua capacidade há anos, qualquer novo bloqueio as aproxima da inoperância emdash; e quem perde é a sociedade. Diante disso, defendemos a inclusão de dispositivo na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que impeça o contingenciamento dos orçamentos das agências reguladoras. Essa medida é urgente para garantir: ebull; Previsibilidade orçamentária ebull; Segurança institucional ebull; Autonomia decisória ebull; Capacidade plena de fiscalização e regulação Fortalecer as agências é proteger o futuro do país. Enfraquecê-las é abrir espaço para instabilidade, retrocessos e perda de confiança no ambiente regulatório brasileiro. Por um Brasil que respeita suas instituições de Estado. Por agências reguladoras autônomas, técnicas e financeiramente protegidas.

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Vendas no varejo do Brasil recuam pelo segundo mês consecutivo, diz IBGE

As vendas varejistas em maio no Brasil recuaram pelo segundo mês seguido. O setor registrou queda de 0,2% nas vendas em maio em relação a abril, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (8), marcando o resultado mais fraco para o mês desde 2023. A leitura foi a segunda consecutiva no vermelho depois de as vendas terem aumentado nos três primeiros meses do ano, tendo atingido em março o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000. "São dois meses seguidos de queda na taxa muito perto de zero. Mas esse valor perto de zero tem viés negativo para o comércio", disse o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. "Temos influências negativas para o comércio como a taxa de juros e uma queda no crédito para pessoa física de forma mais intensa", completou. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve alta de 2,1% nas vendas. Entre as oito atividades pesquisadas na pesquisa do IBGE sobre o varejo, os resultados negativos foram registrados por Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,1%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%) e Combustíveis e lubrificantes (-1,7%). Os resultados positivos vieram de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,0%), Móveis e eletrodomésticos (2,0%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,7%), Tecidos, vestuário e calçados (1,1%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%). (Reuters)

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Justiça nega pedido do MPF e libera simulado da Petrobras na Foz do Amazonas

A Justiça Federal negou pedido do Ministério Público Federal do Amapá para suspender o simulado de perfuração de poço para exploração de petróleo no bloco 59 da bacia da Foz do Amazonas, o primeiro da Petrobras em águas profundas na região. A estatal entende que o simulado é a última etapa antes da obtenção da licença para a perfuração do poço, que é alvo de protestos entre organizações ambientalistas de todo o mundo pelo impacto de uma nova fronteira exploratória no esforço para enfrentar a mudança climática. Em decisão publicada nesta segunda-feira (7), o juiz federal substituto Athos Alexandre Câmara Attiê, da 1º Vara Federal do Amapá, disse que o simulado "não é emdash;nem pode seremdash; uma licença operacional definitiva, mas sim uma ferramenta de verificação, correção e aperfeiçoamento institucional". "É etapa eminentemente prática e experimental do licenciamento ambiental, destinada a testar, em condições reais e controladas, a funcionalidade dos planos e estratégias de mitigação previamente aprovado", completou. Em pedido de liminar contra o simulado, o Ministério Público Federal do Amapá alegava que a atividade seria feita "sem a realização de estudos aprofundados sobre os riscos ao meio ambiente e às comunidades tradicionais". "A autorização do Ibama [para o simulado] violou diversas normas, tanto nacionais quanto internacionais, e desconsiderou pareceres técnicos sobre as insuficiências do licenciamento ambiental", disse o Ministério Público Federal do Amapá, em nota. O texto afirma ainda que o despacho do órgão ambiental "foi emitido em sentido contrário à análise de 29 analistas ambientais do próprio Ibama, que consideraram o Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF) como insuficiente e com graves omissões". Para o juiz Attiê, a divergência "não configura, por si, ilegalidade ou vício do ato administrativo emdash;desde que a decisão final seja sustentada por justificativas racionais, acessíveis e sujeitas ao controle institucional". Ele reconheceu, porém, parte do pedido do Ministério Público Federal, ao determinar que a comunicação da Petrobras e do Ibama com comunidades indígenas da região não seja feita sem a presença da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas). "A consulta [prévia a comunidades indígenas ou tradicionais, prevista em lei] não se confunde com mera informação. Trata-se de um processo jurídico qualificado, que deve ser conduzido por órgãos estatais competentes", escreveu. A Petrobras propôs ao Ibama que o simulado seja realizado na semana que vem, mas a data oficial ainda não foi agendada. Esta semana, técnicos do órgão ambiental estão vistoriando embarcações e instalações que serão usadas no exercício. Em nota enviada à Folha, a estatal disse que ainda não havia sido intimada para conhecer o inteiro teor da ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal. Defendeu que a decisão da presidência do Ibama que determinou o início do planejamento do simulado é "adequada e convergente com o princípio da precaução, comprovando que as medidas propostas no licenciamento ambiental são adequadas e suficientes para a execução segura das atividades". "Todos os estudos e exigências solicitadas pelo Ibama, em observância estrita às normas ambientais vigentes no país, vêm sendo atendidos pela Petrobras, que tem empenhado todos os seus esforços na obtenção da licença ambiental", afirmou a empresa. Ela disse ainda que "reforça seu compromisso com o desenvolvimento da margem equatorial e permanece plenamente disposta ao diálogo institucional com o intuito de resolver de forma consensual possíveis pontos divergentes relativos ao tema".

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