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Comsefaz cita perdas na receita para justificar alta dos combustíveis

O novo presidente do Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal), Flávio César Mendes de Oliveira, disse nesta 3ª feira (11.fev.2025) que os Estados sofrem com perdas em receitas e sinalizou haver a necessidade de recomposição por meio da elevação do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis. O aumento [do ICMS] se dá apenas uma vez por ano. Ou seja, a gente espera 12 meses enquanto todos os outros produtos são reajustados constantemente para ter apenas um aumento durante o anoerdquo;, declarou em entrevista a jornalistas, na sede do Comsefaz, em Brasília. Ele reforçou que as atualizações para recompor perdas se dão em 1º de fevereiro de cada ano. eldquo;Você perdeu um ano inteiro. Toda a mercadoria é atualizada a cada momento, a cada preço se muda, mas o combustível, não. O combustível passa o ano todo congelado. Aí, quando vem atualizar no ano seguinte, é o elsquo;aumento de combustívelersquo;. Isso não é o aumento de combustível [ehellip;] É um momento de perda que a gente tem. Está apenas atualizando o que acabou de passar um ano perdendoerdquo;, declarou. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Projeto que pode baratear preço dos combustíveis no Ceará é lançado

O Grupo Dislub Equador lança, na semana que vem, a pedra fundamental de um projeto de R$ 430 milhões para a construção de um parque de tancagem no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. A previsão é que as obras sejam concluídas em agosto de 2027. Os trabalhos de terraplanagem já foram iniciados no local. O empreendimento tem potencial para estimular a competitividade, ampliar a eficiência logística e reduzir custos na distribuição de combustíveis no Estado, o que futuramente pode baratear os preços dos combustíveis para os consumidores. Frequentemente, o Ceará aparece nos rankings de preços da gasolina como um dos estados mais caros do Nordeste - e até do País. Um dos fatores é justamente a logística e esse gargalo tende a ser atenuado com a nova tancagem, nos próximos anos. O terminal de tancagem terá uma capacidade inicial de armazenamento de 130 mil m³, com possibilidade de expansão para 220 mil m³, e movimentará gasolina, diesel, etanol, biocombustíveis, querosene de aviação e até petróleo bruto, dependendo da demanda. 500 empregos O Banco do Nordeste (BNB) financiará R$ 343 milhões do total do investimento. A expectativa é de que a fase de construção gere 500 empregos diretos e que a operação do terminal crie 100 postos permanentes de trabalho. eldquo;Hoje, cerca de 40% dos produtos consumidos no Ceará chegam por outros modais, principalmente o rodoviário. Com o novo terminal no Pecém, o estado passará a ser atendido integralmente por navios de grande escala, ampliando a eficiência logística, com potencial ainda de atender os estados vizinhos pelo modal ferroviárioerdquo;, destaca o CEO do Grupo Dislub Equador, Sérgio Lins. A construção do parque de tancagem reforça a estratégia de expansão pelo Nordeste da Dislub Equador, grupo pernambucano. O lançamento da Pedra Fundamental, marcado para o dia 19 de fevereiro, contará com a presença de autoridades, representantes do setor público e privado, além de parceiros estratégicos e colaboradores da companhia

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Petrobras busca ativos de petróleo na África para aumentar reservas

A Petrobras quer comprar participações em ativos de petróleo na África, principalmente em Angola, Namíbia e África do Sul, para aumentar suas reservas em meio à expectativa de queda da produção após 2030, disse Sylvia dos Anjos, diretora de exploração e produção da Petrobras, nesta quarta-feira (12). A estatal está conversando com petroleiras, incluindo suas parceiras ExxonMobil, Shell e TotalEnergies, para comprar participação em ativos africanos dessas empresas. A Petrobras espera produzir 2,8 milhões de barris por dia (bpd) em 2025 e tem planos de aumentar esse número para 3,1 milhões de bpd até 2029, afirmou dos Anjos. No mês passado, a Petrobras disse que as reservas comprovadas estimadas de petróleo, condensado e gás natural subiram para 11,4 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em 2024, acima dos 10,9 bilhões de boe em 2023. (Reuters)

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Opep prevê aumento da demanda do petróleo em 2025

A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) continua projetando um aumento da demanda do petróleo em 2025 e 2026, impulsionada pelos transportes e pelo aumento do tráfego aéreo, disse a organização em um relatório mensal publicado nesta quarta-feira (12). O consumo global de petróleo aumentará para 105,1 milhões de barris por dia (mbd) em 2025, após atingir 103,75 mbd em 2024, disse a Opep em um relatório que confirma as previsões feitas no mês passado. Essa associação de países produtores, que inclui a Venezuela, prevê um consumo global de 106,6 mbd em 2026. O crescimento será impulsionado pela "forte demanda" do tráfego aéreo e pela sólida expansão do transporte rodoviário, disse a Opep. A aliança de países exportadores de petróleo confirmou, no início de fevereiro, seu cronograma de aumento gradual de sua produção a partir de abril, após as pressões do presidente americano, Donald Trump, que busca reduzir os preços. (AFP)

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Petrobras pode lidar com petróleo mais barato sob Trump, diz Magda

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que o gigante brasileiro do petróleo pode suportar uma queda um pouco maior nos preços globais sob Donald Trump, em parte apoiando-se em seus clientes na China e na Índia. O chamado do presidente dos EUA para que os produtores americanos "perfurem, baby, perfurem" e os planos tarifários que poderiam desacelerar a economia global já ajudaram a reduzir os preços globais do petróleo em cerca de 6% desde sua posse, para aproximadamente US$ 75 (cerca de R$ 432) por barril emdash;e eles podem cair ainda mais. Mas Chambriard disse que isso não deve impactar a Petrobras, já que a empresa tem mercados estabelecidos na China e na Índia, com um plano estratégico "resiliente" a preços de petróleo abaixo dos níveis atuais. "Nosso plano estratégico de cinco anos é completamente resiliente a US$ 65", disse Chambriard, durante participação na conferência India Energy Week, em entrevista à Bloomberg TV. "Não acredito que os preços possam cair muito mais do que isso, até porque os Estados Unidos precisam sustentar a produção não convencional", acrescentou, referindo-se aos campos de xisto dos EUA. A política comercial de Trump corre o risco de ampliar a divisão entre os EUA e o chamado Sul Global liderado pelo Brics. Desde o primeiro mandato do republicano na Casa Branca, o grupo tem desafiado prioridades dos EUA, como a dominância do dólar, e buscado fortalecer laços comerciais para reduzir sua dependência do Ocidente. "Exportamos para os dois maiores países em termos de população em todo o mundo", disse Chambriard sobre China e Índia. "Então acho que, embora saibamos que podem haver mudanças nos EUA, não acreditamos que isso afetará a Petrobras." O petróleo bruto provavelmente será negociado entre US$ 70 e US$ 75 por barril sob a nova administração dos EUA, disse ela, quando questionada sobre o impulso de Trump para aumentar a produção e para preços globais mais baixos. A Petróleo Brasileiro SA, como a empresa controlada pelo Estado brasileiro é formalmente chamada, assumiu que o preço de referência global do brent teria uma média de US$ 83 por barril este ano em seu plano estratégico divulgado em novembro. Chambriard também não está preocupada que a demanda chinesa vá enfraquecer, apesar da desaceleração econômica do país, e disse que é muito cedo para determinar se as políticas de Trump realmente mudarão a dinâmica de oferta de combustíveis fósseis. O Brasil está aumentando a produção, com o objetivo de alcançar o número de 400 mil barris por dia nos próximos cinco anos, que poderiam ser vendidos a parceiros em outras grandes economias emergentes do Brics, disse ela. A Petrobras está buscando novas fronteiras de exploração, já que alguns de seus principais campos atingiram o pico e começaram a declinar. Chambriard disse que a empresa considerará oportunidades na Índia "muito seriamente", já que o país acaba de anunciar planos para oferecer 25 blocos de exploração em águas profundas e ultraprofundas. A maior aposta do produtor de petróleo para expandir a produção após 2030 no Brasil é uma nova fronteira offshore chave conhecida como Margem Equatorial. A empresa está buscando uma licença para perfurar seu primeiro poço na bacia da Foz do Amazonas, dentro dessa região, que tem uma geologia semelhante à da vizinha Guiana, onde a Exxon Mobil encontrou bilhões de barris. Chambriard disse que a Petrobras tem esperanças de obter a licença este ano após atender a todas as exigências feitas pelo Ibama. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira que quer que o petróleo seja explorado na Margem Equatorial e que a Petrobras deve receber o sinal verde para explorar a região. "Estamos muito bem preparados e o que temos lá no delta do Amazonas para conter qualquer tipo de vazamento é tão grande que ninguém no mundo colocou essa quantidade de equipamentos em um local", disse a CEO. (Bloomberg)

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Crime organizado lucra mais com combustível do que com cocaína no Brasil, diz estudo

O crime organizado no Brasil está lucrando mais com combustível e outros produtos do que com o tráfico de cocaína, uma expansão para setores econômicos formais que causa bilhões em perdas fiscais e dificulta o enfrentamento à criminalidade. Organizações criminosas faturaram cerca de R$ 146,8 bilhões com combustíveis, ouro, cigarros e bebidas em 2022, em comparação com cerca de R$ 15 bilhões com cocaína, de acordo com um novo estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública que será divulgado na quinta-feira (13). As autoridades brasileiras sabem há muito tempo que as organizações criminosas avançaram para além do tráfico de drogas e alcançaram novos mercados emdash; desde mineração de ouro na Amazônia até fintechs em São Paulo emdash; conforme buscam diversificar receitas e expandir sua influência. O estudo, no entanto, é o primeiro do gênero no Brasil a tentar documentar o escopo da atividade na economia formal e seus efeitos nos cofres públicos do país. Os grupos também geram grandes somas de dinheiro com crimes cibernéticos e roubos de celulares, resultando em cerca de R$ 186 bilhões, estimou o relatório. "O tráfico de cocaína, maconha e outras substâncias ilícitas, armas continua relevante", disse Nívio Nascimento, um dos pesquisadores, em entrevista. Mas a expansão para mercados formais "demonstra uma evolução das organizações criminosas, com uma capacidade de logística e de operação cada vez maior, se apropriando de outras economias, de outros mercados e diversificando os seus negócios". Os grupos se expandiram para setores como ouro, bebidas, cigarros e combustível, em grande parte devido à imensa demanda social por tais produtos. Mas eles também foram atraídos por penas mais leves relacionadas a contrabando, fraude, sonegação fiscal e outros crimes do que para tráfico de drogas, disse Nascimento. Segundo os pesquisadores, isso tem custado caro para o governo brasileiro, pois grupos criminosos exploram brechas institucionais e regulatórias para lavar dinheiro e esconder o que ganham ilegalmente. A venda ilícita de até 13 bilhões de litros de combustível a cada ano custa ao Brasil cerca de R$ 23 bilhões em receita anual, de acordo com o relatório. Cerca de 40% do mercado de cigarros do país é composto por produtos ilegais. E o contrabando e a falsificação de bebidas geraram perdas fiscais de R$ 72 bilhões em 2022, concluiu o relatório. A "crescente sofisticação" dos grupos também permitiu que eles exercessem ainda mais poder em partes do Brasil em que o governo tem lutado para controlar, alimentando a violência e o crime ambiental, ao mesmo tempo em que torna ainda mais difícil erradicar atividades ilegais, disse o relatório. (Bloomberg)

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