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Petróleo interrompe sequência de quatro altas; Brent fecha a US$ 82,62

O petróleo fechou em leve queda nesta sexta-feira, 14, colocando fim à sequência de quatro pregões de alta. Os contratos chegaram a subir em parte do dia, mas não sustentaram o movimento, em dia em geral de cautela nos mercados internacionais. Ainda assim, os preços ainda encerraram a semana em alta. O WTI para julho fechou com queda de 0,22% (US$ 0,17), a US$ 78,45 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto caiu 0,16% (US$ 0,13), a US$ 82,62 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). A Capital Economics escreve que nesta semana os investidores voltaram-se às falas da Agência Internacional de Energia (AIE) de que o pico da demanda por petróleo acontecerá antes de 2030, com o líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) negando esta visão. A instituição pontua, porém, que mais importante do que eldquo;quando será o pico?erdquo; é eldquo;quanto tempo ele vai durar?erdquo;, e isto sim definirá o preço da commodity no longo prazo. Em dia com poucos drivers para o setor de energia, investidores também se voltaram às perspectivas de juros nos EUA e se posicionaram para os indicadores da próxima semana. A Spartan Capital destaca que o mercado observará a leitura do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos EUA, que sai na sexta-feira, para mensurar a demanda na maior economia do mundo. Segundo o Bank of America, a manutenção dos cortes voluntários da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) criou um piso e um teto para os preços do barril do Brent, que varia entre US$ 70 e US$ 90, e os valores devem permanecer nessa faixa até que a produção volte a ser ampliada. (Estadão Conteúdo)

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Fazenda minimiza impacto do 'imposto do pecado' nos combustíveis

O secretário extraordinário para a reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, minimizou o impacto do chamado eldquo;imposto do pecadoerdquo; sobre o petróleo bruto emdash; insumo para combustíveis como gasolina e diesel. eldquo;O preço do petróleo oscila 1% todo dia, então não vamos também ficar discutindo impacto inflacionário desse efeitoerdquo;, afirmou em entrevista ao g1 e à TV Globo. Chamado de eldquo;imposto do pecadoerdquo;, o imposto seletivo vai ser uma taxa cobrada sobre alguns itens considerados prejudicais à saúde e ao meio ambiente. A intenção é desestimular o consumo. O petróleo bruto é um desses itens, conforme a reforma tributária aprovada no ano passado. Ainda não se sabe o valor do imposto, cuja alíquota deve ser definida até 2026. Mas, no caso do petróleo, o texto aprovado define que será de até 1%. As petroleiras afirmam que o imposto representa um valor relevante para a indústria, com um impacto previsto de R$ 6 bilhões por ano, considerando a alíquota cheia de 1%. A projeção é do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP). Impacto nos combustíveis O setor argumenta que esses custos vão ser repassados ao restante da cadeia, uma vez que o petróleo é um insumo para a indústria petroquímica. Contudo, é incerto se esse aumento de custo vai encarecer os combustíveis. eldquo;A questão é saber se o refinador lá na frente vai absorver esse custo ou vai repassar para o consumidorerdquo;, afirmou o presidente do IBP, Roberto Ardenghy. Segundo Appy, o impacto econômico vai ser limitado e estará localizado no produtor de petróleo. eldquo;Acho que tem mais cara de royalty do que propriamente de um tributo que afete os preços. Vai mais afetar a rentabilidade de produtores do que propriamente o preço dos produtos, com uma alíquota pequenaerdquo;, declarou o secretário. Appy destaca ainda que a decisão para tributar o petróleo foi do Congresso Nacional, que acrescentou o trecho ao texto da reforma tributária. eldquo;O impacto econômico é limitado. Se faz sentido ou não tributar com [o imposto] seletivo, é uma outra discussão. O Congresso Nacional entendeu que deveria incidir. Eu consigo entender isso como sendo uma compensação pelo impacto ambiental da extraçãoerdquo;, afirmou. Gás natural Seguindo os planos do governo de incentivar a indústria por meio do gás natural, o petróleo bruto para consumo industrial não será tributado com o imposto seletivo na reforma tributária. Contudo, as petroleiras reclamam dessa diferenciação entre o consumo industrial e o energético. No setor, conta Ardenghy, há uma dúvida sobre: se o consumo de gás natural para geração de energia pelas indústrias seria considerado como eldquo;consumo industrialerdquo; e, portanto, ficaria de fora do eldquo;imposto do pecadoerdquo;; ou seria eldquo;consumo energéticoerdquo;, com a cobrança de até 1%. Grandes consumidores industriais, como fábricas de vidro, cerâmica e aço, não usam o gás como matéria-prima, isto é, como parte integrante do produto, mas, sim, como insumo para gerar calor nos seus processos industriais. Jatinhos e aviões Em entrevista ao g1 e à TV Globo, Appy também comentou a tributação de aeronaves pelo imposto seletivo. Questionado sobre um eventual aumento de custos para as empresas aéreas, o secretário disse que a regulamentação da reforma pode diferenciar jatinhos e aviões comerciais. eldquo;Essa questão vai ser definida depois, se só vai pegar jatinho ou não, não sei. É uma questão que vai ser definida na definição da alíquotaerdquo;, declarou.

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Varejo avança 0,9% e frustra expectativas de crescimento

As vendas do varejo nacional subiram 0,9% em abril, na comparação com março, de acordo com os números divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar da comemoração do instituto liderado por Márcio Pochmann com o quarto resultado positivo consecutivo para o setor, o dado ficou muito abaixo do esperado e acende um alerta sobre o crescimento econômico do país. A mediana das estimativas colhidas pela Bloomberg para o varejo em abril apontavam para uma expansão de 1,7% na comparação mensal. Na leitura anual, a expectativa era de um avanço de 3,9%, enquanto a medição mostrou 2,2%. Com a perspectiva de manutenção da taxa básica de juros em 10,50% ao ano na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) marcada para a semana que vem, as perspectivas para o varejo ficam ainda mais desafiadoras. Além disso, a crescente descrença com o compromisso do governo no esforço pelo equilíbrio fiscal tem pressionado as perspectivas para os juros e adicionam pouca esperança por uma Selic mais baixa no curto prazo. Apesar disso, o IBGE parece manter o olhar no copo meio cheio. eldquo;Esse comportamento de quatro pontos não negativos seguidos também aconteceu no ano passado, entre junho e setembro, mas com amplitudes menores. Neste ano, o varejo veio com resultados mais expressivos e, nos últimos três meses, vem alcançando o último recorde da série com ajuste sazonal, que havia sido em outubro/novembro de 2021erdquo;, explicou Cristiano Santos, gerente da PMC (Pesquisa Mensal de Comércio), em nota à imprensa. A pesquisa registrou que, das oito atividades pesquisadas, cinco avançaram no período, com destaque para hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (14,2%), que exerceram as principais influências sobre o resultado geral. Na medida anual, seis setores registraram crescimento endash; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (18,9%), equipamentos e material para escritório informática e comunicação (16,1%), móveis e eletrodomésticos (8,0%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,6%), livros, jornais, revistas e papelaria (2,4%) e combustíveis e lubrificantes (1,8%).

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Brasil não tem interesse em desafiar o mercado de etanol, avalia CEO da Stellantis

Em evento para investidores nesta quinta-feira (13), o presidente do grupo de montadoras Stellantis, Carlos Tavares, afirmou que o Brasil não deve abrir caminho para a entrada de veículos totalmente elétricos, porque o governo local não tem interesse em desafiar o mercado de etanol, que é eldquo;competitivo em custo, tão bom em emissões quanto os elétricoserdquo; e proporciona carros mais acessíveis para a classe média. O grupo atua no país com as marcas Fiat, Chrysler, Jeep, RAM, Peugeot e Citroën. Tavares disse que o Brasil quer, inclusive, tornar a importação de veículos totalmente elétricos mais difícil. O país retoma de forma progressiva, desde o início do ano, tarifas para importação de carros elétricos, com a taxa de 35% como meta para 2026. Clique aqui para continuar a leitura.

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Em workshop, ANP debate com mercado regulado sobre solventes

A ANP realizou na quarta-feira 12/6) o Workshop de Solventes. O evento foi online, com transmissão pelo canal da Agência no YouTube, e a gravação pode ser acessada aqui. O workshop foi destinado aos agentes regulados da cadeia de solventes, entidades representativas do setor e sociedade em geral. Segundo o Diretor da ANP Daniel Maia Vieira, o objetivo é promover diálogo. eldquo;Queremos receber dos agentes de mercado um olhar sobre esse segmento, sobre como a ANP tem atuado e poderia atuarerdquo;, afirmou. O Diretor informou ainda sobre ações que a Agência tem realizado para coibir irregularidades relacionadas ao metanol. eldquo;Acreditamos que nosso trabalho de melhor qualificar a logística, o uso e a importação desse produto, buscando apurar agentes idôneos dos não idôneos, foi muito bem-sucedido. Não foi um trabalho isolado da ANP. Tivemos colaboração de muitos agentes de mercado, como produtores de biodiesel, distribuidores de solventes e importadores. Temos feito também muitas parcerias com outros órgãos públicoserdquo;, complementou. No workshop, técnicos da ANP apresentaram ao mercado as medidas que a Agência vem tomando para combater o desvio de metanol para fins não autorizados, bem como orientaram os distribuidores sobre boas práticas a serem adotadas para combater essa irregularidade. Assim, a ANP busca dar transparência às suas ações e permitir que os próprios agentes econômicos auxiliem na fiscalização do mercado.

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UFPR obtém patente para sensor de vapores de etanol e metanol na atmosfera

Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) conquistaram uma nova patente, concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), para um dispositivo inovador capaz de detectar vapores de etanol e metanol na atmosfera. Intitulado eldquo;Dispositivo sensor para vapores de etanol e metanol preparados com tintas condutoras aquosas de poli (3,4-etilenodioxitiofeno) (PEDOT), poli (estireno sulfonato) (PSS) e óxido de grafeno (GO)erdquo;, o dispositivo promete diversas aplicações industriais, especialmente na automotiva e na área da saúde. O desenvolvimento deste dispositivo foi um esforço colaborativo entre dois grupos de pesquisa da UFPR: o DiNE (Dispositivos Nanoestruturados), liderado pela professora Lucimara Stolz Roman, do Departamento de Física, e o GQM (Grupo de Química de Materiais), liderado pelo professor Aldo Jose Gorgatti Zarbin, do Departamento de Química. A equipe de inventores inclui Matheus Felipe Fagundes das Neves, doutor e pós-doutorando em Física; Leila Seleme Mariano Alves, doutora em Ciência dos Materiais e funcionária da UFPR; João Paulo Vita Damasceno, doutor em Química e pós-doutorando pela UNICAMP; e Oswaldo Donato Lourenço Junior, ex-doutorando em Ciência dos Materiais e ex-funcionário da UFPR, falecido. Desde 2013, a UFPR tem registrado várias inovações, impulsionadas pela Agência de Inovação da universidade, vinculada à Superintendência de Parcerias e Inovação (Spin). As patentes garantem aos inventores os direitos exclusivos sobre suas criações, permitindo a comercialização ou concessão de licenças em troca de royalties, com os recursos revertidos para a universidade. A professora Lucimara Stolz Roman destaca a importância da concessão da patente para o grupo de pesquisa. eldquo;Nossa missão é proteger as invenções realizadas na UFPR, visando a estabelecer parcerias mais estruturadas com a iniciativa privadaerdquo;, afirma. Os sensores desenvolvidos têm como objetivo a detecção de etanol exalado pelo corpo humano e de metanol para controle de combustíveis, demonstrando a aplicabilidade industrial do produto. Estes sensores podem ser utilizados em veículos para monitorar a qualidade do combustível ou em dispositivos médicos para detectar vapores de álcool em exalação humana, contribuindo para diagnósticos e monitoramento de saúde. Material inovador e sustentável Os dispositivos são constituídos por filmes finos de tintas condutoras à base de água, preparadas a partir de combinações de óxido de grafeno (GO), poli(3,4-etilenodioxitiofeno) (PEDOT) e poli(estireno sulfonato) (PSS). As combinações resultantes endash; PEDOT, PEDOT-GO, PEDOT-PSS ou PEDOT-PSS-GO endash; foram depositadas por gotejamento (drop casting) sobre eletrodos interdigitados, uma técnica desenvolvida pelos laboratórios da UFPR. Essa técnica de deposição permite a formação de filmes finos uniformes, essenciais para a sensibilidade e precisão dos sensores. Matheus Neves, um dos inventores, explica que o óxido de grafeno e o PEDOT são sintetizados quimicamente nos laboratórios da UFPR, utilizando materiais ecológicos e água como solvente, enquanto o PEDOT-PSS é um material comercial com custo relativamente alto. eldquo;O desenvolvimento dessas tintas sem PSS em larga escala ajuda a reduzir o custo do produto, mantendo suas propriedades elétricaserdquo;, acrescenta Neves. A adição de GO melhora a organização das cadeias poliméricas, aumentando a eficiência, estabilidade e condutividade elétrica. Eficiência e Sustentabilidade A síntese da tinta de PEDOT, que dispensa o uso de solventes perigosos e aditivos, resulta em um produto mais ecológico. O GO, derivado de grafite cristalina, melhora significativamente a condutividade elétrica e a eficiência dos sensores, que respondem rapidamente à exposição aos vapores e podem ser reutilizados por longos períodos. Os sensores desenvolvidos são orgânicos, oferecendo ganhos de eficiência energética em comparação com sensores inorgânicos comerciais que operam em altas temperaturas e consomem muita energia. Sensores comerciais frequentemente utilizam semicondutores inorgânicos como MoO3, WO3, TiO2, SnO2 e ZnO, que se degradam rapidamente. Em contraste, os sensores orgânicos da UFPR são produzidos de maneira simples e com baixo custo, representando uma alternativa mais sustentável. Benefícios e impacto Os sensores desenvolvidos pela UFPR possuem uma série de vantagens que os tornam altamente competitivos no mercado. Primeiramente, a técnica de produção utilizando tintas condutoras aquosas é ambientalmente amigável, pois evita o uso de solventes tóxicos. Além disso, a combinação de materiais como PEDOT e GO resulta em sensores com alta sensibilidade e rápida resposta aos vapores de etanol e metanol. A aplicação destes sensores pode se estender a diversas indústrias, incluindo a automotiva, onde podem ser utilizados para monitorar a qualidade do combustível e detectar adulterações, garantindo maior eficiência e segurança dos veículos. Na área da saúde, os sensores podem ser empregados em dispositivos para monitoramento da respiração e diagnóstico de doenças relacionadas ao consumo de álcool. Os ganhos em eficiência energética dos sensores orgânicos também representam um avanço significativo. Ao contrário dos sensores inorgânicos que operam a altas temperaturas e consomem muita energia, os sensores desenvolvidos na UFPR funcionam a temperaturas ambientes, o que reduz o consumo energético e aumenta a vida útil do dispositivo.

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