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Lula critica empresários e cobra contrapartidas por desoneração da folha

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta quinta-feira (18), os empresários que defendem a desoneração da folha de pagamento e cobrou contrapartidas dos donos de empresas. As declarações foram dadas durante discurso na refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, na região metropolitana do Recife. As obras do empreendimento pivô da Operação Lava Jato foram retomadas. "Esse país não pode ficar subordinado à pequenez de umas pessoas que agora estão brigando para que a gente faça desoneração das horas extras, da folha de salário, deixar de pagar imposto na folha de salário. Por acaso os empresários que fazem essa proposta estão fazendo para nós uma contrapartida?", questionou Lula. "Se eles querem fazer desoneração, por que não garantem estabilidade para os trabalhadores durante todo o período? Por que não garante uma parte do que vai lucrar para distribuir em forma de salário para os trabalhadores?", perguntou o petista. Em dezembro, o Congresso derrubou um veto do chefe do Executivo à proposta e manteve a prorrogação da medida, aprovada anteriormente pelos próprios parlamentares até o final de 2027. Em reação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviou uma medida provisória ao Congresso, propondo a reoneração gradual da folha e a consequente revogação da lei promulgada após a derrubada do veto. A medida, anunciada por Haddad em 28 de dezembro de 2023, vale a partir de 1º de abril. A ideia do Ministério da Fazenda é levar em consideração a principal atividade que as empresas desempenham por meio da Cnae (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Conforme avaliação feita pela SPE (Secretaria de Política Econômica), serão dois grandes grupos. Um grupo de 17 atividades passaria a pagar alíquota de 10% sobre a faixa de um salário mínimo dos funcionários, e 20% sobre o que exceder essa faixa. Para outras 25 atividades, a contribuição patronal seria de 15% sobre a faixa de até um salário mínimo e 20% sobre o valor de salário que exceder essa faixa. O benefício da desoneração da folha foi criado em 2011, no governo Dilma Rousseff (PT), e prorrogado sucessivas vezes. A medida permite o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de salários para a Previdência. A desoneração vale para 17 setores da economia. Entre eles está o de comunicação, no qual se insere o Grupo Folha, empresa que edita a Folha. Também são contemplados os segmentos de calçados, call center, confecção e vestuário, construção civil, empresas de construção e obras de infraestrutura, entre outros. Parlamentares, por sua vez, demonstram resistência ao plano de Haddad desde o anúncio. No final do ano passado, o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que via a MP com "estranheza", e que conversaria com líderes partidários da Câmara e do Senado antes de decidir sobre uma possível devolução. MANCOMUNAÇÃO DE JUÍZES, PROCURADORES E ESTADOS UNIDOS Ainda em Ipojuca, Lula também afirmou, em referência à Lava Jato, ainda que sem mencioná-la explicitamente, que tudo que aconteceu no Brasil foi uma mancomunação de alguns juízes e procuradores brasileiros "subordinado ao departamento de Justiça dos Estados Unidos que queriam e nunca aceitaram o Brasil ter uma empresa como a Petrobras". "Tudo o que aconteceu neste país foi uma mancomunação entre alguns juízes desse país, alguns procuradores desse país, subordinado ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos que queriam e nunca aceitaram o Brasil ter uma empresa como a Petrobras". "Eles não queriam que a gente tivesse a Petrobras em 1953", afirmou logo após a fala sobre os estadunidenses. Lula também afirmou, no discurso, que o Brasil tem "uma elite com complexo de vira-lata, subordinada aos interesses dos outros e com pouco interesse nesse país". A refinaria foi um dos símbolos do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato e teve peso importante no maior prejuízo já registrado pela estatal, em 2014, fruto de baixas contábeis em investimentos que não tinham viabilidade econômica. "Somente cinco anos depois [de deixar a Presidência] começou o processo de denúncia contra a Petrobras, que, na verdade, não era contra a Petrobras, se quiser apurar corrupção, apura-se. O que não pode punir é a soberania do país e da sua empresa mais importante que é a Petrobras", afirmou Lula. O empreendimento, lançado em 2005 em parceria com a estatal venezuelana PDVSA, sob o governo de Hugo Chávez, não foi completamente terminado e, segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), já gerou perdas de aproximadamente R$ 15,5 bilhões, operando com menos da metade da capacidade projetada. A refinaria foi lançada em 2005 por Lula ao lado do então líder da Venezuela, Hugo Chávez, que morreu em 2013. Nesta quinta, Lula admitiu que a Venezuela não participou das obras, previstas para acontecerem em conjunto. O petista afirmou que o aliado "nunca colocou um centavo" na refinaria. A intenção inicial, em 2005, era fazer uma parceria bilateral com o refino dos petróleos do Brasil e da Venezuela. Entretanto, houve um entrave entre a Petrobras e a PDVSA, estatal de petróleo venezuelana. O projeto de expansão do chamado trem 2 da refinaria acrescenta capacidade de refino de 150 mil barris de petróleo, com a produção de 300 milhões de litros de diesel ao ano. Ele foi aprovado ainda no governo Jair Bolsonaro (PL), após dificuldade na venda do ativo por não estar concluído. Lula chama privatização da Eletrobras de e#39;escárnioe#39; Mais cedo, em uma cerimônia de lançamento do Parque Tecnológico Aeroespacial em Salvador, Lula faz críticas à privatização da Eletrobras e a classificou como "um escárnio". "Este país já poderia estar consagrado como a quinta economia do mundo há muito tempo. Mas há muita gente nesse país que teima em retroceder. A privatização da Eletrobras, por exemplo. A privatização da Eletrobras, as pessoas não gostam que se fale, mas foi um escárnio neste país o que se fez num setor estratégico como o setor de energia."

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Petróleo fecha em alta, com surpresa nos estoques dos EUA e tensões no Oriente Médio

O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira, 18, de olho em sinais de aperto nas dinâmicas de oferta e demanda, com queda nos estoques norte-americanos e tensões no Oriente Médio. Na Nymex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março teve alta de 2,02% (US$ 1,47), a US$ 73,95 o barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para igual mês subiu 1,56% (US$ 1,22), a US$ 79,10 o barril. Nesta quinta-feira, os EUA informaram recuo bem maior do que o esperado nos seus estoques de petróleo na semana, sugerindo um fortalecimento da demanda. Os dados deram algum impulso aos preços da commodity, que já operavam em alta. Além dos inventários norte-americanos, o Spartan Capital Securities citou baixas temperaturas (que tendem a aumentar o consumo de energia) e eldquo;fatores geopolíticoserdquo; como drivers para a valorização nesta quinta. Nesta quinta, a Força Aérea paquistanesa lançou um ataque aéreo no Irã, em retaliação à ofensiva iraniana que deixou duas crianças mortas no Paquistão. eldquo;Com os EUA realizando novos ataques contra alvos Houthis no Iêmen, crescem as preocupações de que a agitação na região possa se alastrar ainda mais, à medida que surgem pontos isolados de conflito por toda a regiãoerdquo;, comentou a CMC Markets em nota. Ademais, o Tesouro dos Estados Unidos sancionou uma empresa de navegação sediada nos Emirados Árabes Unidos por supostamente contornar o teto de preços sobre o petróleo russo, imposto pelo G7 como parte das punições pela guerra na Ucrânia. (Estadão Conteúdo)

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O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira, 18, de olho em sinais de aperto nas dinâmicas de oferta e demanda, com queda nos estoques norte-americanos e tensões no Oriente Médio. Na Nymex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março teve alta de 2,02% (US$ 1,47), a US$ 73,95 o barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para igual mês subiu 1,56% (US$ 1,22), a US$ 79,10 o barril. Nesta quinta-feira, os EUA informaram recuo bem maior do que o esperado nos seus estoques de petróleo na semana, sugerindo um fortalecimento da demanda. Os dados deram algum impulso aos preços da commodity, que já operavam em alta. Além dos inventários norte-americanos, o Spartan Capital Securities citou baixas temperaturas (que tendem a aumentar o consumo de energia) e eldquo;fatores geopolíticoserdquo; como drivers para a valorização nesta quinta. Nesta quinta, a Força Aérea paquistanesa lançou um ataque aéreo no Irã, em retaliação à ofensiva iraniana que deixou duas crianças mortas no Paquistão. eldquo;Com os EUA realizando novos ataques contra alvos Houthis no Iêmen, crescem as preocupações de que a agitação na região possa se alastrar ainda mais, à medida que surgem pontos isolados de conflito por toda a regiãoerdquo;, comentou a CMC Markets em nota. Ademais, o Tesouro dos Estados Unidos sancionou uma empresa de navegação sediada nos Emirados Árabes Unidos por supostamente contornar o teto de preços sobre o petróleo russo, imposto pelo G7 como parte das punições pela guerra na Ucrânia. (Estadão Conteúdo)

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3R Petroleum aumenta preço dos combustíveis; diferença para Petrobras chega a R$0,30

A empresa 3R Petroleum, que opera na Refinaria Clara Camarão, em Guamaré, atualizou a tabela de preços dos combustíveis nesta quinta-feira (18) e registrou aumento nos valores da comercialização da Gasolina A e Diesel A S500. O preço da Gasolina A saltou de R$2,85 e chegou a R$3,00, representando um aumento de R$0,15. Enquanto isso, o Diesel A S500 saiu de R$3,50 para R$3,59, ou seja, um acréscimo de R$0,09. O comparativo é realizado a partir dos valores comercializados no dia 11 de janeiro. Enquanto isso, na refinaria da Petrobras mais próxima do Rio Grande do Norte, localizada em Cabedelo, na Paraíba, a última atualização da tabelas de preços apresenta a comercialização do Diesel por R$3,30 e da Gasolina por R$2,70. A diferença de valores entre as empresas é de R$0,29 para o Diesel e de R$0,30 para a Gasolina.

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3R Petroleum aumenta preço dos combustíveis; diferença para Petrobras chega a R$0,30

A empresa 3R Petroleum, que opera na Refinaria Clara Camarão, em Guamaré, atualizou a tabela de preços dos combustíveis nesta quinta-feira (18) e registrou aumento nos valores da comercialização da Gasolina A e Diesel A S500. O preço da Gasolina A saltou de R$2,85 e chegou a R$3,00, representando um aumento de R$0,15. Enquanto isso, o Diesel A S500 saiu de R$3,50 para R$3,59, ou seja, um acréscimo de R$0,09. O comparativo é realizado a partir dos valores comercializados no dia 11 de janeiro. Enquanto isso, na refinaria da Petrobras mais próxima do Rio Grande do Norte, localizada em Cabedelo, na Paraíba, a última atualização da tabelas de preços apresenta a comercialização do Diesel por R$3,30 e da Gasolina por R$2,70. A diferença de valores entre as empresas é de R$0,29 para o Diesel e de R$0,30 para a Gasolina.

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Governo quer 30% de etanol na gasolina até 2030; quanto é necessário investir?

Em setembro do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou o Projeto de Lei do Combustível do Futuro. Um de seus principais objetivos é a elevação da mistura de etanol na gasolina para 30% até 2030. A ideia do governo federal é avançar na transição energética, uma das principais pautas defendidas por Lula, neste que é o seu terceiro mandato como chefe do Executivo. A proposta também institui o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV), que obriga os operadores aéreos a reduzir as emissões de dióxido de carbono entre 1% a partir de 2027, alcançando redução de 10% em 2037. O texto também cria o Programa Nacional do Diesel Verde (PNDV), que integra o esforço para a transição energética e para a redução da dependência externa de diesel derivado de petróleo por meio da incorporação gradativa do diesel verde à matriz de combustíveis do País. Quanto é necessário investir em etanol? De acordo com a StoneX, pelo nível de consumo esperado para gasolina em 2024, o aumento da mistura de anidro de 27% para 30% demandaria cerca de 1 bilhão de litros adicionais do biocombustível. eldquo;Pensando no longo prazo, até 2030, não temos um cálculo exato da quantidade de anidro que vai ser demandada, até porque isso vai depender tanto de fatores macro, que vão determinar a demanda por Ciclo Otto, quanto dos preços de gasolina e etanol, que determinam a paridade nas bombas e share do hidratado no consumoerdquo;, explica Marcelo Di Bonifácio, analista de açúcar e etanol. Mesmo que em 2030, essa demanda adicional seja bem maior que 1 bilhão de litros adicionais, chegando a 2 bilhões ou 3 bilhões de litros, o setor já possui capacidade de produzir esse volume de anidro hoje. eldquo;Considerando os investimentos já sendo realizados, principalmente na destilação do álcool a partir do milho, a proposta de mudança da mistura já deve considerar o fator capacidade de produção. Estamos falando, até 2030, de uma produção de etanol de milho que deve sair de 7 bilhões de litros em 2024 para 10 bilhões de litros em 2030eamp;Prime;, completa. De acordo com os cálculos de Arnaldo Jardim, relator do PL do Combustível do Futuro, será necessário investimento de R$ 200 bilhões.

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