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Tesla planeja iniciar fabricação de novo veículo elétrico até o fim de 2025, diz agência

A Tesla disse a fornecedores que deseja iniciar a produção de um novo veículo elétrico para o mercado de massa com o codinome "Redwood" em meados de 2025, de acordo com quatro pessoas familiarizadas com o assunto, sendo que duas delas descreveram o modelo como um crossover compacto. O presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, há muito tempo despertou o apetite dos fãs e investidores por veículos elétricos acessíveis e robotáxis autônomos que deverão ser fabricados em plataformas de carros elétricos mais baratos e de próxima geração. Esses modelos, incluindo um carro básico de US$ 25 mil (cerca de R$ 125 mil), permitiriam competir com carros mais baratos movidos a gasolina e com um número crescente de veículos elétricos baratos, como os fabricados pela chinesa BYD. A BYD ultrapassou a Tesla como maior fabricante mundial de veículos elétricos no último trimestre de 2023. Musk havia prometido inicialmente construir um carro de US$ 25 mil em 2020, um plano que mais tarde ele arquivou e agora foi retomado. A oferta mais barata da Tesla, o sedã Model 3, tem preço inicial de US$ 38.990 atualmente nos Estados Unidos. No ano passado, Musk disse que estava preocupado com o impacto das altas taxas de juros na demanda do consumidor por itens caros, como carros. A Tesla enviou "solicitações de cotações", ou convites para licitações para o modelo "Redwood", a fornecedores no ano passado, e previu um volume de produção semanal de 10.000 veículos, disseram duas das fontes. A produção começaria em junho de 2025, disseram três das fontes. A Tesla não respondeu a um pedido de comentário. A montadora tem um histórico de não cumprir suas metas de lançamentos e preços, e levaria tempo para aumentar o volume. A produção do Cybertruck, por exemplo, foi atrasada e demorou para acelerar e seu preço inicial de US$ 60.990 nos EUA é 50% superior ao anunciado por Musk em 2019. "Eles têm sido excessivamente otimistas na maioria dos lançamentos de novos produtos. É mais provável que a produção em volume comece em 2026", disse uma das fontes. Musk afirmou que o modelo acessível seria inicialmente construído na fábrica da Tesla no estado norte-americano do Texas. Mas obter lucro com os EVs mais baratos será um desafio, dados os custos das baterias, bem como as dificuldades tradicionais na produção de veículos baratos e de qualidade. Nos últimos anos, a Tesla desmontou um Honda Civic, cujo preço começa em US$ 23,95 mil nos EUA, para estudar como fabricar carros mais baratos, disseram duas fontes distintas. A arquitetura Tesla de próxima geração, chamada internamente de "NV9X", incluirá dois ou mais modelos, disseram três fontes. A Tesla também planeja construir carros mais baratos em sua fábrica perto de Berlim e está interessada em construir uma planta na Índia para produzir carros elétricos mais baratos, disseram fontes anteriormente. A montadora de EVs também possui fábricas em Xangai, na China, e em Fremont, na Califórnia, nos EUA. (Reuters)

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Projeto prevê autorização para empresa com sede no País produzir combustível com lixo

O Projeto de Lei 2799/23 permite que qualquer empresa regularmente registrada no País solicite autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para desenvolver novas tecnologias para combustíveis a partir de resíduos sólidos. O texto está sendo analisado pela Câmara dos Deputados. Atualmente, a legislação (Lei 14.134/21) estabelece que gases não enquadrados na definição de gás natural, mas com características semelhantes a ele, podem receber tratamento legal equivalente, desde que atendam às especificações da ANP. No entanto, o autor do projeto, deputado Zé Trovão (PL-SC), argumenta que nem a Portaria Interministerial 274 nem o Decreto 10.117/19 dão conta de regulamentar a aplicação de novas tecnologias à produção de combustíveis a partir de resíduos sólidos. Enquanto a Portaria 274 disciplina a recuperação energética dos resíduos sólidos urbanos no Brasil, o decreto define regras para a qualificação de projetos dessa natureza no Programa de Parcerias de Investimentos. eldquo;Entendemos ser imprescindível que a legislação ofereça acolhimento a essas novas modalidades produtivas. Por se tratarem de atividades de elevado grau de regulação, a mera omissão legal pode ser suficiente para sufocar o desenvolvimento dessas novas tecnologias, inviabilizando projetos que poderiam revolucionar o aproveitamento de resíduos sólidos da forma como conhecemos na atualidadeerdquo;, diz o deputado. Tramitação A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Minas e Energia; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Projeto prevê autorização para empresa com sede no País produzir combustível com lixo

O Projeto de Lei 2799/23 permite que qualquer empresa regularmente registrada no País solicite autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para desenvolver novas tecnologias para combustíveis a partir de resíduos sólidos. O texto está sendo analisado pela Câmara dos Deputados. Atualmente, a legislação (Lei 14.134/21) estabelece que gases não enquadrados na definição de gás natural, mas com características semelhantes a ele, podem receber tratamento legal equivalente, desde que atendam às especificações da ANP. No entanto, o autor do projeto, deputado Zé Trovão (PL-SC), argumenta que nem a Portaria Interministerial 274 nem o Decreto 10.117/19 dão conta de regulamentar a aplicação de novas tecnologias à produção de combustíveis a partir de resíduos sólidos. Enquanto a Portaria 274 disciplina a recuperação energética dos resíduos sólidos urbanos no Brasil, o decreto define regras para a qualificação de projetos dessa natureza no Programa de Parcerias de Investimentos. eldquo;Entendemos ser imprescindível que a legislação ofereça acolhimento a essas novas modalidades produtivas. Por se tratarem de atividades de elevado grau de regulação, a mera omissão legal pode ser suficiente para sufocar o desenvolvimento dessas novas tecnologias, inviabilizando projetos que poderiam revolucionar o aproveitamento de resíduos sólidos da forma como conhecemos na atualidadeerdquo;, diz o deputado. Tramitação A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Minas e Energia; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Agência Câmara de Notícias

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Problema sanado no Brasil faz franceses desistirem do etanol como combustível

Nos últimos anos, o E85 (etanol misturado com 15% de gasolina) surgiu como uma das melhores alternativas ao aumento dos preços dos combustíveis mais tradicionais, como o diesel ou a gasolina com maior octanagem na França. Dependendo da compatibilidade do seu veículo, bastava ir a uma oficina que instalasse um kit de conversão no seu motor para que ele pudesse aceitar o novo combustível. Essa solução abriu as portas para a economia, graças à diferença de preço em relação a outros combustíveis quando você ia à bomba. Em uma distância de 13.000 km, os motoristas poderiam economizar até 530 euros (R$ 2,8 mil). Em 2023, os preços do diesel e da gasolina estavam se aproximando de 2 euros por litro, enquanto o E85 ainda estava abaixo da marca simbólica de 1 euro. No entanto, após um ano recorde em 2022 (quando cerca de 85.000 kits de conversão foram vendidos), parece que o apelo do etanol combustível teria caído drasticamente em 2023. De acordo com a revista Enquêtes de#39;Actu, as vendas desses kits 3 menores que em 2022, como confirmou Aubin Desoteux-Gilson, especialista em combustível da SNPAA (sindicato francês dos produtores de álcool agrícola):"Sem ter os dados consolidados, sentimos uma queda no início de 2023. Então, por que essa queda quando o preço dos chamados combustíveis "tradicionais" ainda é alto? Depois de uma verdadeira moda em 2022, que dificultou até mesmo a marcação de um horário em uma oficina para instalar um kit de conversão para E85 nos carros, parece que muitos motoristas encontraram problemas com o uso diário desse combustível. Uma grande parte dos motoristas encontra problemas com a ignição de seus veículos. Devido às suas características físicas e químicas, o E85 pode ter dificuldade para dar partida no motor quando frio: o combustível não vaporiza o suficiente em temperaturas baixas para criar uma mistura capaz de se inflamar com a faísca da vela de ignição. Hoje, o Motor1.com França está relatando motoristas retornando às suas oficinas para remover a adaptação que os fez compatíveis com o E85. Então ficou a pergunta: é apenas uma fase ruim ou os motoristas estão realmente perdendo o interesse no combustível vegetal? Vale lembrar que os problemas de partida a frio com etanol são combatidos desde o começo de seu uso em larga escala no Brasil, ainda na década de 1970. Na época, usava-se injetores de gasolina manuais para ajudar na partida, que depois foram substituídos por injetores automáticos nos anos 2000. Nos últimos 15 anos por aqui, o uso de pré-aquecimento do etanol tem resolvido a questão dos carros flex usando o combustível vegetal. Os carros franceses, porém, são adaptados e não possuem tais soluções e a mistura de 15% de gasolina para formar o E85 parece não sanar a questão por lá.

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Problema sanado no Brasil faz franceses desistirem do etanol como combustível

Nos últimos anos, o E85 (etanol misturado com 15% de gasolina) surgiu como uma das melhores alternativas ao aumento dos preços dos combustíveis mais tradicionais, como o diesel ou a gasolina com maior octanagem na França. Dependendo da compatibilidade do seu veículo, bastava ir a uma oficina que instalasse um kit de conversão no seu motor para que ele pudesse aceitar o novo combustível. Essa solução abriu as portas para a economia, graças à diferença de preço em relação a outros combustíveis quando você ia à bomba. Em uma distância de 13.000 km, os motoristas poderiam economizar até 530 euros (R$ 2,8 mil). Em 2023, os preços do diesel e da gasolina estavam se aproximando de 2 euros por litro, enquanto o E85 ainda estava abaixo da marca simbólica de 1 euro. No entanto, após um ano recorde em 2022 (quando cerca de 85.000 kits de conversão foram vendidos), parece que o apelo do etanol combustível teria caído drasticamente em 2023. De acordo com a revista Enquêtes de#39;Actu, as vendas desses kits 3 menores que em 2022, como confirmou Aubin Desoteux-Gilson, especialista em combustível da SNPAA (sindicato francês dos produtores de álcool agrícola):"Sem ter os dados consolidados, sentimos uma queda no início de 2023. Então, por que essa queda quando o preço dos chamados combustíveis "tradicionais" ainda é alto? Depois de uma verdadeira moda em 2022, que dificultou até mesmo a marcação de um horário em uma oficina para instalar um kit de conversão para E85 nos carros, parece que muitos motoristas encontraram problemas com o uso diário desse combustível. Uma grande parte dos motoristas encontra problemas com a ignição de seus veículos. Devido às suas características físicas e químicas, o E85 pode ter dificuldade para dar partida no motor quando frio: o combustível não vaporiza o suficiente em temperaturas baixas para criar uma mistura capaz de se inflamar com a faísca da vela de ignição. Hoje, o Motor1.com França está relatando motoristas retornando às suas oficinas para remover a adaptação que os fez compatíveis com o E85. Então ficou a pergunta: é apenas uma fase ruim ou os motoristas estão realmente perdendo o interesse no combustível vegetal? Vale lembrar que os problemas de partida a frio com etanol são combatidos desde o começo de seu uso em larga escala no Brasil, ainda na década de 1970. Na época, usava-se injetores de gasolina manuais para ajudar na partida, que depois foram substituídos por injetores automáticos nos anos 2000. Nos últimos 15 anos por aqui, o uso de pré-aquecimento do etanol tem resolvido a questão dos carros flex usando o combustível vegetal. Os carros franceses, porém, são adaptados e não possuem tais soluções e a mistura de 15% de gasolina para formar o E85 parece não sanar a questão por lá.

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Pesquisa mostra que 92% do etanol vem de novas áreas de cana-de-açúcar no Brasil

De acordo com dados do DATAGRO, a produção mundial de etanol cresceu 3,6% em 2021. O Brasil, atualmente, é o segundo maior produtor deste combustível, que por gerar menos emissão de gases poluentes na atmosfera, rivaliza com os carros elétricos na disputa por um automóvel que seja mais sustentável. Ao tentar entender quão eldquo;verdeerdquo; realmente é o etanol, uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) utilizou monitoramento por satélite para criar um modelo econômico, fundamentado em dados, capaz de analisar o uso da terra destinado às atividades agrícolas de cana-de açúcar. No que diz respeito ao uso da terra, Marcelo Santersquo;Anna, pesquisador da EPGE Escola Brasileira de Economia e Finanças (FGV EPGE), explica que há duas formas de aumentar a produção da cana-de-açúcar: a primeira é replantar com mais frequência, e a segunda é amplificar essa plantação em novas áreas. eldquo;Nosso estudo constatou que ao aumentarmos a produção no Brasil, apenas 8% do novo etanol é proveniente da cana-de açúcar oriunda de uma maior intensificação do processo de replantio. Os outros 92% vêm de novas áreaserdquo;, introduziu o professor. À frente do projeto, Santersquo;Anna contextualiza que a demanda por combustíveis vem aumentando nos últimos anos, assim como a necessidade de reduzir os danos ao meio ambiente. eldquo;Neste cenário, já existem inúmeras pesquisas que analisam o ciclo do carbono e as emissões líquidas no processo de produzir etanol. Porém, o que este estudo propôs foi chamar atenção para as consequências relacionadas ao uso da terra, uma vez que a expansão da cana-de-açúcar para produzir o biocombustível vai ser expandida em áreas que podem ser utilizadas para outro tipo de produçãoerdquo;. Santersquo;Anna ressalta que essas plantações que ultrapassam a margem de suas áreas podem adentrar em matas e florestas ao redor do país, além de também tomar o espaço de outras culturas agrícolas, como plantação de soja e diversos alimentos. eldquo;Nesta pesquisa identificamos que 20% dessas novas áreas eram em sua origem florestas, o que implica um desmatamento para produzir a planta que origina o biocombustível. Outros 70% correspondem a áreas que eram ou de pastagem ou de outras culturas, como milho, trigo, etc.erdquo;. O modelo criado permite analisar para onde estão sendo expandidas essas novas áreas e o que ocorre com outras culturas além da cana. eldquo;Atualmente é mais barato expandir novas áreas do que intensificar o replantio das que já existem. Como a maior parte da expansão da produção se dá em novas áreas, é fundamental entender os determinantes desse processo para se formular políticas públicaserdquo;, pontuou Santersquo;Anna. Tecnologia e estatística Para ajustar este modelo econômico o estudo utilizou imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que mapeou todas as áreas de cultura de cana-de-açúcar no Brasil, com mais de 1 milhão de pontos no mapa, que foram acompanhados por mais de 10 anos. Os dados monitoram não somente o plantio em novas terras, mas também replantio em áreas de cultivo existentes. eldquo;Este estudo provê referências para a discussão sobre quão verde é realmente a cana-de-açúcar em emissões de carbono. Se olharmos como esse aumento de produção ocorre ao longo da curva de oferta, podemos entender melhor os impactos de políticas de promoção do etanol. Por se tratar de uma planta semi perene, a cana-de-açúcar quando plantada vai gerar um rendimento menor anualmente, até se chegar ao ponto de precisar ser replantada. Existe um canal, portanto, através deste processo de replantio que permite aumentar o rendimento. Porém, o que verificamos é que, apesar de presente, esse mecanismo de intensificação é muito menos relevante do que a expansão para novas áreas de culturaerdquo;, complementa o pesquisador. Através desse novo modelo dinâmico ajustado para os dados brasileiros, ele acredita ser possível realizar experimentos em políticas públicas ao investigar como se dá o aumento da produção de cana-de-açúcar. eldquo;Se a produção de etanol estiver vindo de novas áreas de plantação de cana-de-açúcar acende-se um alerta para as questões ambientais, ou para uma possível interferência na produção de outras commodities agrícolaserdquo;. Santersquo;Anna aponta que o cenário precisa de um olhar mais cuidadoso, pois responder à pergunta eldquo;quão verde é a cana-de-açúcarerdquo; depende fundamentalmente do que ocorre com as áreas utilizadas para produção desta planta. eldquo;Nosso papel não é dizer se o etanol é bom ou ruim, mas sim, entender todo o ciclo de produção e o real impacto deste combustível que é considerado verdeerdquo;, concluiu o pesquisador. (FGV)

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