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Refinaria da Petrobras que receberá investimento bilionário tem acidente com quatro feridos

Um acidente ocorrido durante a manutenção de um tanque de petróleo na refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca (PE), feriu quatro trabalhadores nesta quinta-feira, 25, segundo a Petrobras. A equipe foi atendida na unidade e encaminhada para avaliação médica externa, segundo a estatal. O acidente ocorre uma semana depois do anúncio da retomada das obras de ampliação da unidade. A iniciativa foi oficialmente anunciada pela Petrobras em cerimônia na presença do presidente da empresa, Jean Paul Prates, e do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A ampliação, prevista para terminar em 2028, deve consumir entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões em investimentos e elevar a capacidade de processamento da refinaria de 100 mil barris de petróleo por dia para 260 mil barris por dia. A companhia negou nesta quinta que tenha havido uma explosão no local. Em nota, menciona eldquo;fagulhamento seguido de chama rapidamente controladaerdquo;. As unidades de produção da refinaria, informou, operam normalmente, eldquo;sem outros impactoserdquo;. Pessoas com conhecimento interno do funcionamento da empresa disseram ao Estadão/Broadcast que o tanque em questão foi liberado para manutenção, mas, no momento da abertura pelos funcionários, houve um eldquo;escapeerdquo; de calor com chamas. eldquo;As equipes internas da refinaria foram acionadas e atuaram para controle da ocorrência. As causas serão investigadaserdquo;, informou a Petrobras. Procurada, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou que vai integrar a comissão de investigação do acidente com o Sindipetro Pernambuco-Paraíba e técnicos da estatal. A refinaria, cuja construção foi inaugurada há 18 anos com a presença dos então presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez (Venezuela), tornou-se um dos símbolos das investigações da Operação Lava Jato no escândalo do eldquo;petrolãoerdquo;, esquema de desvio de recursos da estatal durante as gestões petistas. O projeto foi pensado em parceria com a estatal venezuelana PDVSA. Sua construção se arrastou de 2005 a 2014, com um atraso de três anos para o início da operação parcial, antes previsto para 2011. Com um custo inicial de R$ 7,5 bilhões, as obras do empreendimento, que deveria ser o início da independência para o refino de petróleo brasileiro, consumiram quase R$ 60 bilhões.

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Vendas de etanol hidratado pelas usinas saltaram 93% na 1ª quinzena de janeiro

As vendas de etanol pelas usinas do Centro-Sul totalizaram 1,36 bilhão de litros na primeira quinzena de janeiro, aumento de 49,33% no comparativo anual impulsionado pelo desempenho do biocombustível hidratado, cuja comercialização saltou 93% no período para 851,68 milhões de litros. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (25/01) pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). O volume comercializado de etanol anidro também ficou positivo, com alta de 8,47% no intervalo avaliado, em 510,94 milhões de litros. Considerando somente o mercado doméstico, as vendas do biocombustível chegaram a 796,17 milhões de litros, forte avanço de 83,46% em relação ao início de janeiro do ano passado. "Apesar deste crescimento, as saídas em relação a segunda metade de dezembro indicaram queda de 9,5%", pontuou a Unica. "O menor ritmo observado era esperado em virtude do efeito sazonal negativo no consumo de combustíveis leves pelo qual tradicionalmente o mês de janeiro é caracterizado", acrescentou em nota. A comercialização de etanol anidro, por sua vez, foi de 478,53 milhões de litros no mercado interno, aumento de 5,49% em base anual. Em relação ao preço, a Unica destacou que o etanol hidratado segue ainda competitivo nas bombas em grande parte do território nacional. Dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que a relação de preços entre o hidratado e a gasolina, na última semana de 14/01 até 20/01, uma paridade de 61,3% e um diferencial de R$ 2,16 por litro. "Essa elevada competitividade registrada nos últimos meses foi ratificada nos dados preliminares de consumo de combustíveis publicados pela ANP nesta semana", disse a Unica. O volume consumido de etanol hidratado totalizou 1,88 bilhão de litros no País, e resultou em uma participação do hidratado de 24,2% no total consumido de combustíveis pela frota veículos leves endash; maior índice nos últimos 21 meses. No acumulado da safra 2023/24, a comercialização de etanol soma 25,31 bilhões de litros, crescimento de 8,25%. O hidratado representa 15,22 bilhões de litros (+13,41%), enquanto o anidro atingiu 10,09 bilhões (+1,31%). Produção Ainda de acordo com o levantamento da Unica, na primeira quinzena de janeiro, 338,22 milhões de litros (+62,41%) de etanol foram fabricados pelas usinas do Centro-Sul. Do volume total, o hidratado alcançou 214,23 milhões de litros (+121,62%), enquanto a produção de anidro atingiu 123,99 milhões de litros (+11,12%).

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Vendas de etanol hidratado pelas usinas saltaram 93% na 1ª quinzena de janeiro

As vendas de etanol pelas usinas do Centro-Sul totalizaram 1,36 bilhão de litros na primeira quinzena de janeiro, aumento de 49,33% no comparativo anual impulsionado pelo desempenho do biocombustível hidratado, cuja comercialização saltou 93% no período para 851,68 milhões de litros. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (25/01) pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). O volume comercializado de etanol anidro também ficou positivo, com alta de 8,47% no intervalo avaliado, em 510,94 milhões de litros. Considerando somente o mercado doméstico, as vendas do biocombustível chegaram a 796,17 milhões de litros, forte avanço de 83,46% em relação ao início de janeiro do ano passado. "Apesar deste crescimento, as saídas em relação a segunda metade de dezembro indicaram queda de 9,5%", pontuou a Unica. "O menor ritmo observado era esperado em virtude do efeito sazonal negativo no consumo de combustíveis leves pelo qual tradicionalmente o mês de janeiro é caracterizado", acrescentou em nota. A comercialização de etanol anidro, por sua vez, foi de 478,53 milhões de litros no mercado interno, aumento de 5,49% em base anual. Em relação ao preço, a Unica destacou que o etanol hidratado segue ainda competitivo nas bombas em grande parte do território nacional. Dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que a relação de preços entre o hidratado e a gasolina, na última semana de 14/01 até 20/01, uma paridade de 61,3% e um diferencial de R$ 2,16 por litro. "Essa elevada competitividade registrada nos últimos meses foi ratificada nos dados preliminares de consumo de combustíveis publicados pela ANP nesta semana", disse a Unica. O volume consumido de etanol hidratado totalizou 1,88 bilhão de litros no País, e resultou em uma participação do hidratado de 24,2% no total consumido de combustíveis pela frota veículos leves endash; maior índice nos últimos 21 meses. No acumulado da safra 2023/24, a comercialização de etanol soma 25,31 bilhões de litros, crescimento de 8,25%. O hidratado representa 15,22 bilhões de litros (+13,41%), enquanto o anidro atingiu 10,09 bilhões (+1,31%). Produção Ainda de acordo com o levantamento da Unica, na primeira quinzena de janeiro, 338,22 milhões de litros (+62,41%) de etanol foram fabricados pelas usinas do Centro-Sul. Do volume total, o hidratado alcançou 214,23 milhões de litros (+121,62%), enquanto a produção de anidro atingiu 123,99 milhões de litros (+11,12%).

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Consumo de combustíveis bate recorde em 2023, e etanol perde espaço para gasolina

O Brasil fechou 2023 com recorde nas vendas de combustíveis e repetiu um padrão de consumo maior de gasolina sobre o etanol, que fechou o ano com a menor participação no mercado de veículos desde 2017. As vendas do derivado da cana-de-açúcar começaram a se recuperar no fim do ano, mas o setor vê uma mudança de hábito do consumidor como um desafio, principalmente diante da expectativa de safra recorde. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o país consumiu em 2023 129,6 bilhões de litros de combustíveis líquidos, alta de 4,8% em relação ao ano anterior. A conta considera as vendas de gasolina, diesel, etanol e óleo combustível. No mercado automotivo, as vendas de gasolina e etanol subiram 6,2%, para 62,2 bilhões de litros. A alta foi puxada pela gasolina, cujas vendas cresceram 6,9%. O mercado de etanol hidratado, seu principal concorrente, teve aumento bem menor, de 4,5%. Considerando o etanol anidro, que é misturado à gasolina, a ANP estima que a participação do biocombustível nesse mercado ficou em 46%, contra 46,3% do ano anterior. É o menor patamar desde os 44% de 2017. Em 2019, melhor ano, chegou a 54%. Já as vendas de diesel também foram recordes, chegando a 65,5 bilhões de litros, alta de 3,5% em relação a 2022. Neste caso, houve avanço da fatia de biodiesel, que foi de 11%, contra 10% no ano anterior. Ainda assim, é um patamar menor do que os verificados em 2020 e 2021. A indústria de setor de cana-de-açúcar avalia que a opção do consumidor pela gasolina reflete o desequilíbrio tributário provocado com a redução dos impostos sobre a gasolina pelo governo Jair Bolsonaro (PL) em 2022. Os subsídios tributários ao derivado de petróleo foram mantidos pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até julho de 2023, apesar das cobranças pela redução do consumo de combustíveis fósseis em meio à emergência climática. O presidente da consultoria Datagro, Plinio Nastari, diz acreditar que uma mudança de hábito do consumidor no período de desoneração pode estar por trás da resistência do consumidor em voltar a abastecer com etanol. "O preço [da gasolina] ficou mais baixo do que deveria, pressionou competitividade do etanol, o consumidor passou a usar mais gasolina e formou-se um hábito", diz ele. As vendas do biocombustível começaram a se recuperar após a reoneração, diz Nastari, mas ainda estão abaixo do potencial. A Datagro estima que, com a vantagem atual de preço, o mercado de etanol hidratado deveria somar 2,1 bilhões de litros por mês. Em dezembro, porém, foi de 1,9 bilhão de litros. O diretor de Inteligência Setorial da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), Luciano Rodrigues, confirma a lenta retomada das vendas e também vê um efeito "inércia" no consumidor, que se acostumou com a gasolina mais barata. "Hábito de consumo é algo que não se altera de um dia para o outro", diz. Ele destaca, porém, que os preços hoje são favoráveis ao etanol emdash;em dezembro, por exemplo, o litro do biocombustível custou, em média no país, 62% do litro da gasolina. Para a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), quando esse patamar está abaixo de 65%, a vantagem do etanol é clara. Entre 65% e 75%, a diferença para o consumidor é pouca. Acima de 75%, a gasolina é a melhor opção. A relação favorável ao etanol em um momento de entressafra é também, segundo Nastari, um efeito da queda nas vendas. No fim de dezembro, segundo a Datagro, os estoques de etanol hidratado no centro-sul atingiram o recorde de 9,2 bilhões de litros, alta de 34% em relação ao mesmo período de 2022. "O mercado vive um momento de preço baixo, consumo abaixo do potencial e estoque alto", diz. Para desovar estoques, as usinas têm praticado preços abaixo da média: na segunda quinzena de janeiro, o hidratado em São Paulo bateu R$ 1,84 por litro, o menor valor desde 2020, em meio à pandemia. A estratégia tem surtido efeito: em dezembro, por exemplo, as vendas cresceram 41% em relação ao mesmo mês do ano anterior, indicando uma volta gradual do consumidor ao produto. Mas o setor prevê safra recorde este ano, o que indica novos desafios. Os produtores esperam, portanto, que o consumidor perceba que o preço é hoje positivo e voltem a comprar etanol. Destacam ainda as vantagens ambientais do produto, que emite menos gases poluentes que a gasolina. "Tem espaço para o consumidor usar etanol e economizar", diz Rodrigues, da Unica.

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Consumo de combustíveis bate recorde em 2023, e etanol perde espaço para gasolina

O Brasil fechou 2023 com recorde nas vendas de combustíveis e repetiu um padrão de consumo maior de gasolina sobre o etanol, que fechou o ano com a menor participação no mercado de veículos desde 2017. As vendas do derivado da cana-de-açúcar começaram a se recuperar no fim do ano, mas o setor vê uma mudança de hábito do consumidor como um desafio, principalmente diante da expectativa de safra recorde. Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o país consumiu em 2023 129,6 bilhões de litros de combustíveis líquidos, alta de 4,8% em relação ao ano anterior. A conta considera as vendas de gasolina, diesel, etanol e óleo combustível. No mercado automotivo, as vendas de gasolina e etanol subiram 6,2%, para 62,2 bilhões de litros. A alta foi puxada pela gasolina, cujas vendas cresceram 6,9%. O mercado de etanol hidratado, seu principal concorrente, teve aumento bem menor, de 4,5%. Considerando o etanol anidro, que é misturado à gasolina, a ANP estima que a participação do biocombustível nesse mercado ficou em 46%, contra 46,3% do ano anterior. É o menor patamar desde os 44% de 2017. Em 2019, melhor ano, chegou a 54%. Já as vendas de diesel também foram recordes, chegando a 65,5 bilhões de litros, alta de 3,5% em relação a 2022. Neste caso, houve avanço da fatia de biodiesel, que foi de 11%, contra 10% no ano anterior. Ainda assim, é um patamar menor do que os verificados em 2020 e 2021. A indústria de setor de cana-de-açúcar avalia que a opção do consumidor pela gasolina reflete o desequilíbrio tributário provocado com a redução dos impostos sobre a gasolina pelo governo Jair Bolsonaro (PL) em 2022. Os subsídios tributários ao derivado de petróleo foram mantidos pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até julho de 2023, apesar das cobranças pela redução do consumo de combustíveis fósseis em meio à emergência climática. O presidente da consultoria Datagro, Plinio Nastari, diz acreditar que uma mudança de hábito do consumidor no período de desoneração pode estar por trás da resistência do consumidor em voltar a abastecer com etanol. "O preço [da gasolina] ficou mais baixo do que deveria, pressionou competitividade do etanol, o consumidor passou a usar mais gasolina e formou-se um hábito", diz ele. As vendas do biocombustível começaram a se recuperar após a reoneração, diz Nastari, mas ainda estão abaixo do potencial. A Datagro estima que, com a vantagem atual de preço, o mercado de etanol hidratado deveria somar 2,1 bilhões de litros por mês. Em dezembro, porém, foi de 1,9 bilhão de litros. O diretor de Inteligência Setorial da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), Luciano Rodrigues, confirma a lenta retomada das vendas e também vê um efeito "inércia" no consumidor, que se acostumou com a gasolina mais barata. "Hábito de consumo é algo que não se altera de um dia para o outro", diz. Ele destaca, porém, que os preços hoje são favoráveis ao etanol emdash;em dezembro, por exemplo, o litro do biocombustível custou, em média no país, 62% do litro da gasolina. Para a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), quando esse patamar está abaixo de 65%, a vantagem do etanol é clara. Entre 65% e 75%, a diferença para o consumidor é pouca. Acima de 75%, a gasolina é a melhor opção. A relação favorável ao etanol em um momento de entressafra é também, segundo Nastari, um efeito da queda nas vendas. No fim de dezembro, segundo a Datagro, os estoques de etanol hidratado no centro-sul atingiram o recorde de 9,2 bilhões de litros, alta de 34% em relação ao mesmo período de 2022. "O mercado vive um momento de preço baixo, consumo abaixo do potencial e estoque alto", diz. Para desovar estoques, as usinas têm praticado preços abaixo da média: na segunda quinzena de janeiro, o hidratado em São Paulo bateu R$ 1,84 por litro, o menor valor desde 2020, em meio à pandemia. A estratégia tem surtido efeito: em dezembro, por exemplo, as vendas cresceram 41% em relação ao mesmo mês do ano anterior, indicando uma volta gradual do consumidor ao produto. Mas o setor prevê safra recorde este ano, o que indica novos desafios. Os produtores esperam, portanto, que o consumidor perceba que o preço é hoje positivo e voltem a comprar etanol. Destacam ainda as vantagens ambientais do produto, que emite menos gases poluentes que a gasolina. "Tem espaço para o consumidor usar etanol e economizar", diz Rodrigues, da Unica.

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Raízen projeta ampliação de 50% em sua produção de etanol com o E2G

Duas plantas em atividade (com recente início da produção da unidade em Guariba-SP), e mais cinco em construção, e com a produção de 9 plantas já comercializadas. Esses são alguns números do programa de etanol de segunda geração (E2G) da Raízen, que projeta um incremento de 50% em sua produção total de etanol, com essa modalidade de biocombustível. eldquo;Temos biomassa suficiente para rodar 20 plantas que ao todo produziram 1,6 bilhão de litros de etanol de segunda geração por ano, um incremento de mais de 50%. Isso se eu não eletrificar as usinas. Se fizermos eletrificação, sobra mais bagaço. Também posso licenciar a tecnologia, o que cria uma nova linha de receita para Raízenerdquo;, informou o CEO da empresa, Ricardo Mussa, em entrevista à publicação Você S/A. eldquo;A gente já comercializou o produto de nove plantas ao todo. Vendemos 80% da produção das que serão construídas nos próximos cinco anos. É um sinal de que o mercado realmente acredita no nosso produto. Além disso, há uma discussão importante na Europa: o etanol de segunda geração não compete com alimentos, como o etanol de milho e o biodiesel que usa soja. O etanol de segunda geração vem de um resíduo. É um combustível renovável avançadoerdquo;, afirmou Mussa. Apesar do alto custo do investimento em cada planta, de R$ 1,2 bilhão a R$ 1,3 bilhão, Mussa avalia que os contratos de longo prazo asseguram a recuperação do capital investido. eldquo;Cada uma produz entre 82 e 84 milhões de litros por ano. Mas o custo operacional para rodar a produção é baixo. Por isso que os contratos de longo prazo ajudam a ter uma estabilidade de receita e dão garantia de que conseguimos recuperar o capital investido. A gente só está construindo plantas que tenham 80% da produção comercializadaerdquo;, informou. Mussa também destacou o papel importante do etanol no processo de eletrificação dos veículos. eldquo;A bateria não é eficiente. A mesma quantidade de energia que existe em 600 quilos de bateria de um Tesla é o que você tem em 27 quilos de etanol. O tipo de carro mais eficiente usa o motor elétrico com a energia armazenada em formato líquido. É o motor de célula de hidrogênio. Um carro elétrico com 5 quilos de hidrogênio no tanque consegue rodar até 600 kmerdquo;, ressaltou. Ele reforça que o etanol tem um papel super relevante porque o hidrogênio é muito difícil de transportar, demanda uma logística complexa [é preciso mantê-lo refrigerado a temperaturas abaixo de -253°C]. O etanol tem hidrogênio em sua composição química. Estamos estudando junto à Shell e à Toyota [pioneira em carros elétricos a hidrogênio] como fazer o que a gente chama de reformador. Você coloca um container no posto de combustível e transforma o etanol em hidrogênio ali. O Transporte seria feito na forma de etanol para postos de combustíveiserdquo;, explicou Mussa. Mussa também avalia a importância do etanol para a aviação. eldquo;Sim, a aviação não vai eletrificar sua frota no curto prazo e precisa de uma saída rápida para descarbonizar. O mais eficiente é fazer isso com um combustível líquido renovável. Fomos a primeira empresa do mundo a ter o etanol certificado para o SAF que vai ser produzido agora na Georgia (EUA). Estamos exportando nosso etanol para lá. Somos um grande distribuidor de combustível no Brasil, que opera em mais de 60 aeroportos, e um grande produtor de etanol. Faz sentido para a gente estar na cadeia do SAF. Não somos donos da tecnologia de conversão do etanol para o SAF. Podemos até coinvestir, mas a gente sabe que a nossa vantagem está na produção de etanolerdquo;, afirmou Mussa.

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