Ano:
Mês:
article

Petrobras vai limitar a 50% fatia em parcerias em etanol e quer compartilhar comando

A Petrobras vai limitar ao máximo de 50% sua participação em futuras parcerias no segmento de etanol, em momento em que a petroleira estatal planeja retomar sua atuação no setor de olho em futuros mandatos maiores de mistura do biocombustível na gasolina. A empresa já conversa com companhias do setor em busca de parcerias, mas qualquer anúncio deverá ficar para 2025, segundo o diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim. Ao comentar sobre a possibilidade de ficar com 50% de parcerias em etanol, Tolmasquim afirmou que "a ideia é ter um comando compartilhado". "Será uma empresa privada. Queremos participar da gestão, e participação relevante para ter relevância na gestão", acrescentou. A companhia anunciou que planeja investir cerca de US$ 2,2 bilhões na indústria de etanol até 2029. A nova estratégia vem em momento em que a empresa considera uma queda na demanda por gasolina no futuro, segundo Tolmasquim. A produção de etanol do Brasil na safra 2024/25 deve somar 36,1 bilhões de litros, incluindo o combustível produzido a partir de cana-de-açúcar e milho, estimou nesta quinta-feira (28) a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O projeto em etanol e outros biocombustíveis integra as iniciativas de baixo carbono da companhia, que deve ter investimento de US$ 16,3 bilhões até 2029. (Reuters)

article

Produção de etanol do Brasil cresce com impulso do milho após queda na safra de cana

A produção de etanol do Brasil na safra 2024/25 deve somar 36,1 bilhões de litros, incluindo o combustível produzido a partir de cana-de-açúcar e milho, estimou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apontando aumento de 1,3% ante a temporada passada. Esse crescimento vai se dar pelo salto na fabricação de etanol de milho, já que a safra de cana será menor do que o previsto, por conta do tempo quente e seco anteriormente, afirmou a Conab. "O contínuo investimento no setor, incluindo novas plantas industriais e ampliações de parte das unidades existentes, deve incrementar mais 2,5 bilhões de litros nos próximos quatro anos", afirmou a Conab, ao comentar as perspectivas para o Mato Grosso, maior produtor de milho e de etanol a partir do cereal no Brasil. A safra de cana do Brasil em 2024/25, com processamento já em estágio avançado, está estimada em 678,67 milhões de toneladas. A produção de milho deverá avançar para 119,81 milhões de toneladas na nova temporada. A produção de açúcar está estimada em 44 milhões de toneladas. (Reuters)

article

Brasil lança plano com 100 recomendações para eletromobilidade

Incentivo à indústria nacional, desenvolvimento de novos negócios e reciclagem de baterias são algumas das recomendações do Plano Nacional de Ônibus Elétricos (.pdf) lançado na última semana pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal). O documento é resultado de um ano de trabalho com dezenas de organizações setoriais e deverá nortear futuras políticas públicas para eletrificação do transporte urbano. Parte da premissa de que a ausência de um plano nacional dificulta a atração de investimentos para a introdução de ônibus elétricos nas cidades. eldquo;O Brasil já possui um histórico de protagonismo na produção global de ônibus, sendo um dos principais produtores mundiais, com forte presença no mercado latino-americano. A transição para a eletrificação dos veículos é essencial para que o país mantenha e expanda sua liderança no setor, exigindo o desenvolvimento de novas competências, adaptação de processos produtivos e intensificação das atividades de pesquisa e inovaçãoerdquo;, explica o estudo. São 100 recomendações, elaboradas a partir da identificação do grau de maturidade tecnológica de cada parte de cada componente do ônibus elétrico, considerando a prontidão para os próximos cinco, dez e 15 anos. No topo da lista está a definição de metas de nacionalização de componentes. A proposta é atingir índice de nacionalização de 80% dos ônibus elétricos em até 10 anos, fortalecendo a produção local e reduzindo a dependência de importações. Inclui a nacionalização progressiva de baterias e a padronização de plugues e conectores. Para isso, serão necessários incentivos fiscais e atração de empresas para produção local, inclusive com a oferta de condições de crédito favoráveis para companhias interessadas em fabricar componentes que hoje são importados. Programas de fiscalização de emissões, capacitação de trabalhadores, plataforma de exportação e novos negócios são outras recomendações para viabilizar a inserção dessa nova tecnologia na frota, pensando também em como melhorar o serviço de transporte público para os usuários e absorver as pessoas que já trabalham no setor. Economia circular O ciclo de vida de baterias e componentes também está inserido no trabalho. Uma das recomendações pede a promoção da economia circular, observando a reutilização de componentes e matéria-prima, incentivando práticas que reduzam o impacto ambiental e o desperdício na cadeia produtiva. No caso das baterias, defende a acessibilidade do parâmetro do estado de saúde nas baterias para facilitar o gerenciamento do ciclo de vida das baterias em primeira vida (em até 10 anos), além de incentivos de Peamp;D para promover a reciclagem de baterias alinhados com políticas públicas de economia circular. BNDES de olho na eletrificação Com uma frota de 107 mil ônibus, o Brasil tem atualmente cerca de 350 veículos eletrificados no transporte público. Renovar toda essa frota levaria 13 anos, a um custo de cerca de R$ 214 bilhões, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Instituições de fomento como BNDES e Finep são elencadas no plano como possíveis financiadoras de programas de pesquisa e desenvolvimento para desenvolver a cadeia produtiva nacional. O banco de desenvolvimento já está de olho nesse mercado e trabalha em uma carteira de projetos para as 21 regiões metropolitanas do país. Belém, São Paulo e Rio Sede da COP30 em 2025, Belém recebeu em setembro 40 ônibus elétricos para integrar a frota que faz o transporte público da região metropolitana. O governo do Pará encomendou veículos fabricados pela brasileira Eletra para integrar o BRT da capital. Com investimentos de R$ 120 milhões, a aquisição faz parte do programa para descarbonizar o estado. Também em fase de transição da frota, a maior metrópole do país começou a substituir ônibus a diesel por elétricos em 2023. Em São Paulo, a nova legislação de mudanças climáticas prevê a substituição de cerca de 15 mil veículos. Até o final de 2024, a meta da prefeitura era ter 20% da frota (2,6 mil ônibus) composta por eletrificados, no entanto, em setembro, o número de veículos em circulação era 207. Em março de 2024, a Câmara Municipal do Rio promulgou a lei 8.264/24, estabelecendo que os ônibus que realizam transporte coletivo da cidade precisarão ser substituídos gradualmente por veículos elétricos com zero emissão de CO2, até alcançar 100% da frota em 2040. Entre as diretrizes da lei, está a promoção de políticas públicas que reduzam a emissão de gases do efeito estufa, além da eliminação da dependência de combustíveis fósseis e do investimento em segurança energética. A transição começará pela zona sul.

article

ANP mantém revogação cautelar contra Copape

A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) manteve a revogação cautelar das autorizações da Copape. Na reunião desta quinta (28/11) o relator do caso, diretor Daniel Maia, apresentou uma complementação de voto. Maia destacou que a medida não foi fundamentada na lei de penalidades, mas sim no próprio regramento da agência (resolução 852/2021). eldquo;Não há confusão entre a lei de penalidades e a resolução 852, isso é importante se dizer. Não há confusão entre as condutas de cada empresa e o que se está a apurar em termos de sanção a ser aplicada, no âmbito deste processoerdquo;. A Copape e a sua distribuidora, a Aster (cuja autorização também foi revogada) fazem parte do mesmo grupo econômico e estão na mira do Ministério Público de São Paulo por indícios de crimes, irregularidades fiscais e associação ao crime organizado. eldquo;Há um outro aspecto que é sim, conforme apurado no âmbito judicial, desvio de finalidade, confusões patrimoniais, relações econômicas e societárias que, desvelado no âmbito judicial, revela outras relações da empresa e sua atuação no mercado regulado pela ANPerdquo;, completou o relator. Pedido de vista O caso retornou à pauta da ANP após o pedido de vista do diretor Fernando Moura na reunião passada (do dia 14/11). Moura não participou da reunião de hoje. eldquo;Na última reunião de diretoria falei um pouco sobre as relações econômicas, societárias que estão em apuração, no âmbito judicial, na esfera criminal, tudo isso associado ao funcionamento da empresa. Esse é um conjunto fático, probatório ainda que inicial, mas que suporta a revogação cautelar que foi dadaerdquo;, disse Maia. A autorização da Copape para o exercício da atividade de formulação de combustíveis foi revogada cautelarmente em julho deste ano em razão de irregularidades identificadas pela agência na produção, comercialização e distribuição. Após sofrer reveses na Justiça, a empresa tenta reverter a decisão na ANP. Na véspera da discussão, na noite desta quarta (27/11), foi apresentada nova manifestação cujo conteúdo, segundo o relator, será analisado oportunamente. Maia afirmou que o processo administrativo que apura as infrações associadas à Copape deve ser concluído em breve. eldquo;Antecipo que, com a celeridade necessária, darei seguimento ao processo para fins de conclusão de seu méritoerdquo;.

article

Petróleo fecha em alta, com reunião da Opep+ e eventual aumento de produção no radar

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta, 28, em sessão com forte atenção à Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados (OPEP+). O grupo, que tinha reunião marcada para o próximo domingo, 1, anunciou o adiamento do encontro para a quinta-feira, 5. O avanço nos preços ocorre em uma semana na qual a commodity vem pressionada pelos sinais de redução das tensões no Oriente Médio, especialmente pelo acordo de cessar-fogo entre Israel e Hezbollah. O dia teve liquidez reduzida por conta do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. O petróleo Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 0,66% (US$ 0,48), a US$ 72,78 o barril. Por volta das 16h30 (de Brasília), no pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro operava em alta de 0,25%, em dia de mercados fechados por ser feriado nos Estados Unidos, a US$ 68,89 o barril. A Opep+ deverá discutir se prosseguirá com aumento de produção planejado para começar em janeiro, com a maioria dos analistas esperando que o grupo adie ainda mais os planos devido às preocupações do mercado sobre um abrandamento na procura global e perspectivas de um excedente de oferta no próximo ano. eldquo;O nosso cenário base é que a Opep+ finalmente cumpra a sua promessa de anular os seus cortes voluntários na produção e aumentar gradualmente a produção ao longo de 2025erdquo;, avalia a Capital Economics. No entanto, os comentários dos responsáveis esta semana ameaçam uma repetição do roteiro das reuniões recentes: ou seja, adiar o tempo de aumentar a produção, pondera. A consultoria considera que isto é insustentável, uma vez que a Opep+ cede quotas de mercado e não aproveita a sua capacidade não utilizada. Em última análise, é uma questão apenas de quando a produção vai aumentar, conclui. O ANZ espera que o cartel e seus aliados adiem o aumento planejado da produção. eldquo;A data de início de janeiro provavelmente será adiada para fevereiro, permitindo que o grupo analise o impacto nova administração dos EUA sobre comércio e políticas externaserdquo;, afirma. (Estadão Conteúdo)

article

Preço do etanol sobe em 12 estados, mostra ANP

Os preços médios do etanol hidratado subiram em 12 Estados, caíram em outros 11 e no Distrito Federal (DF) e ficaram estáveis em 3 (Amapá, Paraíba e Paraná) na semana de 17 a 23 de novembro. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela Agência em todo o País, o preço médio do etanol ficou estável na comparação com a semana anterior, em R$ 4,04 o litro. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média subiu 0,51%, de R$ 3,89 para R$ 3,91 o litro. A maior queda porcentual na semana, de 3,21%, foi registrada no Distrito Federal, onde o litro passou de R$ 4,36 para R$ 4,22. A maior alta semanal, de 3,64%, foi registrada no Rio Grande do Norte, de R$ 4,40 para R$ 4,56. O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,19 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,39, foi observado no Rio Grande do Norte. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,86, foi registrado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amapá, de R$ 5,17 o litro. (Estadão Conteúdo)

Como posso te ajudar?