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Aumento de imposto sobre petróleo é 'o risco' para o setor, diz CEO da Prio

Um eventual aumento na taxação sobre a exploração de petróleo e minério de ferro é a grande preocupação para o setor, afirmou Roberto Monteiro, presidente da Prio (antiga PetroRio), em evento nesta segunda-feira (29) em São Paulo. "A possibilidade de taxar um setor que gera muito caixa, por exemplo, o petróleo e a mineração. Esse é o risco. Às vezes, me perguntam: e#39;Você acha que é o maior que existe?e#39; Esse é o risco do negócio, esse é o risco do Brasil como um todo, principalmente nesse setor", afirmou Monteiro durante evento do banco de investimento UBS BB. Para o executivo, as investidas do governo federal para aumentar a arrecadação e reduzir o déficit fiscal são sua maior preocupação. "Essas coisas pequenas de estados normalmente são mais contidas, são mais fáceis de lidar. Essas maiores, que são oriundas da Federação, que não conseguiu chegar à meta de arrecadação, são as que mais preocupam, efetivamente." Apesar da apreensão, Monteiro disse que não há nenhuma mudança tributária no radar, mas que isso não significa que elas não vão acontecer. "Quando teve o imposto de exportação, nós descobrimos no dia. Foi um problema", afirma Monteiro. Em 2023, o governo Lula promoveu a taxação temporária sobre as exportações de petróleo cru para custear parte da reoneração parcial dos combustíveis. "Na hora de você tomar uma decisão de investimentos, uma decisão de bilhões, isso é levado em conta. Então, se é uma coisa pequena, mas que vai avançando, vai elevando, até que chegue um momento que você não aguenta mais, você vai para outro lugar." Outra preocupação do CEO da Prio são as licenças do Ibama. A companhia aguarda o sinal verde do regulador para começar a produção do campo de Wahoo na Bacia de Campos. "Não é uma questão de se vai sair a licença, é uma questão de quando. Ele está a 1.200 metros de profundidade. Não vamos encontrar uma barreira de coral nessa profundidade." Ele também tem a mesma visão sobre a chamada margem equatorial, extensa região na costa norte do país considerada uma nova fronteira para a indústria de exploração de petróleo e gás. Para Monteiro, a região oferece um grande potencial e pode ser explorada sem impactar o meio ambiente. "Ela pode ser tão grande quanto ou maior que o pré-sal."

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Carros 100% elétricos depreciam mais que modelos híbridos no Brasil; veja cálculos

Uma tendência global também é observada no Brasil: carros 100% elétricos tendem a desvalorizar mais que os modelos híbridos neste período de transição energética no setor automotivo. Dados da KBB Brasil, empresa especializada em precificação de veículos, mostram que os problemas de infraestrutura de recarga, o "medo do novo" e a menor oferta de crédito influenciam o valor de revenda. "O consumidor ainda tem desconfianças sobre os carros 100% elétricos, há respostas que não foram dadas, e isso é mundial", diz Ana Renata Navas, CEO da Cox Automotive, que é dona da KBB. "Já o híbrido é um sucesso absoluto." Um exemplo é o que acontece na linha BMW. Enquanto o X3 híbrido plugin endash;que pode rodar com gasolina e eletricidade, sendo também recarregado na tomadaendash; registrou uma desvalorização de 5,2% ao longo de 2023, o iX3, que é apenas elétrico, perdeu 14,1% do seu valor no mesmo período. A conta feita pela KBB Brasil considera os valores de compra dos automóveis zero-quilômetro em janeiro (R$ 395.960 no caso do BMW híbrido e R$ 471.580 para o 100% elétrico) e o preço estimado dos mesmos veículos em dezembro no mercado de usados. Vale dizer, contudo, que o mais surpreendente é a baixa desvalorização do modelo que concilia gasolina e eletricidade. A perda do carro que pode ser abastecido na tomada está dentro das médias gerais do mercado. Carro mais vendido no Brasil em 2023, a picape compacta Fiat Strada desvalorizou 16,1% ao longo do último ano, mesmo índice do hatch compacto Chevrolet Onix. Ambos são flex, sem nenhum tipo de eletrificação. Ainda assim, os bancos ainda têm dúvidas na hora de aprovar o financiamento de um carro elétrico. Ana Renata Navas, da Cox Automotive, diz que isso ocorre pelo medo de se perder dinheiro caso seja necessário recuperar o veículo por inadimplência. "Levam em consideração a agilidade de revenda de um bem retomado." Ela acredita que esse cenário deve começar a mudar. A Cox tem apresentado os cálculos de desvalorização para financeiras e, segundo a CEO, as empresas começam a acreditar mais nos elétricos. A prova de fogo da depreciação será quando os mais procurados do segmento hoje, que são os hatches chineses BYD Dolphin e GWM Ora 3, completarem seu primeiro ano de vendas. Comercializados por R$ 150 mil, esses modelos são os principais responsáveis pelo crescimento dos carros elétricos no Brasil. Se tais carros mantiverem bom valor de revenda, há chances de todo o nicho se valorizar. Ambas as marcas terão produção no Brasil, incluindo modelos híbridos flex (capazes de rodar com eletricidade, etanol e gasolina). Concorrente da BMW, a sueca Volvo também oferece modelos híbridos plug-in e 100% elétricos no Brasil endash;não há mais nenhum carro zero-quilômetro da marca que rode apenas com gasolina. Da mesma forma, a perda de valor tende a ser mais acentuada entre os que não tem motor a combustão, mas a montadora prevê que isso vai mudar. "O mercado de carros elétricos ainda está em crescimento e representa, hoje, cerca de 2% da frota mundial. Por ser um segmento mais enxuto, movimentações fortes de qualquer um dos players do mercado têm um impacto muito grande", diz Abdallah Madi, chefe da área de produtos da Volvo Car Global Importers. O executivo menciona as ações feitas por empresas chinesas como BYD e GWM, que têm praticado preços agressivos em suas estratégias de expansão global. "A redução do preço dos veículos novos acaba impactando no valor dos usados", afirma Madi. "Com o crescimento das vendas e a migração de um número maior de marcas para que seu portfólio seja 100% elétrico, o impacto desses players será menor, e a tendência é que o mercado encontre um equilíbrio." Na visão do executivo da Volvo, as vantagens dos carros 100% elétricos irão se impor. "Está cada vez mais claro que o carro elétrico é uma máquina superior ao carro à combustão em eficiência energética e performance, e, com o tempo e a migração em massa do mercado, o consumidor passará a ter cada vez menos desconfiança." Quem já superou essa desconfiança foi o empresário e músico Afonso Junior, que mora em Juiz de Fora (MG). Em novembro, ele trocou um sedã BMW 320i 2020 pelo BYD Seal (R$ 296,8 mil). No início da relação, houve incômodos tecnológicos. "Tinha alguns problemas com o sistema de leitura de placas e de permanência em faixa, que voltavam a ser acionados todas as vezes que desligava e ligava novamente o carro", diz o empresário. Isso interferia no prazer ao dirigir o carro, mas houve solução. Junior explica que a montadora disponibilizou uma atualização remota do sistema, tal e qual ocorre com os smartphones. Outras evoluções digitais permitiram incluir a chave virtual do carro no sistema iOS, sendo possível abrir as portas e dar a partida por meio do iPhone ou do smartwatch da Apple. Por outro lado, a autonomia é um pouco menor do que o esperado. "O carro consome um pouco mais do que falam, pelo menos aqui na minha cidade, que tem muitas subidas", afirma o empresário. "Mas a autonomia na estrada é excelente. Andando tranquilo, consigo fazer uns 400 quilômetros." Ele ressalta, contudo, que é preciso ter um planejamento para não correr riscos. "Vou fazer uma viagem de 530 quilômetros para o interior de São Paulo, mas já vi que há eletropostos no caminho." Quanto aos custos de uso e à desvalorização, Junior afirma que o período de manutenção gratuita oferecido pela BYD endash;até cinco anos ou 100 mil quilômetrosendash; pesou a favor do Seal. "E não me preocupo com a desvalorização, porque esses carros vão aumentar de preço", diz o empresário, mencionando a retomada da cobrança do Imposto de importação. Porém, as mudanças frequentes no segmento também podem impactar o mercado de usados. "A desvalorização dos carros elétricos e híbridos usados é muito influenciada pela rápida evolução das tecnologias relacionadas, com aprimoramento constante da autonomia e do desempenho, o que inclui a durabilidade das baterias", diz Alexandre Xavier, superintendente do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva). Ele menciona ainda outros pontos que precisam evoluir, como infraestrutura e melhor qualidade dos pontos de recarga, além de mais laboratórios de ensaio e aprimoramento das normas técnicas. "Essas medidas contribuirão para a melhoria contínua, a inovação, a sustentabilidade e a competitividade do setor automotivo nesta rota tecnológica, o que influenciará diretamente a confiança dos consumidores."

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Carros 100% elétricos depreciam mais que modelos híbridos no Brasil; veja cálculos

Uma tendência global também é observada no Brasil: carros 100% elétricos tendem a desvalorizar mais que os modelos híbridos neste período de transição energética no setor automotivo. Dados da KBB Brasil, empresa especializada em precificação de veículos, mostram que os problemas de infraestrutura de recarga, o "medo do novo" e a menor oferta de crédito influenciam o valor de revenda. "O consumidor ainda tem desconfianças sobre os carros 100% elétricos, há respostas que não foram dadas, e isso é mundial", diz Ana Renata Navas, CEO da Cox Automotive, que é dona da KBB. "Já o híbrido é um sucesso absoluto." Um exemplo é o que acontece na linha BMW. Enquanto o X3 híbrido plugin endash;que pode rodar com gasolina e eletricidade, sendo também recarregado na tomadaendash; registrou uma desvalorização de 5,2% ao longo de 2023, o iX3, que é apenas elétrico, perdeu 14,1% do seu valor no mesmo período. A conta feita pela KBB Brasil considera os valores de compra dos automóveis zero-quilômetro em janeiro (R$ 395.960 no caso do BMW híbrido e R$ 471.580 para o 100% elétrico) e o preço estimado dos mesmos veículos em dezembro no mercado de usados. Vale dizer, contudo, que o mais surpreendente é a baixa desvalorização do modelo que concilia gasolina e eletricidade. A perda do carro que pode ser abastecido na tomada está dentro das médias gerais do mercado. Carro mais vendido no Brasil em 2023, a picape compacta Fiat Strada desvalorizou 16,1% ao longo do último ano, mesmo índice do hatch compacto Chevrolet Onix. Ambos são flex, sem nenhum tipo de eletrificação. Ainda assim, os bancos ainda têm dúvidas na hora de aprovar o financiamento de um carro elétrico. Ana Renata Navas, da Cox Automotive, diz que isso ocorre pelo medo de se perder dinheiro caso seja necessário recuperar o veículo por inadimplência. "Levam em consideração a agilidade de revenda de um bem retomado." Ela acredita que esse cenário deve começar a mudar. A Cox tem apresentado os cálculos de desvalorização para financeiras e, segundo a CEO, as empresas começam a acreditar mais nos elétricos. A prova de fogo da depreciação será quando os mais procurados do segmento hoje, que são os hatches chineses BYD Dolphin e GWM Ora 3, completarem seu primeiro ano de vendas. Comercializados por R$ 150 mil, esses modelos são os principais responsáveis pelo crescimento dos carros elétricos no Brasil. Se tais carros mantiverem bom valor de revenda, há chances de todo o nicho se valorizar. Ambas as marcas terão produção no Brasil, incluindo modelos híbridos flex (capazes de rodar com eletricidade, etanol e gasolina). Concorrente da BMW, a sueca Volvo também oferece modelos híbridos plug-in e 100% elétricos no Brasil endash;não há mais nenhum carro zero-quilômetro da marca que rode apenas com gasolina. Da mesma forma, a perda de valor tende a ser mais acentuada entre os que não tem motor a combustão, mas a montadora prevê que isso vai mudar. "O mercado de carros elétricos ainda está em crescimento e representa, hoje, cerca de 2% da frota mundial. Por ser um segmento mais enxuto, movimentações fortes de qualquer um dos players do mercado têm um impacto muito grande", diz Abdallah Madi, chefe da área de produtos da Volvo Car Global Importers. O executivo menciona as ações feitas por empresas chinesas como BYD e GWM, que têm praticado preços agressivos em suas estratégias de expansão global. "A redução do preço dos veículos novos acaba impactando no valor dos usados", afirma Madi. "Com o crescimento das vendas e a migração de um número maior de marcas para que seu portfólio seja 100% elétrico, o impacto desses players será menor, e a tendência é que o mercado encontre um equilíbrio." Na visão do executivo da Volvo, as vantagens dos carros 100% elétricos irão se impor. "Está cada vez mais claro que o carro elétrico é uma máquina superior ao carro à combustão em eficiência energética e performance, e, com o tempo e a migração em massa do mercado, o consumidor passará a ter cada vez menos desconfiança." Quem já superou essa desconfiança foi o empresário e músico Afonso Junior, que mora em Juiz de Fora (MG). Em novembro, ele trocou um sedã BMW 320i 2020 pelo BYD Seal (R$ 296,8 mil). No início da relação, houve incômodos tecnológicos. "Tinha alguns problemas com o sistema de leitura de placas e de permanência em faixa, que voltavam a ser acionados todas as vezes que desligava e ligava novamente o carro", diz o empresário. Isso interferia no prazer ao dirigir o carro, mas houve solução. Junior explica que a montadora disponibilizou uma atualização remota do sistema, tal e qual ocorre com os smartphones. Outras evoluções digitais permitiram incluir a chave virtual do carro no sistema iOS, sendo possível abrir as portas e dar a partida por meio do iPhone ou do smartwatch da Apple. Por outro lado, a autonomia é um pouco menor do que o esperado. "O carro consome um pouco mais do que falam, pelo menos aqui na minha cidade, que tem muitas subidas", afirma o empresário. "Mas a autonomia na estrada é excelente. Andando tranquilo, consigo fazer uns 400 quilômetros." Ele ressalta, contudo, que é preciso ter um planejamento para não correr riscos. "Vou fazer uma viagem de 530 quilômetros para o interior de São Paulo, mas já vi que há eletropostos no caminho." Quanto aos custos de uso e à desvalorização, Junior afirma que o período de manutenção gratuita oferecido pela BYD endash;até cinco anos ou 100 mil quilômetrosendash; pesou a favor do Seal. "E não me preocupo com a desvalorização, porque esses carros vão aumentar de preço", diz o empresário, mencionando a retomada da cobrança do Imposto de importação. Porém, as mudanças frequentes no segmento também podem impactar o mercado de usados. "A desvalorização dos carros elétricos e híbridos usados é muito influenciada pela rápida evolução das tecnologias relacionadas, com aprimoramento constante da autonomia e do desempenho, o que inclui a durabilidade das baterias", diz Alexandre Xavier, superintendente do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva). Ele menciona ainda outros pontos que precisam evoluir, como infraestrutura e melhor qualidade dos pontos de recarga, além de mais laboratórios de ensaio e aprimoramento das normas técnicas. "Essas medidas contribuirão para a melhoria contínua, a inovação, a sustentabilidade e a competitividade do setor automotivo nesta rota tecnológica, o que influenciará diretamente a confiança dos consumidores."

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Gasolina, diesel e botijão de gás sobem nesta quinta (1º) com novo ICMS; veja novos preços

Os preços da gasolina, do diesel e do botijão de gás ficarão mais caros nesta quinta-feira (1º), com o início da vigência de novas alíquotas do ICMS aprovadas pelos governos estaduais em outubro. O ICMS da gasolina subirá R$ 0,15, para R$ 1,37 por litro. Considerando a pesquisa de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço médio do produto no país passaria de R$ 5,56 para R$ 5,71 por litro. No diesel, a alta será de R$ 0,12, para R$ 1,06 por litro, levando o preço do diesel S-10 novamente para acima dos R$ 6 por litro. Esse combustível já teve um repique no início do ano, com a retomada da cobrança de impostos federais. Já a alíquota do gás de cozinha foi definida em R$ 1,41 por quilo, aumento de R$ 0,16 em relação ao vigente atualmente. O botijão de 13 quilos, em média, subiria de R$ 100,98 para R$ 103,6, dificultando o desejo do governo de levar esse preço para abaixo dos R$ 100. É o primeiro aumento do ICMS após a mudança do modelo de cobrança do imposto, que passou a ter alíquotas em reais por litro e não mais em percentual sobre um preço estimado de bomba dos produtos. A intensidade da alta é criticada pelo setor. As distribuidoras de gás de cozinha, por exemplo, alegam que em 18 estados o botijão passa a ter alíquota equivalente a mais de 18% do preço do produto, excedendo o teto legal para a cobrança do imposto sobre produtos essenciais. O aumento dos impostos ocorre num momento de queda do preço da gasolina no país, reflexo da redução das cotações do etanol anidro, que representa 27% da mistura vendida nos postos. Gasolina e etanol mais baratos contribuíram para que o IPCA-15 atingisse, em janeiro, a menor taxa para o mês em cinco anos. A alta na carga tributária pega a Petrobras com pouca margem para redução de preços nas refinarias, medida que foi adotada para minimizar aumentos de impostos em 2023: o preço do petróleo subiu 6% na semana, diante da instabilidade geopolítica e de sinais de recuperação da economia dos Estados Unidos. Na abertura do mercado desta sexta-feira (26), o preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras estava R$ 0,18 por litro abaixo da paridade de importação medida pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustível). No caso do diesel, a diferença era de R$ 0,40 por litro. Em sua nova polícia de preços, a Petrobras diz que não usa mais apenas esse indicador, considerando também o custo interno de produção e a disputa pelo mercado com outros combustíveis concorrentes. Mas a companhia não tem se afastado muito dos preços internacionais. Nas primeiras 28 semanas sob a nova política, por exemplo, o preço médio de venda da gasolina da estatal equivaleu, em média, a 97% da paridade de importação calculada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Já o preço médio do diesel foi equivalente a 92% da paridade.

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Gasolina, diesel e botijão de gás sobem nesta quinta (1º) com novo ICMS; veja novos preços

Os preços da gasolina, do diesel e do botijão de gás ficarão mais caros nesta quinta-feira (1º), com o início da vigência de novas alíquotas do ICMS aprovadas pelos governos estaduais em outubro. O ICMS da gasolina subirá R$ 0,15, para R$ 1,37 por litro. Considerando a pesquisa de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço médio do produto no país passaria de R$ 5,56 para R$ 5,71 por litro. No diesel, a alta será de R$ 0,12, para R$ 1,06 por litro, levando o preço do diesel S-10 novamente para acima dos R$ 6 por litro. Esse combustível já teve um repique no início do ano, com a retomada da cobrança de impostos federais. Já a alíquota do gás de cozinha foi definida em R$ 1,41 por quilo, aumento de R$ 0,16 em relação ao vigente atualmente. O botijão de 13 quilos, em média, subiria de R$ 100,98 para R$ 103,6, dificultando o desejo do governo de levar esse preço para abaixo dos R$ 100. É o primeiro aumento do ICMS após a mudança do modelo de cobrança do imposto, que passou a ter alíquotas em reais por litro e não mais em percentual sobre um preço estimado de bomba dos produtos. A intensidade da alta é criticada pelo setor. As distribuidoras de gás de cozinha, por exemplo, alegam que em 18 estados o botijão passa a ter alíquota equivalente a mais de 18% do preço do produto, excedendo o teto legal para a cobrança do imposto sobre produtos essenciais. O aumento dos impostos ocorre num momento de queda do preço da gasolina no país, reflexo da redução das cotações do etanol anidro, que representa 27% da mistura vendida nos postos. Gasolina e etanol mais baratos contribuíram para que o IPCA-15 atingisse, em janeiro, a menor taxa para o mês em cinco anos. A alta na carga tributária pega a Petrobras com pouca margem para redução de preços nas refinarias, medida que foi adotada para minimizar aumentos de impostos em 2023: o preço do petróleo subiu 6% na semana, diante da instabilidade geopolítica e de sinais de recuperação da economia dos Estados Unidos. Na abertura do mercado desta sexta-feira (26), o preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras estava R$ 0,18 por litro abaixo da paridade de importação medida pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustível). No caso do diesel, a diferença era de R$ 0,40 por litro. Em sua nova polícia de preços, a Petrobras diz que não usa mais apenas esse indicador, considerando também o custo interno de produção e a disputa pelo mercado com outros combustíveis concorrentes. Mas a companhia não tem se afastado muito dos preços internacionais. Nas primeiras 28 semanas sob a nova política, por exemplo, o preço médio de venda da gasolina da estatal equivaleu, em média, a 97% da paridade de importação calculada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Já o preço médio do diesel foi equivalente a 92% da paridade.

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Prates diz que crise no Iemen pode levar o barril de petróleo acima de US$ 90

Os preços do barril do petróleo podem ultrapassar US$ 90 por barril este ano se os ataques a navios no Mar Vermelho se intensificarem, disse o presidente da petrobras, Jean Paul Prates, em entrevista à Bloomberg TV. - Temos um gargalo muito frágil para o negócio de petróleo e gás. Ninguém estava prestando atenção a isso há décadas. Você tem o Iêmen de um lado e a Somália do outro - afirmou, acrescentando que, sem qualquer escalada, o petróleo deve continuar sendo negociado entre US$ 70 e US$ 90 este ano. Segundo ele, a Petrobras não foi afetada pelos ataques porque não transporta muito petróleo pelo Golfo. Os militantes Houthi têm atacado navios mercantes em resposta à guerra entre Israel e Hamas em Gaza. - A Petrobras está bastante protegida - disse Prates, acrescentando que a estatal não usa o Canal de Suez. Prates afirmou ainda que o Brasil ajudará a mediar a disputa de fronteira entre a Venezuela e a Guiana. - A Exxon Mobil fez uma série de descobertas de vários bilhões de barris de petróleo na área, e a Petrobras poderia investir em projetos de petróleo em qualquer um dos países, disse ele. (Bloomberg)

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