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Após crise federativa, Confaz tenta impedir importação irregular de diesel

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou, na última semana, dois convênios (20/24 e 21/24) para coibir a criação de novos corredores de entrada de combustíveis derivados de petróleo com diferimento do ICMS-Importação e aplicação de crédito presumido. Em reunião realizada na quinta-feira (25/4), o colegiado deu aval à uniformização de procedimentos de cobrança do imposto interestadual, o que inclui a preservação de notas e documentos fiscais, e à imposição de novas regras na etapa do desembaraço aduaneiro, como a inclusão da solidariedade tributária. Trata-se de um movimento articulado para evitar situações como a que ocorreu no Amapá, com a entrada do diesel russo e outros derivados. O estado se beneficiou por oito meses (entre agosto de 2023 e abril de 2024) com uma manobra para facilitar a importação no desembaraço em alto mar, o que fez com que os demais estados perdessem arrecadação. A situação abriu uma crise federativa dentro do Comsefaz e do Confaz. Embora seja visto como um problema estritamente tributário, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) também acompanha o caso. Há, no grupo de empresas que se beneficiaram do regime especial de importação do Amapá, agentes envolvidos em outros tipos de infrações sob fiscalização da agência. Os novos convênios O Convênio 20 tem a missão de padronizar o controle arrecadatório e garantir o recolhimento monofásico no desembaraço. Assim, a fiscalização alfandegária deverá demandar toda a documentação do importador (declarações de importação, nota fiscal e comprovantes de recolhimento do ICMS monofásico). Além disso, na saída do combustível da área aduaneira, a empresa responsável pela compra da mercadoria estrangeira terá que emitir nota fiscal eletrônica de remessa a conta e ordem do responsável pela aquisição. Já o Convênio 21 propõe a inclusão da solidariedade tributária na operação de importação de combustíveis. Também condiciona a destinação da carga (após o desembaraço) à anuência do Fisco do estado para o qual o produto será levado. Em nota, o Instituto Combustível Legal (ICL) classificou o resultado da reunião do Confaz como positiva. Para a entidade, a inclusão da solidariedade tributária e a obrigação em relação ao aval do estado de destino das mercadorias eldquo;serão controles fiscais eficienteserdquo;. eldquo;Ainda será possível reduzir eventuais distorções de mercado, promover a melhoria da fiscalização e evitar réplica de tratamentos tributários similares em outras regiões do país.erdquo; Prejuízos estimados em R$ 1 bilhão Após pressão de agentes do mercado, o próprio governo do Amapá decidiu revogar o regime especial de importação que possibilitou a entrada de cerca de 1 bilhão de litros de diesel russo no país com diferimento de ICMS, entre agosto de 2023 e abril de 2024. No total, mais de dez empresas foram descredenciadas. No período, há um prejuízo total estimado em R$ 1 bilhão, somente em impostos que incidem sobre o diesel A, de acordo com o ICL. Após a revogação, estados prejudicados e agentes privados se mobilizaram para evitar que a prática migrasse do Amapá para outras unidades da federação. A articulação incluiu entidades como ICL, IBP, Abicom, Brasilcom, Fecombustíveis e SindTRR. O esquema funcionava por meio de incentivos concedidos pelo governo do Amapá. As empresas habilitadas compravam principalmente diesel russo e, com nacionalização da carga durante o trajeto marítimo, deixavam de recolher os impostos que seriam de direito dos estados de destino. Os navios sequer passavam pelo porto de Santana. Toda a carga era redirecionada, após o desembaraço, aos principais pontos de importação. O ICMS-Importação era então diferido pela Secretaria de Fazenda do Amapá, possibilitando o pagamento em até 60 dias, com aplicação de crédito presumido de 8% na saída interestadual das mercadorias. A obrigatoriedade de recolhimento do imposto ficava com as distribuidoras que compravam a carga após o desembaraço. Estas, no entanto, deixavam de pagar a substituição tributária no destino sob alegação de que o tributo interestadual havia sido quitado anteriormente. Dentro do Comsefaz, o Amapá foi apontado por promover uma guerra fiscal, em desrespeito à lei que instituiu a monofasia para as operações com combustíveis. O estado lucrava cerca de R$ 3 milhões por empresa credenciada, em decorrência do diferimento do ICMS-Importação. A reportagem procurou a Secretaria de Fazenda do Amapá, mas não obteve retorno.

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Etanol volta a cair após cinco semanas em alta; confira as cotações

Após cinco semanas em alta, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado voltou a cair no mercado paulista. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio sobretudo do aumento da oferta do biocombustível no spot. Além da normalização da moagem e da volta das atividades industriais, algumas usinas tiveram necessidade de realizar novas vendas. Ainda conforme pesquisadores do Cepea, compradores até estiveram mais ativos, adquirindo volumes maiores endash; a participação foi principalmente de distribuidoras de diferentes portes. Entre 22 e 26 de abril, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado teve média de R$ 2,2981/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), recuo de 6,42% frente à do período anterior. No caso do anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 2,7175/litro (líquido de PIS/Cofins), queda de 1,35%.

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Estados querem autonomia para fixar cashback na reforma tributária

Os Estados querem autonomia para decidir o tamanho do cashback que pagarão aos contribuintes quando esse mecanismo entrar em vigor, como parte da reforma tributária sobre o consumo. Se for estabelecido um desenho único para todo o país, algumas unidades da Federação poderão enfrentar desequilíbrio fiscal, disse ao Valor o presidente do Comitê de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), Carlos Eduardo Xavier, secretário de Fazenda do Rio Grande do Norte. Para ler esta notícia, clique aqui.

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Raízen fecha acordo com Minas Gerais para expandir infraestrutura de mobilidade elétrica

A Raízen Power, marca dedicada eletricidade renovável da Raízen, firmou um acordo com o Governo de Minas Gerais para estimular projetos de eletromobilidade no estado. Na semana passada, a empresa inaugurou sua primeira estação de recarga rápida em Belo Horizonte. Com duração de dois anos, a parceria pretende apoiar políticas públicas relacionadas à eletromobilidade, incluindo estudos de viabilidade técnica para infraestrutura de recarga e apoio institucional para o desenvolvimento do setor elétrico. Estão previstas iniciativas para criação de zonas baixas de emissão, vagas e faixas exclusivas para veículos elétricos, além da construção de um hub de recarga conectando pontos estratégicos da região, como o Aeroporto de Confins, Cidade Administrativa e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). De acordo com a Raízen, o projeto terá articulação com órgãos públicos e empresas de diversos setores para a sua execução. eldquo;A junção de forças é essencial para o avanço da eletromobilidade, por isso, temos impulsionado a realização de parcerias com outras empresas e incentivado o debate na área públicaerdquo;, comenta Rafael Rebello, diretor de Mobilidade Elétrica da Raízen Power. A meta da Raízen Power é implementar cerca de mil estações no Brasil até o final de 2024.

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Biodiesel atinge maior nível de preços em 19 semanas

Os preços cobrados pelo biodiesel encerraram mais uma semana em alta endash; a oitava seguida. Da 9ª semana (9S) deste ano até agora endash; quando o ciclo atual se iniciou endash;, os valores cobrados pelas usinas acumulam valorização de quase 14,6%. Isso trouxe o metro cúbico do biocombustível para R$ 4.667,73 na média nacional, atingindo o maior patamar para o produto desde a 49S de 2023 e devolvendo toda a baixa que havia sido registrada no ciclo anterior. Essa última alta mais recente acompanhou bem de perto o aumento no Indexador BiodieselBR. Entre os dias 15 e 21 deste mês, o índice que acompanha as variações dos custos das usinas com matérias-primas se valorizou 1,4%, atingindo R$ 3.975,04 por m³. Apesar desta nova valorização, o índice praticamente não tem saído do lugar nas últimas semanas, o que pode indicar que o processo de alta nos preços do biodiesel pode estar perdendo vigor. A maior parte da alta de 20,2% acumulada pelo indicador se concentra apenas em duas semanas endash; 10S e 11S endash; no restante do tempo, o indicador vem variando sem uma direção claramente definida.

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Recap faz reunião com ICL sobre combate às fraudes do setor

Na sexua-feira (26), Emílio Martins, presidente do Recap, sindicato que representa a revenda de Campinas e região, acompanhado dos diretores Eduardo Valdivia, Maurílio Lobo e Rodrigo Spadaccia, reuniram-se no Rio de Janeiro, com Carlo Faccio, diretor-executivo do Instituto Combustível Legal (ICL), na sede da entidade, e o representante do instituto em São Paulo Marcelo Mauri para tratar de possíveis ações em conjunto para o combate às fraudes no mercado de combustíveis.

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