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País deve promover biocombustível, diz agência de energia

O Brasil deve aproveitar o protagonismo global proporcionado pela presidência do G20 e pela organização da COP30 para pressionar os países ricos a financiar a transição energética e para promover os biocombustíveis no mundo. Os conselhos foram dados nesta quarta-feira pelo diretor-geral da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, em passagem por Brasília. Durante um evento no Ministério de Minas e Energia (MME), Fatih afirmou que o Brasil terá a atenção de todo o mundo nos próximos dois anos e que deve aproveitar a oportunidade. Para continuar a leitura, clique aqui.

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Da isenção à reoneração integral: veja como foi o vaivém dos impostos sobre combustíveis

O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) terá um aumento de 12,5% sobre a gasolina, o diesel e o gás de cozinha a partir desta quinta-feira (1º). A medida, anunciada em outubro pelos secretários de Fazenda dos estados e do DF, marca o fim de um processo de isenções e reonerações de impostos sobre combustíveis que vem desde 2021. De março daquele ano até fevereiro de 2024, foram pelo menos 13 anúncios importantes de mudanças nos impostos sobre gasolina, diesel, etanol e gás natural veicular (GNV) emdash; sendo sete só em 2023. Os combustíveis no Brasil experimentaram um intenso vaivém na tributação como uma forma de conter a alta nos preços ao consumidor e reduzir os impactos na inflação. Os movimentos se intensificaram durante a pandemia de Covid-19 e após a eclosão da guerra na Ucrânia, que elevaram os custos tanto do petróleo, como do produto final nos postos do país. Com o apoio da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) e de Amance Boutin, especialista em combustíveis da Argus, o g1 elaborou uma linha do tempo com as principais mudanças de impostos sobre combustíveis nos últimos três anos. O levantamento mostra de forma cronológica o movimento de desoneraçãoa partir de março de 2021, seguido pela intensificação das medidas em 2022 emdash; ano de eleições presidenciais emdash; e pelo retorno da incidência dos impostos, aos poucos, ao longo de 2023. A linha do tempo também mostra que é comum que a Petrobras ajuste os preços dos combustíveis nas refinarias no mesmo dia (ou em datas próximas) de alterações na tributação. Essas mudanças costumam compensar a alta ou a queda dos impostos, com reflexos nos preços finais. Segundo especialistas, trata-se de um movimento já previsto pelo mercado. O que explica esse vaivém na tributação? De acordo com Amance Boutin, especialista em combustíveis da Argus, o volume de mudanças de impostos nos últimos três anos é um movimento atípico, tanto em relação à frequência de alterações quanto ao tempo de duração de cada uma. (veja mais abaixo o detalhamento das mudanças) Os primeiros movimentos de redução de impostos federais vieram como uma tentativa da gestão de Jair Bolsonaro de diminuir a inflação, que atingiu 10,06% em 2021 e 5,79% em 2022. O cenário era de escalada de preços nas bombas e de proximidade das eleições presidenciais, o que pressionou ainda mais o governo. À época, as medidas de desoneração tomadas por Bolsonaro chegaram a ser apontadas como eleitoreiras por economistas e analistas políticos. Já a gestão Lula, que tomou posse em 2023, iniciou um processo de reoneração, em uma tentativa de repor as perdas causadas pelas isenções nos anos interiores e de aumentar a arrecadação federal. A retomada ocorreu aos poucos, ao longo do ano, já que aumento de impostos sobre combustíveis emdash; e a consequente alta nas bombas emdash; são medidas consideradas impopulares. No pano de fundo das decisões do atual governo, está um cenário de novas regras fiscais e de busca pelo déficit zero nas contas públicas. Enquanto isso, na outra prateleira da gestão pública, os estados brasileiros também apontam perdas com a limitação do ICMS sobre combustíveis. Todo esse contexto resultou em um volume de flutuações de preço muito mais intenso do que o comum. Para Boutin, da Argus, as movimentações, principalmente em 2023, são resultado de dois principais fatores: 1. A necessidade do governo federal de reestabelecer uma carga tributária fortemente reduzida no governo anterior. "Este movimento foi escalonado ao longo de um ano [2023] para não gerar aumento súbito de preço na bomba e para respeitar regras de constitucionalidade", explica. "Certas tributações não podem ser mudadas no mesmo ano civil e precisam ser decididas no ano anterior 2. Mudar a tributação dos combustíveis para um modelo monofásico (cobrança do imposto em uma única etapa da cadeia de produção), antecedendo os princípios da reforma tributária emdash; que prevê a simplificação de impostos. "Essa mudança sempre foi um pleito das grandes distribuidoras: acabar com as fraudes possibilitadas pela complexidade do modelo tributário e com as diferenças de alíquotas entre os estados", diz. Reajustes pela Petrobras A linha do tempo também mostra que quase todas as mudanças na tributação vêm acompanhadas de reajustes nos preços dos combustíveis pela Petrobras nas refinarias. Esse movimento é bastante comum, aponta Amance Boutin. "Existe uma correlação entre os ajustes efetuados pela Petrobras e mudanças de tributação. Essa análise é consensual entre participantes de mercado [importadores, distribuidores e revendedores]", diz. Segundo o especialista, esses participantes costumam antecipar e se planejar em função dos riscos e oportunidades abertos pelas mudanças. "Em termos práticos, muitos elevaram seus estoques de diesel A [sem adição de biodiesel] e de biodiesel antes da virada do ano para ter um ganho contábil com a reoneração completa dos PIS e Cofins sobre esses dois produtos a partir de 1º de janeiro", afirma. "Na visão do mercado, essa coordenação é, sim, uma maneira de garantir certa estabilidade nos preços na ponta da revenda." Há previsão de novas mudanças em 2024? De acordo com a Fecombustíveis, não há mais impostos federais a retornar sobre combustíveis após o ajuste do ICMS nesta quinta-feira (1º) emdash; exceto o GLP (gás liquefeito de petróleo), que continua zerado em PIS/Cofins. Amance Boutin, da Argus, reforça que, apesar de não existir nenhuma grande alteração prevista para o curto prazo, ainda podem ser aplicadas mudanças nos valores de impostos no modelo ad rem (aqueles de valor fixo por litro ou kg de combustível). "Isso deve ocorrer em cada tributo, principalmente no caso do ICMS", conclui. Veja o vaivém dos impostos de combustíveis desde 2021 1º de março de 2021 - Redução a zero das alíquotas de PIS/Cofins para óleo diesel A (sem adição de biodiesel). O impacto foi uma redução de R$ 0,3058 no óleo diesel B (com mistura de biodiesel). No dia seguinte, a Petrobras elevou os preços da gasolina e do diesel nas refinarias. 1º de maio de 2021 - Retornam as alíquotas de PIS/Cofins para óleo diesel A (sem adição de biodiesel). O impacto, segundo a Fecombustíveis, foi um acréscimo de R$ 0,3163 no óleo diesel B (com mistura de biodiesel). No mesmo dia, a Petrobras reduziu os preços do diesel e da gasolina nas refinarias. 11 de março de 2022 - Redução a zero das alíquotas de PIS/Cofins para óleo diesel A (sem adição de biodiesel) e biodiesel. O impacto foi uma redução de R$ 0,3312 no óleo diesel B (com mistura de biodiesel). Na data, também foi sancionado o projeto que determinou alíquota única no ICMS de combustíveis para todos os estados e estabeleceu a tributação monofásica emdash; cobrança do imposto em uma única etapa da cadeia de produção. No mesmo dia, a Petrobras aumentou os preços da gasolina e do diesel nas refinarias. 23 de junho de 2022 - Redução a zero das alíquotas de PIS/Cofins e Cide para gasolina A (produzida nas refinarias, sem adição de álcool). O impacto foi uma redução de R$ 0,6869 na gasolina C (já misturada com etanol, vendida nos postos). Na data, também houve a sanção do projeto que limitou o ICMS sobre combustíveis, impedindo cobrança superior à alíquota geral de ICMS, que varia de 17% a 18%. Além disso, foram zerados PIS/Cofins do gás natural veicular (GNV). Cinco dias antes, em 18 de junho, a Petrobras elevou os preços da gasolina e do diesel às distribuidoras. 1º de março de 2023 - Retorno parcial da incidência de PIS/Cofins sobre gasolina A (produzida nas refinarias, sem adição de álcool) e etanol, de R$ 0,47 e R$ 0,02 por litro, respectivamente. Os impactos foram aumentos de R$ 0,3485 por litro na gasolina C (já misturada com etanol, vendida nos postos) e de R$ 0,02 no etanol. No mesmo dia, a Petrobras reduziu os preços da gasolina e do diesel às distribuidoras. 1º de maio de 2023 endash; O ICMS sobre o diesel passou para a modalidade ad rem (cobrança com valor único sobre a quantidade de litros), de R$ 0,9456 por litro, em todo o Brasil. O resultado foi aumento da carga tributária na maioria dos estados. A média no país era de R$ 0,91/litro. Três dias antes, a Petrobras reduziu o preço do diesel nas refinarias. 1º de junho de 2023 endash; O ICMS sobre a gasolina passou para a modalidade ad rem, de R$ 1,22 por litro, em todo o Brasil. A medida também resultou no aumento da carga tributária na maior parte dos estados. A média anterior no país era de R$ 1,06/litro. No mesmo mês, em 16 de junho, a Petrobras reduziu o preço da gasolina às distribuidoras. 1º de julho de 2023 - Retorno da incidência da Cide sobre a gasolina A (produzida nas refinarias, sem adição de álcool), de R$ 0,10 por litro, e aumento dos valores de PIS/Cofins para R$ 0,7925 e R$ 0,1309, respectivamente. O total desses impostos sobre a gasolina C (já misturada com etanol, vendida nos postos) foi de R$ 0,6869. Houve também o aumento dos valores de PIS/Cofins para o etanol hidratado, no total de R$ 0,2418/litro. Os impactos foram: aumento de R$ 0,3384 na gasolina C e de R$ 0,2218 no etanol hidratado. Na data, voltou ainda a incidência de PIS/Cofins sobre o GNV, de 9,25%. No mesmo dia, a Petrobras reduziu o preço da gasolina às distribuidoras. 5 de setembro de 2023 - Reoneração de PIS/Cofins para óleo diesel A (sem adição de biodiesel) e biodiesel, de R$ 0,1100 e R$ 0,0463 por litro, respectivamente. O impacto foi uma alta R$ 0,1024 no óleo diesel B (com mistura de biodiesel). Não houve reajustes pela Petrobras no mês. 1º de outubro de 2023 - Aumento de PIS/Cofins para o óleo diesel A (sem adição de biodiesel) e biodiesel, passando para R$ 0,1300 e R$ 0,0555 por litro, respectivamente. O impacto foi um aumento de R$ 0,0187 no óleo diesel B (com mistura de biodiesel). 4 de outubro de 2023 - Fim da vigência da Medida Provisória que criou o programa de descontos para carros novos e determinou o aumento parcial dos impostos federais sobre o diesel. Com isso, óleo diesel A (sem adição de biodiesel) e biodiesel ficaram com PIS/Cofins zerados até 31 de dezembro de 2023. A redução foi de R$ 0,1211 no custo do óleo diesel B (com mistura de biodiesel). Mais de quinze dias depois, em 21 de outubro, a Petrobras reduziu o preço da gasolina e aumentou o do diesel às distribuidoras. 1º de janeiro de 2024 - Reoneração de PIS/Cofins para óleo diesel A (sem adição de biodiesel) e biodiesel, de R$ 0,3515 e R$ 0,1480 por litro, respectivamente. O impacto foi de R$ 0,3271 no óleo diesel B (com mistura de biodiesel). Poucos dias antes, em 27 de dezembro, a Petrobras reduziu o preço do diesel nas refinarias. 1º de fevereiro de 2024 endash; Aumento do ICMS para gasolina e diesel. As altas serão de R$ 1,3721 por litro para a gasolina e de R$ 1,0635 para o diesel e biodiesel. O impacto deve ser um aumento de R$ 0,1521 na gasolina C (já misturada com etanol, vendida nos postos) e de R$ 0,1179 no óleo diesel B (com mistura de biodiesel).

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Da isenção à reoneração integral: veja como foi o vaivém dos impostos sobre combustíveis

O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) terá um aumento de 12,5% sobre a gasolina, o diesel e o gás de cozinha a partir desta quinta-feira (1º). A medida, anunciada em outubro pelos secretários de Fazenda dos estados e do DF, marca o fim de um processo de isenções e reonerações de impostos sobre combustíveis que vem desde 2021. De março daquele ano até fevereiro de 2024, foram pelo menos 13 anúncios importantes de mudanças nos impostos sobre gasolina, diesel, etanol e gás natural veicular (GNV) emdash; sendo sete só em 2023. Os combustíveis no Brasil experimentaram um intenso vaivém na tributação como uma forma de conter a alta nos preços ao consumidor e reduzir os impactos na inflação. Os movimentos se intensificaram durante a pandemia de Covid-19 e após a eclosão da guerra na Ucrânia, que elevaram os custos tanto do petróleo, como do produto final nos postos do país. Com o apoio da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) e de Amance Boutin, especialista em combustíveis da Argus, o g1 elaborou uma linha do tempo com as principais mudanças de impostos sobre combustíveis nos últimos três anos. O levantamento mostra de forma cronológica o movimento de desoneraçãoa partir de março de 2021, seguido pela intensificação das medidas em 2022 emdash; ano de eleições presidenciais emdash; e pelo retorno da incidência dos impostos, aos poucos, ao longo de 2023. A linha do tempo também mostra que é comum que a Petrobras ajuste os preços dos combustíveis nas refinarias no mesmo dia (ou em datas próximas) de alterações na tributação. Essas mudanças costumam compensar a alta ou a queda dos impostos, com reflexos nos preços finais. Segundo especialistas, trata-se de um movimento já previsto pelo mercado. O que explica esse vaivém na tributação? De acordo com Amance Boutin, especialista em combustíveis da Argus, o volume de mudanças de impostos nos últimos três anos é um movimento atípico, tanto em relação à frequência de alterações quanto ao tempo de duração de cada uma. (veja mais abaixo o detalhamento das mudanças) Os primeiros movimentos de redução de impostos federais vieram como uma tentativa da gestão de Jair Bolsonaro de diminuir a inflação, que atingiu 10,06% em 2021 e 5,79% em 2022. O cenário era de escalada de preços nas bombas e de proximidade das eleições presidenciais, o que pressionou ainda mais o governo. À época, as medidas de desoneração tomadas por Bolsonaro chegaram a ser apontadas como eleitoreiras por economistas e analistas políticos. Já a gestão Lula, que tomou posse em 2023, iniciou um processo de reoneração, em uma tentativa de repor as perdas causadas pelas isenções nos anos interiores e de aumentar a arrecadação federal. A retomada ocorreu aos poucos, ao longo do ano, já que aumento de impostos sobre combustíveis emdash; e a consequente alta nas bombas emdash; são medidas consideradas impopulares. No pano de fundo das decisões do atual governo, está um cenário de novas regras fiscais e de busca pelo déficit zero nas contas públicas. Enquanto isso, na outra prateleira da gestão pública, os estados brasileiros também apontam perdas com a limitação do ICMS sobre combustíveis. Todo esse contexto resultou em um volume de flutuações de preço muito mais intenso do que o comum. Para Boutin, da Argus, as movimentações, principalmente em 2023, são resultado de dois principais fatores: 1. A necessidade do governo federal de reestabelecer uma carga tributária fortemente reduzida no governo anterior. "Este movimento foi escalonado ao longo de um ano [2023] para não gerar aumento súbito de preço na bomba e para respeitar regras de constitucionalidade", explica. "Certas tributações não podem ser mudadas no mesmo ano civil e precisam ser decididas no ano anterior 2. Mudar a tributação dos combustíveis para um modelo monofásico (cobrança do imposto em uma única etapa da cadeia de produção), antecedendo os princípios da reforma tributária emdash; que prevê a simplificação de impostos. "Essa mudança sempre foi um pleito das grandes distribuidoras: acabar com as fraudes possibilitadas pela complexidade do modelo tributário e com as diferenças de alíquotas entre os estados", diz. Reajustes pela Petrobras A linha do tempo também mostra que quase todas as mudanças na tributação vêm acompanhadas de reajustes nos preços dos combustíveis pela Petrobras nas refinarias. Esse movimento é bastante comum, aponta Amance Boutin. "Existe uma correlação entre os ajustes efetuados pela Petrobras e mudanças de tributação. Essa análise é consensual entre participantes de mercado [importadores, distribuidores e revendedores]", diz. Segundo o especialista, esses participantes costumam antecipar e se planejar em função dos riscos e oportunidades abertos pelas mudanças. "Em termos práticos, muitos elevaram seus estoques de diesel A [sem adição de biodiesel] e de biodiesel antes da virada do ano para ter um ganho contábil com a reoneração completa dos PIS e Cofins sobre esses dois produtos a partir de 1º de janeiro", afirma. "Na visão do mercado, essa coordenação é, sim, uma maneira de garantir certa estabilidade nos preços na ponta da revenda." Há previsão de novas mudanças em 2024? De acordo com a Fecombustíveis, não há mais impostos federais a retornar sobre combustíveis após o ajuste do ICMS nesta quinta-feira (1º) emdash; exceto o GLP (gás liquefeito de petróleo), que continua zerado em PIS/Cofins. Amance Boutin, da Argus, reforça que, apesar de não existir nenhuma grande alteração prevista para o curto prazo, ainda podem ser aplicadas mudanças nos valores de impostos no modelo ad rem (aqueles de valor fixo por litro ou kg de combustível). "Isso deve ocorrer em cada tributo, principalmente no caso do ICMS", conclui. Veja o vaivém dos impostos de combustíveis desde 2021 1º de março de 2021 - Redução a zero das alíquotas de PIS/Cofins para óleo diesel A (sem adição de biodiesel). O impacto foi uma redução de R$ 0,3058 no óleo diesel B (com mistura de biodiesel). No dia seguinte, a Petrobras elevou os preços da gasolina e do diesel nas refinarias. 1º de maio de 2021 - Retornam as alíquotas de PIS/Cofins para óleo diesel A (sem adição de biodiesel). O impacto, segundo a Fecombustíveis, foi um acréscimo de R$ 0,3163 no óleo diesel B (com mistura de biodiesel). No mesmo dia, a Petrobras reduziu os preços do diesel e da gasolina nas refinarias. 11 de março de 2022 - Redução a zero das alíquotas de PIS/Cofins para óleo diesel A (sem adição de biodiesel) e biodiesel. O impacto foi uma redução de R$ 0,3312 no óleo diesel B (com mistura de biodiesel). Na data, também foi sancionado o projeto que determinou alíquota única no ICMS de combustíveis para todos os estados e estabeleceu a tributação monofásica emdash; cobrança do imposto em uma única etapa da cadeia de produção. No mesmo dia, a Petrobras aumentou os preços da gasolina e do diesel nas refinarias. 23 de junho de 2022 - Redução a zero das alíquotas de PIS/Cofins e Cide para gasolina A (produzida nas refinarias, sem adição de álcool). O impacto foi uma redução de R$ 0,6869 na gasolina C (já misturada com etanol, vendida nos postos). Na data, também houve a sanção do projeto que limitou o ICMS sobre combustíveis, impedindo cobrança superior à alíquota geral de ICMS, que varia de 17% a 18%. Além disso, foram zerados PIS/Cofins do gás natural veicular (GNV). Cinco dias antes, em 18 de junho, a Petrobras elevou os preços da gasolina e do diesel às distribuidoras. 1º de março de 2023 - Retorno parcial da incidência de PIS/Cofins sobre gasolina A (produzida nas refinarias, sem adição de álcool) e etanol, de R$ 0,47 e R$ 0,02 por litro, respectivamente. Os impactos foram aumentos de R$ 0,3485 por litro na gasolina C (já misturada com etanol, vendida nos postos) e de R$ 0,02 no etanol. No mesmo dia, a Petrobras reduziu os preços da gasolina e do diesel às distribuidoras. 1º de maio de 2023 endash; O ICMS sobre o diesel passou para a modalidade ad rem (cobrança com valor único sobre a quantidade de litros), de R$ 0,9456 por litro, em todo o Brasil. O resultado foi aumento da carga tributária na maioria dos estados. A média no país era de R$ 0,91/litro. Três dias antes, a Petrobras reduziu o preço do diesel nas refinarias. 1º de junho de 2023 endash; O ICMS sobre a gasolina passou para a modalidade ad rem, de R$ 1,22 por litro, em todo o Brasil. A medida também resultou no aumento da carga tributária na maior parte dos estados. A média anterior no país era de R$ 1,06/litro. No mesmo mês, em 16 de junho, a Petrobras reduziu o preço da gasolina às distribuidoras. 1º de julho de 2023 - Retorno da incidência da Cide sobre a gasolina A (produzida nas refinarias, sem adição de álcool), de R$ 0,10 por litro, e aumento dos valores de PIS/Cofins para R$ 0,7925 e R$ 0,1309, respectivamente. O total desses impostos sobre a gasolina C (já misturada com etanol, vendida nos postos) foi de R$ 0,6869. Houve também o aumento dos valores de PIS/Cofins para o etanol hidratado, no total de R$ 0,2418/litro. Os impactos foram: aumento de R$ 0,3384 na gasolina C e de R$ 0,2218 no etanol hidratado. Na data, voltou ainda a incidência de PIS/Cofins sobre o GNV, de 9,25%. No mesmo dia, a Petrobras reduziu o preço da gasolina às distribuidoras. 5 de setembro de 2023 - Reoneração de PIS/Cofins para óleo diesel A (sem adição de biodiesel) e biodiesel, de R$ 0,1100 e R$ 0,0463 por litro, respectivamente. O impacto foi uma alta R$ 0,1024 no óleo diesel B (com mistura de biodiesel). Não houve reajustes pela Petrobras no mês. 1º de outubro de 2023 - Aumento de PIS/Cofins para o óleo diesel A (sem adição de biodiesel) e biodiesel, passando para R$ 0,1300 e R$ 0,0555 por litro, respectivamente. O impacto foi um aumento de R$ 0,0187 no óleo diesel B (com mistura de biodiesel). 4 de outubro de 2023 - Fim da vigência da Medida Provisória que criou o programa de descontos para carros novos e determinou o aumento parcial dos impostos federais sobre o diesel. Com isso, óleo diesel A (sem adição de biodiesel) e biodiesel ficaram com PIS/Cofins zerados até 31 de dezembro de 2023. A redução foi de R$ 0,1211 no custo do óleo diesel B (com mistura de biodiesel). Mais de quinze dias depois, em 21 de outubro, a Petrobras reduziu o preço da gasolina e aumentou o do diesel às distribuidoras. 1º de janeiro de 2024 - Reoneração de PIS/Cofins para óleo diesel A (sem adição de biodiesel) e biodiesel, de R$ 0,3515 e R$ 0,1480 por litro, respectivamente. O impacto foi de R$ 0,3271 no óleo diesel B (com mistura de biodiesel). Poucos dias antes, em 27 de dezembro, a Petrobras reduziu o preço do diesel nas refinarias. 1º de fevereiro de 2024 endash; Aumento do ICMS para gasolina e diesel. As altas serão de R$ 1,3721 por litro para a gasolina e de R$ 1,0635 para o diesel e biodiesel. O impacto deve ser um aumento de R$ 0,1521 na gasolina C (já misturada com etanol, vendida nos postos) e de R$ 0,1179 no óleo diesel B (com mistura de biodiesel).

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Investimentos em produção de petróleo e gás podem ultrapassar R$ 500 bilhões nos próximos cinco anos

Entre 2024 e 2028, estão previstos aproximadamente R$ 514 bilhões em investimentos na fase de produção dos contratos atuais para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil. Dentro desse total, destacam-se as bacias de Santos, com 61%, e Campos, com 28% dos investimentos. No mesmo período, são estimados volumes médios de produção de 667 mil metros cúbicos por dia (m3/d) de petróleo (ou seja, 4,195 milhões de barris por dia) e 209 milhões de m³/d de gás natural, sendo 180 milhões de m³/d após desconto do CO2. Os dados estão disponíveis no Painel Dinâmico de Consulta das Previsões de Atividades, Investimentos e Produções na Fase de Produção, atualizado hoje (31/1). O Painel apresenta informações declaradas pelos contratados nos Programas Anuais de Trabalho e Orçamento (PAT) e Programas Anuais de Produção (PAP) dos contratos vigentes, estando sujeitas a atualizações a qualquer momento. As previsões são referentes somente à fase de produção, que é a segunda fase dos contratos. As previsões de investimentos na primeira fase (fase de exploração) para 2024 foram divulgadas recentemente pela ANP. Com relação às previsões de atividades a serem realizadas pelos operadores dos campos, destacam-se: perfurações (1,7 mil) e recompletações (1,8 mil) de poços produtores; aquisição sísmica 3D (22,3 mil km²); lançamento de linhas e risers (6,3 mil km); remoção de linhas (3,5 mil km); e abandono (cerca de 3,9 mil) e arrasamento de poços (cerca de 3,8 mil).

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Entre 2024 e 2028, estão previstos aproximadamente R$ 514 bilhões em investimentos na fase de produção dos contratos atuais para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil. Dentro desse total, destacam-se as bacias de Santos, com 61%, e Campos, com 28% dos investimentos. No mesmo período, são estimados volumes médios de produção de 667 mil metros cúbicos por dia (m3/d) de petróleo (ou seja, 4,195 milhões de barris por dia) e 209 milhões de m³/d de gás natural, sendo 180 milhões de m³/d após desconto do CO2. Os dados estão disponíveis no Painel Dinâmico de Consulta das Previsões de Atividades, Investimentos e Produções na Fase de Produção, atualizado hoje (31/1). O Painel apresenta informações declaradas pelos contratados nos Programas Anuais de Trabalho e Orçamento (PAT) e Programas Anuais de Produção (PAP) dos contratos vigentes, estando sujeitas a atualizações a qualquer momento. As previsões são referentes somente à fase de produção, que é a segunda fase dos contratos. As previsões de investimentos na primeira fase (fase de exploração) para 2024 foram divulgadas recentemente pela ANP. Com relação às previsões de atividades a serem realizadas pelos operadores dos campos, destacam-se: perfurações (1,7 mil) e recompletações (1,8 mil) de poços produtores; aquisição sísmica 3D (22,3 mil km²); lançamento de linhas e risers (6,3 mil km); remoção de linhas (3,5 mil km); e abandono (cerca de 3,9 mil) e arrasamento de poços (cerca de 3,8 mil).

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Empresas de outras áreas apostam nas oportunidades do mercado livre de energia

A abertura do mercado livre de energia para que todos os consumidores de alta tensão possam escolher seu próprio produtor de eletricidade tem chamado a atenção de empresas de fora do setor. Nos últimos meses, comercializadoras e companhias de várias áreas têm firmando parcerias para criar novos negócios. Até dezembro de 2023, apenas consumidores atendidos em alta tensão com consumo superior a 500 quilowatts (kW), com contas estimadas em R$ 150 mil, podiam participar do mercado livre, enquanto os demais eram atendidos pelas distribuidoras locais e pagavam pelo serviço de acordo com a tarifa definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Agora, os clientes cuja tensão é superior a 2,3 quilovolts (kV), independentemente do consumo, podem fazer essa escolha, o que resulta num mercado potencial de 164 mil novos entrantes, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). De olho nesse potencial, companhias com forte atuação entre consumidores deste perfil endash; com contas de luz na casa dos R$ 10 mil e menos especialização em energia elétrica endash; se movimentaram, como é o caso das companhias de telecomunicações. A Vivo, por exemplo, anunciou em dezembro a criação de uma joint venture com a Auren Energia. Na ocasião, o vice-presidente Financeiro e Novos Negócios da empresa de energia, Mario Bertoncini, afirmou que a parceria permitirá à companhia, que já atua com comercialização de energia para clientes maiores, ganhar eldquo;mais escalaerdquo; ao adicionar eldquo;capilaridade e acesso aos canais de relacionamento já estabelecidoserdquo; pelo parceiro. Dois meses antes, a Oi e a comercializadora de energia 2W também informaram uma parceria para atuação neste mercado. O formato, porém, é diferente e é chamado de white label, no qual a empresa de telecomunicações atua na frente de vendas e a 2W oferece os serviços de energia. Integração de clientes Um dos negócios mais relevantes do mercado de comercialização de energia nos últimos anos considerou justamente a atuação da empresa junto aos clientes como um dos diferenciais competitivos. Em 2021, a Vibra (ex-BR Distribuidora) anunciou a compra de parte da Comerc Energia, num acordo de R$ 3,25 bilhões, apostando que a sua rede de clientes poderia ser uma fonte para oferecer soluções de energia renovável. De acordo com o fundador e presidente do conselho da Comerc, Kiko Vlavianos, para este ano, o objetivo é que 25% da meta de aquisição de clientes da empresa venha da Vibra. No ano passado, a meta era de 20% e foi atingida. São considerados clientes da Vibra e potenciais eldquo;alvoserdquo; da Comerc as 18 mil empresas atendidas com combustível, além dos 8,3 mil postos e os 30 milhões de consumidores que passam pelos estabelecimentos. eldquo;Hoje a gente não tem um produto específico para esse cliente que passa pelo posto, mas a geração distribuída (GD, que é a produção de energia por placas solares no telhado ou próximo ao ponto de consumo) é uma opçãoerdquo;, afirma em referência à modalidade de geração própria de energia, sobretudo, solar, na qual a companhia também atua. eldquo;A gente não tem hoje uma extensão de parques que possam atender todos os clientes da Vibra em todos os Estados. Por enquanto, eles estão concentrados em Minas Gerais, mas o nosso plano de expansão da GD visa aumentar essa oportunidade e conseguir trazer também de outras áreas de distribuição.erdquo; Ele pontua que outras questões como a facilitação da captação de recursos no mercado e a percepção de risco também foram relevantes para a efetivação do negócio. Agora, de olho na abertura de mercado, a comercializadora anunciou parceria com o banco Itaú, que prevê a oferta da migração para o mercado livre para os clientes da instituição por meio de seu canal de relacionamento. Autossuficiência No caso da Tereos, multinacional francesa que atua no mercado de açúcar, a entrada no mercado de energia elétrica no Brasil atacou, inicialmente, duas pontas: a demanda necessária para consumo próprio e a destinação do bagaço da cana-de-açúcar que, há cerca de 20 anos, passou a ser usada pela empresa para geração de energia por meio da biomassa. Depois de passar também por uma temporada vendendo energia para as distribuidoras por meio de leilões, a companhia decidiu entrar na comercialização. eldquo;Vários dos nossos clientes estavam entrando no mercado livre e demandando esse produto e a gente entendeu que havia uma sinergia com a nossa abordagem comercialerdquo;, explicou o diretor comercial da Tereos, Gustavo Segantini. Atualmente, a empresa consome 30% da energia que gera e um quarto do excedente é vendido no mercado livre. Agora a empresa vai atuar também como comercializadora varejista endash; responsável por fazer a ponte entre o consumidor que tem consumo inferior a 500 kW e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pelo registro e contabilização dos contratos no mercado livre. Diferencial Outras grandes comercializadoras têm investido em tecnologia como meio para se diferenciar no mercado. É o caso da Delta Energia, que há dois anos comprou a BestDeal Technologies (que hoje opera com o nome Wysebite) para desenvolver serviços baseados em inteligência artificial e medidores para monitoramento em tempo real do consumo de cada aparelho. Para o vice-presidente institucional do Grupo Delta, Luiz Fernando Vianna, a medição sem custos adicionais é um eldquo;diferencialerdquo; porque permite analisar onde estão os desvios de consumo dos clientes, permitindo economia nas contas de luz.

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