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Rússia ultrapassa EUA e se torna maior fornecedor de diesel do Brasil em 2023

Quarto maior produtor global de diesel, a Rússia encontrou no Brasil o destino ideal para escoar sua produção diante dos embargos impostos por países europeus após a invasão da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. Em 2023, a Rússia desbancou os Estados Unidos como maior fornecedor de diesel importado ao Brasil. O movimento levou o mercado brasileiro a fechar o ano como o segundo maior cliente do diesel russo, atrás apenas da Turquia. Para especialistas, o cenário reflete os elevados descontos oferecidos por refinarias russas e a maior dependência europeia das refinarias americanas, que passaram a direcionar suas vendas aos parceiros do Atlântico Norte. Segundo dados da balança comercial compilados pela consultoria Argus, a Rússia foi a origem de 50,5% do diesel importado no país em 2023. Desbancado da liderança, os Estados Unidos foram responsáveis por 24,5% das importações brasileiras do combustível. Após um breve período de restrição a exportações no início do segundo semestre, o avanço do diesel russo sobre o mercado brasileiro se intensificou nos últimos meses de 2023. Em dezembro, a Rússia respondeu por 86,7% das importações brasileiras. Os Estados Unidos ficaram apenas com 13%. O especialista em combustíveis da Argus, Amance Boutin, acredita que o volume remanescente de diesel americano reflete as compras da Petrobras, que não importa da Rússia, e contratos de longo prazo firmados por outras importadoras. O suprimento russo ajudou a baratear o preço médio do diesel no Brasil, já que o produto vendido por aquele país tem desconto em relação ao americano. Boutin calcula que, atualmente, o diesel russo esteja sendo vendido com desconto de R$ 0,15 por litro em relação ao concorrente. Os negócios com o Brasil também ajudaram a Rússia a encontrar mercado para sua produção em um momento em que convive com sanções na Europa. Em 2023, segundo dados da Argus, a Rússia exportou 50 milhões de toneladas de diesel, alta de 8,7% em relação ao ano anterior. Na média do ano, o Brasil foi o segundo principal destino, com 13% do total vendido pelo país. A líder Turquia ficou com 31%. Mas dados da consultoria Kpler publicados pelo "Financial Times" indicam que, já no fim do ano, a fatia brasileira superou a turca. Depois de alguma resistência, as maiores distribuidoras do país se renderam e decidiram importar diesel da Rússia. A Vibra, por exemplo, anunciou em agosto que passaria a considerar o país em suas fontes de suprimento. Em dezembro, mais de cem autorizações de importação de diesel russo foram concedidas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) emdash;o que não significa, porém, que todas essas operações tenham sido realizadas. A Nimofast, uma das maiores importadoras, diz que já distribui o produto russo para mais de 80 clientes no Brasil. A empresa traz, em média, cerca de 200 milhões de litros por mês. Negocia outros cerca de cem milhões para que terceiros tragam ao país. "O Brasil precisa de diesel. E vai precisar ainda mais, se a economia crescer 3% ao ano", diz o presidente da companhia, Ramon Reis. Ele vê um movimento de diversificação das fontes de suprimento do país, que passou nos últimos anos a buscar também mais combustíveis na Índia e no Oriente Médio, diante do foco das refinarias americanas no mercado europeu. De fato, os dados da ANP mostram que o terceiro maior exportador de diesel ao Brasil em 2023 foram os Emirados Árabes Unidos. A Índia foi o quarto e a Arábia Saudita, o quinto. Juntos, esses três países foram responsáveis por cerca de 20% das importações brasileiras do combustível. Em 2019, último ano antes da pandemia, os Estados Unidos foram responsáveis por 82% das importações brasileiras de diesel. Reis afirma, porém, que o Brasil seguirá precisando de diesel dos Estados Unidos para garantir o abastecimento. Atualmente, cerca de um quarto do mercado interno desse combustível é suprido por importações. A dependência já foi maior emdash;chegou a bater 27% em 2022emdash;, mas a Petrobras decidiu este ano aumentar a utilização de suas refinarias. A estatal já anunciou também planos para ampliar a produção nacional do combustível com obras de ampliação e modernização de refinarias. No último dia 18, celebrou a retomada das obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que foi projetada com foco nesse segmento.

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Preços de gasolina, diesel e gás de cozinha sobem nesta quinta-feira com novo ICMS

A partir desta quinta-feira, 1º, abastecer o veículo e cozinhar ficarão mais caros. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo cobrado pelos Estados, vai subir para a gasolina, o diesel e o gás de cozinha. O aumento reflete a decisão de vários estados de reajustar o ICMS para os produtos em geral para compensar perdas de receita. Na maior parte dos casos, os Estados elevaram as alíquotas gerais de 18% para 20%. Como os combustíveis seguem um sistema diferente de tributação, os reajustes serão com valores fixos em centavos. O aumento foi aprovado em outubro pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que reúne os secretários estaduais de Fazenda. Esse é o primeiro reajuste do ICMS após a mudança do modelo de cobrança sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em março de 2022. Anteriormente, o ICMS incidia conforme um percentual do preço total definido por cada unidade da federação. Agora, o imposto é cobrado conforme um valor fixo por litro, no caso da gasolina ou do diesel, ou por quilograma, no caso do gás de cozinha. As alíquotas passaram para os seguintes valores, segundo o Confaz: As alíquotas passaram para os seguintes valores, segundo o Confaz: Gasolina: R$ 1,37 por litro Diesel: R$ 1,06 por litro Gás de cozinha: R$ 1,41 por quilo Ao considerar o preço médio calculado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), o litro da gasolina subirá em média para R$ 5,71. No caso do diesel, o valor médio do litro aumentará para R$ 5,95 (diesel normal) e mais de R$ 6 para o diesel S-10, que tem menor teor de chumbo. No caso do gás de cozinha, o preço médio do botijão de 13 quilos subiria, em média, de R$ 100,98 para R$ 103,60. (Agência Brasil)

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Preços de gasolina, diesel e gás de cozinha sobem nesta quinta-feira com novo ICMS

A partir desta quinta-feira, 1º, abastecer o veículo e cozinhar ficarão mais caros. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo cobrado pelos Estados, vai subir para a gasolina, o diesel e o gás de cozinha. O aumento reflete a decisão de vários estados de reajustar o ICMS para os produtos em geral para compensar perdas de receita. Na maior parte dos casos, os Estados elevaram as alíquotas gerais de 18% para 20%. Como os combustíveis seguem um sistema diferente de tributação, os reajustes serão com valores fixos em centavos. O aumento foi aprovado em outubro pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que reúne os secretários estaduais de Fazenda. Esse é o primeiro reajuste do ICMS após a mudança do modelo de cobrança sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em março de 2022. Anteriormente, o ICMS incidia conforme um percentual do preço total definido por cada unidade da federação. Agora, o imposto é cobrado conforme um valor fixo por litro, no caso da gasolina ou do diesel, ou por quilograma, no caso do gás de cozinha. As alíquotas passaram para os seguintes valores, segundo o Confaz: As alíquotas passaram para os seguintes valores, segundo o Confaz: Gasolina: R$ 1,37 por litro Diesel: R$ 1,06 por litro Gás de cozinha: R$ 1,41 por quilo Ao considerar o preço médio calculado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), o litro da gasolina subirá em média para R$ 5,71. No caso do diesel, o valor médio do litro aumentará para R$ 5,95 (diesel normal) e mais de R$ 6 para o diesel S-10, que tem menor teor de chumbo. No caso do gás de cozinha, o preço médio do botijão de 13 quilos subiria, em média, de R$ 100,98 para R$ 103,60. (Agência Brasil)

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Petrobras reduz preço do querosene, mas tem pouca margem para ajudar aéreas

Em meio a debates no governo sobre um pacote de socorro às aéreas, a Petrobras anunciou nesta quinta-feira (1º) corte de 0,4% no preço do QAV (querosene de aviação). A redução, porém, era prevista e deixa a empresa com menos margem para ajudar as companhias do setor. O preço do querosene de aviação é reajustado mensalmente, com base na variação das cotações internacionais do petróleo nos meses anteriores. O corte de R$ 0,014 por litro, portanto, não tem relação ao debate no governo sobre o setor. Em nota, a companhia afirmou que, nos últimos 12 meses, reduziu em cerca de 30,3% os seus preços de venda de QAV para as distribuidoras, o que corresponde a uma redução média de R$ 1,59 por litro. Em 2024, a queda acumulada em 2024 é de 10,2%, ou R$ 0,42 por litro. O combustível é apontado pelas companhias aéreas como um dos fatores que vêm impactando o preço das passagens aéreas, mas na estatal a avaliação é que há pouco espaço para sua participação em eventual pacote de ajuda. Primeiro, porque as cotações internacionais do petróleo vêm sendo pressionadas nos últimos dias pelos conflitos no Oriente Médio. O próprio índice de reajuste aplicado pela estatal indica que o prêmio do produto interno em relação ao internacional chegou ao fim. Dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) mostram que, após o corte de 6% no início de janeiro, o preço interno do QAV ficou abaixo da paridade de importação ao menos nas duas primeiras semanas do ano, os últimos dados disponíveis. Além disso, o estatuto da companhia impede a concessão de subsídios a combustíveis, a menos que façam sejam negociadas formas de compensação financeira caso a empresa seja "orientada pela União a contribuir para o interesse público". A cláusula foi incluída no estatuto ainda no governo Michel Temer (MDB), para tentar blindar a companhia de ingerência política que levou a prejuízos bilionários com represamento nos preços dos combustíveis durante o governo Dilma Rousseff (PT). Na nota divulgada nesta quinta, a empresa ressalta que vende o produto de suas refinarias a distribuidoras, que são donas da infraestrutura de abastecimento nos aeroportos e as responsáveis pela venda ao consumidor final. Por isso, para especialistas, a ideia de tentar reduzir o preço com venda direta da estatal para as companhias aéreas não tem chance de vingar. "É importante ressaltar que o mercado brasileiro é aberto à livre concorrência, e não existem restrições legais, regulatórias ou logísticas para que outras empresas atuem como produtores ou importadores de QAV", afirmou a estatal. Nesta quinta, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reconheceu que o debate sobre o tema não pode ficar restrito à questão do preço do combustível. "Nós não podemos descontextualizar e tratar essa questão da aviação só como uma questão de combustível", afirmou. "Temos que tratar considerando a natureza das empresas, consideração a situação do setor aéreo, mas considerando essencialmente e principalmente a questão do preço das passagens no Brasil e a forma [como ele é definido], a fórmula de composição de preço, o que representa combustível [nessa conta]."

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Petrobras reduz preço do querosene, mas tem pouca margem para ajudar aéreas

Em meio a debates no governo sobre um pacote de socorro às aéreas, a Petrobras anunciou nesta quinta-feira (1º) corte de 0,4% no preço do QAV (querosene de aviação). A redução, porém, era prevista e deixa a empresa com menos margem para ajudar as companhias do setor. O preço do querosene de aviação é reajustado mensalmente, com base na variação das cotações internacionais do petróleo nos meses anteriores. O corte de R$ 0,014 por litro, portanto, não tem relação ao debate no governo sobre o setor. Em nota, a companhia afirmou que, nos últimos 12 meses, reduziu em cerca de 30,3% os seus preços de venda de QAV para as distribuidoras, o que corresponde a uma redução média de R$ 1,59 por litro. Em 2024, a queda acumulada em 2024 é de 10,2%, ou R$ 0,42 por litro. O combustível é apontado pelas companhias aéreas como um dos fatores que vêm impactando o preço das passagens aéreas, mas na estatal a avaliação é que há pouco espaço para sua participação em eventual pacote de ajuda. Primeiro, porque as cotações internacionais do petróleo vêm sendo pressionadas nos últimos dias pelos conflitos no Oriente Médio. O próprio índice de reajuste aplicado pela estatal indica que o prêmio do produto interno em relação ao internacional chegou ao fim. Dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) mostram que, após o corte de 6% no início de janeiro, o preço interno do QAV ficou abaixo da paridade de importação ao menos nas duas primeiras semanas do ano, os últimos dados disponíveis. Além disso, o estatuto da companhia impede a concessão de subsídios a combustíveis, a menos que façam sejam negociadas formas de compensação financeira caso a empresa seja "orientada pela União a contribuir para o interesse público". A cláusula foi incluída no estatuto ainda no governo Michel Temer (MDB), para tentar blindar a companhia de ingerência política que levou a prejuízos bilionários com represamento nos preços dos combustíveis durante o governo Dilma Rousseff (PT). Na nota divulgada nesta quinta, a empresa ressalta que vende o produto de suas refinarias a distribuidoras, que são donas da infraestrutura de abastecimento nos aeroportos e as responsáveis pela venda ao consumidor final. Por isso, para especialistas, a ideia de tentar reduzir o preço com venda direta da estatal para as companhias aéreas não tem chance de vingar. "É importante ressaltar que o mercado brasileiro é aberto à livre concorrência, e não existem restrições legais, regulatórias ou logísticas para que outras empresas atuem como produtores ou importadores de QAV", afirmou a estatal. Nesta quinta, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reconheceu que o debate sobre o tema não pode ficar restrito à questão do preço do combustível. "Nós não podemos descontextualizar e tratar essa questão da aviação só como uma questão de combustível", afirmou. "Temos que tratar considerando a natureza das empresas, consideração a situação do setor aéreo, mas considerando essencialmente e principalmente a questão do preço das passagens no Brasil e a forma [como ele é definido], a fórmula de composição de preço, o que representa combustível [nessa conta]."

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Vendas de diesel e gasolina batem recorde no Brasil em 2023, diz ANP

As vendas de diesel B pelas distribuidoras no país alcançaram o recorde de 65,5 bilhões de litros em 2023, alta de 3,6% na comparação com o ano anterior, enquanto as de gasolina C também registraram volumes históricos, apontaram dados divulgados pela reguladora ANP nesta quinta-feira (1º). O avanço das vendas de diesel B emdash;que já conta com adição de biodieselemdash; reflete boas safras agrícolas e melhora em indicadores econômicos, um cenário que deve se manter em 2024, ainda que em menor escala, disse Bruno Cordeiro, analista de mercado da consultoria StoneX. As safras de milho e soja no ciclo 2022/2023 bateram recordes, impulsionando o uso do combustível tanto para a atividade produtiva, quanto para o escoamento dos grãos. "Isso acaba permitindo um aumento da demanda por frete devido principalmente ao uso de caminhões e trens para o envio dos produtos agrícolas para os campos e posteriormente dos produtos agrícolas para demanda doméstica e para exportação, através dos portos", afirmou Cordeiro. A StoneX está revisando suas projeções de vendas de diesel para 2024, mas Cordeiro adiantou que seguirá acima da previsão anterior que apontava para um novo recorde, de 66 bilhões de litros. "Isso se dá exatamente por perspectivas de safras fortes, tanto de soja quanto de milho, apesar das estimativas serem de uma produção menor frente a 2023, ainda são safras bem fortes. E também é um PIB que cresce, mas cresce menos", disse Cordeiro. "Esses dois fatores devem permitir que a gente tenha um crescimento portanto menor da demanda por diesel B em 2024", ponderou. Em dezembro passado, as vendas das distribuidoras de diesel B somaram 5,34 bilhões de litros, alta de 6% ante o mesmo mês de 2022, um recorde para o mês, segundo Cordeiro. O especialista explicou que a forte demanda por diesel no último mês do ano passado reflete uma antecipação das compras dos postos de combustíveis diante da retomada de impostos federais em janeiro deste ano, o que também impulsionou as importações. Gasolina As vendas de gasolina C, já com adição de etanol anidro, somaram recorde de cerca de 46 bilhões de litros em 2023, alta de 6,9% ante o ano anterior, enquanto as de etanol hidratado foram de aproximadamente 16 bilhões de litros, alta de 5,1% no período. O resultado reflete um consumo de gasolina importante ao longo do primeiro semestre, enquanto a paridade do combustível fóssil se manteve bem favorável ante o etanol hidratado, seu concorrente direto nas bombas. "O consumo (de gasolina) foi muito elevado ao longo da primeira metade do ano, no caso da gasolina, permitindo que ela tivesse resultado bem positivo no fechamento anual", afirmou, pontuando que o cenário se inverteu no segundo semestre. Dessa forma, em dezembro, as vendas de gasolina somaram 4,12 bilhões de litros, queda de 7,1% ante o mesmo mês do ano anterior, principalmente devido à paridade de preços mais favoráveis ao biocombustível. Cordeiro destacou que há atualmente ainda uma tendência de continuidade dessa paridade mais favorável ao etanol nas bombas, principalmente no Estado de São Paulo, devido uma alta estocagem do biocombustível. As vendas de etanol hidratado em dezembro somaram 1,85 bilhão de litros, alta de 40,3% versus o mesmo mês de 2022. Também nesta quinta, a Petrobras anunciou a redução média do preço do querosene de aviação em 0,4%. (Reuters)

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